A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

OBSTÁCULOS A SEREM VENCIDOS

Fatores psicológicos na formação de adolescentes e adultos jovens os deixaram mais vulneráveis ao sofrimento e à depressão, e a resiliência pode ser um aspecto esclarecedor para entender esse fenômeno

Obstáculos a serem vencidos

Nas entrevistas sobre transtornos de humor que concedo a diversos tipos de mídia, uma pergunta quase obrigatória é sobre um suposto aumento da prevalência de depressão em nosso meio. A percepção do aumento do número de casos é quase unânime, mas sabemos que uma percepção não corresponde necessariamente a um fato. Qualquer afirmação que se faça sobre algo tão objetivo quanto a epidemiologia de um transtorno deve estar obrigatoriamente embasada por dados. Minha resposta invariavelmente versava sobre a maior divulgação e o menor grau de preconceito e estigma em relação à depressão.

Apesar de ainda precisarmos avançar muito nesses pontos, há uma compreensão crescente sobre os transtornos psiquiátricos em geral e sobre a depressão em particular, o que leva ao maior reconhecimento dos quadros e a diálogos mais abertos sobre o tema, nos diversos níveis sociais. Isso pode conduzir à percepção de que estamos tratando de um problema da contemporaneidade ou que, no mínimo, recrudesceu em nossos tempos. Esse era meu comentário até o final de 2017, quando um grande estudo populacional norte-americano trouxe dados reveladores. Mais de 600 mil pessoas dos 50 estados e do distrito de Columbia foram seguidas de 2005 a 2015.A prevalência de depressão no último ano subiu de aproximadamente 6,6% para 7,3%. Veja abaixo quadro Evolução na prevalência de depressão no último ano nos EUA de 2005 a 2015.

Tal elevação pode parecer discreta, mas duas coisas chamam a atenção. A primeira é a tendência de alta. A segunda é a análise exploratória que investigou os grupos mais afetados nesse aumento de prevalência. Considerando variáveis socioeconômicas não houve aumento da prevalência preferencial em nenhum grupo, ou seja, o aumento acometeu indistintamente pessoas de diferentes níveis de renda. O mesmo aconteceu com nível de escolaridade, etnia e sexo. O grupo de risco mostrou-se evidente quando a análise separou as faixas etárias. Adultos jovens (18 a 25 anos) e sobretudo adolescentes (12 a 17 anos) foram os grupos responsáveis pelo aumento da prevalência de depressão nos EUA nos últimos 10 anos. Entre adolescentes o aumento foi de quase 6%, ocorrendo sobretudo de 2011 a 2015 e com tendência de alta.

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A questão óbvia que se impõe são os motivos para tal aumento, ou, em outras palavras, os motivos para que uma geração inteira tenha se tornado mais vulnerável ao adoecimento por depressão. Em epidemiologia é relativamente fácil constatar que um fenômeno existe, porém quase sempre é difícil atestar as causas desse fenômeno. No caso da depressão, que é um transtorno multifatorial e sem causa única definida, as dificuldades são ainda maiores. É preciso ser prudente em propor causas e explicações para um problema tão complexo. Mais ainda em propor soluções. A dicotomia diátese/estresse é um bom ponto de partida para se pensar nessa evolução na epidemiologia da depressão.

Para o desenvolvimento do transtorno, temos um organismo com vulnerabilidade e predisposição a determinada afecção (diátese) sobre o qual agem fatores ambientais em diferentes níveis (estresse), que podem aumentar as chances de precipitação ou perpetuação do quadro. Quais fatores podem ter mudado tanto e em tão curto intervalo de tempo, de modo a perturbar dessa forma o equilíbrio na balança diátese/estresse da prevalência da depressão? Lembremos que estamos falando de um grupo muito específico: uma geração de adultos jovens e, sobretudo, adolescentes, em um país desenvolvido e com relativa estabilidade institucional, econômica e social. Em um dos pratos dessa balança, o do estresse, seriam impensáveis alterações drásticas, salvo em situações de catástrofes, guerras ou grave crise social. E, ainda assim, tais estressores atingiriam em graus diferentes toda a sociedade, não apenas uma geração ou faixa etária específica. No outro prato da balança temos a diátese ou vulnerabilidade biológica e psicológica. Entre gerações subsequentes é inconcebível uma diferença relevante na vulnerabilidade biológica, contudo, quanto à vulnerabilidade psicológica, pode haver mudanças significantes. Um exemplo marcante foi a comparação entre veteranos norte-americanos da Segunda Guerra Mundial e veteranos da Guerra do Vietnã, que são de gerações subsequentes. Após a guerra, os primeiros foram menos vulneráveis ao transtorno do estresse pós-traumático e ao abuso de substância e tiveram melhor readaptação. Um complicador para a análise desse caso é que o contexto social e a visão do papel histórico desempenhado pelos soldados haviam se transformado muito entre as guerras. Hoje, não temos esse complicador: as gerações vivem o mesmo contexto, mas nem todas demonstraram maior vulnerabilidade ao adoecimento. Fatores psicológicos na formação desses adolescentes e adultos jovens os deixaram mais vulneráveis ao sofrimento e à depressão, e a resiliência pode ser um prisma esclarecedor para analisar esse fenômeno.

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O modelo diátese (ou vulnerabilidade) e estresse está historicamente atrelado ao modo de se pensar a pesquisa e a prática clínica em saúde mental. Uma mudança de paradigma seria inverter esse olhar, alternar o foco dos mecanismos que determinam a vulnerabilidade aos problemas de saúde para fatores que estimulem os indivíduos a permanecer saudáveis ou se recuperar rapidamente ao passarem por estressores sérios ao longo da vida. Não se trata de inverter a lógica do discurso sem real mudança do sentido. Ao olharmos para as evidências acumuladas em saúde mental, conhecemos muito mais os fatores de risco que os fatores de proteção. Ações de profilaxia primária são muito restritas e pouco estudadas. A maior parte das ações em saúde mental se dá tratando transtornos já insta lados, minimizando danos e posteriormente promovendo recuperação funcional.

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PARADIGMA

A prevenção de recaídas, ou profilaxia secundária, também faz parte do planejamento terapêutico. Contudo, muito pouco ou quase nada é investido em profilaxia primária, que visa evitar o desenvolvimento de doenças em pessoas com ou sem fatores de risco evidentes para tal desenvolvimento. Nesse contexto, o conceito de resiliência poderia ter destaque.

Todas as definições de resiliência propostas se referem a uma adaptação bem-sucedida após a transposição de um estressor grave. Uma definição seria o conjunto de características e recursos de um indivíduo que, sob condições de estresse, o possibilitam manter ou recuperar rapidamente sua homeostase física ou psíquica. Complementando essa definição, é importante pontuar que o exercício da resiliência se dá em um processo dinâmico, interativo e adaptativo com o ambiente. O objetivo desse processo seria minimizar o abalo ao bem-estar, o sofrimento, o risco de adoecimento e o prejuízo da funcionalidade e, em última análise, até mesmo incrementar essa funcionalidade.

