A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

CULTIVAR BONS RELACIONAMENTOS

Todas as relações, em qualquer âmbito, são importantes durante nossa vida. A maneira como vivemos esses relacionamentos diz muito sobre nossos valores e personalidade

Estudos feitos pela Universidade de Wisconsin-Madison relatam que pessoas solitárias vivem mal, são mais estressadas, dormem menos e têm mais tendência ao suicídio do que as que possuem bons relacionamentos.

Indivíduos que estão inseridos em grupos mais coesos têm mais chances de superar obstáculos, sejam eles quais forem, de forma menos custosa que os outros. A solidariedade e a convivência nos ajudam a sobreviver, por exemplo, se estivermos perdidos na selva, ou em uma situação de apuro, além de nos darem a sensação de proteção e acolhimento.

Diante desse cenário, como podemos melhorar as interações com os indivíduos que nos cercam? A Psicologia Positiva pode trazer grande ajuda nessa tarefa.

Segundo Brian Boutwell, doutor e professor pela Universidade de Saint Louis, nosso cérebro está programado para nos tirar de situações conflituosas o mais rápido possível. Sendo assim, aa lembranças positivas permanecem em nossa memória por mais tempo, contrariamente às lembranças negativas. Esse tipo de acontecimento está relacionado aum fenômeno cognitivo chamado de FAB (Fading Affect Bias), que pode ser traduzido como algo semelhante a “viés emocional do enfraquecimento”.

Manter-se positivo durante um longo relacionamento, seja ele amoroso ou profissional, não é tarefa fácil, mas podemos tomar algumas atitudes para manter o equilíbrio.

DESENVOLVA A RESILIÊNCIA EM SEUS RELACIONAMENTOS – Não deixe que qualquer problema termine com seu relacionamento. Continue investindo nele, desde que a relação esteja saudável. Não devemos concordar com tudo que nos é dito ou aceitar todas as situações vivenciadas. Apenas precisamos saber a hora certa de recuar.

LEMBRE-SE DOS SEUS BONS MOMENTOS – Quando alguém o magoar, procure ater-se aos bons momentos vividos. Certamente eles serão maiores e mais marcantes que os maus momentos.

LISTE COISAS POSITIVAS A RESPEITO DO OUTRO – O British Journal of Healt Psychology analisou cerca de 70 participantes, entre 19 e 77 anos, e constatou que escrever coisas positivas diminui o estresse e a ansiedade. Vale lembrar que essa atitude também faz com que você reveja seus conceitos em um momento de raiva.

CUIDE DOS RELACIONAMENTOS NO AMBIENTE DE TRABALHO – Passamos a maior parte do nosso dia em um escritório, então os relacionamentos positivos se tornam uma necessidade a fim de evitar situações tempestuosas. As conexões positivas geram engajamento e resiliência entre os pares. Alguns comportamentos podem ajudar a aprimorar a capacidade de comunicação, tais como:

1) RESPEITE OPINIÕES DIFERENTES DA SUA – Nem todo mundo pensa igual. Seja humilde e entenda a posição do outro. Sua ideia pode não ser a melhor naquele momento, então respeite a decisão dos demais.

2) OUÇA MAIS – Cada um possui princípios e valores distintos, por isso escute o que seus pares têm a dizer e saiba como lidar com diversos perfis de maneira estratégica.

3) FUJA DAS INTRIGAS – Não dê ouvido às intrigas. Não dê ouvido às conversas de corredor. Falar mal de alguém pode parecer interessante em um primeiro momento, mas saiba que o próximo afetado pode ser você. Sempre que tiver que dizer algo, chame a pessoa envolvida e converse amigavelmente.

4) RESPEITE O ESPAÇO DOS OUTROS – Respeite e será respeitado, essa máxima deve ser levada em consideração. Não confunda vida pessoal com profissional e tenha em mente até onde suas palavras podem afetar o outro. Preserve a individualidade de cada um para ter um ambiente de trabalho saudável

5) RECONHEÇA SUAS LIMITAÇÕES – Nunca se comprometa a fazer o que não sabe ou não pode. Procure trabalhar com seus pontos e evite a sobrecarga; para tal, aprenda a delegar quando possível.

Esses comportamentos positivos podem ser habituados não apenas na vida adulta. Eles podem ser construídos desde a infância. A Universidade do Texas, em Austin, relatou que boas notas e engajamento estão totalmente atreladas ao vínculo de afeto que o aluno possui com o professor da disciplina. Por essa razão, bons vínculos ajudam na criação de valores e admiração, além disso a época escolar é a fase em que a criança desenvolve seu mindset positivo, ou seja, aprende a lidar com fracassos, forma sua identidade e confia em suas capacidades.

Para isso, reconhecer os valores e forças de cada criança é importantíssimo tanto para o professor quanto paro o aluno. Para tanto, alguns pontos podem ser trabalhados desde cedo. As crianças precisam ter consciência de suas forças e virtudes para entender como são importantes em sua vida. Compreender suas limitações e reconhecer seus pontos fortes e fracos as ajudam a identificar até onde podem chegar. Com o tempo a criança entende que essa forma de se comunicar gera respeito nos demais. Dizer palavras encorajadoras a torna mais confiante e engajada, trazendo senso de coletividade e elevando a autoestima. É de extrema importância que os responsáveis e educadores entendam que relacionamentos positivos contribuem para a cognição social. E mais tarde as crianças tendem a possuir relacionamentos mais saudáveis e duradouros.

