A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

MENTIR EXIGE DECISÕES RÁPIDAS E DISCERNIMENTO

A mentira patológica pode ter origem em um desequilíbrio raro da substância cerebral, segundo cientistas da Universidade do Sul da Califórnia. Para sua pesquisa de doutorado, Yaling Yang escaneou o cérebro de 12 mentirosos confessos e de outros voluntários que não tinham histórico de mentir compulsivamente. Yang ficou surpresa ao descobrir que o cérebro dos mentirosos tinha 22% a mais de substância branca nas regiões pré-frontais, relacionadas à tomada de decisão e ao discernimento. A substância branca liga os neurônios entre si – que, em conjunto, são chamados de substância cinzenta.

A mentira patológica pode ser muito complicada. Mentirosos compulsivos precisam apresentar informações que pareçam corretas, embora falsas. “Talvez, para essas pessoas, seja apenas mais fácil mentir”, diz Yang. Segundo ela, o excesso de substância branca cria conexões abundantes entre dados que, de outra forma, seriam contraditórios e compartimentados. Por ora, mais estudos são necessários para determinar se os mentirosos nascem com mais substância branca ou se a desenvolvem como resultado de suas frequentes invenções.

Outros cientistas que realizaram escaneamentos por ressonância magnética em tempo real de pessoas no ato de mentir constataram a ativação excessiva da área dos lobos pré-frontais. Eles concordam que esses padrões de atividade podem servir como detectores de mentira bastante confiáveis. Se for assim, é possível que algum dia as imagens cerebrais saiam dos laboratórios e passem a fazer parte dos tribunais.

OUTROS OLHARES

EPIDEMIA HOMICIDA

Crimes de agressão à mulher e feminicídios disparam e mostram que o Brasil enfrenta uma grave doença social, que nem o endurecimento das leis é capaz de conter

São seis horas da tarde na cidade de São Paulo. Na avenida Sumaré, uma mulher é agredida por assaltantes que tentam levar a sua bolsa. Ela grita e pede socorro às pessoas que passam ao seu redor: “Estou sendo assaltada!”. A comoção se insinua, mas logo termina quando o assaltante investe no disfarce de marido traído. “Não é um assalto. Você me traiu, sua vagabunda”. E como se aprendeu que em briga de marido e mulher não se põe a colher, ninguém se mete e a mulher termina a noite assaltada e agredida. Nessas terras, desde que homem nasce homem e mulher nasce mulher, uma bolsa, ou um atentado à propriedade, é mais grave do que a violação de um corpo feminino. O fato de homens atacarem e matarem mulheres à luz do dia sem qualquer pudor acontece porque a violência de gênero é autorizada pela sociedade e o comportamento agressivo masculino é justificado pela culpabilização da vítima. A escalada dos feminicídios revela que o País enfrenta uma doença social em que atitudes extremas eclodem de uma hora para outra em lugares insuspeitos.

Os últimos números de violência contra a mulher deixam claro que a sociedade brasileira sofre de uma séria enfermidade. Há algo muito errado acontecendo com os homens, e atos sexistas, em que eles se impõem pela força, estão sendo cometidos em proporções alarmantes. Uma epidemia de agressões e de assassinatos passionais acomete o País. Dados do Mapa da Desigualdade Social 2019 divulgados terça-feira 5, pela Rede Nossa São Paulo, uma ONG que acolhe vítimas, mostram que os casos de feminicídio na capital paulista aumentaram 167% no ano passado. No primeiro semestre deste ano, o crime de morte por questão de gênero cresceu 44% na cidade, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. Foram 82 casos. Em Brasília, estudos mostram que enquanto os homicídios caem, os feminicídios sobem. Registros de outros tipos de agressão contra as mulheres também crescem. O serviço “Ligue 180” do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos recebeu 60.580 denúncias de violência entre janeiro e agosto, uma a cada seis minutos.