Colocada dessa forma, a definição é abrangente e, com adaptações, pode ser usada em diversos contextos, da Psiquiatria ao esporte competitivo, do mundo corporativo ao neurodesenvolvimento e à Pedagogia. Dado meu viés clínico, citei a resiliência como um possível fator protetor quanto ao desenvolvimento de transtornos psiquiátricos. Nos esportes, a resiliência poderia estar relacionada à capacidade diferencial entre os atletas para superar estressares comuns à carreira, como lesões ou transições profissionais, ao atingir uma idade que limita resultados competitivos na modalidade. No mundo corporativo a resiliência pode, por exemplo, estar relacionada ao modo com que diferentes profissionais mantêm a funcionalidade e o bem-estar, diante da competitividade na carreira ou exigências como o cumprimento de metas. Essa adaptabilidade é uma virtude do conceito, mas também pode gerar distorções e maus usos. Certa vez, um amigo sugeriu-me simplesmente deixar de empregar o termo resiliência devido à banalização do seu uso em diversos meios, sendo usado como sinônimo de mera resistência às intempéries da vida. Essa simplificação é muito comum: confundir resiliência com resistência. É dessa confusão que advém uma ideia de que resiliência é uma questão de gerenciamento de estresse ou simplesmente de transpassar de cabeça baixa e com determinação as situações adversas. Mas é muito mais do que apenas atravessar situações, saindo do outro lado ileso ou com o mínimo de dano: antes, pode ser oportunidade de aprendizado e desenvolvimento, como veremos adiante.

DESENVOLVIMENTO

desenvolvimento da resiliência se dá desde a mais tenra idade. Experiências traumáticas durante a infância, por exemplo, são fatores de risco bem conhecidos para vários transtornos psiquiátricos ou comportamentos disfuncionais. Evidências convincentes que se acumulam ao longo do tempo nos estudos epidemiológicos confirmam relação causal entre trauma de infância e vários transtornos psiquiátricos na idade adulta. Contudo, muitas crianças expostas a traumas graves não desenvolvem psicopatologia, mas, ao contrário, adaptam-se com sucesso e recuperam-se rapidamente. Onde estaria o diferencial na formação dessas crianças? Dada a complexidade do conceito de resiliência, não há resposta unívoca para essa pergunta. Mas existe um denominador comum entre os autores dedicados ao tema: o papel do apego seguro.

A primeira fonte importante de resiliência na vida é o apego que a criança desenvolve com o seu cuidador principal nos primeiros anos. Em um relacionamento com apego seguro, o bebê ou a criança aprendem a integrar em uma representação mental suas experiências cognitivas e afetivas. Com base nas experiências desse relacionamento, a criança vai aprender a confiar nos outros, sobretudo no sentido de que estará protegida, no caso de ameaça ou adversidade. Trata-se de um relacionamento de proximidade e conforto, na busca por segurança quando confrontado por alguma situação de estresse. Crianças com apego seguro formam modelos internos nos quais o eu é percebido como digno, os outros são percebidos como disponíveis e confiáveis e ambientes hostis ou desafiadores são percebidos como gerenciáveis com apoio de outros. A base para o anexo seguro é criada desde os primeiros momentos da vida e continua a ser sedimentada junto aos pais ou outros cuidadores primários, ao longo da infância e da adolescência. O apego seguro resulta de uma relação parental de apoio, sensibilidade e responsiva, que está em sintonia com as necessidades e comportamentos da criança. O comportamento do cuidador é determinante. Estudos genéticos comportamentais com gêmeos indicam que o apego é de fato o resultado de influências ambientais apenas.

A formação do apego seguro dá­ se sobretudo no desenvolvimento dos vínculos primários na primeira infância, contudo ainda pode ser modulado ao longo da vida. Estratégias psicoterapêuticas específicas para aumentar bem-estar psicológico e resiliência devem promover intervenções que levem a uma avaliação positiva do eu, a uma sensação de crescimento e desenvolvimento contínuos e ao senso de pertencimento e posse de relações de qualidade com os outros.

Quanto às emoções positivas e à saúde, as evidências acumuladas fornecem cada vez mais suporte empírico para as teorias populares. As emoções positivas fornecem um antídoto útil para as emoções negativas que surgem nas adversidades e para problemas de saúde. Estudos sugerem que emoções positivas diminuem a experiência de dor e catastrofização relacionada aos estressores e parecem contribuir positivamente aos resultados de saúde em geral. O aumento da emoção positiva, na primeira semana de tratamento farmacológico da depressão, se relacionou com melhora e remissão da depressão em seis semanas. Curiosamente, esse efeito foi independente da diminuição das emoções negativas. Não apenas nos agravos à saúde, mas também na vida cotidiana, a experiência de emoções positivas durante momentos de estresse protege a saúde psicológica, tamponando a reatividade às emoções negativas a eventos estressantes.

A capacidade de gerenciar efetivamente a própria vida e um senso de auto­ determinação são importantes para a expressão de emoções positivas. Uma visão positiva diante da adversidade não é desenvolver um viés positivo de avaliação da realidade, como uma espécie de síndrome de Poliana aplicada ao momento presente. Diferente disso é conseguir visualizar possibilidades de ação e de autoafirmação, mesmo diante da pior das adversidades; é ter o senso de que coisas importantes estão sob controle e podem ser mobilizadas, mesmo em situações adversas que expõem nossa mais profunda fragilidade. Negar a emoção negativa diante da avaliação honesta de uma realidade adversa seria um “polianismo” infrutífero. Não se trata aqui de negar a emoção negativa, mas de nutrir emoções positivas. E a crença na possibilidade de reação é uma fonte primordial de emoções positivas.

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RELIGIÃO OU ESPIRITUALIDADE

A religião, ou a espiritualidade, sempre estará no cerne da questão quando falamos em propósito de vida. Em contraste com contextos momentâneos de prazeres, um senso de propósito de vida opera em um maior nível de experiência global, que é alimentado por valores pessoais e objetivos individuais, ou seja, está inserido na cosmovisão pessoal. Assim, a religião ou a espiritualidade não apenas trazem um propósito ou sentido de vida mais elevado como operam e constroem os alicerces, o conjunto de valores que suportam e elevam tal propósito. A espiritualidade parece favorecer o exercício da resiliência e é fator de proteção para os efeitos das experiências negativas de vida sobre a saúde mental. A espiritualidade, pela sua natureza, fornece um sentido transcendente para as experiências de vida. Porém, tal transcendência não precisa necessariamente ter um sentido espiritual. Um exemplo muito didático vem de um relato de caso do psiquiatra Victor Frankl, sobrevivente de um campo de concentração. Um paciente passava anos a fio por um arrastado luto complicado. Após décadas de um casamento harmonioso e que preenchia de amor e significado sua vida, esse senhor encarava a viuvez e velhice com total falta de sentido e motivação. Frankl encontrou um modo de fazer a reverência e o amor que esse senhor nutria pela esposa continuarem a dar sentido e propósito à sua vida, mesmo que de uma fom1a transcendente. Qual alternativa haveria à situação em que ele vivia, a de suportar a existência sem a pessoa que amou ao longo de toda uma vida? Diante dessa pergunta ele vislumbrou a única alternativa: que ele falecesse antes da esposa. Estaria ela então nesse momento carregando o fardo da saudade. Frankl relata que esse foi o início da resolução do luto. Ele havia encontrado um sentido transcendente para o seu sofrimento.