Antes de tomar qualquer atitude, lembre-se de que os relacionamentos têm impacto direto em nossa saúde física e emocional. Por essa razão, a comunicação positiva é fundamental e as emoções positivas estão intrinsecamente ligadas ao amor e a felicidade!

FLORA VICTORIA – é presidente da SBCoaching Trainng, mestre em Psicologia Positiva pela Universidade da Pensilvânia e considerada a maior especialista do país em Psicologia Positiva aplicada ao coaching. Pioneira na condução de projetos de pesquisa e comprovação científica do coaching e autora de obras acadêmicas de referência. Flora foi nomeada como a embaixadora oficial da Felicidade no Brasil por Martin Seligman, pai da Psicologia Positiva e é fundadora da SBCoaching Social, a empresa social dedicada à promoção do florescimento humano no Brasil.

OUTROS OLHARES

O AVESSO DA TECNOLOGIA

Uma maneira de diminuir o consumo de eletricidade necessário para manter os servidores em funcionamento seria limitar o número de imagens transmitidas na rede

Recentemente, li uma entrevista de Tim Berners-Lee, criador da internet e considerado um dos maiores gênios da computação do século XX, na qual ele declarou que a internet precisa ser reformada. Berners-Lee ressalta que um dos problemas é o excesso de informação que, atualmente, impede as pessoas de se comunicarem. Todos falam, mas ninguém ouve. Descartamos, sem ler, uma grande quantidade de informação que nos chega pelo WhatsApp e pelas redes sociais, sem nos darmos sequer ao trabalho de lermos suas primeiras linhas.  Como resultado, muitas vezes as pessoas se comportam, nas conversas, como se fossem surdas e perguntam pela mesma informação em vários momentos, apesar de a termos repetido várias vezes. O excesso de informação compromete a atenção e cria uma barreira que, muitas vezes, impede as pessoas de selecionarem as informações mais importantes, que são descartadas, de forma despercebida em meio a um fluxo incessante. Mas será esse o único problema a ser enfrentado por uma reforma da internet?

Um de seus pontos mais vulneráveis é a perda do controle sobre informações privadas que são apropriadas por grandes empresas a partir dos rastros digitais involuntariamente deixados pelos internautas. A simples visita a sites, a escolha de filmes ou músicas nos serviços de streaming e as compras feitas online são reveladoras do perfil de qualquer usuário da internet. Como alternativa, Berners-Lee está desenvolvendo o SOLID, um dispositivo que armazenará essas informações e garantirá que elas se mantenham sob o controle de quem as produz.

O derramamento de informações pessoais como resultado do ataque de hackers seria um grande desastre ecológico. Ele causaria uma enorme desorganização social que não se limita ria apenas ao hackeamento de contas bancárias, mas também de dados institucionais e governamentais que passariam a circular livremente. Seria a guerra de todos contra todos e as sociedades humanas dificilmente se recomporiam de um desastre dessas proporções. Os gigantes das redes sociais e do armazenamento de dados como o Facebook e o Instagram e outras empresas bilionárias passariam por uma crise de confiança irreversível que derrubaria, dramaticamente, seu valor nas Bolsas de Valores, arrastando muitas outras e criando um caos econômico. O problema não é apenas de segurança nacional, mas de segurança financeira internacional. Uma amostra do que pode ocorrer foi o episódio das fake news na última eleição presidencial nos Estados Unidos.

Essas empresas enfrentam uma série de problemas que, até agora, têm sido habilmente mantidos ocultos nos seus bastidores. Um deles é a crescente necessidade energética criada pela expansão da internet. Poucos de nós sabemos que a necessidade de recarregar as baterias de um único smartphone consome, anualmente, o equivalente em eletricidade para manter duas grandes geladeiras domésticas permanentemente ligadas. Manter os servidores da Google ligados e resfriados consome o equivalente à iluminação de uma cidade como Los Angeles. Recentemente, esses servidores foram acomodados no fundo do oceano, como uma tentativa de diminuir os custos de refrigeração e aumentar sua segurança.

A chegada da loT ou internet das coisas vai exigir uma nova expansão da internet e mais gastos com eletricidade, que levará a um aumento da emissão de dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global e o descontrole do clima. Atualmente a emissão de dióxido de carbono que resulta do uso e manutenção dos dispositivos digitais equivale à emissão produzida pela aviação comercial no mundo inteiro.

Uma maneira de diminuir o consumo de eletricidade necessário para manter os servidores em funcionamento seria limitar o número de imagens transmitidas na rede. Mas ninguém está disposto a estabelecer esse tipo de restrição, sobretudo depois que se descobriu o papel fundamental das imagens na propaganda. As imagens também induzem o fanatismo político e religioso com mais facilidade. O resultado de uma web cada vez mais imagética é a enxurrada de poluição mental, a nova invenção do século XXI. Mas, haverá como reverter essa situação?

