A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

DE QUANTOS DEUSES SOMOS FEITOS?

O conceito de família atravessa os tempos e se repete como arquétipo, o que é corroborado pela psicologia junguiana, que diz que todos fazem parte da história da psique coletiva e de um mundo mítico

Psicologia, arteterapia e terapias afins estudam para compreender a família contemporânea. Nesse imenso horizonte que é a família vamos apreciá-la a partir de alguns conceitos da psicologia de Jung e fazer uma construção comparativa dos humanos projetados nas figuras mitológicas gregas.

O desafio de fazer uma escultura familiar está em mostrar que toda a sociedade é afetada tanto pelos comportamentos universais cultural, psicológico, emocional e econômico quanto na constelação das personas/sombras e figuras arquetípicas como padrões mitológicos.

Atualmente, o conceito de família refere-se ao núcleo formado por pessoas vinculadas entre si por laços consanguíneos, consensuais, jurídicos ou afetivos, é um conjunto que pode ser elaborado de forma simbólica, ideológica e social com variações culturais, religiosas e de classes econômicas. Nesse contexto, torna-se interessante pensarmos que nenhum modelo é por si normal, anormal, funcional ou disfuncional. É sempre particular e especial em sua composição, em seu estágio, processo de desenvolvimento e na cultura à qual pertence.

Estruturada de modo sistêmico dizemos que é orgânica e viva, agrupa, organiza, modifica e reestrutura aspectos dinâmicos de trocas de experiências e diferentes vivências simbólicas, é um lugar onde o indivíduo influencia o ambiente e é por ele influenciado.

O conceito de família atravessa os tempos e se repete como arquétipo. Segundo a psicologia junguiana, trazemos um mundo de imagens arquetípicas em nós, fazemos parte da história da psique coletiva e de um mundo mítico. As figuras mitológicas são modelos primordiais figurados a priori na psique, e se apresentam como matrizes organizadas em padrões, estruturas, formas e funções, revelando a natureza original do humano.

Na escultura familiar vivem-se relações entre personagens – Jung chama de persona. São as máscaras de adaptação social que determinam os papéis exercidos pelo ego, que pode ou não se adaptar aos personagens. O arquétipo da persona é estruturante, ordenador e dinâmico na psique. Estruturante para os papéis de pai, mãe, filhos dinâmicos, sociais e culturais quando o ego particulariza a identidade, vive-se como marido, esposa, profissionais, governantes etc. Na obra de Jung aprendemos que vivemos sucessivamente diferentes papéis sociais por toda a vida. Percorrendo as relações familiares encontramos outro arquétipo – a sombra. Jung usou este termo para representar o contrário da persona; são arquétipos opostos e complementares. “A totalidade não é a perfeição, mas sim o ser completo.”

Identificamos a personificação da sombra na escultura familiar quando a comunicação entre os membros se torna ruidosa; a sombra parece assustadora quando não reconhecida pelo seu portador, que nega suas características como in­ desejáveis; a sombra se personifica projetada no outro quando este outro causa irritabilidade, dissabores, mau humor, formas agressivas e dissimuladas de tratamento etc. Para Jung, “todo mundo carrega uma sombra, e quanto menos ela está incorporada na vida consciente do indivíduo, mais negra e densa ela é […] se é reprimida e isolada da consciência, jamais é corrigida e pode irromper subitamente em um momento de inconsciência…”.

MUNDO MITOLÓGICO

Posto isso, agora vamos entrar no mundo mitológico para responder: de quantos deuses somos feitos? Este universo é rico e grandioso pela quantidade de deuses e histórias, contemplamos um mito da origem, os deuses: Hera e Zeus, Atená, Demeter e Hefesto como exemplos para modelar a escultura familiar e responder à pergunta.

Para entendermos os processos psicológicos que se desenrolam na psique e tecer a escultura simbólica, percorremos a narrativa mitológica grega com as figuras e formas arquetípicas que se deslocam livremente no tempo e no espaço, multiplicando-se através de um número indefinido de episódios, para mostrar semelhanças com a raiz psíquica do humano.

Vamos até a família divina com o mito da origem, que marcam como formas primordiais o início simbólico da família. A moldaremos a escultura familiar com alguns fatos que marcaram a história mitológica, os quais podem ser reconhecidos como formas alegóricas e simbólicas recorrentes na narrativa do cotidiano contemporâneo.

A Teogonia de Hesfodo nos mostra a formação do mundo a partir de Geia e Urano, de Crono e Reia, simbolicamente reproduzidos como figuras arquetípicas na família enquanto representação coletiva.

