A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

MULHER ELÁSTICO

Assim como a personagem do desenho animado, a mulher contemporânea tem de ser elástica para dar conta das demandas do cotidiano

Em uma tarde de domingo caía uma fina garoa paulistana. Fui despertada de meus pensamentos longínquos por uma solicitação dos meus Alunos. Eles me pediam que os levasse para assistir ao filme Os incríveis, da Disney.

Arrastada pelo entusiasmo deles, entrei numa longa fila, na companhia barulhenta de pais, avós e crianças que se acotovelavam na porta da sala do cinema, na tentativa de conseguir um bom lugar. Pipoca, Coca-Cola e chocolate! Enfim, bem instalados nas poltronas, esperamos o filme começar.

Na tela, desenhou-se a imagem do cotidiano de uma vida familiar cheia de encantos e desencantos, como todas as outras. Tarefas, alegrias e tristezas, limites e frustrações, lamentos e questionamentos são experimentados pelos personagens: um casal de ex­ super herois e seus filhos que, impedidos de exercer seus poderes, são obrigados a levar uma vida “normal”. O poder do Sr. Incrível está na força. A Sra. Incrível transforma-se na mulher -elástico. A filha mais velha, uma garota de uns 12 anos, magrinha e tímida, pode se tornar invisível. Falante e ágil, o filho do meio, tem a habilidade de correr a uma velocidade enorme. E o caçula, um bebê engraçadinho e comilão, de início parece ser o único membro da família sem capacidades extraordinárias.

À medida que me vejo interessada pela figurada mulher­ elástico, me dou conta da sutileza do filme na escolha dos poderes dos personagens. Percebo, pela reação dos meus filhos, que eles também se interessavam pelas características dos diversos personagens, identificando semelhanças e diferenças entre os protagonistas e eles próprios. Não demorou muito para trocarmos olhares de cumplicidade e risadinhas diante de algumas cenas que lembram situações conhecidas por todos nós.

Saímos do cinema comentando animadamente o filme e continuamos a discuti-lo durante toda a semana. A partir daí, a imagem da mulher-elástico, excelente representação para a mulher na contemporaneidade, não me abandonou mais. Lembrei-me de que Freud localiza o mal-estar do seu tempo na repressão da vida sexual devido à moral civilizada daquela época. Inicialmente, ele compreende que a neurose atinge mais as mulheres que os homens – embora certamente esteja presente também neles – justamente porque são elas o alvo privilegiado dessa moral repressora. Ao restringir a sexualidade ao casamento, a sociedade no início do século XX organizava-se para manter a mulher no espaço privado, longe da “tentação” do âmbito público, fonte de saber e de autonomia.

Desde a década de 50, as transformações no modo de vida das mulheres vêm se processando de maneira mais acelerada. A entrada no mercado de trabalho, o acesso à formação universitária e às novas formas de erotismo organizaram a luta feminina em defesa dos seus direitos. A pílula anticoncepcional e as mudanças nos contratos matrimoniais também foram, aos poucos, organizando a saída da mulher do  universo doméstico e do exclusivo cuidado dos filhos, conduzindo-a para o espaço público, antes reservado quase exclusivamente aos homens.

IDEAIS AMPLIADOS

A progressiva conquista de novos lugares e papéis femininos trouxe uma infinidade de ganhos que, como não poderia deixar de ser, teve seu preço. Isso solicita uma mudança na posição subjetiva da mulher, o que certamente exige a passagem pelo luto da perda de garantia das antigas posições. Caminho tortuoso e difícil, pois a estrada é em direção à autonomia, única via de acesso a novas realizações, pede que a mulher assuma o preço da responsabilidade de uma posição de sujeito, propriamente desejante.

A mudança dos tempos traz sempre consigo a transformação dos ideais, resultado de novas conquistas do ser humano no saber sobre si mesmo. Ocorrem aí o abandono de interesses antigos e a descoberta de novos interesses e necessidades. No entanto, para as mulheres essa mudança trouxe também uma ampliação dos ideais. No que diz respeito à sua inserção na cultura, elas confrontam se hoje não apenas com as modificações dos ideais, mas com um verdadeiro acúmulo deles.

Presas à necessidade de corresponder ainda aos ideais do âmbito doméstico, reinado de suas mães e avós, as mulheres se vêm hoje requisitadas pelas demandas próprias do espaço público – profissional e social. Às voltas com o difícil caminho que qualquer mudança de posição subjetiva exige as mulheres parecem ter diante de si um espectro amplo de ideais a alcançar.

Esticadas entre uma identificação passiva e materna e outra ativa e fálica, tentam lidar com o excesso que caracteriza as demandas do seu cotidiano. Resulta dar um verdadeiro acúmulo que requer uma elasticidade nunca antes sequer imaginada. Se a necessidade de perseguir ideais constrói a trajetória cultural do ser humano ao longo do tempo, o percurso das mulheres, em particular, nos permite constatar que, ao modelo de santidade e beleza, veio juntar-se também o de sucesso – tão caro à cultura contemporânea.

