A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

CONHECENDO ACALCULIA E DISCALCULIA

Os discalcúlicos têm inteligência dentro dos padrões ou até acima da média, mas encontram problemas unicamente com o conhecimento matemático

Conhecendo acalculie e descalculia

“Sou uma professora de Matemática atípica, porque só consigo resolver uma equação ou conta usando papel e lápis, ainda faço contas usando os dedos e para gravar qualquer informação eu preciso escrever.” Relato da professora de Matemática Ana Maria. Assim como muitas crianças e adolescentes, a professora teve sérios problemas com o aprendizado matemático por mudar constantemente de escola. Entretanto, essas dificuldades foram passageiras, não impossibilitando a continuidade nos estudos e, principalmente, não interferindo na sua escolha de graduar-se em Matemática.

Hoje, infelizmente, encontram-se muitas crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem em Matemática por diversos motivos, como de ordem psicossocial, pedagógica e outras que, infelizmente, possuem um distúrbio neurológico relacionado com a aquisição da linguagem matemática. Esse distúrbio é conhecido por discalculia.

Discalculia vem do grego e significa dis + calculo, ou seja, dificuldade ao calcular. Os discalcúlicos apresentam dificuldades específicas em Matemática, como tempo, medida, resolução de problemas etc. Acomete pessoa de qualquer nível de QI, logo, é importante salientar que o discalcúlico tem uma inteligência normal, ou até acima da média. Seu problema está relacionado unicamente com o conhecimento da Matemática.

Até o momento, não existe uma prevalência maior em meninos ou meninas e acredita-se que cerca de 5% a 7% da população tenham discalculia.

Esse distúrbio não acontece por falha no sistema de ensino, por problemas psicológicos, como, por exemplo, a separação dos pais, perda de um ente querido ou por recorrente mudança de escola/cidade, como ocorreu com a professora Ana Maria.

A discalculia não é oriunda de problema emocional, pedagógico e social, pois nesses casos seria considerada uma dificuldade de aprendizagem em Matemática, algo transitório. Vale destacar, também, que a discalculia não é ocasionada por um dano cerebral, como o acidente vascular cerebral ou alguma outra lesão no cérebro. Em tais casos, a perda das habilidades matemáticas decorrente desses problemas é conhecida como acalculia.

Acalculia é a perda das habilidades que já estavam consolidadas e em desenvolvimento, Segundo Garcia, as lesões estão relacionadas ao hemisfério esquerdo parieto-temporal e parieto-occipital, e afetam o raciocínio lógico. As características da acalculia são o prejuízo na leitura e escrita de números; cálculo mental; disposição espacial dos números, como alinhar os números em uma coluna; dificuldade de saber quantas semanas tem o ano; dificuldade de saber qual número é maior ou menor; dificuldade de ler e escrever os números de complexidades diferentes.

Segundo Rosselli e Ardila, os estudos demonstram associação entre acalculia e afasia. Afasia é a perda da fala ou da articulação das palavras. A acalculia também se torna mais visível em adultos e idosos que sofreram acidente vascular e traumatismo craniano. Nesse caso, a intervenção deverá seguir o mesmo critério que se utiliza para crianças e adolescentes, adaptando as atividades de forma a contemplar a necessidade do indivíduo adulto. Até o momento, não se sabe ao certo o índice de pessoas com acalculia, pois o seu diagnóstico se confunde com outras comorbidades, como afasia, apraxia e síndrome de Gerstmann.

Desse modo, compreender a diferença entre discalculia e acalculia é importante para ajudar a criança e o adolescente de forma eficaz. Assim, a acalculia é uma comorbidade adquirida, diferente da discalculia, cuja definição se baseia em critérios comportamentais e de exclusão, não existindo, ainda, claros marcadores biológicos para o diagnóstico clínico. Contudo, estudos recentes demonstram que um dos fatores tem procedência genética. Cerca de 40% das crianças e adolescentes que têm discalculia podem ter dislexia, porém isso não é uma regra, já que é possível apresentar diversas patologias ao mesmo tempo, como apresentar hiperatividade e discalculia, dislexia e discalculia e assim por diante.

Todavia, discalculia e acalculia vão além de problemas relacionados com a Matemática. São de origem psicossocial, pois a criança que apresenta essas comorbidades tem toda sua vida desestruturada, com prejuízos sociais, emocionais e psicológicos.

Ladislav Kosc teria descoberto a discalculia em 1974. Na época, ele classificou a discalculia em seis tipos:

VERBAL – dificuldades para nomear as quantidades matemáticas, os números, termos, símbolos e as relações;

PRACTOGNÓSTICA – dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens, matematicamente;

LÉXICA – dificuldade na leitura dos símbolos matemáticos;

GRÁFICA – dificuldade na escrita de símbolos matemáticos;

IDEOGNÓSTICA – dificuldade em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos;

OPERACIONAL – dificuldade em fazer cálculos e na execução de operações.

