A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

EM SINTONIA COM O COLETIVO

Em meio à multidão, pessoas comuns podem tornar-se extremamente boas ou más. A decisão de como se comportar dependerá do que pensam que se espera delas

A cela é pequena e suja. Três homens vestindo trajes desbotados estão encolhidos no chão. Quietos, estremecem a cada ruído no corredor. De repente, dois guardas usando uniforme e óculos escuros aparecem na porta, batendo os cassetetes nas mãos. A violência está para começar.

Seis dias antes, tanto prisioneiros como guardas eram jovens universitários comuns. O ano é 1971, e eles estavam prestes a iniciar uma experiência de duas semanas planejada por Philip C. Zimbardo. O psicólogo da Universidade Stanford dividiu aleatoriamente um grupo de estudantes mentalmente sãos entre “guardas” e “prisioneiros”, que deveriam conviver em uma prisão simulada no campus. Zimbardo teve de interromper o estudo prematuramente depois de apenas seis dias, porque os guardas haviam se tornado sádicos, abusando física e psicologicamente dos prisioneiros.

Mas como jovens pacatos puderam se transformar de forma tão assustadora em tão pouco tempo? Naquela época, Zimbardo ofereceu uma resposta simplista: protegidas pelo anonimato da multidão, as pessoas perdem todos os limites e desprezam normas éticas. Na turba, tornam-se animais de um rebanho desenfreado, sem controle ou compaixão.

Atualmente, o estudo clássico, e polêmico, de Zimbardo é frequentemente citado em apoio à ideia do “coletivo maligno”. Mas essa visão se justifica realmente? Pesquisas recentes indicam que, muito embora grupos levem seus integrantes a se comportar de uma forma que eles não fariam no dia-a-dia, essas ações podem ser tanto positivas quanto negativas. No final de 2001, quando os psicólogos britânicos Stephen D. Reicher e S. Alexander Haslam reproduziram a experiência do prisioneiro para o que viria a ser um reality show exibido pela rede BBC, os guardas agiram de forma um tanto cautelosa.

Em razão dos resultados contraditórios, Haslam e Reicher concluíram que o comportamento do grupo depende das expectativas de seus membros sobre os papéis sociais que eles deveriam desempenhar. Se acreditam que se espera deles uma conduta autoritária, é bem provável que ocorram abusos. Zimbardo, por exemplo, encorajava os guardas a portarem-se de modo ameaçador. A chave para entender como os indivíduos de um grupo irão proceder são suas crenças pré-condicionadas sobre o que devem fazer.

Embora os psicólogos possam discordar se indivíduos em uma multidão tornam- se bons ou maus, eles concordam num ponto fundamental: imerso no coletivo, o indivíduo extrapola a si mesmo, para o bem e para o mal.

A dinâmica dos grupos e movimentos de massa é fascinante por causa dos extremos a que podem levar as pessoas. Um indivíduo em um grupo de voluntários arrisca a vida para salvar uma criança, evitando que ela caia nas águas de uma enchente, enquanto outro, em nome de uma causa coletiva “maior”, de bom grado se sacrifica como homem­ bomba. Demonstrações desse tipo ocorreram diversas vezes na história, desde a turba clamando pela crucificação de Jesus até a boa vontade dos povos na recente Olimpíada de Atenas.

REGRAS FANÁTICAS

Em geral, o temor das pessoas em relação à mentalidade das massas cria nelas a expectativa de que grupos apresentem aspectos sinistros, apesar de a história mostrar, por exemplo, que mudanças sociais positivas são impossíveis sem movimentos de massa. O surgimento dos direitos humanos, a queda do Muro de Berlim, o ambientalismo – muitos avanços recentes resultaram do engajamento massivo de pessoas que lutaram por um bem comum, colocando seus interesses pessoais em segundo plano para atingi-lo. O experimento da BBC destrói também a visão negativa, muito disseminada, de que em uma multidão, a identidade do indivíduo se dissolve, e ele é levado a cometer atos imorais e irracionais.