Assim, uma boa representação do ideal de feminino dos dias atuais é a figura da mulher-elástico. Para tentar dar conta de tantos ideais, a mulher atual – tão bem representada pela Sra. Incrível – precisa ter um funcionamento verdadeiramente elástico. Deve desempenhar com sucesso, uma gama tão variada de funções que só mesmo uma elasticidade originária poderia lhe garantir ao menos, algum êxito numa empreitada tão fantástica, própria dos super-heróis!

Se a particularidade da relação da menina com a castração, tal como destacou Freud, assinala a dificuldade de acesso à sublimação e à construção do superego, é essa mesma particularidade que parece lhe garantir a elasticidade de sua organização libidinal e, consequentemente sua diversidade de possibilidades identitárias.

Se, por um lado, a mulher pode desfrutar de inúmeras possibilidades de gozo sexual, por outro, essa diversidade lhe garante uma elasticidade considerável de interesses – e não apenas sexuais. Fala-se com frequência na capacidade feminina de fazer muitas coisas e investir simultaneamente, em campos diversos. No entanto, para além dessa elasticidade originária, não existiria também uma dimensão essencialmente conflitiva nessa amplitude de exigências?

Para corresponder às inúmeras demandas próprias de sua época, a mulher-elástico precisa não só ser ideal, mas também ter o corpo ideal. Além de mãe dedicada, compreensiva e bem-humorada, deve conservar-se sempre jovem. Amante ardente e bem-disposta, precisa ter uma diversidade de investimentos. Com igual obstinação, realiza os exercícios físicos indispensáveis à manutenção do corpo perfeito e mantém vivos seus interesses culturais nos destinos da humanidade.

Mantendo um pé na academia de ginástica e o outro na mostra de cinema do momento, a mulher­ elástico é medianamente culta. Bem informada, é capaz de falar sobre qualquer assunto, mesmo que deixe transparecer certa mediocridade em muitos deles. Além de magra, realizada e bem-sucedida profissionalmente, é bonita, bem-cuidada e economicamente independente. Assiste a filmes de Godard com o mesmo entusiasmo com que entra em uma churrascaria, embora se prive de boa parte do menu disponível. Serena e controlada, a mulher-elástico come carne – desde que acompanhada de salada!

MAGREZA EM DESTAQUE

A hipervalorização da magreza tem acentuado a relação entre a autoestima e a imagem do corpo esguio, particularmente para o sexo feminino. Há 20 anos, as modelos pesavam 8% a menos que a média das mulheres, atualmente a diferença chega a 20%. Embora a aparência física seja um elemento fundamental para a imagem feminina em diversas épocas e culturas, a magreza nem sempre foi o ideal almejado. Muito pelo contrário.

Uma breve passagem pela história da arte revela que a Renascença valorizava corpos fartos, quadris grandes e abdomens avantajados. Embora se saiba que a exigência de magreza nas mulheres tenha começado por volta dos anos 20, em sintonia com o início do movimento de liberação feminina, nas décadas de 40 e 50 as estrelas de Hollywood, como Rita Hayworth, por exemplo, exibiam seios abundantes e formas a curvilíneas, valorizadas pela sensualidade. A exigência de magreza intensificou-se nos anos 60 e acentuou-se consideravelmente na década de 70. As formas do corpo idealizado tornaram-se menos arredondadas.

Embora padrões estéticos tenham se modificado, a luta para atingir o modelo de beleza vigente marca a relação da mulher com seu corpo em todas as épocas e culturas. Em 1580, o escritor Michel de Montaigne (1533-1592) já chamava a atenção em seus ensaios para o fato de que as mulheres desprezam a dor em função da vaidade. É assim que, ao longo dos tempos, elas escravizam o corpo em nome de parâmetros ao qual aspiram em cada época.

Houve o tempo em que esfolavam a pele para adquirir a tez mais fresca, ou buscavam propositalmente desenvolver problemas estomacais para conseguir a palidez valorizada na ocasião ou, ainda, apertavam o ventre em duros espartilhos para exibir a cintura delgada. Qualquer semelhança com a submissão aos atuais tratamentos estéticos e cirúrgicos, muitas vezes bastante dolorosos, e a especial dedicação às dietas alimentares para emagrecer, algumas radicais e perigosas para a saúde, não uma mera coincidência.

O ideal de magreza domina a cena contemporânea, não somente como ícone desucesso. Constitui-se até como modelo de perfeição moral, o corpo magro é a senha para se conseguir aprovação, poder e dinheiro. A idealização de forma bem esculpidas exige da mulher-elástico disciplina e firmeza – só desse modo poderá permanecer no ringue da luta pela beleza fetichizada pela cultura.

Engajada na busca pelo valorizado corpo fino e rígido, ela se lança na corrida insana para não perder o bonde de seu tempo, Escrava da amplitude e da diversidade dos ideais, dos quais precisa ao menos conseguir se aproximar, mulher-elástico, vitimada pelo excesso e pelo cansaço diante de suas incríveis atribuições, vive culpada diante da constatação da impossibilidade de ser tudo o que se exige dela.

CONFLITO E QUESTÃO

Endividada consigo mesma e com os que a cercam, ela é, ao mesmo tempo, culpada e impotente. Experimentando frequentemente uma dolorosa sensação de que algo lhe escapou, de que alguma coisa transborda sempre do seu cotidiano assoberbado, a mulher­ elástico constata, desamparada, que seu corpo dói!