A neurociência nos mostra que vivência, motivação e estímulos ativam as conexões cerebrais, auxiliando o processo de aprendizagem referente à Matemática. Estudos neurocientíficos demonstram que existe uma parte do cérebro especializada em reconhecer números. Esses estudos ainda não foram concluídos, mas os estudos de neuroimagem funcional apontam que as áreas responsáveis podem ser as seguintes: parte inferior esquerda do lobo parietal, que é a área cerebral responsável pela representação de domínio específico de quantidades, das funções verbais, espaciais e do foco de atenção para a resolução de operações de quantidades, grandezas, proporções e números. A primeira rede neural tem a participação do lobo frontal inferior esquerdo e do giro angular bilateral, áreas envolvidas na representação linguística (símbolos numéricos, conceitos e regras), que são ativadas durante tarefas de cálculos exatos e funcionam de suporte no gerenciamento de operações aritméticas sucessivas que envolvem a participação de memória operacional e rotinas de memória verbal. O suco intraparietal bilateral é a estrutura anatômica-chave envolvida na realização de todas as tarefas de natureza numérica, juntamente com outras áreas como o giro angular esquerdo, o córtex frontal medial bilateral e o sistema parietal bilateral póstero-superior.

Não basta só conhecer as áreas cerebrais ou a neurociência, neurobiologia, tudo isso é importante, mas, acima de tudo, é preciso levar em conta que nem todos aprendem da mesma maneira e que existem, segundo Gardner, várias formas de inteligência, como a musical, lógico-matemática, interpessoal, linguística etc. É necessário aceitar que cada pessoa é diferente da outra, respeitar as limitações de cada uma e procurar ajudar essas crianças e adolescentes a terem um aprendizado significativo e de sucesso.

QUANDO SURGE

A discalculia torna-se aparente durante o segundo ou terceiro ano do ensino fundamental. Entretanto, desde a educação infantil a criança já apresenta dificuldades em compreender símbolos numéricos, algarismos arábicos e valores cardinais. Quando associado a um QI elevado, a criança consegue acompanhar o mesmo nível dos seus colegas durante os primeiros anos escolares, e o problema só vai se manifestar após o quinto ano de escolaridade.

Independentemente de ter discalculia, acalculia ou dificuldades de aprendizagem em Matemática, é importante um diagnóstico precoce, que aumenta as chances de sucesso na intervenção e minimiza os efeitos deletérios, como o abandono escolar e a depressão. As dificuldades específicas de cada indivíduo devem ser mapeadas, e torna-se necessário o planejamento de um ensino eficiente e direcionado às dificuldades específicas do discalcúlico, um professor dedicado e uma família acolhedora.

Os critérios de diagnósticos da discalculia são pautados nas dificuldades apresentadas pelas crianças e adolescentes, devendo ser levado em conta se as dificuldades persistem por mais de seis meses; se estiverem substancial e quantitativamente abaixo do esperado para a idade cronológica da pessoa, conforme testes padronizados; se as dificuldades se iniciarem durante os anos escolares, especialmente desde a pré-escola, sendo necessário documentar essas dificuldades. No entanto, o diagnóstico deve ser feito idealmente após o segundo ou terceiro ano do ensino fundamental. Importante lembrar que essas dificuldades não podem ser explicadas por deficiências intelectuais.

O diagnóstico deve ser feito através de uma equipe multidisciplinar (fonoaudiólogo, psicopedagogo, psicólogo, neuropediatra, neurologista, pedagogo e pediatra). Porém, para que esse diagnóstico ocorra é necessário que a criança já tenha sido exposta ao conhecimento matemático.

As crianças com discalculia conseguem entender alguns conceitos matemáticos, mas têm grande dificuldade em trabalhar com números, fórmulas e enunciados. Elas podem reconhecer e compreender símbolos matemáticos, mas vai ser difícil resolver um problema. Algumas dificuldades apresentadas pelo discalcúlicos: visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior; conservar a quantidade, o que a impede de compreender que 1 quilo de café é igual a quatro pacotes de 250 gramas; compreender os sinais de soma, subtração, divisão e multiplicação (+, –, ÷ e x); sequenciar números, como, por exemplo, o que vem antes do 13 e depois do 15 (antecessor e sucessor); classificar números; montar operações; entender os princípios de medida; lembrar as sequências dos passos para realizar as operações matemáticas; estabelecer correspondência um a um, ou seja, não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras; dificuldade de compreender os números cardinais e ordinais. Entretanto, pessoas que têm acalculia também apresentam, às vezes, as mesmas características. O que irá fundamentar o diagnóstico são os exames de neuroimagem e os relatos médicos. Até o momento, não existe cura para essas comorbidades, mas a intervenção eficaz, estimulação e reabilitação pedagógica, psicopedagógica e psicológica, com atividades para reaprender ou contornar as dificuldades relacionadas à Matemática, proporcionarão um tratamento adequado, lembrando que devem ser pautadas nas necessidades individuais de cada um.

 RECURSOS

A intervenção para discalculia, acalculia e dificuldades de aprendizagem deverá ser pautada em recursos materiais (uso de calculadoras, jogos e atividades lúdicas, caderno quadriculado, imagens, contação de histórias, questões claras e objetivas etc.); recursos metodológicos (métodos, técnicas de ensino organizativas, planejamento, adequação de conteúdos e avaliativas); recurso multiprofissional (fonoaudiólogo, psicopedagogo, psicólogo, neurologista, neuropediatra, pedagogo, psiquiatra, terapeuta etc.).