Para a escultura familiar simbólica identificamos o arquétipo do devoramento paterno e a proteção da mãe como padrões tipológicos. No início era o vazio e do vazio se materializou Geia – a Terra, que copulou com Urano -, o Céu. Ele é a primeira forma patriarcal e ela a primeira grande mãe. Urano, ressentido com a capacidade dela procriar, devolvia os filhos para a barriga da mãe. Geia sofreu grandes dores e agonia por causa dessa violência contra si e contra seus filhos. Entendemos a violência como um arquétipo fundado nas atitudes do titã (dominador) Urano – criada a violência, ela se repete pelas gerações. Na narrativa do mito vemos que Urano usava violência contra sua mulher e seus filhos; violência interpretada, simbolicamente, como negação do nascimento. O homem de hoje ativa a força do titã quando considera seus gestos, emoções e afeições para violentar a mulher e/ ou os filhos.

Crono é o filho mais novo de Urano e Geia, que o protegeu, evitando que fosse devolvido para sua barriga. Interpretamos que o filho, tocado pelo sofrimento da mãe, passou a odiar e com uma foice amputou os genitais do pai e os lançou ao mar. Tendo castrado o pai, Crono ocupa o seu lugar como patriarca. Essa passagem do mito é análoga a casos contemporâneos, nos quais vemos o arquétipo do parricídio cometido por Crono atravessando o tempo; a situação se repete quando o filho se alia à mãe contra o pai ao presenciar violência doméstica.

A castração neste caso pode ser real e/ ou simbólica, representada pela separação, exclusão, isolamento e/ ou assassinato do pai.

No mito, repete-se a violência – o filho repete o pai. Crono, temendo perder o trono e ser morto por um filho, engole-os. Reia repete a mãe, se revolta com essa violência e reage protegendo um de seus filhos- Zeus -, enrolando uma pedra e dando-a para o pai devorador comer. Crono e Zeus nasceram protegidos pelas mães que, com isso, mudaram o rumo da história, criando a figura da mãe protetora.

Assim como os titãs, existem homens na atualidade que são violentos com suas mulheres e negam a paternidade. Negam, no real e no simbólico, de diversas maneiras – por incentivar abortos ou pela ausência afetiva, negam quando, consciente ou inconscientemente, impedem o desenvolvimento natural dos filhos, consumindo sua autonomia, fazendo-o um eterno dependente. Na família contemporânea identificamos outra forma de devoramento: projeção de desejo – o pai quer ver sua profissão continuada impondo tal condição sem oportunizar escolhas; ignora o que os filhos pretendem ou desejam como indivíduos. Quer se realizar, faz com que o outro seja o que ele próprio não foi. Para Jung, “atrás de todo pai individual existe a imagem primordial do Pai, e atrás de toda mãe existe a imagem ou figura mágica da Grande Mãe. Estes arquétipos do inconsciente coletivo são os dominantes, que regulam a alma pré-consciente da criança e que, quando projetados nos pais humanos, emprestam-lhes uma fascinação que muitas vezes atinge proporções monstruosas”.

Quando o homem repete o tipo Cronos, preenche a forma simbólica do arquétipo do pai devorador; pai que impede o filho de viver as experiências da individuação: tornar-se um ser único – processo de integração dos arquétipos. Jung acredita que o ser humano possui uma tendência para a individuação ou autodesenvolvimento. Contudo, tornam-se necessárias consciência e vigilância quanto às próprias atitudes no mundo. São muitas as consequências que sofrem os filhos do pai tipo Cronos: há grande probabilidade de desenvolverem baixa estima, insegurança, sentimento de fracasso e dependência etc. Identificamos outra forma de devoramento: projeção de desejo – o pai quer ver sua profissão continuada impondo tal condição sem oportunizar escolhas ignora o que o filho/a pretende ou deseja como indivíduo. Quer se realizar, faz com que o outro seja o que ele próprio não foi. Entendemos que esse devoramento leva a um estado emocional pueril de incerteza, frustração, angústia etc., podendo o filho/ a constelar um arquétipo puer aeternus por toda a vida, comprometendo o desenvolvimento psicológico. Vemos essa figura arquetípica nos pais quando apresentam atitudes e comportamentos pueris ao desqualificarem sua prole, emocional, social e/ou intelectualmente, causando danos a toda família. Muitos pais constelam as características do puer aeternus e não experimentam efetivamente as responsabilidades do amar, cuidar, educar, prover etc., transferindo a função paterna para outros adultos: avós, tios, padrinhos e madrinhas ou instituições.