“A maior parte dos casos de feminicídio ocorre depois da ruptura de um relacionamento, quando a mulher termina uma relação abusiva. Os homens não aceitam a nova situação e matam”, diz a psicóloga Vanessa Molina, porta-voz da Associação Fala Mulher, que oferece assistência e proteção para vítimas de violência doméstica e atendeu oito mil mulheres em 2018. “Os abusos começam antes da violência física, com manifestações de ciúmes, xingamentos e com o afastamento da mulher de familiares e amigos. É como se o homem achasse que a mulher pertence a ele, que não se conforma com a perda do controle sobre sua ‘posse’”. Para Vanessa há uma necessidade urgente de mudar a cultura machista que está por trás dos crimes de ódio, que acontecem em famílias de todas as classes sociais e, frequentemente, são cometidos dentro de casa, no lugar em que a mulher deveria se sentir mais segura. Foi o que aconteceu com Patrícia Salviano Irrthum, de 23 anos, assassinada na segunda-feira 4, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ela foi morta com tiros na nunca, no rosto e no peito e o principal suspeito é o marido, o sargento da PM Glaysson de Souza Costa, de 46 anos, que está foragido. Depois do crime foram publicados vários posts no WhatsApp de Patrícia, escritos pelo criminoso, e um deles dizia: “Fui trair meu marido ‘polícia’ e deu nisso”.

Apesar do endurecimento das leis que penalizam esse tipo de violência, a epidemia de crimes passionais não arrefece. A Lei Maria da Penha, que estabelece cinco formas de agressão machista (física, psicológica, moral, patrimonial e sexual) e a Lei do Feminicídio, que caracterizou o homicídio de gênero, deram proteção legal para as mulheres, aumentaram o rigor da pena para agressores e assassinos, mas não inibiram os atos extremos.

Na semana passada, em mais uma demonstração de que a sociedade tenta reagir à doença social, o Senado aprovou em primeiro e segundo turno proposta de emenda constitucional (PEC) que modifica o inciso 42 do artigo 5º da Constituição e torna inafiançável e imprescritível o crime de feminicídio. A PEC segue agora para a Câmara e tornará a cadeia inevitável para os assassinos de mulheres. O que se vê, porém, é que o feminicida, na maioria dos casos, não está preocupado com as consequências de seu ato. Age enlouquecidamente e acha que está com a razão. O ódio e o desejo de vingança são maiores do que o medo da pena. Ele mata a mulher no meio da rua ou em lugares públicos e depois foge ou se suicida. No fim de semana, quando as famílias se reúnem, há uma incidência maior desses crimes.

MEDIDAS PREVENTIVAS

“Não será só com leis que vamos resolver o problema. É preciso reeducar a sociedade, é um processo evolutivo”, afirma Larissa Schmillevitch, gerente do Mapa do Acolhimento, ONG que cuida de mulheres ameaçadas e agredidas. “Outra questão é achar que a violência contra a mulher é algo privado em que ninguém se mete. A sociedade precisa entender que se trata de algo público, que pode ser evitado”. O Mapa do Acolhimento é uma rede de solidariedade coordenada pela ONG Nossas, um laboratório de ativismo feminista. Para Larissa, o aumento das denúncias tem relação direta com o crescimento da violência, e também com o fato de as mulheres terem mais acesso às informações e estarem menos caladas e conseguindo identificar com clareza as situações abusivas de seu relacionamento. Isso permite que se tomem medidas para impedir atitudes violentas de maridos e namorados transtornados.

A medida principal que as ativistas dos direitos da mulher defendem para conter a onda de feminicídios é a prevenção. Segundo ela, esse crime pode ser inibido com uma atuação assistencial no início do ciclo da violência, quando começam os abusos. Mas mulheres que denunciam seus algozes precocemente se expõem a um risco maior e necessitam de proteção. “A lei é muito boa, mas precisa ser aplicada de forma adequada”, afirma Larissa. “A gente enfrenta problemas nas delegacias da mulher por falta de profissionais qualificados e percebe um sucateamento nos serviços públicos de atendimento.

É difícil realizar uma denúncia”. Quer dizer, as mulheres estão falando mais sobre seus dramas, mas não estão sendo ouvidas.