Psicólogos sociais desmistificaram o comportamento coletivo, demonstrando que se trata de atitudes psicológicas normais e explicáveis cientificamente. A psicologia do coletivo não é patológica. Mas com certeza a identidade do indivíduo é, em algum grau, despersonalizada quando ele entra em um grupo social, seja comitê de ação política, seja clube ou orquestra sinfônica.

Mas será que isso basta para alguém perder todo o senso de moralidade e cometer maus atos? A complexa interação entre o “eu” e o “nós” vem confundindo os cientistas há séculos. Em seu livro Psichologye des Joules (Psicologia das massas), de 1895, o médico e sociólogo francês Gustav Le Bon argumentava que, em grupo, os indivíduos perdem a identidade e, consequentemente, o autocontrole. Guiados apenas por emoções e instintos, agem segundo uma força primitiva, que ele chamou de “inconsciente racial’.

Outros pesquisadores afirmaram que coletivos teriam uma consciência mental independente. O psicólogo britânico William McDougall, que formulou, no início do século XX, a chamada hipótese da mentalidade de grupo, considerava que todos aqueles que se juntam a uma multidão abrem mão de sua identidade em favor de uma “alma coletiva”.

As teorias de Le Bon e McDougall foram posteriormente alvo de ceticismo: em especial, a ideia da massa com sua própria percepção mental foi considerada por demais metafísica. Mas a noção de perda de identidade do indivíduo sobrevive. Na década de 70, após o trabalho de Zimbardo, a ideia foi desenvolvida e aprimorada pelos estudos dos chamados grupos mínimos. Nessas experiências, os participantes eram aleatoriamente agrupados de acordo com critérios triviais, como preferências no modo de vestir. Apesar de a divisão ser arbitrária, na maioria dos casos isso criou forte sentimento de ligação ao grupo, assim como comportamentos condizentes com esse sentimento.

Baseados nessas investigações, Henri Tajfel, da Universidade de Bristol, Inglaterra, e John C. Turner, atualmente na Universidade Nacional da Austrália, em Carbena, formularam, no início dos anos 80, a “teoria da identidade social”. Segundo a tese dos psicólogos, o pertencer a um grupo criava um “sentimento de nós” no indivíduo, a percepção de uma “personalidade coletiva”. Quanto mais a pessoa se envolve com o coletivo, maior a sua identificação com ele e mais completa a sua aceitação de valores e normas do grupo. Estas podem variar desde a autodestruição voluntária, como a demonstrada por seitas como o Ramo Davidiano em Waco, Texas, até o socialismo utópico coletivista, caso dos kbutzim em Israel. Ao contrário dos modelos de Le Bon e McDougall, a teoria da identidade social afirma que os indivíduos não são arrastados pela mentalidade de grupo, mas escolhem modos em comum de sentir, perceber, pensar e agir.

A CAUSA DO GRUPO

Apesar disso, objetivos coletivos podem surgir e se fundir aos objetivos pessoais de alguém -por vezes de modo tão completo que a causa do grupo se coloca acima de todo o resto. Em razão disso, o indivíduo pode fazer grandes sacrifícios pessoais por aquilo que supõe ser o bem comum. Ataques terroristas de homens-bomba suicidas dão testemunho eloquente do quão longe podem ir essas ações. Comportamentos agressivos têm mais probabilidade de irromper se a personalidade coletiva assume o controle sobre a percepção e as ações do   indivíduo. Desse modo, a pessoa não mais distingue entre o eue o “ele”, mas apenas entre o “nós” e “os “outros”.