Sem a intervenção adequada, as crianças podem arrastar, ao longo de sua vida, sérias dificuldades aritméticas, daí a importância e a necessidade da realização de uma intervenção precoce e eficaz. Desse modo, a intervenção deve se pautar nas características peculiares de cada indivíduo, de modo a reabilitar seus comprometimentos aritméticos e potencializar as habilidades já apresentadas.

Não é insistindo na mesma coisa feita em sala de aula e repetindo o conteúdo que a criança irá aprender Matemática. É preciso ensinar a criança a aprender a manipular os números de diferentes perspectivas, evitando procedimentos rotineiros, e um ensino mais prático do sentido do número e com um tempo maior para desenvolver a atividade. O aprendizado acontece de maneira lenta, logo a compreensão sobre as habilidades matemáticas é dificultada, e um novo olhar, uma alteração nas ações em sala de aula podem minimizar tais dificuldades.

Valorizar os conhecimentos e habilidades conquistados durante o processo de aprendizagem, mostrando as barreiras já vencidas, é uma ferramenta para despertar o interesse em aprender, e isso trará de volta a autoestima e bem-estar dessas crianças e adolescentes. É preciso intervir, motivar, estimular e cuidar para que esses alunos não se sintam impotentes diante do aprendizado, criando uma relação afetiva que contribua para o desenvolvimento educacional desses alunos. O professor será um mediador entre a teoria e a prática em sala de aula, e ajudar os colegas a respeitar a individualidade dos alunos com discalculia será a sua tarefa. Os discalcúlicos precisam de apoio, afetividade e socialização.

 ALFABETIZAÇÃO

A Matemática é uma linguagem, e como tal a criança precisa ser alfabetizada matematicamente. A criança que compreender a relação da Matemática com a vida não terá medo, e sim desejo de descobri-la. Segundo Luria, é fundamental existir a habilidade visuo- espacial, tanto para o cálculo quanto para o desenvolvimento das operações aritméticas, e ainda para a distinção entre aspectos procedurais (regras/procedimentos) e conceituais (que são compreendidos) envolvidos na Matemática.

Desse modo, crianças e adolescentes com acalculia e discalculia podem e devem utilizar dos recursos visuais para adquirirem as habilidades e competências matemáticas. Por isso, os jogos de tabuleiro e on-line são tão utilizados na intervenção. Aprender com a ludicidade significa construir conhecimentos por meio de vivências prazerosas e potencialmente significativas, tendo o jogo, o brinquedo e a brincadeira como base da aprendizagem. Através dos jogos, é possível reforçar conhecimentos e habilidades conquistados e valorizá-los durante o processo de aprendizagem, mostrando as barreiras já vencidas. É uma ferramenta para despertar o interesse em aprender e isso trará de volta a autoestima e o bem-estar dessas crianças e adolescentes.

Para que crianças aprendam a fazer a leitura do mundo através da Matemática será fundamental compreender os fundamentos do discurso matemático (palavras, sinais, símbolos, procedimentos, habilidades etc.) e como aplicá-los para resolver problemas em uma variedade de situações, entendendo, assim, sua função social.

As crianças que conceituam o número (para tal é necessário trabalhar: correspondência, comparação, sequenciação, classificação, seriação, ordenação, inclusão de classe, conservação e enumeração) não terão dificuldades nos anos advindos. Claro que é preciso levar em conta as experiências, vivências e o meio social que a criança está inserida, pensando se a mesma está sendo estimulada e motivada ao aprendizado.

Isso posto, devemos utilizar o brincar, o lúdico, imagens, jogos e brinquedos, com a finalidade de auxiliar o processo ensino-aprendizagem das crianças e adolescentes, pois quando a criança compreende a função social da Matemática ela acaba desmistificando a fábula de que a Matemática é para poucos e de que não serve para nada.

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 UMA NOVA CHANCE PARA 4 ESPÉCIES AMEAÇADAS

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ARARA-AZUL-GRANDE

Um exemplar de arara-azul-grande nasceu no zoológico de Curitiba (PR), tornando-se o quarto da espécie a ser gerado no local. Na imagem, os pais observam o filhote, que está com 4 meses. A ave, típica do Pantanal e da Amazônia, é vulnerável na escala de risco de extinção, pois está ameaçada pelo desmatamento e pelo comércio clandestino.

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Também conhecido como chita, o felino africano em situação vulnerável foi abraçado pelo Zoológico Nacional Smithsonian, em Washington, que investe 350.000 dólares por ano no cuidado e na reprodução do animal. Desde 2007, já nasceram 56 filhotes no local, dos quais 44 sobreviveram.

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Criados em um zoológico da República Checa, cinco rinocerontes-negros foram levados para Ruanda, onde serão liberados em um parque que replica seu hábitat e já conta com vinte outros animais desse tipo. A espécie, vítima da caça e da captura para exibição na Europa, está extinta na África.

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Além do esforço de diversos países para reproduzir o animal em cativeiro, o panda­ gigante saiu da lista de ameaçados de extinção em 2016 para entrar na de vulneráveis graças ao investimento chinês na plantação de bambus, o principal alimento do bicho: foram cinquenta anos até esse resultado.

