A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

QUANDO SURGE O PÂNICO

O cenário atual de uma vida com grande exposição ao estresse impede que as pessoas consigam relaxar adequadamente da tensão cotidiana, o que aumenta o número de pacientes com problemas de ansiedade

Atualmente, existe uma exposição enorme dos indivíduos ao estresse, havendo raras oportunidades de relaxar toda a tensão e desgastes do dia a dia. Nesse panorama, também se dá um aumento no número de pessoas com queixas de ansiedade, a qual pode ser passageira ou pode significar que existe uma doença que precisa de um tratamento específico, sem o qual será mais difícil que seja obtida uma melhora.

Os transtornos de ansiedade abarcam várias síndromes caracterizadas pela presença de sintomas ansiosos, entre as quais: transtorno do pânico, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade social, transtorno do estresse pós-traumático, fobias específicas e, apesar de mudanças na classificação do DSM-5 (American Psychiatric Association – APA, 2014), o transtorno obsessivo-compulsivo (Organização Mundial da Saúde – OMS, 1993).

O número total estimado de pessoas vivendo com transtornos de ansiedade no mundo é de 264 milhões, sendo 21 % delas provenientes dos países das Américas. Esse total teve um aumento entre 2005 e 2015 de 14,9% como resultado do crescimento e envelhecimento populacional (OPAS, 2018).

O transtorno do pânico é uma doença que faz parte dos transtornos de ansiedade e que está sendo, nos últimos tempos, cada vez mais divulgada nos meios de comunicação e que se caracteriza por crises inesperadas de medo e desespero. O indivíduo pensa que vai morrer de um ataque cardíaco, porque o coração dispara, ele sente falta de ar, sudorese etc. Devido a isso, fica em estado de alerta e com medo de ter novas crises, comprometendo a sua qualidade de vida.

A prevalência do transtorno do pânico é de 1,5% a 3% da população geral e, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária, é mais frequente entre adultos jovens. As mulheres, é preciso salientar, têm de duas a três vezes mais propensão a ter este transtorno se comparadas aos homens.

Pânico vem do grego panikós, cujo significado é susto ou pavor, aludindo ao deus Pã, metade humano, metade carneiro, com chifres e patas que, com sua aparição, provocava medo intenso nos pastores e camponeses.

Muitos têm conhecidos que ouviram falar de alguém que, sem motivo aparente, ficou extrema­ mente ansioso, seu coração disparou, começou a suar, ter tremores, sentir como se não reconhecesse a si próprio ou a realidade vivida naquele momento e, o mais marcante, acreditou que o que sentia era um ataque cardíaco que o levaria à morte. Essa pessoa talvez tenha ido a diversos médicos e feito inúmeros exames que não detectaram absolutamente nada. Pois é, esse sujeito provavelmente teve o que denominamos ataque de pânico. Em outras palavras, podemos entender que esse ataque é a manifestação mais intensa da ansiedade. Porém, ter um único ataque de pânico não significa que o sujeito venha a ter um transtorno do pânico, pois em função do primeiro ataque ocorre uma preocupação em ter novos episódios semelhantes, ocasionando uma possível evitação das situações supostamente perigosas, levando a um prejuízo em sua qualidade de vida. Como as crises podem ocorrer em qualquer lugar (por exemplo, em casa ou dormindo), essa evitação é muito mais difícil de ser realizada.

SINTOMAS

Segundo os critérios diagnósticos para ataque de pânico para a Associação Psiquiátrica Americana, na quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5), um ataque de pânico é um surto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas:

(1) palpitações, coração acelerado, taquicardia;

(2) sudorese;

(3) tremores ou abalos;

(4) sensações de falta de ar ou sufocamento;

(5) sensações de asfixia;

(6) dor ou desconforto torácico;

(7) náusea ou desconforto abdominal;

(8) sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio;

(9) calafrios ou ondas de calor;

(10) parestesias (anestesia ou sensações de formigamento);

(11) desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (estar distanciado de si mesmo);

(12) medo de perder o controle ou enlouquecer;

(13) medo de morrer.