Foram apresentadas três colunas para o desenvolvimento da resiliência: apego seguro, emoções positivas e sentido de propósito. Qualquer abordagem centrada na resiliência precisa vislumbrar esses três conceitos, seja em ambiente pedagógico, ocupacional, familiar ou terapêutico. Dessas, a única para a qual existe uma janela de oportunidade de desenvolvimento bem definida, na infância e na adolescência, é o apego seguro. Expressão de emoções positivas é um exercício contínuo e o sentido de propósito aguça-se com experiência e maturidade. Mesmo quanto ao apego seguro, há possibilidade de mudanças e desenvolvimento ao longo de toda a vida. Sempre há margem para o fortalecimento das bases que determinam o melhor exercício da resiliência, mas são necessárias disposição, flexibilidade e direção.

 

 

 

OUTROS OLHARES

REMÉDIOS DA FLORESTA

O uso de tecnologia de ponta contribuirá para um melhor aproveitamento da biodiversidade nacional na produção de medicamentos

Remédios da floresta

Quando se contempla, a olho nu, o céu, límpido, à noite, o brilho mais intenso – capaz de sequestrar, inapelavelmente, nossa visão – é o que vem da estrela Sirius. Não por acaso ela chamou a atenção de poetas como o latino Horácio (6.5 a.C. 8a.C.), monumento literário da Antiguidade. Não por acaso ela empresta seu nome ao extraordinário acelerador de partículas que entra em operação em 2020 e constitui um dos mais ambiciosos empreendimentos da ciência brasileira. Com investimentos da ordem de 1,8 bilhão de reais, o Sirius ajudará a jogar luz sobre várias áreas do conhecimento. Suas primeiras aplicações serão no campo da medicina.

Situado em Campinas (SP), no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) – uma organização da sociedade civil que recebe recursos federais -, o Sirius será utilizado para ajudar em quebra-cabeças cuja resolução possibilitará o desenvolvimento de medicamentos com princípios ativos descobertos em meio à biodiversidade brasileira. Para tanto, o projeto Brazilian Biodiversity Molecular Power House (MPH) – batizado em inglês para facilitar sua inserção global – dedica-se a desvendar e analisar a estrutura de moléculas naturais de plantas, ervas etc. oriundas de várias regiões do país. Como fonte da chamada “luz sincrotron”, que permite enxergar substâncias em escala de átomos, o Sirius vai se alinhar entre os mais avançados equipamentos do gênero em todo o planeta – só a Suécia possui hoje algo similar.

A fim de dar curso a pesquisas que possam levar à produção de remédios realmente efetivos contra doenças ainda sem cura, como Alzheimer e Parkinson, o MPH trabalhará com parcerias, como a que firmou com a empresa nacional Phytobios, responsável pela realização de expedições regulares de bioprospeccão a quatro biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Anualmente entre três e cinco viagens são feitas para a coleta de material. A biblioteca de amostras da empreitada já tem mais de 600 espécies – e a tendência é aumentar. O Brasil, a nação mais biodiversa do mundo, figura como o laboratório vivo com maior potencial para despontar nessa área. Segundo Cristina Ropke, CEO da Phytobios, a opção pelos negócios sustentáveis é um modo estratégico de valorizar a floresta. “Com a extração de recursos naturais de forma controlada e responsável, podemos dar valor à natureza sem desmatar. Em vez de derrubarmos para criar pastos, vamos manejar para encontrar fármacos”, diz ela.

O laboratório farmacêutico nacional Aché foi o primeiro a apostar nos resultados do projeto iluminado pelo Sirius – ainda em 2017 ele firmou um contrato para o desenvolvimento de dois medicamentos. Com investimento inicial de 10 milhões de reais, o grupo espera encontrar resultados positivos para tratamentos oncológicos e para problemas de pele (nesse caso, com a produção de um fármaco ou mesmo de um cosmético). Até que um novo produto chegue ao mercado, o que deve ocorrer em treze anos o investimento poderá alcançar 200 milhões de dólares. De acordo com o diretor de inovação e novos negócios da Aché, Stephani Saverio, são poucas as drogas genuinamente baseadas em matérias-primas nativas do país – cenário que poderá se transformar de modo expressivo a partir das pesquisas com o Sirius. Entre as substâncias já aproveitadas pela indústria farmacêutica está a tubocurarina. um alcaloide venenoso que é o principal constituinte do curare, usado pelos índios sul-americanos em flechas para caça, e apresenta propriedades de relaxante muscular. Outra descoberta brasileira foi o peptídeo bradieinina, isolado do veneno da jararaca, importante para a terapia da hipertensão. Como exemplo se poderia citar ainda a pilo­carpina, encontrada no jaborandi e usada para tratamento de glaucoma e de xerostomia, um efeito adverso de boca seca provocado pela radioterapia com pacientes com câncer.

Por enquanto, o MPH vem conduzindo suas pesquisas no Laboratório Nacional de Luz Sincrotron, dentro do CNPEM, valendo-se de uma versão de acelerador anterior ao Sirius, chamada UVX, que está em operação há mais de vinte anos. Uma das diferenças entre as duas gerações desses equipamentos é a qualidade na resolução das imagens obtidas. Com um brilho maior e mais potente, o Sirius permitirá ver, e de forma mais rápida, detalhes que o UVX não tem potência para decodificar.

Para além do uso no desenvolvimento de fármacos, o Sirius será empregado, segundo o diretor-geral do CNPEM, Antônio José Roque da Silva, em áreas tão distintas quanto a exploração de petróleo e a paleontologia. “Temos o melhor instrumento. Para utilizá-lo adequadamente, precisamos de um investimento forte em ciência e tecnologia como política de governo. Sem a formação de cientistas e universidades consolidadas, não teremos as pesquisas de altíssimo nível que farão bom uso do Sirius”, enfatizou Roque da Silva. Nenhum país avança quando fecha os olhos para o firmamento científico.

NA VELOCIDADE DA LUZ

Como funcionará o acelerador de partículas Sirius, que vai entrar em operação em 2020 e, entre outras aplicações, poderá trazer soluções para a criação de remédios extraídos de moléculas de espécies brasileiras

1 – Um canhão libera elétrons – partículas de carga negativa -, que são acelerados linearmente e atingem uma velocidade próxima à da luz. O feixe de elétrons entra em uma trajetória circular e ganha ainda mais velocidade e energia.

2 – Movimentando-se em alta velocidade e com muita energia, os elétrons têm sua trajetória desviada pelos campos magnéticos criados por imãs presentes no acelerador. Forma-se, então, um tipo de radiação de amplo espectro e alto brilho, a chamada luz cincroton.