GESTÃO E CARREIRA

A CRIPTOMOEDA DO FACEBOOK

Em um consórcio com gigantes dos meios de pagamento e da tecnologia, a rede social entra em um novo capítulo da sua história com o desenvolvimento da Libra

A criptomoeda do facebook

O mítico Satoshi Nakamoto, que lançou o “manifesto” do Bitcoin em uma lista de emails de criptografia em 2008 e liberou, alguns meses depois, o código aberto da moeda virtual talvez não imaginasse que sua invenção fosse capaz de atrair tantos seguidores ilustres. O fato, porém, é que as criptomoedas deixaram o submundo da internet e saíram das sombras. A consagração desse dinheiro misterioso veio na terça 18, quando o Facebook anunciou a criação do seu próprio meio de pagamento, a Libra. A intenção de Mark Zuckerberg é fazer com que transações e transferências financeiras sejam tão simples quanto o envio de uma mensagem de texto. Até por isso, a intenção é que ela seja compatível com os aplicativos de troca de mensagem da empresa, como o Messenger e o WhatsApp.

O anúncio da Libra rapidamente gerou tumulto entre os governos dos países mais poderosos do mundo. O G7, que reúne os mais ricos, anunciou uma força tarefa para avaliar a Libra, buscando entender como pode regular a criptomoeda, protegendo os direitos dos consumidores e evitando a lavagem de dinheiro. Nos Estados Unidos, onde o Facebook está sediado, uma audiência no Congresso foi marcada para que a empresa seja submetida a questionamentos. A intenção é bastante clara: não deixar que a rede social se torne muito poderosa e faça os bancos centrais do mundo de refém. Constituem a “associação Libra”, por enquanto, 28 parceiros que envolvem empresas de pagamentos, tecnologia e ONGs, incluindo Mastercard, Visa, Uber e eBay. O consórcio terá sede em Genebra, na Suíça, e afirma não ter fins lucrativos.

Além disso, a empresa desenvolverá a própria subsidiária para comandar o fluxo de moedas virtuais, a Calibra. A empresa garante que a carteira digital será completamente paralela à rede social, afirmando que por ser independente do Facebook, não será possível acessar o vasto banco de dados da empresa – o que garantiria ainda mais informações cruciais para manipulação certeira de produtos e marketing. Tentando tranquilizar os bancos centrais do planeta, o Facebook afirmou que a Libra terá lastro nas moedas de menor variação nos mercados financeiros, como o dólar e o euro – sem valor inicial anunciado – supostamente garantindo, dessa forma, a autonomia de política monetária dos países envolvidos. Mesmo assim, apenas a associação Libra terá o controle para “cunhar e queimar” as moedas.

 

A criptomoeda do facebook. 2

ALTA DO BITCOIN

O potencial no anúncio de Zuckerberg é muito maior do que o de dominar o mercado de criptomoedas. Com a Libra, se ela realmente for tão simples quanto uma mensagem de texto, é possível atingir públicos que não estão contemplados pelo sistema bancário, mas que possuem uma conta no Facebook. No anúncio mais recente, a empresa afirmou contar com cerca de 2.27 bilhões de perfis na rede. “A libra é mais que uma moeda. O que está por trás disso é uma infraestrutura de transação facilitada. Se as pessoas reconhecem a tecnologia, se é fácil de utilizar, então ela fará toda a diferença”, avalia Caio Ramalho, coordenador do FGVNest – núcleo de estudos em Startups e Inovação da Fundação Getúlio Vargas.

Apesar do preço do Bitcoin ter disparado desde então, foi de R$ 38 mil no dia do anúncio para R$ 50 mil na quarta-feira 26, as ações do Facebook permaneceram estáveis, com leve baixa de 0,2% no período. Isso indica cautela com a atratividade da empresa, que ainda tenta se recuperar dos escândalos de vazamentos de dados da Cambrige Analytica, com impacto nas eleições dos EUA de 2016, e de um péssimo balanço de contas divulgado em julho de 2018. Independente da aceitação futura da Libra – mero exercício de adivinhação por enquanto – Mark Zuckerberg, sob inspiração de Nakamoto, mais uma vez se coloca na posição de influenciador global, podendo mudar a forma como a sociedade se relaciona, agora impactando diretamente as relações das pessoas com o dinheiro.

A criptomoeda do facebook. 3

ALIMENTO DIÁRIO

A CASA FAVORITA DE DEUS

A Casa Favorita de Deus - Tommy Tenney

CAPÍTULO 6 – NUNCA CONFIE EM ALGUÉM “QUE NÃO ANDE MANCANDO”

 

LUTANDO COM O DESTINO DIVINO

O povo de Deus precisa de mais do que outra “boa reunião” que cause arrepios de alto abaixo em sua espinha. Precisamos de um encontro com Deus que nos deixe mancos! Somos os Jacós que irão agarrar a manifestação visível de Deus e lutar com nosso destino até que sejamos mudados. Quem vai segurar Deus e dizer, “não o deixarei ir até que Você me abençoe”?

Ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia. Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem. Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó; Não te deixarei ir se me não abençoares. – (Gênesis 32:24-26).

Muitas pessoas ficam se perguntando como Jacó podia usar linguagem tão imprópria e impertinente com o Deus Altíssimo.