O primeiro passo consiste em percebermos que não dependemos inteiramente dessas tecnologias. Elas são importantes, mas talvez não sejam prioritárias para a organização das sociedades. Em outras palavras, a vida é possível sem elas. Da mesma forma que já ocorreu na indústria alimentar, é possível traçar caminhos alternativos. Nas últimas décadas, muitas pessoas se inclinaram a rejeitar a comida industrializada e optaram pela volta dos alimentos orgânicos. É possível que o mesmo ocorra com as tecnologias digitais e, novas formas de organização das sociedades e das comunicações, menos totalizantes, comecem, pouco a pouco, a substituir o império da digitalização.

Muitas pessoas estão, voluntariamente, abandonando as redes sociais e procurando novas formas de agrupamento e de convivência. Isso inclui a retomada da leitura, do silêncio e da solidão, atualmente abandonados pela necessidade de responder a estímulos digitais incessantes.

Da mesma forma que é possível balancear a alimentação orgânica com a industrializada, poderemos, nos próximos anos, buscar uma relação com as tecnologias digitais que não nos torne mais refém delas. Precisamos voltar a ditar o ritmo de nossas vidas.

JOÃO DE FERNANDES TEIXEIRA – é paulistano, formado em filosofia na USP. Viveu e estudou na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Escreveu mais de uma dezena de livros sobre filosofia da mente e tecnologia. Lecionou na UNESP, na UFSCAR e na PUC- SP.

GESTÃO E CARREIRA

NA ONDA DA NOVA ECONOMIA

Em vez de enxergar os aplicativos como concorrentes, empresas de setores tradicionais aprenderam a se aliar aos modelos de negócios disruptivos e lucrar com as parcerias

Até meados do ano passado, quem quisesse comer um lanche do McDonald’s precisaria se deslocar a uma das 968 lojas no Brasil. Depois de considerar que os custos de manter uma equipe de motoboys e fazer entregas por conta própria eram muito altos, a Arcos Dorados, a administradora da marca e master franqueada na América Latina, decidiu descontinuar o serviço no começo desta década. Foi apenas há um ano que a companhia voltou com o serviço de delivery, inicialmente em 200 unidades da rede. Hoje, já são 600 pontos atendidos pela entrega. E esse número deve continuar aumentando. Apenas os restaurantes muito próximos de outros devem ficar de fora. O que mudou para que a empresa, tão reticente com a viabilidade econômica do delivery, mudar a estratégia: tudo.

A novíssima economia dos modelos de negócios baseados em aplicativos explodiu no Brasil no último ano. “Não podíamos ficar de fora”, afirma Paulo Camargo, presidente da Arcos Dorados. “Especialmente com a chegada de parceiros de tecnologia de entregas, como o iFood, a Rappi e a Uber Eats.” Com essa onda, surgiu uma grande oportunidade de receita incremental para setores tradicionais da economia. Por exemplo: o setor de alimentação fora do lar tem registrado crescimento modesto nos últimos anos. Em 2018, foi 3,5%, segundo a empresa de pesquisas Euromonitor. Ao mesmo tempo, as vendas por delivery cresceram 20%. Segundo Camargo, a expansão de vendas do McDonald’s no canal está bem acima da média do setor e ajuda a trazer mais pedidos, tanto de clientes fieis quanto de consumidores que não se dirigiriam às lojas. “Devido ao nosso tamanho, o delivery ainda representa uma parte pequena do faturamento, mas crescemos acima dos 10% em entregas a cada mês.”

Além de ter como parceiros os três principais aplicativos do mercado, o McDonald’s também lançou uma ferramenta própria. Mas, mesmo quando o pedido é feito pelo aplicativo da empresa, a rede usa a logística dos operadores parceiros. “Eles são os especialistas. O nosso negócio é outro: vender alimentos e atender bem o cliente”, afirma o executivo. O que poderia ser uma ameaça passou a ser visto como oportunidade. Para aproveitar melhor a parceria, o McDonald’s resolveu um problema descoberto na tentativa de delivery próprio. As suas famosas batatas fritas em forma de palito chegavam frias e sem consistência na casa do cliente. A solução foi criar a batata rústica, que viaja melhor.

São muitas as histórias que comprovam a revolução do mercado de alimentação a partir dos aplicativos. Com uma trajetória de duas décadas, a brasileira iFood foi uma pioneira no movimento. “Há uma década o mercado de entregas de comida vivia apenas da venda de pizzas no fim de semana”, diz Carlos Eduardo Moysés, CEO da iFood. “Agora os nossos 80 mil restaurantes ampliaram as vendas 50%, em média, após seis meses de uso do aplicativo.” Por sua vez, a empresa de logística dobra de tamanho a cada ano desde 2012. Líder do setor, ela conta com um exército de 120 mil entregadores. Uma frota desse tamanho dá uma ideia de como os aplicativos podem trazer mais negócios para setores tradicionais.