E para que tudo isso? Às vezes, é no ponto extremo da dor que se pode encontrar, ou reencontrar o próprio limite a essa espécie de tirania velada que nos leva, frequentemente, a nos posicionar como objeto no desejo do outro. Poder reinventar cada dia, os caminhos do próprio desejo e seguir construindo um discurso próprio supõe uma mudança de pergunta, para quem tudo isso? A mudança da questão supõe a existência de um sujeito a quem se destinam os esforços realizados e, certamente, também os prazeres das vitórias conquistadas. Isso exige que a mulher se pergunte se é ela mesma o destinatário desses esforços, o sujeito dessa pergunta.

Todas nós, mulheres, experimentamos na carne as diversas formas de manifestação da angústia que a exigência de elasticidade acaba por despertar no cotidiano. Se abandonar o terreno das certezas não é nem mesmo uma possibilidade para a mulher contemporânea, visto que há muito as certezas já se foram, resta reconhecer a dimensão essencialmente de conflito colocada em cena pelas próprias conquistas em direção à autonomia.

Obviamente, não se trata de nos culpar pelas conquistas e pelos avanços obtidos, muito menos de defender o retrocesso a posições anteriores. Sem ilusões ou hipocrisias, devemos admitir que o que tínhamos antes certamente não era melhor do que o que temos hoje. Devemos, ao contrário, usufruir prazerosamente de tudo que foi conquistado. Trata-se, então, de nos colocarmos no interior do conflito para problematizá-lo, para circunscrevê-lo com a circulação de perguntas e não com a enunciação de ingênuas certezas. Assim, em nosso caro mundo contemporâneo, seguiremos, todas nós, mulheres-elástico, cansadas, doloridas, culpadas e cheias de incertezas, porém sem jamais perder um certo brilho que insiste em sobreviver e clarear perguntas – uma espécie de testemunho de rebeldia que nos habita e constitui Herdeiras da Fênix, somos consumidas pelo fogo com mais frequência do que seria desejável. No entanto, renascemos das cinzas! Talvez somente por teimosia ou, simplesmente, por insistir em sustentar a esperança de viver meramente como diz Caetano Veloso, sabendo a dor e a delícia de ser o que é”.

MARIA HELENA FERNANDES – é psicanalista, doutora em psicanálise e psicopatologia pela Universidade de Paris VII, com pós-doutoramento pelo Departamento de Psiquiatria da Unifesp, professora do curso de psicossomática do Instituto Sedes Sapientiae.

OUTROS OLHARES

A VEZ DOS TIKTOKERS

Aplicativo chinês de vídeos curtos vira mania entre adolescentes e cria nova leva de influencers

Há algumas semanas, em sua edição comemorativa de 10 anos, a VidCon — conferência realizada anualmente no sul da Califórnia para celebrar influenciadores e criadores de conteúdo digital — pareceu ter testemunhado o início de uma revolução. Tratados como superestrelas do evento, com direito a segurança reforçada e contato quase impossível com os fãs, os youtubers passaram a ter de dividir atenções e idolatria com uma rede de criadores praticamente desconhecida até o começo deste ano: os tiktokers. Adolescentes ou jovens adultos cujos vídeos de até 15 segundos acumulam milhões de visualizações eram tratados como astros do rock em meio à multidão juvenil que tomou a cidade de Anaheim. Acessíveis, eles distribuíram autógrafos, fizeram selfies e gravaram conteúdo com os fãs — e podem ganhar até US$ 1 milhão por publicação.

É bem provável que você desconheça a existência de uma plataforma chamada TikTok — apesar de o aplicativo ter sido o terceiro mais baixado do mundo no primeiro quadrimestre de 2019, o primeiro, se considerarmos apenas redes sociais —, mas isso é questão de tempo. Tente perguntar para um adolescente conhecido e terá uma resposta, provavelmente confusa, sobre de que se trata.

Grosso modo, o TikTok é um aplicativo baseado na criação e no compartilhamento de vídeos curtos. Ele nasceu a partir de outra plataforma, o Musical.ly, que era voltado à produção de lip syncs (dublagem performática de uma música, como um playback) e virou um fenômeno teen. Criado em 2014, o Musical.ly foi vendido para a startup chinesa ByteDance num negócio estimado em US$ 1 bilhão em novembro passado. A nova dona juntou a base de dados da aquisição com a do Douyin, nome em chinês do TikTok, e tornou global a rede social.

Hoje, o TikTok está disponível em mais de 150 países, em 75 idiomas, e conta com mais de dez escritórios espalhados pelo mundo (incluindo um em São Paulo), tendo base em Pequim. Apesar de não divulgar números oficiais, estima-se que a plataforma tenha 1,2 bilhão de usuários mensais, superando o Instagram (que afirmou ter 1 bilhão em 2018) e ficando atrás apenas do YouTube (1,9 bilhão) e Facebook (mais de 2 bilhões).

Mas, afinal, o que diferencia o TikTok de outros sistemas baseados em vídeos curtos, como o Snapchat e os stories do Instagram?