GESTÃO E CARREIRA

APROVEITE O DIA

Profissionais estão restringindo o uso da internet para reduzir a ansiedade de querer saber de tudo o que acontece e poder curtir mais os momentos offline

Assim que deixa o escritório do Google, em São Paulo, a primeira providência de Vinícius Malinoski é colocar o smartphone em modo avião — e o celular só vai voltar ao estado-padrão no dia seguinte, quando o diretor do The Zoo, área de criatividade do Google, sair de casa para ir ao trabalho. Sem notificações nem a necessidade de checar e responder às mensagens, Vinícius fica longe de interrupções e sentimentos como ansiedade, o que o ajuda a desopilar e a encontrar tempo para apreciar momentos em que possa se fazer presente de maneira mais intensa. Aos 37 anos, os últimos quatro dedicados à multinacional de tecnologia mais valiosa do planeta, ele adotou essa postura por notar que a hiperconectividade pode ser prejudicial. “Percebi que era mais saudável não estar conectado o tempo todo, que precisava sair um pouco desse círculo virtual e aproveitar para relaxar”, diz. “Nas manhãs corro, nado, faço ioga ou jogo tênis. Depois, vou de bicicleta até o trabalho, onde fico das 9 às 18 horas. Deixo 30 minutos do meu almoço para meditar e, à noite, depois de jantar com minha esposa, leio um livro ou estudo música”, conta. E essa postura se reflete em sua equipe, composta de quatro profissionais. “Tento preservar, pois tenho pessoas no meu time que preferem adotar um horário diferente do meu para estar com a família.”

O comportamento de Vinícius — e de outros que, como ele, estão sentindo prazer em ficar longe da internet — já tem nome: Jomo, acrônimo de joy of missing out, que significa algo como “alegria em ficar por fora”. A atitude, que surgiu dentro das empresas de tecnologia, é um contraponto ao Fomo ( fear of missing out), que, segundo o dicionário Oxford, pode ser traduzido como “ansiedade gerada pela possibilidade de um evento emocionante ou interessante estar acontecendo em outros lugares, muitas vezes despertada pelas redes sociais”.

Basicamente, enquanto o Fomo representa o desespero em saber de tudo o que acontece no mundo digital e o pavor de ficar de fora de todo o burburinho das redes sociais, o Jomo vai no caminho contrário e estimula as pessoas a se desconectarem para que possam experimentar intensamente alguma coisa no mundo offline. “Na busca pela consciência sobre os próprios desejos e com vontade de viver o momento presente e usufruir dele, as pessoas têm se questionado sobre o uso da internet e suas funções. Por estarem mais criteriosas e selecionando melhor o que fazem e as informações que consomem, elas acabam dando espaço ao Jomo”, diz Karen Vogel, psicóloga e professora da The School of Life, de São Paulo. Essas são preocupações importantes em tempos atuais. Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, o Brasil conta hoje com 230 milhões de celulares ativos. Computadores, notebooks e tablets somam 180 milhões. Já o Cetic.br, responsável pela produção de indicadores e estatísticas sobre disponibilidade e uso da internet no Brasil, aponta que, em 2017, mais da metade da população brasileira já tinha acesso à rede mundial de computadores. Os números expressivos fizeram o governo olhar o assunto com atenção. Em julho deste ano, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos anunciou um programa de “detox digital”, o Reconecte, que, além de alertar a população para os riscos do uso excessivo da tecnologia, propõe um desafio ao público: trocar, durante um dia inteiro, o tempo gasto com celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos por atividades offline. E o Instagram, que, segundo uma pesquisa do Reino Unido, é a rede social mais prejudicial para a saúde mental, está escondendo o número de curtidas nas fotos. Segundo a empresa, isso é feito para “aliviar a pressão” que as pessoas sentem ao postar uma imagem.

IMPACTOS NA CARREIRA

Mas nem todos parecem entender a necessidade de ter momentos de prazer fora da internet. A pressão por resultados, a facilidade de falar com subordinados e colegas em grupos corporativos do WhatsApp e do Telegram e de acessar o e-mail do trabalho pelo celular estariam dificultando o processo de desconexão por parte dos empregados não só nos fins de semana e feriados mas também nas férias. Uma pesquisa do LinkedIn realizada em 2018 demonstra isso. De acordo com o estudo, 70% dos consultados admitiram não se desligarem do emprego nas férias. A prática de não aproveitar o período de descanso para se desconectar e recarregar as energias, apesar de comum, tem consequências bem negativas: estresse, ansiedade, queda do potencial produtivo, diminuição da criatividade e baixa capacidade de inovação. “A redução da concentração e da inventividade pode afetar a produtividade em setores em que a criação é importante. O acesso digital excessivo também pode limitar vivências não previstas ou que não tenham sido filtradas por dispositivos digitais”, diz Anderson Sant’Anna, professor adjunto da FGV-Eaesp. “Daí a importância de praticar momentos de oxigenação que possam colocar o indivíduo em contato com diferenças, inovações e possibilidades de surgimento do novo, fora do controle dos algoritmos.”