PAPEL SOCIAL

Assim que nasce, diante dos pais, a criança ganha o primeiro papel social, o primeiro arquétipo estrutural da psique – a persona de filho/a, personagem que desempenhará pela vida toda. Em seguida, diante dos avós será o neto, diante dos tios será o sobrinho, diante de irmãos mais velhos será o caçula e assim vivenciará sucessivamente, com adaptação ou não, as personas. Na escultura familiar, o recém-nascido dá continuidade às gerações.

Jung chama atenção para o perigo do contágio psíquico:·o que geralmente tem efeito psíquico mais forte na criança é a vida que os pais não viveram […] Os filhos não só repetem inconscientemente muitas vezes os erros dos pais, como também se veem presos em emaranhados de relações familiares não resolvidas e terminam por pagar pelos erros dos pais, avós e antepassados”‘.

Com o nascimento, toda estrutura sistémica familiar se modifica, surgem novas personas: marido e esposa agora serão pai e mãe e a dinâmica psíquica do filho se alterna na consciência entre os polos patriarcal e matriarcal, sogro e sogra serão avô e avó, cunhados e cunhadas serão tios e tias, o ritmo de adaptação aos novos papéis é individual e às vezes causa desorganização psíquica no casal e nos parentes. De modo que o ego resiliente bem desenvolvido, saudável, pode escolher vários papéis e viver a máscara de acordo com as circunstâncias.

Mitologicamente, na escultura familiar, a esposa identificada como a mulher-Hera, além de se dedicar ao marido, pode ativar a deusa Deméter adotando a persona materna quando nascem os filhos.

A deusa Hera é chamada a rainha do Olimpo. Tornou-se a protetora das esposas e do amor legítimo. É considerada a padroeira da mulher casada, porém infeliz no matrimónio. Encontramos sua tipologia arquetípica constelada na mulher retratada como ciumenta, vingativa, autoritária, às vezes impiedosa e violenta.

Aprendemos que todo arquétipo tem atributos positivos e negativos. Hera tem traço negativo, é a possessão e a vingança contra as amantes do marido, embora não se indisponha com ele. Ela é uma ardente esposa e, como forma e tipo, se repete em algumas mulheres que acreditam, como ela, que o matrimônio é a consumação da satisfação feminina. A mulher que constela a deusa conserva-se por muito tempo sendo do lar, o universo do casamento lhe basta.

Um dos insultos sofridos por Hera pode ser visto no mito de Io, uma das muitas amantes de Zeus; ele a transformou em uma bela novilha para protegê-la da suspeita de Hera, que a pediu de presente. Zeus não teve como negar. lo, ainda novilha, perambulou por muitas regiões até que Zeus intercedeu por ela, prometendo a Hera que não mais daria atenção a ninfa; Hera consentiu-lhe devolver a antiga forma.

Essa passagem mitológica ilustra a projeção da relação Zeus-Hera na escuta clínica. Vemos no discurso de famílias de hoje o marido tendo relações extraconjugais. Em síntese, um recorte de um caso: uma mulher procura ajuda terapêutica em estado de depressão ao descobrir que o marido teve amantes. Ela desconfiava, ao longo dos 30 anos de casada, mas não queria acreditar (“é muito dolorosa a sensação de traição”). Hoje, ele falecido, a família soube das traições e dos filhos quando se identificaram requerendo parte na herança.

Zeus, na mitologia, tem a forma arquetípica que representa o homem galante e conquistador. Como poderoso soberano do Olimpo teve muitas amantes, deusas, semideusas e mulheres mortais, com as quais teve muitos filhos. Com tantas traições e filhos bastardos, desonra o que Hera mais considerava: o casamento. Identificamos que o simbolismo do casamento não tem o mesmo valor para eles, atualizando Zeus e Hera como tipos psicológicos, vemos homens e mulheres repetindo seus padrões nas relações conjugais.

Identificamos constelações da deusa Atena na escultura familiar. No mito, é órfã, não conheceu a mãe – Métis; dedicou-se ao pai, ficando conhecida como filha do pai, braço direito dele. Como figura arquetípica pode ser vista na mulher que não é orfâ literalmente, mas comumente trata a mãe com hostilidade por falta de referência feminina. A deusa constela nas mulheres que trabalham incansavelmente sem notar as consequências no corpo, pouco se importam com suas formas, não tomando consciência dele até que fique doente ou ferido. Atena representa a intelectualidade, usa sua inteligência para agir com praticidade na resolução dos problemas. Suas ações são ligadas à razão mais que ao coração. A mulher identificada com o padrão da deusa não se esforça para ser sensual nem é dada a flertes ou romances; falta-lhe romantismo. Quando se envolve emocionalmente, seu interesse é por homens poderosos, que se consagram pela autoridade, responsabilidade e poder; comumente projeta o pai nos possíveis amores.