É fundamental descobrirmos qual o tipo dos ataques de pânico de uma pessoa para avaliar o que ela tem. Quem só tem ataques de pânico quando vê uma cobra tem provavelmente uma fobia específica de cobra; quem apresenta o ataque apenas em situações sociais deve ter o diagnóstico de fobia social; aqueles que têm ataque de pânico quando são confrontados com lembranças de uma situação traumática que tenham sofrido podem ter transtorno de estresse pós-traumático; e quem tem as crises após ter ficado muito preocupado com alguma situação (financeira, saúde, segurança etc.) deve ter um transtorno de ansiedade generalizada. Por outro lado, para apresentar o transtorno do pânico, os ataques devem ser abruptos, inesperados e o indivíduo deve ter medo de ter novos ataques.

O transtorno do pânico pode vir acompanhado de um outro transtorno denominado agorafobia, termo que foi elaborado em função de um templo, construído em Atenas, na Grécia Antiga, o qual era dedicado ao deus Pã. Esse templo estava localizado ao lado de Ágora, que era a praça onde se reunia a assembleia popular, de onde surgiu o nome “agorafobia”. Em Psiquiatria, o termo pode ser mais bem definido como “medo de locais amplos”.

COMORBIDADES

Comorbidade é quando duas ou mais patologias estão presentes em uma mesma pessoa, o que é muito comum em indivíduos com transtorno do pânico. No que diz respeito à comorbidade com depressão, ela ocorre em 10% – 65% e, no caso do uso de álcool e/ou outras drogas, em uma taxa entre 20% e 40 %. Um sub­grupo desses últimos sujeitos pode ter desenvolvido problemas com o uso dessas substâncias como consequência da “automedicação” que faziam para a ansiedade, mas outros podem ter desencadeado um primeiro ataque de pânico durante um quadro de intoxicação, pois algumas drogas (como a maconha e a cocaína) favorecem o aparecimento de sintomas de ansiedade.

Todos sentimos ansiedade em determinadas situações, como ter de enfrentar um desafio, fazer uma prova, realizar uma entrevista de emprego. Nesses momentos, nosso coração acelera e percebemos que devemos nos esforçar ao máximo para que tenhamos sucesso. Assim, podemos entender que a ansiedade é o combustível que faz com que nos movamos. Nesses exemplos, na maioria das vezes, a ansiedade não é tão intensa, porém, mesmo quando ela é muito forte e parece vir somente para atrapalhar, seu objetivo é ajudar o indivíduo a lidar melhor com aquela situação potencialmente “perigosa” na qual ele está envolvido.

Imagine que você está andando em uma rua escura, vazia e perigosa e vem, em sua direção, um rapaz com as mãos nos bolsos e um capuz. Imediatamente, você se sente ansioso(a), seu coração dispara, você respira de forma ofegante, ou seja, sente algo um pouco mais intenso. O objetivo do seu organismo, ao se comportar assim, é prepará-lo para lutar, fugir ou congelar, assim aumentando sua chance de sobrevivência. Os termos luta, fuga e congelamento são as traduções dos termos em inglês fight, fly e freeze.

Para sobrevivermos ao perigo não precisamos usar recursos mentais superiores, tais como o raciocínio lógico ou uma memória elaborada. O que precisamos é de uma reação primitiva e instintiva: atacar a fonte de ameaça (luta),”dar no pé” (fuga) ou ficar parado “como uma pedra” para não ser notado (congelamento).

O perigo é percebido e o cérebro manda uma mensagem ao nosso sistema nervoso autônomo, o qual é dividido em duas subseções: sistema nervoso simpático (parte que prepara o corpo para ação, o que inclui lutar, fugir ou congelar) e sistema nervoso parassimpático (parte que restaura o corpo ao seu estado normal). Em outras palavras, o sistema nervoso autônomo tem duas partes: uma que liga os sintomas de ansiedade (sistema nervoso simpático) e outra que desliga a ansiedade (sistema nervoso parassimpático). Vamos entender agora esses dois processos de “ligar” e “desligar” a ansiedade (e o pânico).

1) LIGAR: Na situação de perigo é ativado o sistema nervoso simpático, que vai liberar duas substâncias químicas no organismo, a adrenalina e a noradrenalina, as quais são produzidas pelas glândulas suprarrenais.