Foi o que percebeu a publicitária Cláudia Gambaroni, de 40 anos. Depois de meses vivenciando uma exaustiva rotina digital, sentiu que era hora de repensar seus hábitos e suas relações pessoais após um alerta feito por sua mãe. “Ela disse que, quando eu a visitava ou estava em momentos de lazer com familiares, ficava apenas no celular. Que era como se eu não estivesse ali e que sentia falta da minha presença. Aquilo me fez refletir”, afirma a empresária.

Durante quase um ano, enquanto coordenava diversas equipes e redes sociais, Cláudia chegou a trabalhar por até 20 horas seguidas hiperconectada. Ela teve problemas de ansiedade, estresse, insônia e irritação depois de assumir a liderança de uma grande campanha de marketing político na internet. “Estava com os nervos à flor da pele. Falava com muitas pessoas, avaliava informações o tempo todo e até dormia com o celular embaixo do travesseiro para responder às mensagens da equipe. Só percebi que algo não ia bem, entretanto, quando, após o término da campanha, com o alerta da minha mãe, notei que estava condicionada a olhar a internet de maneira agressiva mesmo sem estar trabalhando”, diz. A mudança de comportamento ocorreu de forma mais drástica num primeiro momento. “Fiquei fora das redes sociais por quatro meses e passei a investir esse tempo em atividades físicas e a me dedicar a meus relacionamentos presenciais, com amigos e familiares. Não queria nada mais a distância. Também estabeleci uma meta diária e hoje uso menos a internet, apenas no escritório. Nos fins de semana, acesso a rede por apenas 15 minutos para ver coisas pessoais — e só”, diz Cláudia, que controla as horas que gasta na web depois de instalar um app com essa finalidade. “Não foi fácil no começo, mas encontrei uma maneira mais saudável de viver cuidando da mente, do corpo e do espírito. Passei a usar meu tempo para ler, praticar esportes e estar com minha família. Ganhei qualidade de vida.”

MAIS EQUILÍBRIO

De acordo com o psicólogo Cristiano Nabuco, coordenador do Núcleo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o Brasil é o segundo país do mundo no ranking de navegação na internet. Segundo ele, cada usuário gasta, em média, 9 horas e 29 minutos por dia na rede. E, apesar de não haver um estudo que mostre o percentual de dependentes tecnológicos no Brasil, a premissa internacional aponta que 10% dos usuários de computadores e smartphones estão sujeitos a algum grau de vício em internet.

O impacto na saúde dos funcionários poderia ser menor, principalmente se as empresas já trabalhassem com políticas corporativas de bem-estar digital para despertar hábitos online mais conscientes nas equipes e, claro, se os profissionais não acreditassem que o comportamento multitarefa é positivo para o currículo. “Ser multitarefa não é melhor para a produtividade. Ao contrário, o cérebro não é multitarefa, é programado para focar uma coisa por vez. Ele trabalha com o único propósito de finalizar o que foi iniciado”, explica Cristiano.

Se soubesse disso, o advogado e especialista em direito do consumidor Marco Antônio Araújo Júnior, de 44 anos, teria evitado um ciclo tecnológico de 16 horas diárias na internet a partir de 2013, prática que afetou seu foco e sua produtividade. Para dar conta das duas funções que exercia na época, a de diretor executivo de um grupo educacional e a de professor de direito em um curso preparatório para o exame da OAB, e despachar o que era preciso, Marco se valeu dos benefícios da internet, mas logo passou a ter problemas. “No home office respondia a mais de 400 e-mails por dia, fazia reuniões online e, mesmo trabalhando das 7 às 23 horas, acordava de madrugada para responder a dúvidas de alunos pelas redes sociais. Eram cerca de 500 mensagens por dia”, conta.

Com um horário hiperextendido de trabalho e sem conseguir um equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, Marco passou a não se alimentar direito, permanecia longos períodos sentado e tinha menos interações com a família. A consequência veio no ano seguinte: uma hérnia, resultado de meses de uma postura indevida no uso de dispositivos digitais. Apesar dos tratamentos médicos aos quais foi submetido para o problema na coluna, o “detox” das redes, entretanto, só aconteceu anos mais tarde. “Em 2018 percebi que não estava sendo realmente produtivo por causa da internet. Foi então que comecei a aplicar algumas técnicas de coaching que aprendi no dia a dia e a mudar meus hábitos”, explica Marco, que começou a monitorar o tempo gasto na rede de computadores e estabeleceu metas pessoais. “O início foi difícil. Eu queria saber o que estava acontecendo nas redes o tempo todo, mas logo consegui organizar as tarefas com a ajuda de estratégias.”