“É um lugar de vídeos curtos e autênticos. Rápidos, de pessoas reais para pessoas reais. O grande diferencial também é a narrativa que você consegue construir com as ferramentas de trilha sonora, filtros, efeitos e até mesmo usando os cortes ao gravar”, explicou Bruno Carvente, formado em sistemas de informação na Universidade de São Paulo (USP). Na rede social, onde é especializado em vídeos com efeitos especiais (fruto de um intercâmbio em Nova York), Carvente atende pelo nome de @iBugou e é um dos principais tiktokers do Brasil, com 2,4 milhões de seguidores.

Presente em mais de 150 países, em 75 idiomas, o TikTok tem cerca de 1,2 bilhão de usuários mensais, o que o coloca atrás apenas do YouTube (1,9 bilhão) e do Facebook (mais de 2 bilhões) principais tiktokers do Brasil, com 2,4 milhões de seguidores.

O TikTok disponibiliza toda uma gama de efeitos de edição rápidos e intuitivos dentro do aplicativo, além de filtros especiais e a possibilidade de procurar sons e músicas para usar como trilhas dos vídeos.

Os usuários ainda são fortemente incentivados a interagir com outros, mesmo aqueles que não estão em sua lista de seguidores — outro diferencial em relação às demais plataformas. Tanto é que, quando o usuário abre o aplicativo, a primeira coisa que vê não é um feed de publicações de amigos, mas uma página chamada “Para você”. Ela é criada por meio de um algoritmo baseado nos vídeos com os quais o usuário interagiu ou aos quais acabou de assistir. O material é interminável. A prioridade ali não é necessariamente saber o que seus amigos estão fazendo, mas estimular a criação de conteúdo a partir de vídeos que você parece ter demonstrado querer assistir. A partir deles, o usuário pode fazer vídeos de “resposta” ou criar “duetos” — duplicando um vídeo famoso e adicionando seu próprio conteúdo. Ou participar de um dos muitos desafios de hashtags (de dança, canto, esportes, memes ou o que quer que seja) propostos pelo próprio aplicativo ou por outros usuários.

“Lá podemos ser plurais: fiéis a nosso conteúdo, mas não limitados a ele”, explicou Letícia Gomes (@leticiafgomes), cujo perfil tem 1,1 milhão de seguidores. Na plataforma, ela é especialista em vídeos de transformação — seu conteúdo mais famoso, visto mais de 12 milhões de vezes, é um vídeo de 15 segundos em que, usando maquiagem e criatividade, ela se “transforma” em Michael Jackson. “Outra vantagem é que podemos postar um vídeo a qualquer momento, sem horário específico, diferente das outras redes, que possuem várias métricas. Um vídeo que você postou há uma semana, por exemplo, continua sendo entregue para as pessoas, e os números crescem cada vez mais.”

Em um artigo intitulado “O TikTok vai mudar a maneira como suas redes sociais funcionam — mesmo que você o esteja evitando”, o jornal The New York Times explica que a plataforma “responde assertivamente à pergunta ‘O que eu devo ver?’ com uma inundação de conteúdo. Da mesma forma, fornece muitas respostas para a paralisante dúvida ‘O que devo postar?’”. O resultado é um leque enorme de possibilidades que os jovens — 60% dos usuários ativos têm entre 16 e 24 anos, de acordo com pesquisa da consultoria Mediakix — não teriam capacidade de inventar sem um empurrãozinho.

Com um volume tão grande e diverso de conteúdo sendo criado, e a formação de influenciadores próprios, seguidos por milhões de usuários, o TikTok passou a pautar outras redes sociais e até a “vida real”. “Hoje o público do aplicativo está ficando mais velho, e o motivo para ter mais adultos e adolescentes são os memes, os trends e os virais criados por lá”, reforçou Yurgen Maas, outro influencer brasileiro, cujo vídeo mais famoso, em que limpa seu teclado, de onde caem farelos, moedas, canetas e até um gato de verdade, passou pelas mais diferentes redes, por fóruns de humor, por um programa da RedeTV! e até mesmo por um canal de televisão chinês. Outro exemplo é o baiano Kaique Brito, de apenas 14 anos, que fez sucesso no Twitter e no WhatsApp com um vídeo ironizando discursos sobre “racismo reverso”.

Mas talvez o mais famoso caso de meme do TikTok que ganhou o mundo esteja na música. Na última segunda-feira 22, a música “Old town road”, do rapper Lil Nas X com o cantor country Billy Ray Cyrus, igualou o recorde histórico de “Despacito” (de Luis Fonsi e Daddy Yankee) e “One sweet day” (de Mariah Carey) como canção a ocupar por mais tempo a liderança das paradas americanas — são 16 semanas consecutivas. Isso só foi possível depois de a música — lançada de forma independente pelo americano de 20 anos, que comprou a melodia de um produtor holandês pelo YouTube — ter atingido o tiktoker Michael Pelchat (@nicemichael). Com traje de caubói, ele gravou um vídeo engraçado de 15 segundos e postou para seus 123 mil seguidores na plataforma em fevereiro. O clipe inocente inesperadamente viralizou e gerou uma série de versões de outros usuários. A partir daí, Lil Nas X assinou com gravadora, lançou um EP, apresentou-se em grandes festivais, como o inglês Glastonbury, saiu da casa dos pais e vem acumulando recordes.