Imagine que essas duas substâncias são como dois comandantes que dão ordens ao corpo para que este fique ativo e que, ao começarem a agir, frequentemente continuam “dando ordens” e agindo por um certo tempo. É preciso explicar ainda que o sistema nervoso simpático é um sistema “exagerado”, que funciona na base do tudo ou nada, ou todas as partes do corpo reagem, ou nenhuma, e em função disso os sintomas da ansiedade vêm em bloco, sendo muito difícil alguém ter apenas um dos sintomas (como, por exemplo, o disparo do coração).

2) DESLIGAR: A atividade do sistema nervoso simpático é interrompida de duas formas:

a) a adrenalina e a noradrenalina são destruídas por alguma outra substância do corpo ou

b) o sistema nervoso parassimpático (que tem efeito contrário ao simpático) é ativado e relaxa novamente o organismo. Esse botão de “desliga” do parassimpático é ativado pelo próprio organismo quando este cansar de “lutar ou fugir”.

CUIDADOS

No caso do transtorno do pânico, a situação “perigosa” são as próprias sensações corporais, pois não sendo encontrado nada externo que seja ameaçador, o sujeito pode desconfiar que sua ansiedade significa que há algo de errado consigo mesmo, com sua saúde física e mental, e, frente a isso, seu sistema nervoso simpático vai prepará-lo para lutar, fugir ou congelar. Mas, no caso do pânico, nem sempre é claro o que desencadeou a primeira reação de ansiedade. Assim como ela pode ter ocorrido após usar uma droga, como a maconha, pode não haver um motivo aparente para que o sujeito tivesse medo. Existem várias causas para esse primeiro ataque sem uma causa óbvia, como: estresse, hiperventilação sutil (sem se dar conta, ele respira de uma forma mais rápida, havendo um desequilíbrio entre a entrada de oxigênio e a saída de gás carbônico), e mudanças naturais no corpo, nas quais ele presta atenção, reparando mais em sensações corporais.

O tratamento para o transtorno do pânico consiste em duas abordagens combinadas: uma é a utilização de psicofármacos para diminuir os ataques e a outra é a psicoterapia, sendo a mais indicada a terapia cognitivo-comportamental (TCC).

Apesar de termos explicado neste artigo, simplificadamente, o que é o tratamento para pacientes com transtorno do pânico, o melhor é consultar um terapeuta que possa avaliar cada caso, pois podem existir comorbidades psiquiátricas, ou algum outro problema de ordem física, que podem interferir no diagnóstico e, consequentemente, na prescrição de um plano terapêutico. Não foi o objetivo do artigo, mas existem condições fisiológicas e psiquiátricas que podem ser confundidas com o transtorno do pânico e somente um profissional capacitado terá condições de indicar o melhor tratamento.

FASES DO TRATAMENTO

Em termos farmacológicos, as medicações mais indicadas para o transtorno do pânico são os antidepressivos que atuam no equilíbrio dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS). os tricíclicos. os inibidores da monoaminoxidase (lmao) e os duais.

PSICOEDUCAÇAO: O terapeuta deve ensinar para o paciente o que é o transtorno do pânico. Indicamos o livro de Araújo (2019) para essa etapa, mas podem ser utilizados outros livros ou sites da internet que ofereçam informações corretas e embasadas cientificamente. Sugere-se um breve vídeo do YouTube. que sintetiza importantes informações psicoeducativas: https://www.youtube.com/watch?v=AaLtT4b7Fbc&t=21s

RESTRUTURAÇAO COGNITIVA: Fase na qual os pensamentos automáticos do paciente são questionados em termos de suas evidências, sendo buscada a mudança na forma como o paciente vê a si (demonstrando que ele não é vulnerável como crê), ao mundo (provando que o mundo não é perigoso como pensa) e ao futuro (ao demonstrar que este não é incerto, como teme). Essas maneiras de ver a si, ao mundo e ao futuro são chamadas, na terapia cognitivo-comportamental, de crenças centrais.