Eu acredito que Jacó, “o segurador de calcanhar”, usou a única terminologia que ele conhecia. Ele pode ter se tomado um patriarca, mas não era um teólogo. O povo apaixonado irá buscar desesperadamente o que os instruídos dizem que não pode ser conseguido. Jacó sabia o que era uma bênção porque se lembrava do que aconteceu quando seu pai colocou a mão sobre sua cabeça: “Tudo que eu sei é que a bênção do meu pai mudou minha vida e tornou as coisas diferentes, e tenho de ter algo como aquilo novamente. A única concepção que tenho para essa mudança é chamá-la de uma ‘bênção’, então me toque. Eu tenho de ter isso. Já tive uma bênção na perspectiva terrena. Agora eu preciso de uma na perspectiva espiritual. Eu não vou deixá-Lo ir até que me abençoe.”

ISTO NÃO É NENHUMA CELESTIAL “LUZ AZUL ESPECIAL ”

Muito frequentemente, nos aproximamos de Deus com uma mentalidade de desconto de loja. Não importa se fomos até Ele por avivamento, cura física ou uma bênção financeira. Esperamos conseguir o que queremos com o preço mais barato no menor tempo possível. Eu não sei quanto a você, mas eu nunca vi Deus fazer coisas desta maneira. Gostamos de fazer fila com nossas listas de orações e petições como se tivéssemos achado alguma “oferta de luz azul” celestial. Então dizemos: “Abençoe-me.” Eu tenho começado a orar para que Deus não responda segundo nossos exatos pedidos, mas de acordo com nossa necessidade. Sabemos o que queremos – mas será que sabemos o que precisamos?

O nome de Jacó literalmente significa “usurpador” ou “enganador.” Ele foi um enganador durante toda a sua vida. Um enganador que roubou a primogenitura do seu irmão mais velho e a bênção do seu pai. Dizer que ele não era confiável seria provavelmente uma subestimação. Ainda mais que Jacó veio de uma boa família. O filho de um dos homens mais famosos da história. Ele cresceu “na igreja” porque Abraão e Isaac tinham passado a seus filhos as histórias de seus encontros com Deus. Jacó tinha um chamado na sua vida e um destino divino a cumprir, mas ele não era confiável em seu presente estado. Tudo aquilo estava para mudar com um encontro.

Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste. Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali. Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva. – (Gênesis 32:27-30).

Após uma ou duas horas de luta e esforço para ganhar vantagem, Jacó provavelmente se sentiu bastante confiante que iria receber a bênção. Acredito que ele tenha pensado consigo mesmo: “Bem, em algum momento, este ser angelical com o qual estou lutando, esta manifestação de Deus dirá: ‘Tudo bem, tudo bem, eu o abençoarei. Agora, ajoelhe-se aqui e eu colocarei minhas mãos sobre sua cabeça’.” Havia uma surpresa guardada para ele.

NÃO ABENÇOE MINHA VIDA ATRAPALHADA; DÊ-ME UMA NOVA VIDA

Jacó não precisava de outra bênção em sua vida estragada, mas necessitava de uma vida nova. Por isso, o Senhor não estendeu o braço com uma de Suas mãos aberta de bênção. Em vez disso, Ele dobrou Seu punho e bateu na coxa de Jacó com tanto poder que lhe deslocou a junta da coxa e lesou permanentemente o seu ligamento. Como resultado Jacó mancou o resto de sua vida.

Quando o irmão mais velho de Jacó, Esaú, finalmente avistou Jacó e o viu cocheando, ele provavelmente pensou: Este não é o mesmo Jacó que roubou a minha primogenitura. Ele nem mesmo anda como antes. Há humildade no seu andar; há uma nova ternura nele. Ele está diferente. Eu não posso matá-lo; aquele é o meu irmão. Ele queria matar o velho irmão, mas ele abraçou o novo Jacó. Se “abraçarmos” o ego morto e arrependido, aqueles que antes nos odiavam verão uma nova versão de nós.

Jacó provavelmente queria uma bênção que iria fazer seu enraivecido irmão mais velho submisso a ele, mas Deus o abençoou de uma maneira diferente. Ele o mudou para que seu irmão gostasse dele. É hora de a igreja mudar também.

A Igreja tem vivido pomposamente, arrogante pelas calçadas do mundo, com dedos apontados de incriminação em cada direção dizendo a todos para “consertar”. Ao mesmo tempo, temos uma trave projetando-se para fora do nosso olho com mais de 1 km de tamanho. É hora de dizermos: “Deus, eu não sei se Você vai produzir uma bênção ou uma mudança, mas alguma coisa tem de acontecer. Ensine-nos como construir tronos de misericórdia ao invés de tronos de julgamentos.”

ESTOU CANSADO DE SER TOCADO, MAS NÃO MUDADO

Precisamos ter encontros com Deus que nos deixem mudamos para sempre. Estou cansado de ir para igreja e ser tocado, mas não mudado. Devemos nos trancar na presença de Deus e dizer: “Eu não vou deixar Você ir até que algo aconteça dentro de mim e eu nunca mais seja o mesmo.”

Este é o tipo-de-mudança-de-Deus que permanentemente fere o velho homem e as velhas maneiras de fazer as coisas. Ela causa a morte de algo em nós, que marca uma mudança para melhor. As pessoas deveriam nos ver aproximando com um novo mancar, uma nova ternura nascida do dia que perdemos nossa luta de competição com Deus. Isso deveria fazer as pessoas dizerem: “Eu gosto daquela pessoa. Ela não está falando de uma posição de pomposa arrogância; ela fala como se soubesse como é vir lá de baixo.” E por isso que o meu lema é: “Nunca confie em alguém ‘que não anda mancando’.”