Hoje, além da prática de exercícios e de fazer seu horário de almoço sem o celular, Marco trabalha 1h30 sem as distrações da internet faz uma pausa de 30 minutos para responder aos e-mails e às mensagens profissionais. Sua meta é chegar a 3 horas ininterruptas, o que ele garante que conseguirá em breve. A organização trouxe uma rotina diferente para sua vida. “Ganhei tempo de qualidade om minha família, fora da internet, e com base em minha experiência pude ensinar táticas a meus alunos para se concentrarem mais nos estudos fazendo menos uso do celular”, diz o profissional, que administra uma plataforma de cursos preparatórios online chamada Meu Curso.

SINAIS DE ATENÇÃO

Como identificar se é hora de dar um tempo na internet e nas redes sociais

*** Você dorme com o celular embaixo do travesseiro ou na cabeceira da cama e acorda para responder às mensagens.

*** Fica ansioso e angustiado quando percebe que a bateria está acabando e não está com o carregador.

*** Escuta o alerta de notificação e fica aflito para ler e responder às mensagens rapidamente.

*** Se pega pensando em qual momento poderá mexer no celular novamente.

*** Negligencia atividades importantes para usar o smartphone e, no fim do dia, percebe que foi improdutivo.

*** Tenta reduzir as informações que consome na internet, mas não consegue.

*** Ignora momentos com familiares e amigos e põe em risco o emprego por não se desconectar das redes.

*** Busca informações quando não precisa, muda de tela continuamente e se sente frustrado por não encontrar nada interessante.

*** Fica se comparando: acha que a vida dos outros é mais interessante e mais bem aproveitada que a sua.

SEM CONEXÃO

Dicas para se desintoxicar do mundo digital e experimentar o conceito Jomo

AVALIE O TEMPO QUE GASTA NA INTERNET

Consulte o consumo de dados de seu celular para saber quais apps mais acessa, reduza o tempo gasto nos que estiverem no topo da lista e estabeleça metas diárias de uso.

REVEJA SUA ROTINA

Escolha atividades que gostaria de incluir no dia a dia — e antes não tinha tempo — e organize para que a prioridade de sua agenda seja você.

FAÇA O QUE LHE DÁ PRAZER

Coloque em sua rotina momentos prazerosos, como música, esporte, culinária, leitura e passeios. Descubra o que lhe dá prazer e garanta que não seja incomodado nesse período.

OFFLINE E SEM CULPA

Quando estiver em seu momento pessoal, liberte-se de responder a mensagens imediatamente. Desligue o celular, deixe-o em “modo avião” ou silencie as notificações, preservando apenas grupos e contatos prioritários — como o da família.

TENHA UM DIA (OU VÁRIOS) LONGE DA INTERNET

Experimente ficar fora das redes sociais nas folgas, nos fins de semana e nas férias. use o tempo livre para ler, ver amigos, viajar e trabalhar em projetos pessoais que não exijam acesso à web.

CURTA O MOMENTO

Experiências devem ser aproveitadas na hora que acontecem, com quem está a seu lado. Por isso, desligue o celular enquanto almoça com a família ou conversa com amigos.

SEJA UM LÍDER DANDO O EXEMPLO

Evite incomodar sua equipe com assuntos profissionais fora do expediente.

ALIMENTO DIÁRIO

A HISTÓRIA DO CASAMENTO

DIA 2 – QUANDO SUA HISTÓRIA É DESAFIADA

O número de anos de uma jornada não conta toda a sua história. Um casamento de cinquenta anos pode significar cinquenta anos de dificuldades, ou cinquenta anos de felicidade constante. Mas, com muito mais frequência, o casamento é um mosaico de estações variáveis e diversas.