ENSINO DE TÉCNICAS DE RELAXAMENTO E DISTRAÇÃO: O terapeuta ensina a técnica, desenvolvida por Araújo (2019), chama o dr., para controlar os ataques de pânico.

TERAPIA DE EXPOSIÇÃO: Seu objetivo é a dessensibilização, pois o paciente vai ficar “menos sensível” às sensações do pânico, em função da capacidade do ser humano habituar-se ao estresse. Assim, o terapeuta fará exercícios físicos, durante a sessão, como respirar rápido, rodar em uma cadeira giratória, prender a respiração etc. Em um primeiro momento, vai fazer a exposição usando o “chama o dr.” e, quando a ansiedade estiver controlada, após algumas consultas, deve “mandar o dr. Embora” e controlar os sintomas sozinho após cada exercício.

EXPOSIÇÕES PARA A AGORAFOBIA (PARA AQUELES QUE TÊM): É elaborada uma lista dos lugares que o paciente tem medo de ir, avaliando o grau de ansiedade de enfrentá-los. A partir daí, são feitas exposições dos locais que geram menos ansiedade aos que geram mais, até que não haja mais locais temidos e evitações.

OUTROS OLHARES

DELIVERY? CHAME O ROBÔ

A sensação entre os alunos da Universidade Berkeley Califórnia, é um robozinho simpático, do tamanho de uma mesa de cabeceira, chamado Kiwibot. Programado para fazer entregas dentro do campus, ele é mais rápido do que os serviços oferecidos pelos deliveries tradicionais – e não esperam gorjetas. Por meio de um aplicativo, o cliente foz o pedido, indica o local de entrega e acompanha o trajeto em tempo real pelas imagens da câmera instalada no pequeno entregador eletrônico. Criado pela Kiwi, uma startup de estudantes colombianos da universidade, o sistema de delivery automatizado já atendeu a cerca de 30 mil pedidos e começa a ser expandido para outros 12 campi americanos. O Kiwibot trabalha sobretudo com comida, mas também aceita encomenda de artigos escolares e produtos de supermercado – dentro da sua capacidade de carga, naturalmente.

GESTÃO E CARREIRA

VENDEDORES 2.0

O segredo de empresas que crescem na economia lenta

Uma tendência tornou-se comum entre as empresas brasileiras que apresentam números de crescimento acima da média de mercado em meio a uma economia cambaleante. Elas contam com uma equipe comercial dinâmica, jovem eguiada por tecnologia edados, os chamados vendedores 2.0. Com grande influência digital, esses profissionais quebram o paradigma da figura do vendedor tradicional, conhecido por empregar argumentos de venda decorados e empurrar compras aos clientes.

Cientes desse comportamento, que na maioria das vezes irrita os potenciais clientes, muitas empresas investem na qualificação da sua equipe comercial e buscam novos talentos para atender às novas exigências de mercado. A procura das companhias concentra-se majoritariamente em profissionais com mindset digital que optam por atuar no setor comercial atraídos principalmente pelas oportunidades de carreira e possibilidade de engordar o salário com bonificações.

Aquele vendedor que cai de paraquedas no mercado, por falta de opção ou necessidade financeira, perde cada vez mais espaço. Dados da última pesquisa “Mapa de Benefícios e Expectativas do Profissional Técnico e de Suporte à Gestão”, realizada pela consultoria em recrutamento Page Personnel, com 2.500 profissionais de diversos setores de mercado em quase todos os estados brasileiros, revelam que atualmente 94,3% dos profissionais de vendas possuem ensino superior, 38% possuem pós-graduação, 27,2% possuem um MBA e 5,7% possuem título de mestrado.

O crescente aumento de vendedores 2.0 no mercado de trabalho, porém, traz um novo desafio para o mercado. Líderes e gestores precisam atentar em alocar os profissionais somente para o momento humano do processo, ou seja, entendimento das necessidades do cliente, construção da solução em conjunto, negociação e fechamento de vendas. Com o passar do tempo, atividades operacionais como atualização de sistemas e planilhas, envio de e-mails de prospecção e follow-ups e principalmente as ligações para listas de contatos frios tendem a desmotivar os vendedores.