O TikTok não revela quantos usuários brasileiros estão em seu banco de dados, mas confirma que tem planos de expansão no país. “O Brasil é um mercado importante para o TikTok e, por ter a maior população do continente, há um potencial enorme para mais brasileiros mostrarem seu talento e criatividade. Estamos trabalhando com marcas e também com superstars brasileiros”, afirmou em nota a empresa, que não trabalha com porta-vozes.

Recentemente, a cantora Anitta fez uma parceria com a plataforma para lançar o álbum Kisses, com desafios de coreografias voltados para diferentes países. O mesmo aconteceu com o DJ Alok, cujo single Pray também foi foco de uma ação no TikTok, que premiou o melhor vídeo com um iPhone X. Segundo a revista The Atlantic, só em 2018, a ByteDance gastou mais de US$ 1 bilhão em propaganda, chegando a pagar US$ 1 milhão para um vídeo de 15 segundos. Tudo isso para expandir sua atuação e não ser só mais uma rede social passageira.

Todos os influencers procurados pela reportagem confirmam que já receberam para criar conteúdos para marcas (os famosos publieditoriais), citando empresas como Sony Pictures, Warner Music, Disney e Amaro como contratantes. “Ao contrário de outras plataformas estabelecidas, como Facebook, Twitter e Instagram, o TikTok não tem seus formatos de mídia estabelecidos. Isso pode parecer uma desvantagem para o anunciante, mas é uma vantagem do ponto de vista criativo”, defendeu Larissa Magrisso, vice-presidente de criação e conteúdo na W3haus, agência pioneira na comunicação e publicidade digital.

“A linguagem do TikTok é muito contemporânea: são vídeos curtos, com uma linguagem pop, com música, os principais territórios são humor e música, mas ele também é usado para fazer tutoriais supercriativos de maquiagem, de receitas… E as possibilidades do aplicativo, como missões, desafios de dança, humor e lip sync, permitem, do ponto de vista da publicidade, ser mais criativo que na concorrência”, afirmou Magrisso.

GESTÃO E CARREIRA

PEGA NA MENTIRA

Mentir é humano, mas tem limite. Entenda até onde e quando isso é aceitável nas relações de trabalho e quando pode ter consequências sérias

Fale a verdade: você já contou alguma mentira no trabalho? Você pode não se lembrar ou não querer admitir, mas o mais provável é que sim. Quem garante são os especialistas em comportamento, que definem a mentira como uma espécie de estratégia de defesa necessária à sobrevivência em sociedade. “Onde houver relações humanas haverá mentira”, diz Luiz Scocca, psiquiatra no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. “Falar a verdade o tempo inteiro é tão raro quanto seria contraproducente para uma boa socialização.” Há quem diga que a presença da mentira obedece ao princípio de Pareto (também conhecido como regra dos 80/20): 20% das pessoas contam 80% das lorotas e os 80% restantes falam os outros 20%. Ou seja, uns inventam mais, outros menos, mas todo mundo mente.

No contexto do trabalho não poderia ser diferente. Valorizar o currículo com experiências e habilidades e maquiar pontos fracos e deslizes na carreira são clássicos. Um levantamento recente da DNA Outplacement revelou que 75% dos brasileiros mentem no CV. Informações sobre o salário no último emprego, domínio de inglês, tempo de inatividade e qualificações de ensino são as principais inverdades. Mesmo prevista pelos recrutadores, a prática pode custar caro. Em uma pesquisa deste ano da consultoria de recolocação Robert Half, 33% dos executivos disseram ter descartado candidatos no processo seletivo ao perceberem que não falavam a verdade.

De estagiários a executivos, o que pode variar é o grau de elaboração, mas todos mentem. Nem autoridades e profissionais altamente qualificados escapam. Há pouco tempo, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e a professora e pesquisadora Joana D’Arc Félix de Sousa viraram notícia por terem inflado o currículo com títulos que, na verdade, não têm – ele, o diploma de doutorado em direito; e ela, de pós-doutorado na área de química, ambos pela Universidade Harvard, uma das mais prestigiadas do mundo. Sem explicar muito bem a manobra, depois de flagrados, os dois apenas corrigiram a informação na plataforma de currículos na internet, mas o filme já estava queimado. Para Marcela Esteves, gerente de recrutamento da Robert Half, nenhuma mentira está liberada quando se está buscando uma vaga. “Nem o nervosismo ou a pressão pela necessidade do emprego podem justificar faltar com a verdade. A rotina profissional é repleta de situações que colocam o indivíduo sob tensão e, se ele mente na entrevista, entende-se que vai agir do mesmo modo no dia a dia de suas funções”, avalia.

Mas nem toda mentira deve ser julgada pelo viés moral. Pense naquela vez que você inventou uma pendência para escapar do almoço ou café com o colega chato. Ou quando tranquilizou o chefe dizendo que estava terminando uma tarefa que nem sequer tinha começado. Ou quando deixou de dar uma opinião sincera sobre a roupa, o corte de cabelo ou uma ideia de alguém. São exemplos de mentiras sociais, quase sempre inofensivas e necessárias para manter girando a roda dos relacionamentos.

POR QUE INVENTAMOS?

Cada um tem uma motivação: uns para obter vantagens, outros para se sentirem valorizados; uns para evitar algum conflito, outros para ser aceitos no grupo. Na maioria das vezes, o que está em jogo é a segurança e a autoestima.