3 – O feixe de luz sincroton é direcionado para as amostras de cada estação de pesquisas do laboratório, revelando informações sobre o material analisado – no caso de exemplares extraídos de biodiversidade nacional, dados como formato e estrutura das moléculas que agirão como remédios no combate a diferentes tipos de doença.

Remédios da floresta. 2

 

 

GESTÃO E CARREIRA

GERAÇÕES DIFERENTES, OBJETIVOS SEMELHANTES

Ter no quadro de colaboradores profissionais com idades variadas é uma realidade e as corporações enfrentam o desafio de alinhar valores e códigos de comunicação muito distintos

Gerações diferentes, objetivos semelhantes

Não é de hoje que identificamos diversas gerações que trabalham juntas, mas possuem enormes dificuldades para encontrar a sinergia entre elas. Muitas são as mudanças tecnológicas, descobertas científicas e acadêmicas que impactam diariamente na vida profissional e pessoal dos indivíduos como um todo.

Além desse cenário, a transformação de pensamento, comportamento e de atitude das novas gerações aconteceu de forma muito rápida e complexa perante as demais. Assim, podemos dizer que existe um gap comportamental entre as pessoas de diferentes idades, que de certa forma faz com que os indivíduos se encontrem mais desconcertados, com a sensação de que perderam o controle sobre o significado e a finalidade da própria vida e do papel profissional.

Atualmente, em grande parte das empresas encontramos profissionais de quatro gerações. Todos interessados em solucionar os mesmos problemas, porém maneiras distintas, pois eles têm valores, motivações, expectativas e códigos de comunicação muito diferentes.

A maioria desses profissionais tem o mesmo objetivo: ascender na carreira e contribuir com o sucesso do todo. No entanto, nem sempre eles conseguem entrar em um acordo quando pensam nos meios para chegar a uma solução. Esse gap comportamental é um dos principais desafios encontrados pelos líderes atuais, uma vez que essa interação de gerações não depende do cargo. Pelo contrário, já é muito comum encontrarmos líderes mais novos que os liderados, ou seja, os profissionais precisam, urgentemente, encontrar pontos de referência e valores para nortear as ações das equipes multigeracionais. Além de moldar novos modelos estratégicos, equilibrando questões como inovação, desafios, competitividade e estabilidade de negócio.

Para que isso funcione, é fundamental entendermos um pouco das quatro gerações e suas principais diferenças. Por exemplo, as pessoas nascidas entre 1940 e 1970 podem entender as mudanças como acontecimentos negativos, que muitas vezes são encaradas de forma ameaçadoras e vividas como pressões indesejadas, já que correm o risco de perderem aquilo que foi conquistado ao longo dos anos como cargos, posições e benefícios. Esse comportamento não muito maleável dificulta o poder de inovação e está atrelado ao medo das rápidas e complexas mudanças no contexto profissional, pessoal e mundial. Dessa forma, pode surgir uma enorme ansiedade em provar que possuem as capacidades e competências adequadas no trabalho, e assim sendo impactados diretamente com desmotivação para conhecer novas soluções, ferramentas e técnicas inovadoras.

As gerações mais novas, nascidas entre 1971 e 1999, acreditam que ao fazer diferente vão conquistar posições novas e melhores, uma vez que não foram muito explorados e há um leque de oportunidades. Entretanto, demonstram muitos questionamentos às experiências dos mais velhos, tendendo a agir com certa teimosia, justamente por esse ímpeto inovador e destemido que apresentam.

De fato, tudo é um risco, mas a questão é estar com a cabeça aberta a um comportamento diferente e inovador. E isso inclui descobrir aquilo que já existe também. Não sabemos também se aquela certa estabilidade durará por muito mais tempo. Tudo é uma forma de olhar e de lidar com as circunstâncias.

São relevantes a sensibilização e a informação no contexto profissional, as diferenças entre as gerações, a importância da solidariedade entre elas e a valorização da diversidade, permitindo a mistura geracional eficaz. Assim como incentivar a mobilidade dos conhecimentos e competências, a troca de experiências e as atividades de integração – com atenção especial à comunicação e ao feedback – também é essencial.

Ao respeitar as diversidades podemos ter a consciência de que todos podem caminhar juntos, criando modelos muito mais valiosos e eficazes do que os desenvolvidos pelo indivíduo que produz sozinho. Dessa forma, promove-se o intercâmbio de ideias e a realização do trabalho em conjunto, o que aumenta o desempenho corporativo e a concretização de resultados.

Cada geração e cada pessoa têm uma riqueza a compartilhar. Sejam elas a maturidade e a experiência ou as ideias e propostas inovadoras. Nesse sentido, o importante é a diversidade favorecer a criação de um contexto mais satisfatório tanto no aspecto intelectual quanto emocional; ambos são a base da motivação, da qualidade do clima organizacional e de resultados positivos.

As diferenças acontecem justamente para pensarmos em novas soluções e possibilidades. Se estivermos abertos a pensar e agir de forma diferente, também estaremos agarrando uma enorme oportunidade: de conhecer novos horizontes, talvez até melhores do que aqueles que já dominamos. Isso é o que chamamos de vida que merece ser vivida todos os dias com um novo olhar. Contemplar novas paisagens pode significar apreciar as mesmas imagens, porém com novos olhares.

 

EDUARDO SHINYASHIKI – é palestrante, consultor organizacional, especialista em Desenvolvimento das Competências de Liderança e Preparação de Equipes. É presidente do Instituto Eduardo Shinyashiki e também escritor e autor de importantes livros como Transforme seus Sonhos em Vida (Editora Gente), sua publicação mais recente. www.edushin.com.br

ALIMENTO DIÁRIO

A CASA FAVORITA DE DEUS

A Casa Favorita de Deus - Tommy Tenney

CAPÍTULO 8 – O DIA EM QUE A MÚSICA MORREU (E O DIA EM QUE ELA RESSUSCITARÁ)

 

A querida Irmã “B” era uma verdadeira maravilha para mim quando eu estava crescendo. Meu avô e meu pai co-pastorearam uma igreja em Louisiana. Às vezes, quando o clima espiritual se tornava um pouco difícil num culto, eles se reuniam e então chamavam a irmã “B” para cantar.

Ora, aquilo não fazia muito sentido para mim porque a voz da irmã “B” soava como uma buzina estridente. Eu simplesmente não conseguia suportar o seu canto e nem podiam também os outros meninos, então costumávamos fazer piadas sobre ela (secretamente, é claro). Agora, eu sou um pouco mais sábio. Aprendi que se a presença de Deus pode transformar uma camponesa em uma princesa, então Ele pode definitivamente usar Irmãs “Bs” do mundo.

Eu posso lhe dizer que já estive em centenas de reuniões “sem a arca”, como ministro do evangelho, quando desejei que pudesse chamar pela Irmã “B”. Meu pai e meu avô sabiam o que estavam fazendo. Eles chamaram-na porque toda vez que aquela irmã começava a cantar, as lágrimas começavam a rolar e a dureza do culto acabava. Por alguma razão, quando a Irmã “B” ficava em pé para cantar para Deus, a Sua presença era repentinamente introduzida.