Além disso, é sabido que os executivos de vendas com dedicação integral ao estudo e estruturação de propostas focadas nas necessidades do cliente apresentam índices de produtividade superiores àqueles que também fazem os processos burocráticos anteriores a esse momento. Em alguns casos, 60% do tempo dos vendedores é gasto nas tarefas braçais que citamos. É importante que os empresários tenham em mente que as atividades de baixo valor agregado são mais produtivas quando executadas por ferramentas de automatização, algumas delas já disponíveis para o mercado local para que o vendedor tenha então um papel muito mais estratégico na organização.

A abordagem atual dos especialistas, e que nós corroboramos, aponta que a área de vendas está entre as carreiras de sucesso do futuro. Afinal, para gerar qualquer negócio, é preciso vender, e cada vez mais o setor comercial torna-se o epicentro estratégico de qualquer

empresa. É por meio dele que novos negócios são gerados, permitindo o crescimento em um mercado cada vez mais acirrado.

Porém, para garantir funcionários motivados e dispostos a seguir carreira, e ao mesmo tempo evitar custos extras com rotatividade de equipe, é preciso que as empresas valorizem os vendedores 2.0, oferecendo salários e bonificações competitivas, treinamentos contínuos e o mais importante: liberá-los do trabalho braçal e repetitivo para torná-lo peça-chave da organização.

RICARDO CORRÊA – é cofundador e CEO da Ramper, startup criadora de uma plataforma de prospecção digital de vendas com pouco mais de dois anos de atuação no mercado e quase mil empresas como clientes.

ALIMENTO DIÁRIO

QUALIFICADOS

CAPÍTULO NOVE – VOCÊ É UMA CARTA

“Um em cada cem homens lerá a Bíblia, os outros 99 lerão o cristão.” — D. L. Moody

Pensamento-chave: Nossas vidas são uma carta que outros leem.

Paulo disse aos Coríntios: “A vida de vocês é uma carta que qualquer um pode ler simplesmente olhando para vocês. O próprio Cristo a escreveu — não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo. Essa carta não é inscrita na pedra, mas entalhada em vidas humanas — e nós a publicamos” (2 Coríntios 3:2-3, A Mensagem).

Além da mensagem que enviamos ao mundo por meio da nossa conduta e estilo de vida, precisamos estar cientes do quão, supostamente, cristãos maduros e líderes espirituais influenciam cristãos mais jovens e aqueles que podem estar fracos na fé.

Paulo dedicou uma quantidade substancial de tempo (veja 1 Coríntios 8 e Romanos 14) persuadindo aqueles que se consideravam maduros, para que jamais permitissem que a sua liberdade em Cristo se tornasse uma pedra de tropeço para aqueles que eram menos maduros ou tinham uma consciência fraca.

“E, por isso, se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo” (1 Coríntios 8:13). De modo semelhante, Paulo disse: “Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu”, e “é bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar” (Romanos 14:15,21).

Embora esse contexto de comer alimentos consagrados a ídolos possa estar muito distante de nós historicamente, o princípio permanece claro. Se alguma coisa que fazemos impede a fé de outros, precisamos evitar isso.

Se as ações de cristãos podem ofender aqueles que são imaturos na fé, isso também pode ser uma razão para que as nossas ações possam influenciar — positiva ou negativamente — aqueles que estão “fora da fé”. Tim Tebow, um cristão e jogador de basquete da NFL, foi indagado se ele consumia álcool. Sua resposta foi: “a principal razão por que eu não consumo álcool é porque, se eu tomar uma taça de vinho, eu não quero ser responsável pelo garoto que me vê e diz: ‘Ei, o Tebow está fazendo isso, então eu vou fazer também’. E, depois, ele toma uma decisão ruim. Porque, goste disso ou não, é sério”, ele diz.16

Com isso em mente, vejamos três verdades essenciais para o entendimento do nosso testemunho no mundo.

1. O MUNDO NÃO JULGA LÍDERES ESPIRITUAIS POR VERDADES “POSICIONAIS”.

Um dos momentos mais alegres e libertadores na vida dos crentes é quando eles percebem o que Deus fez e declarou sobre eles. Por causa da obra redentora do Senhor Jesus Cristo, Deus declarou que todo cristão é:

•   Um filho de Deus (Romanos 8:16).