Se o mercado de alimentação é o exemplo mais óbvio, ele está longe de ser o único. As vendas de motos e de bicicletas têm crescido no Brasil acima do esperado. As academias de ginástica ganham mais clientes com modelos de negócios como o do Gympass, que vende passes de uso para as empresas entregarem a seus funcionários. As locadoras de automóveis ampliam a sua clientela com pessoas que, como forma de driblar a falta de emprego ou buscar renda adicional, dirigem para os aplicativos da Uber e da 99. E até o tradicionalíssimo setor de incorporação busca negócios com as novas tecnologias.

MAIOR ALCANCE

A Vitacon, empresa paulista focada em apartamentos de tamanho pequeno, é um exemplo. Parte representativa de seus lançamentos são vendidos a investidores de imóveis. E muito deles utilizavam o aplicativo do Airbnb para alugar as unidades. Como forma de ganhar mais receita com a tendência, a incorporada criou uma plataforma que conecta donos e interessados nos apartamentos da empresa, a Housi. A ideia é aproveitar melhor a tendência de tratar a moradia como um serviço, e até conectar parceiros de diversos aplicativos, como a Grow de empréstimo de bicicletas e patinetes elétricos. “Queremos que o cliente possa fechar o aluguel de um apartamento em até três minutos”, diz o fundador Alexandre Lafer Frankel.

Os casos de empresas de setores tradicionais que descobriram formas de buscar receita adicional com a chamada nova economia são variados. A rede de conveniências AM/PM, dos postos Ipiranga, por exemplo, criou kits para motoristas de Uber. O projeto começou a funcionar há dois meses, em parceria com a empresa Cargo. O funcionamento é bastante simples. O motorista de Uber pode parar numa unidade da AM/PM, instalar uma Cargo Box no carro e gratuitamente retirar um kit de bomboniere da loja. Os produtos, então, são vendidos aos passageiros. O motorista ganha 25% da venda, que é fechada pelo próprio aplicativo do Uber e o restante dividido entre a rede de conveniência e a Cargo. “O carro passa a ter um serviço de bordo”, diz Marcello Farrel, diretor da AM/PM. “E é uma forma de expandir a rede além da nossa presença nos postos.”

Na indústria, há quem deseje até vender mais panelas utilizando apps. Numa época em que pedir comida se tornou tão fácil, a Tramontina pretende atingir jovens interessados em cozinhar. Em projeto com a agência JWT, o aplicativo de músicas em streaming Spotify criou um algoritmo que transforma músicas em receitas. O consumidor escolhe uma música e o aplicativo sugere uma receita de comida, cruzando sentidos, explorando o conceito de sinestesia. É difícil prever se a estratégia, que tem um componente de trabalho de marca bastante forte, trará de fato incremento das vendas da Tramontina. Mas em outras áreas da indústria o crescimento de faturamento é uma realidade.

No primeiro semestre, as vendas de motos subiram 8,4% em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo 537 mil unidades, de acordo com dados da Abraciclo, a associação das fabricantes de motos e bicicletas. Já o mercado de bicicletas vendeu 58 mil unidades, um crescimento de 14,8% no período. São expansões bastante consideráveis num momento em que a economia cresce a um ritmo abaixo de 1%. A volta do crédito ajuda a explicar o resultado do setor. E a economia das aplicativos é apontado como uma fonte potencial de negócios. Segundo Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo e principal executivo da Honda Serviços Financeiros, o impacto dos motociclistas de entregas por aplicativos ainda não foi plenamente sentido. “Ainda se vê nas grandes cidades muitos entregadores com motos antigas”, afirma. “Defendemos que as empresas de aplicativos deem mais segurança aos motociclistas, avaliem se eles possuem experiência e incentivem o uso de motos mais novas.”

Esses profissionais, no entanto, fazem parte de uma importante tendência. Com a forte crise sentida pela construção civil nos últimos anos, os empregos informais criados pelos aplicativos se tornaram uma forma de renda para uma parcela da população. “Muitos deles começam fazendo entregas com bicicletas e depois economizam para trocar por uma moto, assim podem ser mais rápidos e trabalhar para restaurantes com estruturas mais complexas”, diz Georgia Sanches, diretora de contas da Rappi. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o número de pessoas que fazem entregas mais do que dobrou do primeiro trimestre de 2018 para o mesmo período deste ano, para um total de 400 mil pessoas. Mas, dentro dessa forte tendência, não estão só os serviços de entregas.

Também os aplicativos de caronas representam uma forma de contornar a crise do desemprego. E isso serve até mesmo para quem não possui carro. Esse fenômeno trouxe um novo perfil de clientes para as locadoras de veículos. Atualmente estima-se que há 600 mil motoristas de aplicativos no Brasil. “A maioria deles faz alugueis informais”, afirma Bruno Lazanski, diretor de operações da Localiza, a maior locadora do País. A empresa não revela a porcentagem dos clientes que trabalham com aplicativos. A empresa de origem mineira tem todo o interesse em conquistar e manter esse profissional informal entre os clientes.

MALHAÇÃO DIGITAL

Uma solução foi criada especificamente para dar mais agilidade a esse público. Por meio de um aplicativo próprio, os motoristas conseguem fazer o aluguel de forma totalmente digital. Para retirar o carro numa agência, basta enviar uma selfie para a empresa. O objetivo é facilitar a vida de quem aluga com frequência. “O motorista pode trocar de veículo quando quiser, não precisa se preocupar com custos de manutenção, tempo parado para consertos e a desvalorização do ativo”, diz Lazanski.