Era óbvio que mesmo que não gostássemos do canto da Irmã “B”, Deus gostava das notas que ela estava atingindo. Isso era porque as notas altas da Irmã “B” tinham pouco a ver com os tons espalhafatosos que agrediam os nossos ouvidos carnais. Adoradores, tomem nota: Não foi a qualidade quase melodiosa da voz da Irmã “B” que fez a diferença; mas a impecável melodia que jorrava do seu coração.

Parecia que toda vez que ela se levantava e cantava, a presença de Deus entrava. Não havia nenhuma conexão óbvia entre sua voz natural e a repentina aproximação da presença de Deus que pudesse ser percebida por nossos olhos e ouvidos terrenos. A bela melodia que atraía a Deus até nossa pequena igreja “no lado oposto da trajetória da sociedade” só podia ser escutada pelo “ouvido” do interior do homem, o órgão de audição espiritual do coração. Era a isso que Jesus Se referia quando Ele disse: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz.” – (Apocalipse 2:7). Ele não estava falando sobre as extremidades dos lados da nossa cabeça. Estava Se referindo ao órgão de audição espiritual ao qual Deus sussurra e fala.

DEUS NÃO QUERIA PERDER UMA ÚNICA NOTA DA CANÇÃO DE NINAR DA IRMÃ “B”

A chave para a unção da irmã “B” era o fato de que ela era uma adoradora. Quando se levantava para cantar, estava alheia ao barulho dos meninos que davam risadinhas e às outras pessoas nos bancos. Ela cantava diretamente para Deus num ato de pura adoração, para o próprio prazer d’Ele, e ponto final. Como resultado, Deus não queria perder uma única nota de sua canção de ninar para Ele (apesar das nossas orações de meninice para que ela parasse). Ele tinha de mover Sua cadeira um pouco mais perto cada vez que a Irmã “B” começava a adorá-Lo.

Se não tivermos cuidado, podemos nos tornar tão enlaçados na maquinaria de “ter igreja” e nos divertirmos, que esquecemos o propósito da adoração. Nossa opinião geral sobre adoração é frequentemente expressada com a declaração: “Bem, eu vou chegar um pouco atrasado na igreja. Vou perder o louvor, mas vou estar lá para a Palavra.”

O que deixamos de perceber é que pelo que toca a Deus, a adoração é Sua parte e a Palavra é nossa parte. Isto significa que se perdermos o louvor, teremos perdido a melhor parte que damos a Ele. Em vez disto, nós egoisticamente pulamos a parte de Deus e só aparecemos para que nossos ouvidos, que coçam, sejam coçados.

“Bem, Deus aprecia a Palavra.” Oh, sim, eu sei, mas eu quero lhe perguntar uma coisa séria: Você realmente pensa que Deus recebe algo com nossa pregação? Você acha que Ele deve aprender algo sobre Si mesmo com nossas ungidas pregações? (A resposta deve ser sim, mas pela razão errada. Ele provavelmente ouve a nossa pregação e diz “Eu disse isto? Eu não me lembro de dizer isso exatamente dessa maneira…”)

Deus não recebe nada com nossa pregação. Eu não estou dizendo que a pregação da Palavra de Deus não é importante. Estou dizendo que a adoração é mais importante para Deus do que a pregação, porque a adoração forma a cesta para o Pão vivo do Céu. Se você constrói um trono de misericórdia, então pode ter a glória de Deus entrando, e a adoração é o que constrói o trono de Deus. Faça a si mesmo esta pergunta: “Qual é a prioridade do Céu?” Falar com Ele ou falar sobre Ele?

SEU HINO FAVORITO É: “ME DÁ, ME DÁ, ME DÁ?”

Em nossa valorização mal calculada sobre qual é a razão da “igreja”, pensamos em termos do que recebemos dela ao invés do que damos a Ele. Consequentemente, temos transformado a “Igreja” em uma proposta egoísta. Eu vou fazer uma afirmação corajosa que vai irritar alguns: Temos transformado a igreja em glorificados clubes ‘abençoa-me’ onde chegamos com nossas mãos estendidas e com uma longa lista de desejos. Podemos muito bem começar com o nosso hino favorito: “Me dá, me dá, me dá!”

E isso estabelece uma séria divergência e conflito porque Deus vem para a igreja com Seu coração faminto. Diga-me, o que Deus come quando Ele fica com fome? A resposta deve surpreendê-Lo. Jesus nos dá a resposta durante Seu encontro com a mulher samaritana no poço, no capítulo 4 do evangelho de João.

Jesus tinha um encontro marcado com a mulher samaritana no poço de Jacó, na cidade samaritana de Sicar, que significa “Bebida intoxicante”. Os discípulos não estavam com humor para esperar, porque estavam preocupados com seus estômagos carnais resmunguentos. Você consegue imaginar Jesus encostado numa parede levantada no poço de Jacó, olhando para o relógio de pulso da eternidade e dizendo a Si mesmo: “Ela deve estar vindo a qualquer momento agora.” Deus Filho tinha um encontro marcado com uma mulher do mundo. Ela tinha um encontro às cegas com o destino e nem mesmo sabia sobre isso.

Talvez você se lembre do dia e da hora em que o seu destino o interceptou com divindade – você tinha ideia de que estava para ter um encontro com Deus? Isto é porque Deus marcou o compromisso e não você. Enquanto Jesus esperava a mulher samaritana aparecer, Seus discípulos estavam esfregando a barriga. (Eles não eram bons “esperadores” na época, e nós não fazemos melhor hoje.) Eles disseram algo como: “Jesus, nós vimos uma lanchonete bem ali no final dessa estrada. Nós vamos lá comprar algo para comer. Traremos algo para Você, tudo bem?” Jesus simplesmente lhes disse: “Vão, Eu vou esperar bem aqui.”

A MULHER DA REJEIÇÃO TINHA UM ENCONTRO COM A PERFEIÇÃO

Jesus, provavelmente, observou os discípulos passarem pela mulher samaritana na estrada em seu caminho para conseguir comida. (Os discípulos pareciam ter uma habilidade para perder momentos importantíssimos.) A mulher que se aproximou do poço de Jacó estava vivendo uma vida de rejeição. A Bíblia claramente nos diz que ela veio ao meio-dia (a sexta hora), e as mulheres normalmente vinham pela manhã para tirar água para cozinhar e à tarde, para tirar água para tomar banho e limpeza. Eu acho que ela queria evitar os comentários picantes e olhares de julgamento das mulheres da cidade.

Jesus viu além dos múltiplos maridos dessa mulher e sentiu a necessidade do seu coração. Ela admitiu ter muitos maridos, mas não fez menção de filhos. Talvez isso indique que ela era uma mulher estéril. É possível que ela tivesse ido de marido a marido procurando por alguém para lhe dar filhos? Será que ela passou por toda aquela dor somente para reconhecer no final que o problema estava com ela?