Essa dinâmica pode surgir de forma esporádica também entre pessoas que levam vidas normais, como o vizinho gentil que todos os sábados se transforma no barulhento torcedor de futebol, xingando em alto e bom som os torcedores do outro time. Para ele, essa atitude é o resultado lógico de sua profunda lealdade ao “nós” de seu amado clube. No melhor dos casos, esse torcedor irá ignorar o grupo “estrangeiro”- os outros – mas ele pode, com a mesma facilidade, se tornar desdenhoso e hostil em relação a eles. Essa transformação não é tanto manifestação de uma misteriosa psique de massas, mas uma ação racional coletiva que se ajusta a certas regras estabelecidas. O torcedor de futebol dá seus gritos de guerra no estádio para ajudar seu time a vencer.

Caso o jogo termine em derrota e a frustração dos torcedores se transforme em violência, esta não é indiscriminada, ela se dirige ao grupo oponente reconhecível por suas insígnias e camisas. Mesmo assim, algumas vezes as fronteiras entre o “nós” e o “eles” mudam de modo surpreendente. Torcedores em confronto de uma hora para outra juntam-se contra a tropa de choque. Em bairros socialmente tumultuosos, membros de grupos étnicos antagonistas tendem a se unir na luta contra o que eles reputam serem ações policiais violentas e injustas. Grupos sociais pouco dados à cooperação podem se aliar em âmbito nacional, como aconteceu nos Estados Unidos depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. No entanto, essas situações não explicam como uma passeata pacífica de repente se transforma em uma turba atirando pedras. O fator crucial parece ser que ações isoladas de indivíduos podem ter efeito catalisador sobre o grupo. Se o primeiro a arremessar uma pedra é reconhecível, de forma inequívoca, como um membro do coletivo – por exemplo, por suas roupas ou palavras de ordem – sua ação acaba com qualquer dúvida que os demais tivessem sobreo papel que devem desempenhar. Eles rapidamente imitam o comportamento do “personagem exemplar”.

Essas ações, que se espalham rapidamente, às vezes surgem com bastante facilidade em um grupo que não tem um líder forte ou um código de comportamento firmemente estabelecido. Sem orientação clara, os participantes reproduzem, por vontade própria, qualquer suposto “exemplo a ser seguido”. Tumultos e quebra-quebras seguem suas próprias regras espontâneas.

SOB ANONIMATO

Mas porque o indivíduo na multidão anônima deveria seguir alguma regra? Escondido sob o anonimato, ele poderia facilmente escapar às regras da coletividade sem temer qualquer sanção. Mas diversos estudos mostram que, na realidade, o anonimato aumenta a disposição da pessoa a se envolver em comportamentos excepcionais. Infelizmente, a aquiescência esporádica com frequência leva as pessoas a desprezar as regras de comportamento aprendidas durante a socialização normal, do tipo “Seja educado”. Em sociedades civilizadas, a maioria das pessoas não quer fazer mal aos outros. No entanto, como mostrou a experiência de Zimbardo, normas próprias de situações específicas podem surgir, e a adesão a elas ser reforçada pelo anonimato. Em certo sentido, as pessoas do grupo se veem encorajadas porque pensam que as outras pessoas na multidão provavelmente irão apoiar seu comportamento. Se os voluntários da experiência assumem o papel de guardas de prisão, a agressão pode muito bem se tornar a norma naquela situação, todos “sabem”, por meio de filmes, e de ouvir falar, que guardas de prisão devem disciplinar os prisioneiros, geralmente por meio do uso da força.

Mas o que faz as pessoas na vida real sentir e se engajar em clubes, organizações e manifestações? No passado, sociólogos consideravam os indivíduos que participam de movimentos de massa, no fundo, egoístas dissimulados. Se, e com que intensidade se dava seu engajamento em um grupo dependia da sua “análise de custo-benefício” pessoal – o que ele tinha a perder e a ganhar. Hoje em dia, sabemos que a maioria dos membros é motivada por sua auto- imagem coletiva. Alguém que saiba como influenciar essa auto- compreensão coletiva é capaz de liderar as massas a grandes feitos, como Martin Luther King Jr., mas também de desencaminhá-las. Essa habilidade é o que sustenta o carisma de líderes de seitas e revolucionários. Se um herói de guerra ou um terrorista dá sua vida pelo coletivo, ele não está necessariamente fazendo uma análise de custo-benefício equivocada. Na verdade, ele deixou de calcular seu bem-estar pessoal levando em conta a dor ou a morte. Sua consciência foi completamente tragada pelo coletivo. A morte sacrificial passa a ser a forma mais elevada de auto- realização.