Há, é claro, mentirosos mal-intencionados, que manipulam pessoas e informações de olho em objetivos pessoais. A servidora pública Ângela*, de 43 anos, chegou a ser exonerada do órgão em que atuava em um dos ministérios do governo federal por causa das invenções de uma subordinada. Há quatro anos, quando a mãe de Ângela faleceu, ela tirou o período de licença a que tinha direito. Depois de alguns dias afastada, a subordinada levou ao coordenador que a chefe não ia trabalhar há dias e que havia deixado projetos pendentes. Sem checar a situação no RH, o gestor acabou não só dispensando Ângela como promovendo a subordinada ao cargo dela. O emprego – em outra posição – foi recuperado em algumas sema nas, mas para isso foi preciso ameaçar com um processo e reunir outras vítimas das mentiras da funcionária: um estagiário acusado de furto, outra que levou fama por intriga e até a moça do cafezinho, acusada de falta de higiene quando, na verdade, era a outra, dissimulada, que a boicotava jogando sujeira na bebida.

Como agir com um colega, subordinado ou líder mentiroso vai depender da mentira, do autor dela e das consequências para as pessoas e aos interesses da companhia. O mesmo vale para a punição aplicada. No universo das corporações, o prejuízo de faltar com a verdade pode render desde uma advertência ou suspensão temporária até a dispensa do funcionário. Pelo Artigo nº 482 da CLT, atos de improbidade validam a demissão por justa causa. Ações ou omissões desonestas por parte do candidato ou empregado – como inventar uma morte ou doença para justificar falta ou apresentar documentos falsos, de atestados médicos a certificados de ensino, por exemplo – encaixam o trabalhador nessa categoria.

A punição está prevista em lei, mas a decisão de aplicá-la cabe ao empregador. De qualquer forma, sempre que uma mentira é contada no trabalho, o maior prejudicado é o autor dela. “Primeiro, porque ele sabe que mentiu, e o medo de ser desmascarado pode se transformar em estresse e insegurança, prejudicando o bem-estar e a produtividade do trabalhador”, diz Adriana Fellipelli, CEO da consultoria em desenvolvimento humano Fellipelli. Além disso, o mais comum é que equipe e gestor percebam o comportamento mentiroso, ainda mais quando é recorrente. “Isso coloca em dúvida o caráter e a credibilidade do colaborador, muitas vezes de forma irreversível. Talvez ele não seja despedido, mas poderá ser mais cobrado, rebaixado ou até excluído de projetos e processos, o que também dificultará a vida dele no ambiente profissional”, diz Nathana Lacerda, especialista em imagem e reputação. O indivíduo tem sempre a escolha entre dizer a verdade e mentir, mas os especialistas destacam que os líderes têm responsabilidade na criação de ambientes à prova de desonestidade e subterfúgios. “Culturas organizacionais pouco abertas a aceitar o erro como parte do aprendizado acabam estimulando a mentira”, afirma Maria Junior, sócio da S2, consultoria especializada em investigações corporativas e prevenção de fraudes nas empresas. Ele cita, ainda, hierarquias rígidas demais, alta pressão por resultados e gestores pouco acessíveis como fomentadores de insegurança. É claro que nada disso isenta o profissional do compromisso de ser honesto. “Valorizar a transparência e a vulnerabilidade ao erro, assim como desenvolver nas equipes a consciência de que a confiança é a base das relações de trabalho saudáveis, evitaria mentiras e desgastes causados por delas”, afirma Adriana Fellipelli.

OS DOIS LADOS DA TECNOLOGIA

Nunca se mentiu tanto quanto após o surgimento do e-mail e das redes sociais. Três vezes mais na comunicação por mensagens de texto em comparação com o olho no olho. Por e-mail, cinco vezes mais. Essa foi a conclusão de um estudo feito por psicólogos da Universidade de Massachusetts Amherst. Para os pesquisadores, a tecnologia permite uma distância psicológica maior do que a física, o que alimenta, a falsidade. Além disso, estar invisível atrás de uma tela evita ser denunciado pelos sinais não verbais, como a timidez e o nervosismo aparentes.

Por outro lado, as redes sociais podem se tornar uma armadilha para pegar mentirosos no pulo. Quem sabe bem é Gustavo*, de 31 anos, que trabalha no atendimento de uma agência de marketing esportivo. Na empresa era vetado aos empregados aceitar presentes de clientes e parceiros. Regra que a gerente de Gustavo desrespeitou algumas vezes, até que foi denunciada por si mesma ao postar uma foto durante uma viagem oferecida por um potencial cliente. Quem percebeu, e chamou Gustavo para explicações, foi o diretor-geral da companhia. “Como eu era do atendimento, primeira interface da agência com o cliente, o gestor imaginou que eu tivesse recebido e repassado o benefício, o que não havia acontecido”, lembra. A própria gerente admitiu o erro e tentou minimizá-lo dizendo que estava “fazendo relacionamento”. Enquanto Gustavo engoliu a seco a sensação de humilhação e desrespeito, ela foi demitida algum tempo depois.