Assim como acontece com as locadoras, a chegada de um parceiro tecnológico movimentou o setor de academias. A Gympass permite aos seus assinantes utilizar diferentes redes. Fundada em 2012, a empresa já chegou a 14 países e recebeu, em junho, um aporte de US$ 300 milhões do fundo japonês Softbank. “Conseguimos levar mais gente para as academias”, afirma Rafael Sobral, vice-presidente de pequenas e médias empresas da Gympass. Isso acontece porque ela vende para empresas um passe para que seus funcionários possam frequentar quase 22 mil academias no Brasil. A empresa subsidia parte dos custos e incentiva os seus funcionários s melhorar a saúde e os índices de produtividade. “Hoje, apenas 5% dos brasileiros possuem planos de academia, mas dentre os funcionários dos nossos clientes o índice chega a 30%”, diz Sobral. “Na nossa base de frequentadores, 70% das pessoas não tinham inscrição em academias antes.”

A Cia Athletica, dona de 16 academias e de um faturamento de R$ 140 milhões, foi a primeira das grandes redes a aderir ao Gympass. “Essas pessoas não tinham incentivos para frequentar as academias”, afirma Richard Bilton, CEO da Cia Athletica. “Com o patrocínio da empresa em que trabalham e como o Gympass como catalisador, eles passam a ser nossos clientes.” A busca por interessados dentro das empresas seria impossível para qualquer rede. “Com a sua estrutura, a Gympass passou a funcionar como uma espécie de equipe de vendas nossa dentro das empresas”, afirma. É esse o papel que os aplicativos assumem na esteira de modelos da economia tradicional. Um elo que já beneficia empresas tão diversas quanto Cia Athletica, Localiza, Honda, Vitacon, Tramontina e McDonald’s.

ALIMENTO DIÁRIO

QUALIFICADOS

ASSASSINOS DE MINISTÉRIO QUE VOCÊ PRECISA VENCER: A GLÓRIA

CAPÍTULO 18 – AS QUESTÕES DE EGO E ORGULHO

“A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra.” — Provérbios 29:23

Pensamento-chave: Líderes espirituais precisam estar alerta e guardar a si mesmos contra a intoxicante e devastadora influência do orgulho, especialmente quando eles experimentam o “sucesso.

O orgulho é insidioso. Ele engana aquele que está infectado, levando-o a pensar “mais” de si mesmo e “menos” de Deus.

•   Orgulho foi o fator principal para a queda de Lúcifer. Ezequiel 28:17 diz “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura”. O resultado desse orgulho?  “… Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono”’ (Isaías 14:13).

•   O apóstolo Paulo ensinou que um novato não deveria ser designado como um bispo: “… que se ensoberbeça e incorra na mesma condenação do diabo” (1 Timóteo 3:6).

•   Antes de o rei Saul tornar-se orgulhoso, arrogante e desobediente, Samuel referiu-se a um momento anterior dizendo: “Quando você era pequeno a sua própria vista, não fostes feito o cabeça das tribos de Israel, e o SENHOR te ungiu como rei sobre Israel?” (1 Samuel 15:17, AMP).

•   O Rei Uzias caiu em orgulho depois que Deus lhe deu sucesso. “… E fez o que era reto perante o SENHOR… nos dias em que buscou ao SENHOR, Deus o fez prosperar. Divulgou-se a sua fama até muito longe, porque foi maravilhosamente ajudado, até que se tornou forte. Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína” (2 Crônicas 26:4-5, 15-16).

•   Provérbios 16:18 diz: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda”.

•   Tiago 4:6 e 1 Pedro 5:5 dizem: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”.

Outros têm observado a conexão entre poder, sucesso e orgulho. Em 1887, Lord Acton escreveu: “O poder tende a corromper, o poder absoluto corrompe absolutamente”. Antes disso, Abraham Lincoln disse: “Quase todos os homens podem suportar a adversidade, mas se você quer testar o caráter de um homem, dê a ele poder”. O premiado autor britânico e professor da Bíblia, Donald Gee, disse: “Qualquer explosão de popularidade e sucesso pede por uma personalidade disciplinada para sustentá-la imaculada. Isso pode facilmente significar ruína espiritual. É necessária uma mão firme para segurar um copo cheio”.

O ministério de Gordon Lindsay permitiu-lhe testemunhar a ascensão e a queda de muitos ministros proeminentes durante os reavivamentos pentecostais e de cura nos Estados Unidos. Ele observou: “Alguns moveres espirituais têm sido abençoados por Deus, e então repentinamente desaparecem por causa do comportamento presunçoso e errático de certos líderes. Um mover assim ocorreu há alguns anos nos Estados Unidos. No início, nós nos regozijamos com esse derramamento do Espírito. Mas rapidamente vimos algo se desenvolver que nos deixou alarmados. Alguns líderes estavam alegando que eles eram a ‘Casa de Poder’ e todas as outras igrejas estavam ‘secas’. Eles diziam que o povo deveria vir até eles para serem recarregados. Quando nós vimos tais pretensões ousadas, percebemos que a utilidade de tais líderes não duraria muito”.