Nosso recém-adquirido conhecimento sobre a psicologia das massas talvez nos ajude a, no futuro, resistir à sedução dos demagogos. No momento, ele nos permite entender as forças criativas das coletividades, que continuam a tornar possíveis muitos avanços.

OUTROS OLHARES

NO LIMITE DA LEGALIDADE

Com a bandeira de entidades beneficentes, bingos voltam a proliferar em São Paulo e no Rio e atraem um público crescente. A legalização do negócio no Congresso pode ser o próximo passo

Desde que os bingos foram proibidos oficialmente no início dos anos 2000, as grandes casas de jogos aguardam o momento em que serão liberadas a operar de novo, assim como os muitos fãs da modalidade. Essa hora pode estar chegando. Em São Paulo, eles podem ser vistos funcionando em vários pontos da cidade. Num belo espaço de eventos no Itaim, na Zona Sul, por exemplo, chamado de Espaço Real da Sorte, já é possível jogar livremente. Dezenas de mesa se espalham pelo salão, com bar e grande estrutura de som e telões com os marcadores. A atividade pode ser oferecida legalmente por se amparar na lei 13.019 de 2014, como “bingo beneficente”, que permite às entidades utilizarem sorteios para arrecadar recursos. Os organizadores afirmam se tratar de uma atividade “temporária”, mas o bingo já funciona há quase dois anos, beneficiando uma ONG de São Miguel Paulista.

Enquanto a jogatina rola solta, os donos de bingo dizem que se trata de um meio para sustentar as instituições de auxílio, que passam por um período difícil após a estagnação econômica. Dessa forma, é possível visualizar nas paredes a estranha combinação de monitores lado a lado que mostram os números que já foram chamados e vídeos da equipe fornecendo ajuda e entregando mantimentos para famílias que dependem da receita gerada pelo jogo. Na porta de entrada, antes de se notar o balcão do bar ou entrar no salão, uma caixa abarrotada com mantimentos não perecíveis é a primeira coisa a ser vista.

MALA DE DINHEIRO

No local, é possível adquirir uma cartela simples por R$ 2. São pagos prêmios de R$ 1 mil pelo bingo nas rodadas convencionais. Em outras casas de jogos há recompensas ainda maiores e sorteios de eletrodomésticos — doados para o bingo arrecadar mantimentos. R. diz jogar desde os 16 anos, e vai dia sim dia também ao Espaço Real da Sorte. Ela conta já ter saído com uma mala de dinheiro de uma jogatina no passado, mas que também já perdeu o equivalente a um prédio contabilizando todos os anos. “Entrou no jogo já sabe, tem de se preparar para perder e para ganhar”, conta. Não é tão difícil encontrar outras casas como essa em São Paulo, funcionando sob a bandeira de entidade beneficente ou de forma clandestina. No Rio de Janeiro, elas também estão se proliferando.

Não só os bingos podem entrar na legalidade em pouco tempo, mas como qualquer tipo de jogo de azar. Hoje, dois projetos estão em tramitação: o PL 442/91, que tenta legalizar o jogo do bicho, e o PLS 186/14, que dispõe de permissões para explorar o jogo legalizado e regulamentado. De acordo com Magno José, presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal, é possível que os projetos sejam colocados para votação em plenário no final de setembro, em comemoração ao “Dia do Turismo”, em 27/09. Para ele, a possibilidade de lavagem de dinheiro envolvendo o jogo é um “mito urbano”, e que existem outras opções melhores para os criminosos. “Isso é caro e arriscado”, diz, projetando tributação de ao menos 26% para os jogos físicos numa eventual regulamentação e limites de ganho que devem identificar os vencedores.