AS LOROTAS MAIS CONTADAS

Nenhuma está liberada ou deve ser incentivada, mas é praticamente impossível eliminá-las do ambiente profissional. Veja a gravidade de algumas das mentiras mais repetidas no trabalho

TOLERÁVEIS

***De vez em quando, inventar uma desculpa para chegar atrasado ou sair mais cedo

***Elogiar o desempenho ou a aparência de um par ou do gestor só para agradar

***”Estou terminando”, quando nem começou ou está iniciando uma tarefa

***”Não recebi seu e-mail”, quando esqueceu ou não abriu a mensagem

***”Preciso terminar uma pendência” para escapar do almoço com um colega indesejado

PERIGOSAS

***Exagerar no currículo ou na entrevista de emprego em relação à fluência em outro idioma ou ao domínio de uma habilidade específica. Quando a competência em questão não é imprescindível à função diária ou há espaço para ser desenvolvida, é menos grave

***Agir contra as normas de conduta da empresa. Por exemplo: aceitar vantagens (materiais ou não) quando isso é vetado pela companhia

***Pegar sozinho o crédito por trabalhos feitos em parceria

IMPERDOÁVEIS

***Apresentar documentos adulterados, de atestado médico a certificados de ensino

***Mentir no currículo ou entrevista em relação à experiência anterior ou formação profissional, entre outras invenções que possam prejudicar o desempenho da função para a qual foi contratado

***Criar histórias envolvendo colegas. Por exemplo: Participação em atos lícitos ou ilícitos, envolvimento íntimo ou qualquer coisa que seja ofensivo à pessoa

***Alterar documentos ou manipular informações da companhia para fins internos, externos ou particulares

OS TIPOS DE CASCATEIRO

Nem todo mundo mente igual ou pelas mesmas razões. A seguir, listamos os principais perfis

SOCIAL

Age para despistar pequenas falhas, se valorizar, pertencer a um grupo ou forçar intimidade. Nem sempre as mentiras contadas afetam processos ou o trabalho coletivo, mas tiram pontos de credibilidade perante pares e gestores e deixam, sim, o contador com má fama. Por exemplo, distribui elogios só para agradar, está sempre a par dos assuntos e tem uma história para contar, raramente admite que comete falhas no trabalho.

CONVICTO

Exagerar, dar desculpas e simular que está por dentro é com ele mesmo. ele mente e não nega, porque crê na função social da prática, e não necessariamente por falta de caráter. Para Luiz Scocca, psiquiatra do HC-USP, mentir com eficiência não deixa de ser uma demonstração de inteligência. ” É preciso esforço mental para dominar os sinais não verbais (expressões faciais, postura, gestos) em alinhamento com a fala”, diz. Atenção para não passar dos limites e contaminar o ambiente.

MANIPULADOR

Mal-intencionados, psicopatas e pessoas com transtorno de personalidade antissocial têm consciência da dissimulação e normalmente estabelecem um objetivo específico. Agem por falta de empatia, ou seja, sem considerar o lado do outro, por isso frequentemente causam danos ou geram conflito.

PATOLÓGICO (MITÓMANO)

Não mente para conseguir alguma coisa, mas porque não consegue controlar. Pode criar de pequenas mentiras a histórias mirabolantes e é comum cair em contradição e contar versões fantasiosas de situações na frente de pessoas íntimas – o que não o faz mudar de comportamento, pois se trata de um transtorno psiquiátrico, que demanda tratamento complexo.

ALIMENTO DIÁRIO

A HISTÓRIA DO CASAMENTO

DIA 1 – O PLANO ORIGINAL

Então o SENHOR Deus fez nascer do solo todo tipo de árvores agradáveis aos olhos e boas para alimento. E no meio do jardim estavam a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. — Gênesis 2:9

Era uma vez um jardim que crescia em torno de duas árvores. Como você já deve saber, esse não era um jardim comum. Nele não havia sofrimento ou degradação. Rios cruzavam a paisagem do Éden, fornecendo água pura e cristalina a todos os que habitavam no jardim.

Imagine só o esplendor das árvores que cresciam em um ambiente como esse. Cada uma delas era um símbolo sem defeito da vida que crescia em um solo rico, despertada por cascatas de águas e nutrida por raios de sol radiantes e ao mesmo tempo amenos. Havia muitas árvores no jardim, mas a Bíblia menciona apenas duas: a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Ambas as árvores desfrutavam das mesmas condições imaculadas e incontaminadas – um estado de existência que esta Terra caída jamais poderia reproduzir. No entanto, uma delas gerava vida, e a outra morte.

Você provavelmente já ouviu essa história antes, pois toda história de casamento tem sua origem nessas duas árvores do Éden. De muitas maneiras, nossos casamentos podem ser comparados a árvores de vida. Casamentos crescem em velocidades diferentes em diferentes estações, e são melhores quando estão fincados por raízes maduras. Eles experimentam tanto anos frutíferos quanto estéreis, assim como anos de crescimento excepcional e outros em que o crescimento é atrofiado. Cada casamento é afetado pelo clima local, pela mudança de estações e pelas tempestades que os açoitam, mas o casamento oferece abrigo contra os ventos da vida em constante mudança.

A imagem de capa deste livro nos dá um vislumbre do que é a vida de uma árvore. O que vemos neste agrupamento de anéis é, na verdade, a história de vida da árvore – a impressão digital de sua jornada.