TODOS OS AVIVADORES TÊM LUTADO

Duncan Campbell do Hebrides revival fame (Fama do avivamento Hebrides) sabia como era “lutar com o destino e perder”. Ele disse:

Vou lhes dizer como o avivamento Hebrides começou. Ele, na verdade, não iniciou comigo aparecendo para pregar em alguma enorme convenção. Começou em meu estudo. Anos antes, fui parte do que eles chamavam Movimento Missão de Fé (Faith Mission Movement), na Inglaterra. Antes de eu me casar, pedalei minha bicicleta por toda Inglaterra espalhando o evangelho, pregando e praticando da melhor maneira que eu sabia. E aquele foi o começo dos grandes dias. Aquele foi o leito das sementes de tudo que eu consequentemente me tornei. Naquele processo, decidi voltar para a escola e prosseguir minha educação. Saí no topo da lista do reitor e comecei a ser reconhecido como o Justo Reverendo Duncan Campbell.

Campbell se tornou o pregador mais famoso da Inglaterra naquele tempo. O evento auge do mundo da igreja inglesa era uma conferência nacional anual chamada Keswick Week. Ela ainda acontece hoje, apesar de não ser tão grande como era. Somente os melhores e mais brilhantes eram convidados para falar na Keswick Week, e o Justo Reverendo Duncan Campbell era o pregador-chave desta conferência, ano após ano. Então, um comentário oportuno feito por sua filha adolescente lançou-o em um debate com Deus que mudou seu ministério – e as ilhas Hebrides – para sempre.

POR QUE DEUS NÃO USA MAIS VOCÊ COMO ANTES?

Duncan Campbell tinha em torno de 45 anos e havia entrado no que pensou ser seu auge. Estava trabalhando em seus sermões de estudo preparados para outra Keswick Week, quando sua filha de 15 anos entrou para vê-lo. Filhas são conhecidas pela habilidade de falarem a verdade sem realmente saberem o impacto do que estão dizendo. (A maior parte das coisas que aprendi de Deus, pessoalmente aprendi por intermédio das minhas filhinhas!) À medida que Duncan Campbell e sua filha conversavam, ela lhe fez esta pergunta: “Papai, por que Deus não te usa como Ele costumava usar?”

Campbell disse ao meu amigo inglês Alan: “Isso foi como me jogar um balde de água fria, pois achei que estava no auge. Quando ela me fez aquela pergunta, eu preparava sermões que afetariam toda a Inglaterra, ou assim eu pensava. Então, abaixei minha caneta e perguntei a ela: ‘Minha querida, o que é que você quer dizer?’ Ela respondeu: ‘Papai, você me contou as histórias sobre o que costumava acontecer quando você trabalhava no Movimento Missão de Fé (Faith Mission Movement). Por que Deus não faz mais aquilo com você?’ Elaborei algumas fracas desculpas e tentei falar sobre isso teologicamente para que não perdesse a pose diante da minha filha” – ele disse. “Mantive minha compostura… até que ela deixou a sala. Quando ela saiu, cai sobre o s joelhos e disse: ‘Deus, ela está certa.’ Com o rosto no carpete, chorei lágrimas quentes e disse: ‘Deus, se Você me der de volta o que eu tinha, eu farei o que Você me disser para fazer.’ Três semanas mais tarde, estava assentado no púlpito em uma conferência. Já tinha pregado e estava agendado para falar novamente. Então, Deus falou comigo: ‘Levante-se e vá para as ilhas Hebrides, para a Ilha de Lewis’.”

SE VOCÊ FOR, EU LHE DAREI

Campbell continuou: “Eu disse: ‘Deus, estou agendado para falar.’ E Ele me falou tão claramente como jamais O ouvi dizer outra coisa: ‘Duncan, no chão de sua sala de estudos, você Me prometeu que faria qualquer coisa que Eu lhe pedisse se Eu lhe desse de volta o que você tinha. Se você for, Eu lhe darei.”’

Duncan Campbell deixou o púlpito imediatamente e se inclinou diante dos congressistas para dizer: “Sinto muito, algo ocorreu. Eu tenho de ir.” Em três dias ele estava na Ilha de Lewis. Quando saiu da balsa e perguntou pelo pastor, o povo da cidade respondeu: “Não há pastor. Há somente três igrejas aqui; duas estão fechadas e uma tem reunião de senhoras idosas com o carteiro. Mas se você está procurando um homem religioso, é o carteiro a quem estará procurando.”

O carteiro era um ancião que basicamente mantinha na igreja as coisas juntas e servia como um pastor provisório. Duncan Campbell encontrou a casa do carteiro e bateu na porta, não sabendo o que esperar. O carteiro abriu a porta e imediata’ mente disse: “Oi! Senhor Campbell, você chegou bem na hora. Temos exatamente o tempo suficiente para um chá antes que a reunião comece esta noite.” Durante o chá, ele explicou: “As senhoras e eu temos orado, e Deus nos falou que você estava vindo. Seis semanas atrás, imprimi pôsteres anunciando que as reuniões começariam nesta noite.” Campbell disse ao meu amigo inglês: “Comecei a perceber, então, que Deus na realidade não precisava de mim. Ele já tinha preparado tudo isso, mas, na verdade, Ele me queria.”