Além desse perigo, o jogo também carrega os vícios. De acordo com dados do Programa Ambulatorial do Jogo Patológico, do Hospital das Clínicas, 2,3% da população brasileira tem algum nível de compulsão por jogos de azar, algo que corresponde a quase cinco milhões de pessoas. Se com o jogo marginalizado há tanta gente com problemas, com a liberação a tendência é que esse número aumente — mesmo que se abra a porta para tratamentos específicos nesse tipo de dependência. Afinal, alguns têm mais sorte do que outros, e a suscetibilidade aos apelos do jogo pode afetar uma pessoa de uma hora para outra. É uma diversão que pode facilmente evoluir para o vício.

GESTÃO E CARREIRA

MUITO ALÉM DO HAMBURGUER VEGETAL

Fazenda Futuro planeja lançar, ainda neste ano, carne moída, almôndega e até salsicha feitas de planta, e Marfrig busca entrar nesse mercado

Depois dos hambúrgueres que imitam carne bovina mas são feitos de plantas, grande novidade do setor de alimentos neste ano, a Fazenda Futuro vai ampliar o cardápio de itens que emulam os produtos de proteína animal mais consumidos do país. Em outubro, a startup de comida lançará carne moída e almôndega vegetais. Até o fim deste ano, será a vez da salsicha.

“O volume de produção desses produtos deve se aproximar ao do hambúrguer”, diz Marcos Leta, fundador da Fazenda Futuro. Em seis meses de operação, a Fazenda Futuro vendeu mais de 2 milhões de hambúrgueres à base de plantas em cerca de 4 mil pontos comerciais, de restaurantes a supermercados.

Ainda em 2019, a foodtech expandirá a comercialização por meio de aplicativos de entrega em domicílio, como iFood e Rappi. Também vai ampliar as vendas para a América Latina.

Não é só a carne bovina que pode ganhar concorrentes vegetais. A Marfrig, maior produtora de hambúrguer bovino do mundo, tem mais de 70 produtos em desenvolvimento e estudos avançados para criar alimentos similares em textura e sabor às carnes de frango e de porco. Sua parceira na empreitada, desde um acordo assinado em agosto, é a fabricante de alimentos americana Archer Daniels Midland, que tem 70 pesquisadores no Brasil e nos Estados Unidos estudando alternativas para a proteína animal.

O primeiro objetivo é produzir um hambúrguer 100% vegetal semelhante à carne bovina. Depois devem vir os substitutos para outras carnes.

ALIMENTO DIÁRIO

A HISTÓRIA DO CASAMENTO

DIA 28 – AS LINGUAGENS DO AMOR

Até agora, falamos sobre a linguagem em um sentido mais ou menos tradicional, focando nas palavras que dizemos e em como as dizemos. Agora queremos fazer um pequeno ajuste em nosso foco e discutir um aspecto diferente da linguagem compartilhada. No capítulo quatro, dissemos que nossos casamentos serão mais fortes se entendermos que nossos cônjuges talvez não nos sirvam da mesma maneira que nós servimos a eles. Do mesmo modo, as pessoas dão e recebem amor de formas diferentes. Um livro excelente para ajudar você a interpretar os vários dialetos do amor – um livro que beneficiou grandemente nosso relacionamento – é As Cinco Linguagens do Amor: Como Expressar Um Compromisso de Amor a Seu Cônjuge, de Gary Chapman.