Na escola, muitos de nós aprendemos um pouco sobre dendrologia (o estudo das árvores e arbustos) e podemos determinar aproximadamente a idade de uma árvore contando seus anéis. Entretanto, ainda que saibamos contar os anéis de uma árvore, estamos longe de ser especialistas em dendrologia (mesmo que a gente saiba apreciar uma bela árvore). Além da idade exata, especialistas poderiam nos dar detalhes íntimos sobre a vida de uma árvore simplesmente observando seu corte transversal. Para o olho treinado, cada anel da árvore representa uma história. As diferentes espessuras de cada faixa dizem se a árvore passou por um inverno ameno ou excepcionalmente rigoroso, revelando padrões de seca ou chuva abundante. Uma inspeção detalhada revelaria a ocorrência de lesões ou ataques de pragas. Cada anel é um ano de estações, circular na forma e único em sua natureza.

Cada ano de casamento poderia ser comparado à trajetória do anel de uma árvore: circular na forma e único em sua natureza. Os aniversários marcam o fim de um ano e o início do próximo. A data anual é uma marca evidente, mas os meses, semanas e dias que enchem o calendário anual são uma coleção de alegria, dor, trabalho e até surpresas.

SUA HISTÓRIA

Ao iniciar esta jornada conosco, lembre-se de que sua história (ou futura história) é simplesmente isto: sua história. Toda vida e todo casamento são uma coleção de alegrias, vitórias e desafios. Por tempo demais, grande parte da Igreja se contentou em oferecer receitas genéricas para os problemas que afligem nossos casamentos. Ouvimos: “Esposas, submetam-se. Maridos, amem”. Embora haja verdade e valor nessas palavras, francamente, não existe um guia para a edificação de um casamento que sirva para todos, porque cada casamento tem uma impressão digital única.

Vamos olhar as coisas do seguinte modo: o projeto de toda casa inclui uma fundação, paredes de sustentação e um teto, mas o arquiteto tem a liberdade criativa para variar o projeto de acordo com as necessidades e desejos específicos de seus moradores. O mesmo acontece com nossos casamentos. Somos livres para projetá-los a fim de que eles nos sirvam da melhor maneira possível. Cada parte deles deve ter a aparência mais conveniente e ter a liberdade de variar de acordo com o momento que se está atravessando na vida. Em nosso casamento, por exemplo, estamos entrando em um tempo no qual criar filhos não será mais nosso papel predominante dentro da família. Isso significa que não demorará muito para que nossa casa não precise de tantos quartos quanto tinha no passado. Essa mudança em nossos casamentos é tão natural quanto a mudança das estações. Tudo isso é normal.

Existem verdades e valores universais e eternos que impulsionarão seu casamento a ser tudo o que Deus o chamou para ser. Deus quer que cada casamento seja construído com amor, respeito, alegria, submissão, provisão, fidelidade, cuidado, intimidade e legado – para citar apenas alguns alicerces. Mas, a maneira como esses blocos de fundação são expressos em sua vida refletirão a singularidade da sua personalidade e a estação que o seu casamento atravessa. Deus esboça os princípios fundamentais, porém deixa espaço para que você se expresse nas particularidades.

Deus ama a diversidade. Uma olhada na Criação confirmará isso. Queremos deixar claro desde o princípio que não acreditamos que todos os casais se encaixem em um molde genérico para o casamento. Nos dias de hoje, é mais comum que ambos os cônjuges trabalhem fora de casa (em 2012, aproximadamente 60% das mulheres em idade para trabalhar nos Estados Unidos estavam empregadas),1 e uma esposa talvez ganhe mais do que seu marido. A capacidade da esposa de gerar renda não significa que ela não seja submissa ou que o marido não seja um líder. Significa simplesmente que ambos estão contribuindo para a renda familiar, o que significa que o casamento deles provavelmente parece ser diferente do casamento de seus avós.

Nosso casamento é assim. Ambos trabalhamos e ambos somos líderes fora do nosso casamento. Às vezes trabalhamos juntos (como no caso deste livro), às vezes trabalhamos separados, mas o objetivo do nosso casamento e os nossos valores essenciais não oscilam. Os papeis do marido e da mulher no relacionamento não variam de acordo com a nossa capacidade de gerar renda.

Naquele primeiro jardim, Deus disse tanto a Adão quanto a Eva para serem frutíferos e se multiplicarem. Ele não disse que Eva deveria ficar em casa e administrar a multiplicação de Adão. A mulher virtuosa de Provérbios 31 era uma administradora do lar e uma empreendedora impressionante. Se isso parece ser o certo para seu casamento, faça-o! Ou talvez um de vocês queira ficar em casa em tempo integral – tendo ou não tendo filhos. Não há nada de errado com nenhuma dessas abordagens.

A princípio parece natural presumir que o que funcionou tão bem para os outros funcionará bem para todos. Mas estamos vivendo dias únicos com desafios únicos em todas as frentes. Queremos que o nosso casamento seja forte. Isso significa que você precisa ter a liberdade para construir o casamento dos seus sonhos, e não o casamento com o qual outra pessoa sonhou.

Encorajamos você a parar por um instante e pedir ao Espírito de Deus, que é o Espírito da verdade, para revelar como as Suas verdades eternas podem transformar seu casamento em uma união especial – aquela que Ele projetou exclusivamente para vocês antes do início dos tempos.

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