•   Uma nova criatura (2 Coríntios 5:17).

•   A justiça de Deus em Cristo (2 Coríntios 5:21).

•   Abençoado com toda sorte de bênçãos nas regiões celestiais, em Cristo (Efésios 1:3).

•   Aceito no Amado (Efésios 1:6).

•   Sentado com Cristo nos lugares celestiais (Efésios 2:6).

Essas verdades são maravilhosas para o crente esclarecido, mas o incrédulo não tem qualquer noção de tais verdades. O mundo não pode enxergar a nossa posição em Cristo; tudo o que eles podem observar é o que nós praticamos. Eles não podem perceber a nossa “vida eterna” em Cristo; tudo o que eles podem ver é o nosso estilo de vida.

2. O MUNDO JULGA LÍDERES ESPIRITUAIS COM PADRÕES MAIS RIGOROSOS DO QUE OUTROS.

Tiago 3:1 diz: “Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo”.

É simplesmente um fato de que as pessoas tendem a esperar mais daqueles em posições de liderança espiritual. Em alguns aspectos, isso pode parecer injusto e, alguns, no ministério, ficam sob pressão por estarem sempre preocupados acerca do que as outras pessoas irão pensar de tudo o que eles fizerem e disserem. Por exemplo, alguns ministros colocam uma pressão enorme sobre os seus filhos, para que sejam “perfeitos” o tempo todo e, ao fazer isso, permitem que o medo de outras pessoas, e suas opiniões, penetrem de forma doentia em suas vidas.

No entanto, esta é uma ótima oportunidade para lembrar aos membros de igreja que pastores e suas famílias são 100% humanos. É verdade, olhamos para o pastor como um líder e exemplo, mas tenha em mente que eles mesmos estão crescendo e, sem dúvida, existem algumas áreas em que as suas imperfeições aparecem de tempos em tempos.

Como um jovem pastor assistente no início da década de 1980, o meu pastor sênior tinha uma placa na parede de seu escritório com um poema que me impressionou. O poema era intitulado “Eu Sou o Seu Pastor”, e era isso que dizia:

Memorando para: Minha Congregação

De: Seu Pastor

Quando você se ergue para as alturas e para o seu melhor, eu sou o seu pastor.

Quando você cede à tentação e cai ao nível mais baixo, eu sou o seu pastor.

Quando você vive no Espírito e manifesta a atitude de um cristão, eu sou o seu pastor.

Quando, por um tempo, você afunda ao nível da carne, eu sou o seu pastor.

Quando você anda no caminho do dever e faz a vontade de Deus, eu sou o seu pastor.

Quando você entra no caminho da desobediência, eu sou o seu pastor.

Quando alegrias chegam a você e intensificam as notas de louvor em seu coração, eu sou o seu pastor.

E, quando as trevas vêm como uma blindagem escura sobre a sua vida, eu sou o seu pastor.

Quando você faz o seu melhor e merece a aprovação de outros, eu sou o seu pastor.

Quando você faz o seu melhor e o seu bem é tido como perverso, eu sou o seu pastor.

Quando você tem tudo o que precisa e mais do que é necessário para a vida, eu sou o seu pastor.

Quando você sente o aperto da pobreza e a sua capacidade de adquirir diminui, eu sou o seu pastor.

Quando você se mantém doce e gracioso, como um cristão maduro deve se manter, eu sou o seu pastor.

Quando você age com infantilidade sobre erros reais ou imaginários, eu sou o seu pastor.

Quando tudo vai bem e você não tem qualquer cuidado no mundo, eu sou o seu pastor.

Quando nada parece direito e os fardos se multiplicam, eu sou o seu pastor.

Quando você me agrada pelo posicionamento que assume e pelo espírito maravilhoso que manifesta, eu sou o seu pastor.

Quando você me desaponta e me causa noites sem dormir, eu sou o seu pastor.

Quando você está vivendo a vida em sua plenitude máxima, eu sou o seu pastor.

Quando a sua saúde se fragiliza e o fim da vida mortal parece próximo, eu sou o seu pastor.