Duncan Campbell lutou com Deus sobre o seu destino. Levantou do seu carpete manchado de lágrimas um homem transformado. Somente um homem “coxo” poderia ser confiável naquilo que mais tarde seria chamado “Novo Avivamento de Hebrides”. Esse avivamento nos deu um vislumbre do que poderia acontecer se Deus descesse sobre uma região inteira! Milhares vieram a Cristo sem ouvir sequer um sermão, sem ouvir um único pregador ou colocarem os pés dentro de uma igreja! E isto aconteceu aproximadamente há um século, época de pequena disponibilidade da mídia para alcançar as massas. Este lacônico e quebrantador avivamento espalhou-se por uma região inteira e foi nada menos que puramente milagroso. Ele começou nas orações quebrantadas de adoradores persistentes e lançou-se no coração de Duncan Campbell no dia em que ele lutou com Deus e perdeu.

JACÓ DEIXOU A LUTA COM UM TROFÉU PERMANENTE DE SUA DERROTA

Quando Jacó perdeu sua luta com Deus, ele foi transformado de um homem que estava inapto para levar o número um de qualquer maneira que pudesse, em um príncipe do povo escolhido de Deus. Ele lutou com Deus por seu destino e deixou a luta com um troféu permanente de sua derrota. Era a luta que ele necessitava perder para seu próprio bem. Ele precisava de uma mudança para caminhar continuamente no destino que Deus lhe ordenara. A igreja precisa de uma mudança também.

Se vamos subir para o próximo nível, devemos transferir nossa ênfase das mãos de Deus para Sua face. Eu viajo tanto que, particularmente, valorizo o tempo que passo com meus filhos. Certa vez, quando minha filha mais velha tinha seis anos, cheguei em casa e me assentei na cadeira reclinável. Então, ela veio e subiu no meu colo. Estava cansado, lendo jornal ou assistindo as notícias na televisão, mas ela estava determinada a receber a minha atenção. Então, esticou seus dedinhos gorduchos de seis anos de idade e agarrou meu rosto. Naquele tempo, ela ainda tinha um pouco do cecear22 infantil e, virando meu rosto, disse: “Paizinho, olha pra mim.”

Então ela simplesmente me sufocou em beijos, e eu lhe dei um abraço antes de tentar voltar para o meu jornal. Mais uma vez ela disse: “Paizinho, olha pra mim!”, até finalmente conseguir minha atenção. Após quinze minutos de beijos e incríveis carícias de minha filhinha de seis anos, ela finalmente derreteu meu coração. As crianças geralmente querem algo quando agem assim. Então, eu lhe dei um grande abraço e perguntei:

“Andréa, o que você quer?” Ela disse: “Nada. Eu só quero você, paizinho.” Eu lhe dei um pouco mais do meu amor e, então, ela simplesmente esfregou meu rosto com suas mãozinhas e olhou para mim com aqueles grandes olhos castanhos enquanto virava sua cabecinha para o lado. Ela selou isso tudo sorrindo e dizendo: “Eu te amo, papai.”

“Está bem, o que você quer?” – eu disse pensando que se aquilo durara tanto é porque era algo grande. Por três vezes, eu perguntei: Ό que você quer?” E, a cada vez, ela respondeu: “Nada paizinho, eu só quero você!” Finalmente, eu disse a Andréa: “Está bem, entre na ‘van.” Nós nos dirigimos para a cidade e eu disse: Ό que você quer garotinha?” Mais uma vez, ela respondeu: “Nada paizinho, eu só quero você.” Então, ela desceu na frente de uma loja de brinquedos muito famosa e seus olhos se iluminaram. Naquela hora, meu coração já estava tão derretido que tudo que eu queria era dizer: “Ok, garotinha, diga-me somente qual metade da loja você quer. Você pode ter aquela metade ou a outra, não importa.” Eu disse: “Escolha o que você quiser!”

HÁ ALGUÉM AQUI QUE SIMPLESMENTE ME QUEIRA?

Sabe o que ela escolheu? Uma pequena garrafinha de bolhas de sabão com uma varinha redonda que você sopra através dela para fazer bolha. De repente, ficou claro que ela, de fato, não queria nada. Ela somente me queria! E porque somente me queria, eu teria lhe dado qualquer coisa. Quão frequentemente, vamos aos cultos para apresentar nossas petições, profetizar isto e dizer aquilo, enquanto Deus diz: “Há alguém aqui que simplesmente Me queira?”

O nível mais alto de adoração é quando colocamos as mãos d’Ele de lado e buscamos Sua face! Sua face significa Seu favor. Nos tempos bíblicos, quando o povo não virava o rosto na sua direção, aquilo significava que você era aceito na presença dele, mas não tinha o seu favor. Absalão viveu em Jerusalém por dois anos sem ver seu pai ou estar diante da face do rei. – (Veja Samuel 14:28). Ele podia viver na cidade, mas não, entrar na sala do trono.

É possível viver no Reino e não ver a face d’Ele – usufruir a infraestrutura da cidade, a proteção dos bombeiros, da polícia -, mas não ter o favor do Rei. Por quanto tempo a Igreja tem deixado de buscar o verdadeiro favor de Deus? Temos vivido no Reino, reivindicando o que é nosso, e conseguimos! Como o Pai atendendo ao pedido egoísta do pródigo, Ele lhe deu sua porção, sabendo o que ele ia fazer com isso. É um abuso de bênçãos tirar das mãos do Pai para financiar sua jornada para fora da Face do Pai – colocando a ‘‘bênção’’ acima do “abençoador”!