Para ajudá-lo a entender por que essa é uma questão tão importante, vamos usar nosso casamento como exemplo. As minhas (Lisa) principais formas de demonstrar amor são tempo de qualidade e atos de serviço. Isso significa que no início do nosso casamento, eu ficava ocupada fazendo coisas (lavando roupas, reformando o piso da casa, cozinhando, limpando, cuidando das crianças, pintando e cuidando do quintal) para mostrar a John o meu grande amor por ele. Eu tentava ter conversas profundas e significativas como formas de passar tempo de qualidade com John enquanto fazia as coisas que eu achava demonstrarem amor.

Eu (John) não estava sintonizado no mesmo canal que Lisa. Eu demonstro amor de forma diferente, através do toque físico e das palavras de afirmação. Lisa estava fazendo refeições maravilhosas, tirando o carpete velho da casa e instalando novos pisos, mas eu não a ouvia dizer “Eu te amo”. E embora eu estivesse sinceramente dizendo palavras de encorajamento e dando afeto físico a ela, ela também não estava ouvindo “Eu te amo”. Era como se ambos estivéssemos falando um idioma estrangeiro.

Para um casamento ser saudável, ambas as pessoas devem se sentir felizes e amadas, e todos merecem ser amados de uma maneira que possam entender. Diante dessa afirmação, não há nada de errado em fazer com que o outro saiba qual é a linguagem de amor que fala mais claramente ao seu coração. Nós encorajamos você e seu cônjuge a aprenderem como demonstrar amor lendo o livro do Dr. Chapman. Conversem sobre seus resultados. O que significaria dentro do relacionamento de vocês falar a língua um do outro? Esta conversa transcorre melhor se ocorrer de maneira gentil, sem acusações. Diga coisas do tipo “Eu me sinto amado quando você…” e depois desenvolva o diálogo.

O uso intencional de palavras ou atos feitos sob medida para a maneira como seu cônjuge demonstra afeto expandirá o vocabulário do amor na sua união. Isso fortalecerá o fundamento que vocês estabelecerem usando a língua do Céu e dizendo a verdade em amor. Juntos, esses fatores criam uma linguagem que é compartilhada por vocês dentro da sua união.

Em seguida, veremos como você pode construir o segundo aspecto que torna possível o impossível: a unidade.

EM MISSÃO

Uma das coisas que Jesus enfatizou com frequência durante Seu ministério foi a importância de estar em unidade. Veja, por exemplo, uma história relatada no evangelho de João. Na noite em que foi traído, Jesus orou para que vivêssemos em unidade: Oro não é apenas por eles [meus discípulos].

Mas também por todos os que crerão em Mim.

Por causa deles e do testemunho deles a Meu respeito.

O alvo para todos eles é tornar-se um só coração e uma única mente conosco –

Assim como Tu, ó Pai, és em Mim e Eu em Ti,

Para que possam ser um coração e uma única mente conosco. Então, o mundo poderá crer que Tu, de fato, Me enviaste.

A mesma glória que Me deste, Eu dei a eles,

Para que eles estejam unidos como Nós estamos – Eu neles e eles em Mim.

Assim, eles amadurecerão nessa unidade E darão evidência ao mundo mau

De que Tu Me enviaste

E os amaste do mesmo modo que amaste a Mim. João 17:20-23 9 (A Mensagem), grifo do autor

A unidade revela a glória de Deus. Ela atesta o poder da obra de reconciliação do Seu Filho. Embora muitos tenham procurado provar o Evangelho usando argumentos racionais ou contundentes, a primeira e melhor evidência do amor de Deus pelo mundo é a maneira como o Seu amor é demonstrado entre Seu povo.

A unidade fala não apenas aos que estão fora do Reino de Deus; ela também nos beneficia. É no lugar da unidade que Deus ordena a bênção (ver Salmos 133, ACF). Esta é a razão pela qual a unidade representa uma ameaça dupla

ao reino das trevas: ela gera favor para o povo de Deus e ao mesmo tempo leva os perdidos a observarem o amor de Deus por eles.