À medida que andava para o poço de Jacó, ela, provavelmente, pensou que teria caído em algo muito pior do que as línguas afiadas das mulheres da cidade – havia um rabino Judeu esperando lá. Eu quase posso ouvir seus pensamentos: Ele provavelmente é um fariseu que guarda cada minúcia e título da antiga lei de Moisés – inclusive a exigência de não fazer negócios com samaritanos. Então, o inconcebível aconteceu: o santo Homem judeu disse: “Eu gostaria de um pouco de água.”

Ela esperava ser rejeitada, mas não estava preparada para o pedido de Jesus: “Como você pode me pedir isso? Você é judeu, e judeus não devem nem mesmo falar conosco.” (Esta é uma “versão Tenney de João 4:9) Naquele momento, Jesus embarcou em uma complexa viagem de levar uma alma a um lugar de fome, fazendo perguntas e afirmações intrigantes que a direcionava profundamente para dentro da conversa.

Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Tu não tens com que tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?- (João 4:10-11 – NKJV).

JESUS ESTAVA FALANDO SOBRE ÁGUA VIVA E ADORAÇÃO

Por fim, Jesus deu à mulher a entender que Ele não estava falando do tipo de água encontrada no poço de água de Jacó. Ele estava falando da água viva e adoração. Ele revelou o propósito para o seu encontro divino quando Ele disse:

Mulher, crê-Me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai… Mas a hora vem e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. – (João 4:21,23-24 – NKJV).

Aquela mulher samaritana que tinha andado até a fonte de Jacó com sede de água da fonte, terminou encontrando a Fonte da Vida e descobriu que, na verdade, ela estava com sede de água viva. Jesus disse-lhe: “O Pai está buscando a tais para O adorarem.” A única coisa que o Pai está ativamente buscando são adoradores!

NÃO HAVERÁ PASTORES NO CÉU

Este encontro com a mulher no poço é uma figura da incessante busca de Deus por adoradores. Você percebe que não haverá pastores no Céu? Nem haverá apóstolos, pregadores, evangelistas, mestres de escola dominical, membros do conselho da igreja, anciãos ou diáconos, também. Isto é porque a única “descrição de trabalho” no Céu é de adorador. Na Terra, você pode ser um pastor e também um adorador, ou um professor de escola dominical e um adorador, mas você tem de entender que nosso primeiro chamado é para adorar o Pai em espírito e em verdade. O que você faz na vida pode variar, mas todos os reais filhos e filhas apaixonadamente amam seu pai.

Deus sabe de todas as coisas – e Ele sabe onde tudo está escondido. Ele não precisa de ouro ou pedras preciosas, mas sabe onde cada grama de ouro está escondida e pode apontar Seu dedo a cada pedra preciosa encravada em pedra bruta na terra. Ainda assim, há uma mercadoria que é mais preciosa do que todas as outras juntas, pela qual Deus procura incessantemente – um adorador que livremente ofereça amor, louvor e adoração a Ele em espírito e em verdade. A pura adoração de Seus filhos feitos à Sua imagem é excepcionalmente rara porque vem de apenas uma fonte em todo o Universo criado – nós. Nossa adoração está escondida atrás da pedra da vontade do homem – e Deus Se recusa a violar nossa vontade e mover a pedra.

Deus está em uma missão para povoar o Céu com adoradores por uma razão realmente boa. Quando lúcifer caiu do Céu, eu creio que um aspecto crucial da adoração celestial caiu com ele. Se você fosse acostumado a ouvir um quarteto cantar em harmonia das quatro partes, iria imediatamente sentir falta de algo se uma das vozes se retirasse. Você sabe como costumava ser e como deveria ser o som. No momento em que uma dessas vozes fosse removida, você diria: “Bem, está bom, mas algo está faltando.”

DEUS SENTE FALTA DA CANÇÃO QUE VEM DO CORAÇÃO

Deus Se lembra de quando lúcifer e os filhos da manhã costumavam cantar Seus louvores com beleza e poder sobrenaturais. E como se Ele dissesse: “Quando é que aquilo será restaurado?” Ele ainda está cercado por serafins de seis asas que declaram incessantemente Sua glória, mas Ele sente falta da canção que vem do coração.

Apesar de anos de pesquisa, eu não consigo encontrar um único lugar na Bíblia onde a música é mencionada como uma parte do ambiente do Céu após a queda de satanás. Eu tenho perguntado a inúmeros teólogos sobre isto. A maioria deles me responde dizendo: “Bem, Tommy, você se lembra do que os anjos cantaram no nascimento de Cristo em Belém, não se lembra? Eles cantaram: ‘’Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.”

Naquele ponto, eu gentilmente me dirijo a eles com as passagens bíblicas nos Evangelhos. “Não, se você ler cuidadosamente, você verá que a Bíblia não diz que eles cantaram. Eu realmente detesto atrapalhar nossas maravilhosas peças de Natal e hinos de feriado. Eu não vou impedir que suas crianças se vistam de anjinhos e cantem na cantata de Natal, então não se preocupem com isto. Eu só quero que vocês saibam que a Bíblia, na verdade, diz:

E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem. – (Lucas 2:13-14).

Em Jó 38:7, lemos: “[…] quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?” O contexto claramente coloca este evento na própria criação do Universo exatamente antes da queda de lúcifer. Após a queda, não consigo encontrar nenhuma referência bíblica literal para canto ou música no Céu. Eu não tenho problema com pessoas que dizem: “Bem, eu tive uma visão e vi anjos cantando.” Eu só estou dizendo que não pude encontrar isto mencionado na Bíblia depois que satanás foi expulso do Céu.

Se a música caiu quando satanás caiu, então explica por que a maior parte da influência satânica em nosso mundo vem do reino da música. A música é seu local, então não deveríamos nos surpreender com o fato de que o primeiro lugar de onde os problemas geralmente acontecem na maioria das igrejas é na área do louvor e adoração. Obviamente, nem toda música “vem de satanás”, mas ele exerce grande influência pela música. Isto também explica algo mais…

A Igreja passa horas incontáveis elaborando sermões, arranjando partituras de música e ensaiando corais e cantores para ter certeza de que eles estão realmente corretos. Mas independente do quanto de energia gastamos buscando a excelência nessas áreas, devo lhes dizer que nunca iremos competir com as orquestras sinfônicas do mundo ou as bandas e artistas apresentados na MTV ou VH1. De fato, não temos de competir nessas arenas!

Antes que você feche este livro e o jogue na lata de lixo, quero que você entenda algo:

NOSSA MÚSICA TALVEZ NUNCA SEJA TÃO BOA QUANTO A MÚSICA DO MUNDO, PORQUE NOSSO SISTEMA DE VALORES É DIFERENTE DO SISTEMA DO MUNDO

 

NÃO ESTAMOS ATRÁS DA PERFEIÇÃO TANTO QUANTO BUSCAMOS A PRESENÇA

Quando a Igreja volta todo o seu alvo e todas as suas energias na direção da perfeição técnica e profissional de nossa música bem ensaiada, de nossos artísticos sermões e nossos cultos firmemente planejados, podemos inconscientemente começar a competir na arena errada. Precisamos permanecer na arena na qual ninguém pode competir conosco – a arte e a habilidade de atrair a presença manifesta de Deus. Perfeição técnica pode ganhar o louvor dos homens, mas somente a unção e a glória de Deus podem derreter seus corações endurecidos.