Em outro momento, o irmão Lindsay escreveu: “Certos homens de Deus, ao serem usados poderosamente pelo Senhor, não foram capazes de permanecer na prosperidade, mas se tornaram erráticos e inconsistentes em suas condutas, e no final saíram de um cenário sob a sombra, e até mesmo em desgraça. O ego humano, não contido, somente pode levar a um triste fim – vergonha e humilhação. Este é o mundo de Deus, e Ele não irá dividir a Sua glória com uma ambição carnal. A segurança espiritual só pode ser encontrada na humildade”.

Robert Foster disse: “Quando nós fazemos mais do que nada, fazemos Deus menos do que tudo”. Da mesma forma, Andrew Murray declarou: “Enquanto formos alguma coisa, Deus não pode ser tudo”.

COMO O ORGULHO É REVELADO NA LIDERANÇA ESPIRITUAL?

1. TOMANDO OS CRÉDITOS PELA GRAÇA DE DEUS

Bernard de Clairvaux disse: “O orgulho nos leva a usar nossos dons como se eles viessem de nós mesmos, e não benefícios recebidos de Deus. Agir dessa maneira é usurpar a glória do nosso benfeitor”.

O Senhor Jesus Cristo viveu e ministrou na total dependência do Pai. Ele disse:

•   “Eu não posso fazer nada por minha própria conta… não procuro fazer a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (João 5:30, NTLH).

•   “O que eu digo a vocês não digo em meu próprio nome; o Pai, que está em mim, é quem faz o seu trabalho” (Joao 14:10, NTLH).

Se Jesus, em humildade, foi completamente dependente do Pai para tudo o que foi feito por intermédio do Seu ministério, o que nos faria pensar que nós podemos realizar qualquer coisa estando separados Dele? Paulo fez um importante questionamento aos crentes em Corinto: “O que tendes que Deus não tenha vos dado? E se tudo que tendes vem de Deus, porque vos vangloriais como se não fosse um dom?” (1 Coríntios 4:7, NTLH).

Na sua segunda epístola à mesma igreja, Paulo compartilhou sua perspectiva sobre o seu próprio ministério: “Em nós não há nada que nos permita afirmar que somos capazes de fazer esse trabalho, pois a nossa capacidade vem de Deus. É ele quem nos torna capazes de servir à nova aliança, que tem como base não a lei escrita, mas o Espírito de Deus. A lei escrita mata, mas o Espírito de Deus dá a vida” (2 Coríntios 3:5-6, NTLH). Charles Spurgeon sabiamente disse: “Não fique orgulhoso da sua carreira, aspecto, posição ou graça”. Sempre lembre que os dons que Deus deu a você são para a glória Dele e para o propósito de abençoar outros.

•   Se Deus lhe deu o dom do ensino, é para que outros possam aprender.

•   Se Deus lhe deu o dom do pastoreio, é para que outros possam ser cuidados.

•   Se Deus lhe deu o dom do evangelismo, é para que o perdido possa ser salvo.

Nunca tome a glória para si mesmo independente do que Deus tem lhe dado ou da maneira como Ele usa você! Ministros humildes não apenas reconhecem a necessidade absoluta da habilidade de Deus operando em suas vidas, mas também reconhecem as valiosas contribuições de outras pessoas que trabalham com eles e para eles. Eles são rápidos em dar os créditos a outros e mostrar gratidão pelo serviço de outros.

2. AMBIÇÃO CARNAL

Muito do que dissemos anteriormente implica em mostrar que o orgulho é mais provável a partir do momento que uma pessoa experimenta grande sucesso, mas existe também uma forma de orgulho que pode preceder qualquer tipo de conquista. Antes de seus ministérios serem lançados, o orgulho fez com que os discípulos discutissem entre eles sobre qual deles seria o maior. Jesus teve de destruir argumentos orgulhosos entre eles, enquanto eles brigavam por posição e se esforçavam para alcançarem proeminência.

Então, Jesus os reuniu para consertar a situação. Ele disse: “Vocês já devem ter notado como o poder sobe à cabeça dos governantes deste mundo que logo se tornam tiranos. Vocês não devem agir assim. Quem quiser ser o maior deve se tornar servo. Quem quiser ser o primeiro deve se tornar escravo. É o que o Filho do Homem faz: Ele veio para servir, não para ser servido — e para dar a própria vida para salvar muita gente”. — Mateus 20:25-28 (A Mensagem)

Jesus deixou claro que o Seu Reino não era alicerçado na política de “cobra engolindo cobra” ou no sistema mundano de subir na vida à base do “custe o que custar”. No Reino de Deus é responsabilidade Dele chamar, designar e promover; e a responsabilidade do homem é servir.

Oswald Sanders disse: “A palavra ‘ambição’ vem de uma palavra latina que significa ‘campanha para a promoção’. A frase sugere uma variedade de elementos: visibilidade social e aprovação, popularidade, reconhecimento dos colegas, o exercício da autoridade sobre outros. Pessoas ambiciosas, neste sentido, desfrutam o poder que vem com dinheiro e autoridade. Jesus não tinha tempo para tais ambições dirigidas pelo ego. O verdadeiro líder espiritual nunca realizará uma ‘campanha por promoção’”.