GRANDE MÃE

Na narrativa mitológica, Deméter é símbolo de uma grande mãe. Se imprime como tipo na mulher que deseja a maternidade mais que tudo. Na escultura familiar não vê outro propósito na vida a não ser cuidar de filhos, sofre e se atormenta se não os têm por perto. Se constelado o aspecto negativo da deusa, a mãe torna-se castradora, nega e impede o crescimento natural da prole; desencoraja tudo que leva à independência e autonomia, chantageando, vitimizando-se e se autodepreciando como a rejeitada mãe desnecessária.

No mito, ela tem uma filha – Coré. Certa vez Coré apanhava flores no campo quando a terra se abre e ela cai no reino do inferno, de Hades. Quando comeu a semente de romã (símbolo da ligação com o mundo dos infernos), tornou­ se esposa, passando a se chamar Perséfone. Uma das possíveis interpretações dessa passagem mitológica é que a menina precisava desidentificar- se – romper com a identificação com a mãe para buscar seu processo de individuação. Ou seja, protagonizar sua trajetória na vida.

Na escultora familiar encontramos identificado o deus Hefesto, filho de Hera, que o fez como produção independente. No mito, é humilhado e abandonado pela mãe, que se envergonha da sua deformidade – nasceu coxo e, por isso, foi retirado do Olimpo; sua sorte foi lançada com ele ao mar. Tétis e Eurínome, filhas do Oceano, o acolheram tornando-se suas mães de criação, cuidaram dele dando-lhe amor. Com o tempo tornou-se artífice habilidoso, conheceu o ofício de ferreiro e metalorgista; talentoso, domina o fogo e os vulcões, tornando-se um escultor de obras de arte que a todos encantavam. Entendemos que o deus não é belo mas fabrica beleza com suas mãos.

No mito, Hefesto mostrou suas qualidades de extraordinário trabalhador quando fabricou armas, joias e, sobretudo, o raio e o cetro de Zeus; também provou ser corajoso nos campos de batalha, agradando o poderoso deus, que permitiu o seu regresso ao Olimpo. A forma arquetípíca do deus pode ser identificada nas personalidades que nascem com deformidades: vítimas da deficiência física e que, como o deus, são menosprezadas, indesejadas, hostilizadas, principalmente quando exigem esforços e cuidados dos familiares. De alguma maneira, sofrem rejeição por não satisfazerem o desejo de perfeição exigido pela sociedade; comumente são tratados como estorvo.

Modelando a escultura familiar assistimos ela ser atravessada pelo tempo e repetindo muitas das histórias, nas quais mães como Hera rejeitam seu filho quando não encontram nele projetado seu ideal de desejo; às vezes, inconscientemente, humilham e maltratam. Entendemos que se o filho constelar o lado positivo do arquétipo, trabalhará interna e externamente para recuperar seu lugar no seio da mãe e da família.

Uma das características marcantes do deus é ser trabalhador com natureza ambígua – sua imperfeição é compensada pela coragem e pelo encantador dom artístico, atualizando o arquétipo, o vemos nas famílias com atletas paraolímpicos; pessoas que, como o deus, superam as deficiências conquistando medalhas de ouro em jogos.

São muitas as histórias que se repetem tendo a tipologia dos deuses gregos. Por isso, refletir sobre arranjo sistémico nos faz imaginar um conjunto de símbolos compostos em rituais ou uma composição relacional que se expressa por afetos, desafetos, apegos, momentos de alegria, discórdia, amor, compaixão, violência etc. Jung pensa que: “O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação”.

Pensamos em uma escultura simbólica feita de deuses e deusas gregas para responder: de quantos deuses somos feitos? Para a psicologia junguiana, as constelações tipológicas dos deuses, como figuras arquetípicas, são mais um caminho terapêutico para compreendermos a organização familiar. Esse olhar sobre a família ajuda a conscientização e transformação do sistema quando conhecemos de quantos deuses somos feitos. Mostramos algumas experiências humanas assemelhadas a fatos mitológicos considerados símbolos imagéticos que ganham sentidos e significados subjetivos na trama familiar.

Autor: Vocacionados

Sou evangélico, casado, presbítero, professor, palestrante, tenho 4 filhos sendo 02 homens (Rafael e Rodrigo) e 2 mulheres (Jéssica e Emanuelle), sou um profundo estudioso das escrituras e de tudo o que se relacione ao Criador.

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