Em certo ponto, temos de diminuir o volume do homem e aumentar o volume de Deus. Um encontro como o da estrada de Damasco vai transformar um assassino como o Saulo em um mártir chamado Paulo em menos de trinta segundos. Música aperfeiçoada não fará isso, mas louvor aperfeiçoado deverá atraí-Lo, e Sua presença se fará!

POR QUE DEUS É ATRAÍDO COM NOSSO MEDÍOCRE LOUVOR?

Por essas razões, eu acredito que a música caiu quando satanás caiu. Será que isso significaria que quando Deus quer este aspecto da adoração, Ele tem de vir à Terra para ouvir? Eu não quero ofender ninguém, mas tenho de fazer esta pergunta onde quer que eu vá: Você já pensou por que Deus é atraído com nosso medíocre louvor1

O Senhor usou minha filha mais nova para responder essa pergunta para mim. Onde quer que eu vá, carrego essa obra de arte sem preço comigo. Às vezes, quando estou em algum aeroporto, eu a tiro de dentro da minha maleta somente para olhá-la e manuseá- la. Não é uma pintura a óleo, nem foi feita com carvão ou guache. Ela é o que eu chamo de “rabisco de lápis num bloco de folhas amarelas” tamanho médio. O texto rabiscado à mão nessa peça de arte é geralmente difícil para a maioria das pessoas lerem, mas eu tenho um dom paternal de interpretação! Francamente, a escrita é realmente medíocre, mas você consegue decifrar as palavras:

“Eu amo Deus. Para Deus, com carinho, Andréa Tenney.”

E realmente insignificante nos padrões adultos e não significaria nada para você, mas é inestimável para mim. Algum dia, irei ajuntar uma caixa cheia de outras obras-primas rabiscadas com lápis de cera de volta para casa. Cada uma delas é especial para mim. O que as torna preciosas para mim? Não é porque são tão artisticamente feitas nem é a qualidade da escrita que toma essas coisas atrativas ao meu coração; é quem as desenhou! E o meu relacionamento com a criança.

Os desenhos de lápis de cera das minhas crianças não significariam nada para você. E os desenhos dos seus filhos não significariam nada para mim. Da mesma maneira, os anjos do Céu que circulam o trono de Deus com louvor incessante e magnífica adoração coçam a cabeça quando, de repente, a divindade se inclina para frente e diz: “SSSHHHHHH!” Quando eles caem num rápido silêncio obediente, Ele diz: “Eu acho que estou escutando algo…”

TUDO PARA, QUANDO O DEUS ALTÍSSIMO ESCUTA NOSSO MEDÍOCRE REFRÃO

Os serafins de seis asas estavam simplesmente fazendo o que eles foram criados para fazer. Estavam entoando os louvores de Deus em perfeição e agitando a atmosfera com suas asas, enquanto cobriam a face e os pés em humildade. Então, tudo para quando o Deus Altíssimo ouve o comovente refrão subindo levemente do caos da Terra abaixo: “Ele é santo, Ele é santo.” Deus rapidamente comanda aos anjos: “Fiquem quietos.” (Eu quase posso ouvir os anjos atrás sussurrando uns aos outros: “Lá vai Ele novamente.’’)

Você consegue ver os arcanjos Miguel e Gabriel conversando e dizendo: “Eu não sei o que dá n’Ele; toda vez que os ouve, Ele faz isso. Esse louvor é tão medíocre…” Achamos que estamos fazendo tão bem quando pintamos uma obra prima, quando o quarteto atinge a nota final em sua melhor harmonia de quatro partes, quando o coral traz a multidão aos seus pés. Ao mesmo tempo, os anjos que uma vez ouviram lúcifer, o arcanjo, sacudir os céus com adoração tempestuosa e música celestial comovente, estão dizendo: “O que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem para que o visites?” – (Salmos 8:4 – NKJV).

Alheio a toda pergunta sussurrada, Deus faz calar os anjos e diz a Miguel e a Gabriel:

“Olha, Eu vou ter de deixar isso com vocês.” “Por quê? O que é isso Senhor?”

“Bem, vejam vocês, eu ouvi algo que simplesmente não posso ignorar. Eu ouvi a canção dos redimidos novamente…”

O ALTÍSSIMO DEIXA SEU TRONO PARA SE AJUNTAR AO ACONCHEGO DOS ADORADORES PROSTRADOS

Numa piscar de olhos, a presença manifesta de Deus é transportada do Céu para o meio do aconchego de adoradores prostrados, reunidos em um círculo de canções banhadas a lágrimas: “Santo, Santo, Santo é o Senhor…”

Deus deixa o Seu trono magnífico no Céu e vem à Terra para ser entronizado nos comoventes louvores de Seu povo. Podemos achar que os nossos cultos de louvor e adoração são maravilhosos enquanto os anjos no Céu estão dizendo: “Eu não entendo. Este é um desenho medíocre de lápis, comparado ao que fazemos no Céu.” Deus não é atraído pela qualidade da nossa adoração ou por nossa habilidade musical. É por causa de quem nós somos. Ele é atraído por causa do Seu relacionamento com os adoradores. Somos Seus filhos!

Eu quase posso ouvi-Lo explicando a Miguel e Gabriel: “Bem, eu sei que eles não conseguem cantar ou fazer a música celestial que vocês ouviam quando lúcifer estava aqui, mas são Meus filhos e filhas”. Jesus teve de explicar isto aos fariseus. Ele lhes disse: “Nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito saem o perfeito louvor?” – (Mateus 21:16).

Quem pode resistir ao som da voz ainda falando errado de uma criança de dois anos de idade dizendo: “Te amo, papai!” Não é a perfeição de sua dicção que comove nosso coração. Não somos movidos pela pura habilidade oradora de seu enunciado. E o coração ingênuo que nos faz pegar aquela criança em nossos braços em uma onda de emoção.

Quando levantamos nossos “desenhos de lápis” para o Céu com as palavras desajeitadamente rabiscadas: “Eu amo você, Deus. Com carinho: Tommy Tenney”, Ele deixa o trono do Céu e é literalmente entronizado sobre nosso medíocre louvor. Deus disse: “Não importa o quão belo eles façam. Eles são Minha descendência.” Ele preferiria ouvi-los errar ao longo de uma canção com uma voz semelhante a uma buzina estridente do que ouvir o serafim de seis asas rodeando-O com cantos de “Santo” nos tons da perfeição celestial.