O QUE PARECERIA AMBIÇÃO CARNAL NA VIDA DE UM LÍDER ESPIRITUAL?

•   Desejar ser percebido.

•   Tenta se fazer importante.

•   Competir contra, em vez de cooperar com outros.

•   Exaltação própria.

•   Tentar parecer bem, mesmo que isso signifique fazer com que outros pareçam mal.

•   Envolver-se em jogos de poder.

•   Buscar posições visando o poder, não oportunidades para servir.

O apóstolo João falou sobre um líder da igreja chamado Diótrefes: “… que gosta de exercer a primazia” (3 João 9). Paulo falou de outro grupo que estava ocupado fazendo “politicagem” contra ele tentando difamá-lo e miná-lo. “Os que fazem tanto esforço para agradá-los, não agem bem, mas querem isolá-los [de nós] a fim de que vocês também mostrem zelo por eles” (Gálatas 4:17, NVI).

Jesus descreveu a atitude que Ele queria que os Seus líderes-servos tivessem.

Quando alguém convidá-lo para uma festa de casamento, não sente no melhor lugar. Porque pode ser que alguém mais importante tenha sido convidado. Então quem convidou você e o outro poderá dizer a você: “Dê esse lugar para este aqui.” Aí você ficará envergonhado e terá de sentar-se no último lugar. Pelo contrário, quando você for convidado, sente-se no último lugar. Assim quem o convidou vai dizer a você: “Meu amigo, venha sentar-se aqui num lugar melhor.” E isso será uma grande honra para você diante de todos os convidados. Porque quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido. — Lucas 14:8-11 (NTLH)

3. EGOCENTRISMO

A trindade falsificada é eu, eu mesmo, e eu. — Edwin Louis Cole

Anos atrás, um pastor falou-me: “O Senhor me mostrou que qualquer um que começar uma igreja a 80 quilômetros da minha está fora da vontade de Deus”. Eu fiquei impactado com o fato de que alguém pudesse ter uma mentalidade tão exclusivista e territorial, mas percebi que o orgulho criara uma mentalidade distorcida.

Você já conheceu pessoas que eram tão autocentradas, que em conversas e em pregações tudo está relacionado a elas em vez de a Deus ou ao Seu povo? Se você conta algo que aconteceu com você, elas rapidamente interrompem com: “Isso me lembra da vez que eu…”. Alguém disse: “A presunção é a única doença conhecida pelo homem que deixa todos doentes, exceto aquele que a possui”.

Quais são os outros traços de egocentrismo?

•   Pensar que o plano eterno de Deus gira em torno de mim.

•   Agir como se a nossa obra fosse a única que Deus estabeleceu na cidade.

•   Acreditar que o que Deus faz por meio dos outros é menos significante do que o que Ele faz por meu intermédio.

•   Ser obcecado com a própria imagem.

Deus nos chamou para abençoar, não para impressionar. Nossos ministérios deveriam ser uma expressão da bondade do Senhor, não uma extensão dos nossos egos.

4. UMA ATITUDE DE SUPERIORIDADE

Se líderes desenvolvem um complexo de superioridade, eles começam a sentir que estão acima da crítica e da repreensão. Eles são rápidos em se esconder por trás da defesa que diz: “Não toque em um ungido do Senhor” em vez de humildemente encararem o que poderia ser uma crítica justificável.

Por meio de uma conduta inapropriada, alguns líderes podem na verdade estar promovendo e abastecendo as queixas que, pela própria autoridade, eles estão tentando erradicar. Certos líderes sentem que nunca devem ser questionados: “Não questione nada do que eu digo ou faço. O que eu digo e faço está certo porque eu sou um homem de Deus!” Tal sentimento presunçoso de infalibilidade é um indicador certo de que o orgulho trouxe grande cegueira.

Líderes que julgam a si mesmos superiores podem requerer um reinado absoluto e exclusivo sobre o rebanho: “Não escutem a ninguém exceto a mim!” Eles podem usar a frase: “O Senhor me disse…” para explicar suas decisões e, em casos extremos, justificar uma conduta ilegal, imoral ou antiética.

OUTROS INDICADORES DE UMA ATITUDE DE SUPERIORIDADE SÃO:

•   Um sentimento de infalibilidade (“Eu nunca estou errado; eu sempre estou certo.”).

•   “Minhas preferências são as diretrizes de Deus.”

•   “Eu tenho uma unção maior, uma revelação maior.”

•   O sucesso do outro é minimizado porque eles estão obviamente comprometidos (ou estão invalidados por alguma conduta).

•   “Somos mais profundos do que qualquer outro.”

•   Uma atitude de ter direito (“Eu mereço qualquer coisa que eu queira, por causa de quem eu sou.”).

•   Desinteresse de prestar contas ou receber correção.