Não é de surpreender, então, que o inimigo faça tudo ao alcance dele para gerar desunião em seu casamento – e qualquer resquício de egoísmo ou medo que você guarde para si só ajudará a causa dele. Como permanecer unidos exige que lutemos tanto contra nosso inimigo quanto contra nossa natureza humana, esse é um trabalho árduo. É algo que requer a graça do Espírito de Deus e uma consciência de um propósito claro que transcende as dificuldades do momento. É com isso em mente que vamos olhar mais uma vez Efésios 5:21: Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo.

Em um capítulo anterior, falamos sobre os papéis que ambos os cônjuges desempenham ao se submeterem um ao outro como servos altruístas. Agora queremos expandir sua compreensão acerca da submissão e sobre como ela nos ajuda a sermos um.

Pense nisto: o prefixo sub significa “debaixo”. Junte-o à palavra missão e podemos concluir que submissão significa estar “sob a mesma missão”.5 Você já passou bastante tempo listando seus objetivos conjugais e enumerando os passos necessários para alcançá-los. Que esse chamado à submissão sirva, portanto, como um lembrete de que todo objetivo pessoal para o seu casamento tem como alvo fundamental demonstrar o amor e a glória de Deus. Ambos os cônjuges estão sujeitos à autoridade dessa missão dada por Deus, e é isso que nos compele a sermos um.

Essa perspectiva é o que capacita ambos os cônjuges a serem fortes em seu casamento. A submissão não requer que um cônjuge seja forte e o outro fraco. Por caber ao casamento cumprir uma missão tão grande, tão maior do que qualquer um de nós, é preciso duas pessoas fortes para construir uma união forte. Por favor, entenda que ao usar a palavra forte não estamos nos referindo à personalidade ou à força física. Estamos falando de contribuição. Como afirmamos anteriormente, o casamento nada tem a ver com dominação; ele tem a ver com domínio. Ele tem a ver com ganhar terreno, e não com ser territorialista.

Existem áreas no nosso casamento, na nossa família e na nossa zona de influência nas quais eu (John) sou mais capacitado que Lisa. Ela alegremente cede lugar a mim nessas áreas. Do mesmo modo, existem áreas nas quais Lisa é muito mais capacitada do que eu. Nessas questões, eu cedo lugar alegremente à habilidade e à percepção dela. Estamos unidos sob a mesma missão, e nossa missão exige o melhor que nós dois temos a oferecer.

John sempre foi excelente cuidando das nossas finanças. Ele nunca teve qualquer dificuldade em acreditar que Deus suprirá nossas necessidades e abençoará nossas vidas. Todas as casas que já tivemos, foi ele quem encontrou. Quando ele assumiu o pagamento das contas, foi como se um peso enorme fosse tirado das minhas (Lisa) costas. Eu estava cuidando das contas por causa da agenda pesada de viagens de John e dos seus horários de trabalho. Vendo minha frustração com a tarefa, ele se ofereceu para assumir meu lugar. O que era um fardo para mim era fácil para ele. Ele fazia um excelente trabalho em se tratando de grandes aquisições, como casa, carro e outras coisas do gênero. Ele também se relacionava bem com nossos meninos através de competições, jogos e atividades similares.

Eu, por outro lado, cuidava da nossa casa. Sempre quis que ela fosse um espaço onde as refeições em família acontecessem ao redor da mesa. Amo alimentar minha família, e queria que meus meninos convidassem seus amigos para vir comer conosco. Eu também queria que nossa casa fosse um lugar onde John pudesse relaxar quando voltasse de viagem.

Descubra em que áreas você e seu cônjuge estão mais bem equipados para assumir a liderança. Aprenda a ceder lugar um ao outro nas respectivas áreas onde vocês são melhor dotados.

Ceder lugar voluntariamente à liderança um do outro nas áreas mais fortes de cada um capacitará vocês a realizar a missão que compartilham.

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