Quando revelo que sou humano e tenho as minhas próprias fraquezas e enfermidades, e você é caridoso e compreensivo, eu considero um privilégio ser o seu pastor.

Líderes espirituais irão encontrar pessoas muito mais compreensivas se eles têm sido compassivos com relação a outros quando eles falham, não se comportando com uma atitude arrogante do tipo “sou mais santo do que você”.

Sem ser exageradamente depreciativo, isso pode ajudar congregações se os seus pastores puderem, humilde e honestamente, reconhecer como o apóstolo Paulo: “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão” (Filipenses 3:12-13).

Uma coisa é, humildemente e no temor do Senhor, convidar outros: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11:1). Isso é uma coisa boa. Outra coisa é apresentar a si mesmo, de forma arrogante, como “o padrão de perfeição para os outros”. Isso não é uma coisa boa.

Jamais deveríamos nos levar tão a sério a ponto de sermos devastados pela crítica. George Whitfield uma vez recebeu uma carta de duras críticas. Ele respondeu: “De coração eu lhe agradeço pela carta. Quanto ao que você e meus outros inimigos estão dizendo contra mim, sei de coisas muito piores a meu respeito que vocês jamais saberão. Com amor em Cristo, George Whitfield”.

Tendo dito tudo isso, aqueles em posição de liderança espiritual deveriam estar cientes de que as pessoas estão observando o seu exemplo; se as suas vidas são genuínas e salutares. Eles também deveriam reconhecer — como Tiago disse há aproximadamente dois mil anos — que os mestres sofrerão juízo muito maior do que outros.

3. O MUNDO FORMARÁ A SUA OPINIÃO A RESPEITO DE JESUS, A BÍBLIA E A IGREJA, NÃO TANTO PELA NOSSA PREGAÇÃO, MAS PELA NOSSA ÉTICA, MORALIDADE E CONDUTA.

Como tem sido dito: “Você é o único Jesus que algumas pessoas verão; você é a única Bíblia que as pessoas lerão”.

Ambedkar (1891-1956) nasceu em uma família “intocável”, no antigo sistema de castas na Índia. A despeito da intensa discriminação que ele enfrentou, obteve um excelente grau de instrução e se tornou um influente líder na Índia, a ponto de servir como presidente do Comitê de Elaboração da Constituição Indiana.

“Quando eu leio os evangelhos, Atos dos Apóstolos e certas passagens das epístolas de Paulo, sinto que eu e o meu povo devemos todos nos tornar cristãos, pois neles eu encontro um antídoto perfeito para o veneno que o hinduísmo tem injetado em nossas almas e uma dinâmica forte o suficiente para nos levantar da nossa atual posição de degradação; mas quando olho para as igrejas produzidas por missões cristãs, nos distritos em torno de Bombaim, eu tenho um sentimento completamente diferente. Muitos membros da minha própria casta tornaram-se cristãos e a maioria deles não recomenda o cristianismo para o restante de nós. Muitos foram para internatos e usufruem de altos privilégios. Nós os imaginamos como produtos acabados dos seus esforços missionários, e que tipo de pessoas eles são?

Egoístas e autocentrados. Eles não se importam com o que acontece com os seus antigos parceiros de casta, contanto que eles e suas famílias, ou eles e seu pequeno grupo que se tornou cristão sigam em frente. Na verdade, o seu principal cuidado é ocultar o fato de que eles já pertenceram à mesma comunidade. Eu não quero ser acrescentado ao número de tais cristãos.”

Semelhantemente, Mahatma Ghandi disse: “Eu gosto do seu Cristo, eu não gosto dos seus cristãos. Os seus cristãos são muito diferentes do seu Cristo”. Ele também destacou: “Se os cristãos realmente vivessem de acordo com os ensinamentos de Cristo, como descritos na Bíblia, toda a Índia seria cristã hoje”.

Não precisamos estar debaixo de condenação acerca de observações que outros fazem a respeito das nossas vidas no passado, mas deveríamos estar desafiados a ser o tipo de carta que se expressa com clareza e torna conhecidas as maravilhas do nosso Deus e as virtudes do Seu glorioso Evangelho. Que assim seja!

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