Quando olhamos a imagem da árvore na capa deste livro, fica evidente que cada anel aumenta o diâmetro da árvore. Não importa se o ano foi de dificuldade ou abundância, ele acrescentou volume à história e significado à jornada. Será que O Peregrino, de John Bunyan – um livro que continua sendo publicado mesmo depois de três séculos – seria uma obra prima duradoura se Cristão (o personagem principal da história) tivesse chegado à Cidade Celestial (seu destino) sem ter passado pelo Pântano da Desconfiança ou sem ter triunfado sobre o gigante Desespero? Sem o enredo complexo entremeado por alegrias e desafios, sua história seria monótona e vazia de acontecimentos especiais. Os perigos que Cristão suporta e vence são o que fazem com que sua história valha a pena ser lida. Os desafios pelos quais passamos em nossos casamentos têm o potencial de acrescentar às nossas histórias empolgação e significado semelhantes.

Não despreze os momentos de desânimo. Use-os para se aproximar da graça de Deus e encontrar Sua força divina que desafiará os limites da sua capacidade emocional e espiritual. Ao longo de mais de três décadas de casamento, descobrimos que foram exatamente os momentos que pareceram ser mais sombrios que se tornaram mais tarde faróis para iluminar nosso caminho. Eles nos compeliram a nos levantarmos e nos posicionarmos. Seus problemas atuais podem se tornar alguns dos mais importantes momentos da sua história.

O ESPÍRITO DO CASAMENTO

Antes de mergulharmos na história do casamento, vamos parar por um instante e explorar seu propósito. Não há dúvidas de que o casamento é maravilhoso, mas às vezes ele é um processo doloroso. A maioria de nós tende a ter muito mais paciência com a dor envolvida em um processo quando entendemos seu propósito. Por exemplo, você pode suportar duas horas na cadeira de um dentista se souber que o procedimento cumprirá o propósito de erradicar uma dor de dente incessante. No seu casamento, você provavelmente já passou por dias que pareciam mais uma visita ao dentista do que um passeio na praia (e se ainda não passou por isso, você passará). É nesses momentos dolorosos que ter consciência do seu propósito torna-se ainda mais crucial.

Hoje em dia, o propósito do casamento está sendo questionado. Por não entenderem o propósito de suas uniões, muitas pessoas estão prontas para pular fora quando as águas turbulentas fazem seus barcos balançarem. Outros argumentam que a instituição do casamento como um todo está falida, e precisa ser revista ou eliminada. Alguns até sugerem que os contratos de casamento deveriam ser limitados a um período predeterminado – aparentemente, para sempre é muito tempo para se esperar de qualquer um de nós. Essas pessoas argumentam que é irrealista tomar decisões sobre como vamos nos sentir daqui a vinte anos, quando mal podemos controlar a maneira como vamos nos sentir amanhã.

Na conhecida canção “Mrs. Jackson”, o grupo de hip-hop OutKast expressou um sentimento popular: Eu e sua filha

Temos algo especial

Você diz que é coisa de criança Nós dizemos que é um amor maduro Espero que nos sintamos assim, que nos sintamos assim para sempre Você pode planejar um bonito piquenique Mas não pode prever se vai haver sol

A música “Mrs. Jackson” é o pedido de desculpas de um homem à mãe de uma jovem que ele engravidou, mas por quem não sente mais amor. Infelizmente, essa canção reflete perfeitamente uma visão predominante do amor e do casamento: eles devem fazer com que eu me sinta bem. Essa perspectiva se fundamenta na convicção de que nossas emoções nos dizem o que é certo e errado, e que somos incapazes de controlá-las. Se não me sinto feliz, então obviamente tenho de fazer alguma coisa para mudar isso. Afinal, não posso controlar como me sinto, assim como não posso controlar a mudança das estações. Ou, como o grupo OutKast diz, você pode planejar um bonito piquenique, mas não pode prever se vai haver sol.

Há outros que querem que a definição de casamento se adapte às diferentes épocas. Eles perguntam: “Por que não podemos ser mais flexíveis? Se esta instituição vai sobreviver, ela precisa se ampliar para incluir uniões entre dois homens e entre duas mulheres”. Certas celebridades estão até mesmo se recusando a se casarem até que os parâmetros do casamento tenham sido revistos. (Para ser claro, todo casamento deve sempre crescer e se adaptar, mas a definição e os participantes do casamento não mudam.) Então, a quem devemos ouvir? Quem tem o direito de definir – ou redefinir – o casamento? Quem tem as credenciais para nos dizer como o casamento deve impactar nossas vidas?