Líderes espirituais precisam evitar ser rodeados de “babões” que alimentarão seu ego e oferecerão elogios incansáveis. Eu sei de um líder que considerava todos os que diziam algo positivo sobre ele como pessoas enviadas por Deus. Da mesma maneira, qualquer outro que dissesse algo que parecesse um pouco negativo era alguém enviado pelo diabo.

Norman Vincent Peale disse: “O problema com a maioria de nós é que preferimos ser arruinados com um elogio a sermos salvos pela crítica”. Sabedoria semelhante foi expressa muito tempo antes em Provérbios 27:6: “Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos”.

5. A AUSÊNCIA DE UM CORAÇÃO DE SERVO

Jesus esclareceu que em Seu ministério Ele não tinha vindo para ser servido, mas para servir (Mateus 20:28). Se nos esquecermos disso e começarmos a agir como se outros estivessem aqui para nos servir, então faremos mais por nós mesmos do que Jesus fez por Si.

Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos. Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros. Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte–morte de cruz.  — Filipenses 2:3-8 (NTLH)

Aqueles de nós que forem mais fortes e capazes na fé têm o dever de ajudar os que são vacilantes, não devem fazer apenas o que for conveniente. Se temos força é para servir, não para ganhar prestígio.  — Romanos 15:1 (A Mensagem)

Os servos de Deus devem se guardar de ter uma mentalidade de “celebridade”. Deus quer que eles se conduzam como servos, não como celebridades.

6. DESPREZO PELOS OUTROS

Líderes espirituais deveriam ser corteses, educados, respeitosos e valorizadores em relação aos outros. Eles não deveriam fazer “acepção de pessoas”, tratando pessoas de alta posição com respeito, enquanto tratam outros de forma condescendente. Romanos 12:16 (A Mensagem) diz: “Ajudem-se uns aos outros. Não sejam arrogantes. Façam amigos entre as pessoas mais simples; não se julguem importantes”. A versão Nova Tradução na Linguagem de Hoje, altera a parte do meio desse versículo, dizendo: Não sejam orgulhosos, mas aceitem serviços humildes. Que nenhum de vocês fique pensando que é sábio!”.

Se você quer saber algo a respeito do caráter de uma pessoa veja como ela trata pessoas que julga estarem em uma “posição inferior”. Elas podem ser muito respeitosas com o chefe ou com alguém de um alto status, mas como elas tratam o zelador, uma garçonete, uma balconista ou uma secretária? Simplesmente não existe lugar para grosseria ou altivez na vida de um líder espiritual.

Se um líder se percebe como um ser superior a outros, então é provável que ele maltrate e desrespeite outros. Ele os enxergará meramente como um meio para cumprir seus próprios objetivos. Em suma, as pessoas acabarão sendo usadas. Líderes espirituais precisam delimitar uma linha distinta entre motivar pessoas e manipular pessoas. Motivações saudáveis não tomam lugar por meio da culpa, medo ou intimidação.

Líderes espirituais encorajam outros a servirem de maneiras saudáveis, com os limites apropriados. Eles não querem que as pessoas sirvam a custo de suas famílias ou sua saúde. “Doa o que doer” é o lema de alguns líderes, e “dor” é exatamente o que seus ministérios produzem. No rastro desses ministérios você encontrará muitas pessoas doentes e feridas.

7. GRANDIOSIDADE

O orgulho também virá à tona em um tipo de grandiosidade que produz uma mentalidade de superioridade em uma liderança. Tudo é exagerado. Números são esticados para fazer o líder parecer bem. Histórias são embelezadas. E uma lista de nomes é feita regularmente em uma tentativa de estabelecer uma reputação brilhante e impulsionar o ego de alguém.

Quando a grandiosidade está presente, a verdade é secundária em relação à projeção de imagem e manutenção da imagem. Profissionais de vários campos têm sido conhecidos por “doutorizar” seus currículos, em uma tentativa de melhorar suas imagens. Alguns pregadores têm personalizado ilustrações genéricas enquanto estão pregando, apresentando a história como se fosse sua própria história. Tal enganação é uma violação da integridade pessoal, e quando descoberta, danifica a credibilidade de um líder.

UMA PALAVRA DE CAUTELA

Certamente existe uma maneira de exercitar a autoridade de boa-fé em uma legítima liderança espiritual. Há momentos em que os líderes precisam tomar uma posição forte e lidar com firmeza em certas situações; isso não significa ser um ditador ou um tirano.

Um líder piedoso não é um capacho para ser pisoteado por “santos” descontentes ou uma panela para ser batida por fiéis indisciplinados. Uma liderança espiritual não é encontrada na falta de autoridade, mas no uso correto da autoridade. Até mesmo quando Paulo estava lidando com conflitos, ele disse aos crentes: “Eu quero usar a autoridade que o Senhor me deu para fortalecê-los, não para derrubá-los” (2 Coríntios 13:10, NTLH).

Esse deveria ser o clamor de cada pessoa em posição de liderança espiritual. Lideramos para beneficiar àqueles a quem temos o privilégio de servir. Nossa liderança deveria ser edificar, beneficiar e abençoar outros. O orgulho é um assassino de ministério, e é totalmente oposto à natureza de Deus e ao Seu plano para as nossas vidas.

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