CANTAREMOS UMA CANÇÃO QUE OS ANJOS NÃO PODEM CANTAR

A música pode ter caído do Céu quando o angélico líder de adoração foi expulso por rebelião, mas Deus tinha um plano para restaurar a música do Céu mediante Seu plano de redenção para o homem. Satanás não é o único ser equipado e ungido para cantar ao Altíssimo. Nosso louvor e nossa adoração podem soar medíocres para os ouvidos dos anjos, mas a Bíblia diz que, quando entrarmos naquela cidade santa, cantaremos uma canção que os anjos não podem cantar. – (Veja Apocalipse 15:2-3) Quando entrarmos cantando o cântico de Moisés e o cântico dos redimidos, o anfitrião celestial irá cair em um silêncio pasmado por trinta minutos, como se eles estivessem comentando: ‘‘Nunca ouvimos isso deste jeito.”

Lúcifer foi expulso do Céu porque ele queria ilegalmente ascender ao nível de Deus e assentar em Seu trono. Deus decretou que os santos redimidos do Cordeiro estarão assentados no trono com Ele – bem onde lúcifer queria estar, e não pode. Deus vai literalmente usar adoradores imperfeitos para constranger lúcifer, a estrela da manhã caída. O homem, que foi feito um pouco menor do que os anjos, e será elevado acima de todos os anjos e se assentará no trono de Deus junto a Ele. – (Veja Salmos 8:4-5; Efésios 2:6; 2 Timóteo 2:12).

JESUS DISSE: “EU ACHO QUE ENCONTREI ALGUÉM…”

Você sabe o que Deus come quando está com fome? “Adoração”. Você se lembra da mulher do poço, quando Jesus lhe disse sobre Sua água viva? E disse que Seu Pai estava buscando verdadeiros adoradores? Ela deu a resposta que Ele estava procurando. Ela disse: “Eu quero essa água.” Naquele momento, Jesus deve ter meditado: Eu acho que encontrei alguém. É isso que Eu estava esperando.

Quando os discípulos voltaram, eles disseram: “Senhor, compramos Seu sanduíche; ou “Aqui está o Seu Big Mac do MacDonald’s, Mestre.” Eles ficaram chocados quando Jesus disse: “Eu não estou com fome. Eu tive carne para comer sobre a qual vocês não entendem.” É como se Ele estivesse pensando: Vocês não iriam entender isso, mas, no poço, Eu recebi adoração de uma mulher rejeitada. Eu fiz a vontade do meu Pai e encontrei uma adoradora. Depois daquela festa, Eu não preciso de nada que vocês têm para Mim. – (Veja João 4:31 -34).

Deus vem à Terra porque Suas dores intensas por adoradores O atraem ao louvor imperfeito dos Seus filhos que dizem: “Eu amo Você, Papai”. Ele não está particularmente impressionado com nossos refinados cânticos e templos multimilionários. Isso é totalmente medíocre aos padrões celestiais, mas é precioso para Ele porque Ele nos ama.

“Vermelhas e amarelas, pretas e brancas. Elas são preciosas aos olhos d’Ele. Jesus ama as criancinhas do mundo.”

Ele vem porque nós levantamos um infantil louvor imperfeito com corações cheios de amor – como uma criança estendendo-se para cima e um Pai estendendo-se para baixo para um abraço.

Ele sai para povoar o Céu com adoradores que possam cumprir aquela parte que faltava, que tem estado ausente desde que lúcifer caiu. Jesus ouviu a mulher no poço à procura daquela “nota alta” de transparência de pureza. Ele lhe deu a oportunidade de responder a uma questão cuja resposta Ele já sabia: Você consegue alcançar esta notai Ele quis saber, à medida que procurava, debaixo da “rocha da vontade humana”, por um adorador. Então, Jesus disse à mulher: “Vai buscar seu marido.”

Ela poderia ter escondido seu pecado ou coberto sua vida quebrada com as folhas de figo de uma mentira, mas por uma vez em sua vida ela pensou: Não, eu sei que não é muito bonito, mas eu vou dizer a Ele a verdade. Então ela disse: “Eu não tenho marido.”

Ela podia ter escondido seu pecado, ou recoberto sua arruinada vida com as folhas de figueira de uma mentira, mas pela primeira vez em sua vida, ela pensou: Não, eu sei que não é muito bonito, mas eu vou Lhe dizer a verdade. Então ela disse: “Eu não tenho marido.”

Jesus não podia mais conter Suas emoções e a interrompeu para dizer: “Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.” – (João 4:17-18).

Esta foi a nota alta de transparência e pureza que Ele estava procurando. Agora Jesus tinha algo com que podia trabalhar. Ele começou a falar com a samaritana sobre água viva. Logo que Ele terminou, ela estava pronta a abandonar seus potes de água no poço. Então, correu de volta para a vila para contar ao povo que tinha deixado tudo por causa do incrível Homem no poço. Ela estava tão transformada que a mesma mulher a quem toda a vila tinha rejeitado agora os levava ao poço de Jacó para conhecer a Fonte da água vida. Uma conversa com o Mestre trouxe credibilidade àquela mulher – ela teve um encontro de adoração com Ele e toda a vila a escutou.

DEUS ESTÁ TESTANDO CORAÇÕES PARA UM CORAL CELESTIAL

Deus está indo a todos os cantos da Terra neste exato momento, testando corações para ver quem vai se tornar um verdadeiro adorador em Seu coral celestial. Ele não está ouvindo a qualidade técnica das nossas vozes ou avaliando nossas variedades vocais. Essas coisas não têm importância para Ele porque Seu primeiro interesse é a canção do coração. Talvez você seja um dos muitos que estão desesperados por um encontro com Deus; e está de tal modo, que algo dentro de você o impulsiona a uma apaixonada e faminta canção do coração. Posso lhe dizer uma coisa? Ele está em pé aí bem à sua frente dizendo: “Continue cantando. E exatamente por isso que Eu vim.”

Se soubesse quão perto Ele está de você e quão cuidadosamente ouve a cada “Amém” sussurrado e a cada crepitar do seu coração quebrantado, você estaria surpreso. A única coisa que o Pai efetivamente procura são adoradores. Ele ama e unge as pessoas que a maioria de nós considera “importantes”, como pregadores, líderes de louvor e músicos, mas o que Ele realmente necessita é de adoradores. Isso me faz querer gritar: “Venha Irmã “B”, cante!” Não se preocupe, Deus tem colocado o ouvido d’Ele em seu coração para ver se você consegue atingir aquela nota. Você consegue?

“Pai, queremos um encontro Contigo que nos faça deixar os nossos potes no poço da religião do homem. Queremos um encontro Contigo do qual não possamos nos restabelecer. Transforme nossa refeição em aceitação. E nossos poços empoeirados e secos em experiências de uma fonte interior. Queremos Lhe dar a melhor parte – nós Lhe damos louvor e adoração e ações de graça em nome de Jesus.”

Prossiga adorador, adore! Ele está ouvindo!

Deus está procurando adoradores neste exato momento. E a única coisa que O traz do Céu para a Terra. É o material de construção para Sua casa favorita. Lembre-se de que a adoração é para Ele; ela é a Sua melhor e favorita parte. Não é hora de cercarmos Aquele a quem amamos com louvor e adoração incessantes?

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