Acreditamos que Deus é o Único que tem esse direito. Sua Palavra declara: Foi o Eterno que fez o casamento, não você. Seu Espírito permeia até os menores detalhes dessa união… Portanto, guarde o espírito do casamento dentro de você. Malaquias 2:15, A Mensagem

Esse versículo não deixa espaço para dúvida: “Foi o Eterno que fez o casamento, não você”. Ele não apenas criou o casamento, como também Se envolveu pessoalmente no processo pelo qual duas pessoas se tornarem uma.

Todo casamento é composto de muitos elementos diferentes, alguns simples e alguns tremendamente complexos, mas, pelo Seu Espírito, Deus revigora (ou traz vida a) os detalhes mais íntimos do casamento.

Observe que Malaquias 2:15 diz: “Seu Espírito [de Deus] permeia até os menores detalhes dessa união”. Em outras palavras, Deus nos permite ter expressão criativa no casamento, mas Ele retém todos os direitos de Criador sobre o que é o casamento e a quem ele inclui. O casamento não pode ser recriado sem o consentimento e a participação de Deus, e Ele é claro quanto às questões fundamentais: “Eu sou o Senhor e não mudo” (Malaquias 3:6, NTLH).

DE VOLTA AO ÉDEN

Vamos voltar ao jardim. Você se lembra das duas árvores? Uma delas, a árvore do conhecimento do bem e do mal, era a única árvore cujo fruto era proibido a Adão e Eva. Deus os advertiu que se eles comessem de seu fruto, eles morreriam. Mas algo naquela árvore fez com que eles se recusassem a ouvir a advertência de Deus e partilhassem o fruto proibido.

E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento… Gênesis 3:6 (ACF), grifo do autor.

Certamente muitas árvores nesse jardim eram boas para se comer e agradáveis aos olhos. Mas uma árvore cujo fruto tinha o poder de elevar uma pessoa à condição de Deus era outra coisa completamente diferente! Eva pensou que houvesse algo além daquilo que já lhe havia sido dado. Achamos impressionante o fato de a mulher ter agarrado algo que não devia ter (igualdade em relação a Deus) perdendo nesse processo algo que ela já tinha o potencial para possuir (sabedoria).

Adão e Eva desejaram ser como Deus, separados de Sua influência e autoridade. Eles se agarraram a um papel que não lhes era lícito assumir. Essa decisão contrasta claramente com a escolha feita por um de seus descendentes:

[Jesus], embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se… Filipenses 2:6

Adão e Eva foram feitos à imagem de Deus, mas não iguais a Ele. A imagem de algo fala de um reflexo, e não de uma representação em sua totalidade. A falsa promessa de igualdade com Deus fez com que o homem e a mulher pensassem que estavam recebendo alguma coisa, quando na verdade ambos estavam perdendo. Eles não receberam sabedoria; eles aceitaram um engano.

O casal enganado e desobediente foi banido do jardim. Eles nunca mais teriam acesso ao fruto encontrado na árvore da vida. Sem esse fruto vivo, Adão e Eva estavam condenados à mortalidade. Eles morreram, e o jardim deles desapareceu há muito tempo. Mas, de certa maneira, eles vivem, porque somos sua descendência. Homens e mulheres não têm mais imortalidade individual nesta Terra, mas o casamento é uma maneira de dar continuidade à vida através da reprodução.

A boa notícia é que a Cruz de Cristo agora é nossa árvore da vida definitiva. Ela restaura tudo o que foi perdido no jardim. E um casamento segundo o coração de Deus pode funcionar como uma árvore que perpetua a vida. Ele tem em si a base necessária tanto para o legado quanto para a intimidade. Por isso é tão importante para Deus honrarmos o casamento, guardarmos o seu espírito e amarmos um ao outro.

Não é preciso ser um especialista em relacionamentos para perceber que algo significativo se perdeu na transição do jardim para o agora. Muitos casamentos são o oposto de uma árvore que perpetua a vida. Divórcio, adultério, decepção, infelicidade e ofensa destroem nossos casamentos e lares. Por causa desses momentos em que o amor falha, muitos não entendem o propósito do casamento – ou sequer por que eles deveriam querer se casar. Outros, que são casados, estão simplesmente tentando sobreviver ao fogo cruzado. Para eles, o casamento não é um porto seguro. É uma zona de guerra.

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