Devemos amadurecer a ponto de dizer: “Não é Sua mão.” – e colocar as mãos d’Ele de lado para buscar Sua face e dizer: “Eu serei um servo” e “Eu só quero estar onde Você está.” Então, nosso louvor não será mais um autosserviço para conseguir algo; ao invés disso, começaremos a Lhe dar verdadeiramente tudo. Ao invés de “abençoe-me”, se tornará “Bendito seja Ele!” Não mais daremos para receber, mas distribuiremos por paixão.

Há uma mudança chegando, e para aquele tipo de pessoas apaixonadas, Ele dará o anel da autoridade e a veste de bênção. Ele sabe agora que eles não vão desperdiçar o relacionamento deles buscando Sua mão em vez da Sua face. Deus também está determinado a mudar a maneira pela qual “temos igreja”. Presença acima de presentes! Ele anseia pelo adorador que buscará o “Doador” mais do que os “presentes”! Você é essa pessoa? Você v um restaurador da casa favorita de Deus?

PAPAI, VOCÊ PODE SENTAR ONDE QUISER

Certa vez, eu estava fora de casa quando liguei para falar com minha filha mais nova, Andréa. Eu disse: “O que você está fazendo, garotinha?” Ela respondeu: “Estou brincando de festa do chá, papai.” E eu lhe disse: “Prepare um lugar para mim agora e faremos de conta que eu estou aí e tomaremos chá.” “Eu já fiz isso.” – ela replicou. “Bem, onde eu estou sentado?” Eu perguntei e ela respondeu: “Bem, eu não sabia, então preparei cinco lugares para você.” Aquilo derreteu meu coração.

Quanto tempo faz desde que a Igreja era tão desesperada por Ele que simplesmente dizíamos: “Pai, Você pode sentar onde quiser. Aqui, ali, não importa. Somente venha.” Eu respondi à minha filha: “Quando chegar em casa, papai vai brincar de festa do chá com você.”

Tudo isso aconteceu no meio do verão em Lousiana quando a temperatura alcançava 35°C na sombra e 95% de umidade. A casinha de brinquedo de plástico de Andréia estava no quintal, bem no sol quente. No minuto que entrei pela porta com as malas nas mãos, Andréia estava dizendo: “Venha, papai.” Eu ainda nem havia desarrumado as malas, mas precisava cumprir uma promessa. Era hora de o papai ir brincar de festa do chá.

A casinha de brinquedo dela era tão pequena que eu não tenho certeza se havia entrado ou a vestido. Minha cabeça estava sustentando o teto enquanto sentava no chão. Estava mal acomodado na casinha de brinquedo de Andréia, quando ela me deu uma pequena xícara com um comando: “Prove.” Estava com a mesa pronta esperando por mim. Assim, começamos a beber o nosso chá imaginário. Ela pegou uma xícara e disse: “Aqui, papai.” Então ela deu uma volta na mesa: “Aqui, Dolly.

E esta é para mim.” Então, ela se assentou e “bebemos” juntos. Andréa me perguntou: “Está bom?”

“Ahhh sim, está bom.” Mesmo suando no sol quente, bebericando o chá imaginário. Então, Andréa disse: “Aqui, coma alguns biscoitos.” (Eram biscoitos imaginários). Mais uma vez, ela perguntou: “Está divertido?” A verdade do fato é que eu estava em um estado deplorável, mas eu me encontrava com ela. Por isso era divertido. De modo que eu disse: “Sim, meu bebezinho, está divertido.”

Finalmente, Andréia disse: “Papai, está quente e eu sinto sede. Vamos até a casa grande pegar algo para beber.” Eu disse: “Vamos, filhinha.” Eu a levei até a casa grande e a assentei à mesa de verdade. Servi um pouco de chá gelado de verdade e me assentei lá com ela. Então ela me disse: “Agora, esta é uma verdadeira festa do chá.” Temos brincado de festa do chá em nossas casinhas de plástico também, só que chamamos isso de “ter igreja”. Estamos forçando Deus a estar confinado dentro de nossas limitadas estruturas de casas de brinquedo enquanto O alimentamos com louvor e adoração faz- de- conta. Então, olhamos para Ele e perguntamos: “Não estamos nos divertindo?”

PAPAI, ESTAMOS CANSADOS DE JOGAR JOGOS FEITOS POR HOMEM

A resposta dele é “sim”, mas isto somente porque Ele fará qualquer coisa para ter comunhão conosco. Ele até mesmo aprisionará Sua força (Salmos 78:61) para vir Se assentar conosco porque quer desesperadamente que estejamos com Ele. Mas, na verdade, Ele espera que digamos: “Papai, estamos cansados de brincar de jogos de igreja feitos por homem. Você nos levaria à casa grande para termos comunhão verdadeira?”

Estou cansado de chegar da igreja com nada mudado. Eu preferiria voltar mancando de um encontro com Deus ao invés de saltando – somente para meu destino ser diferente.

Você pode não gostar de sentimento de frustração, mas precisa entender que algumas frustrações são santas assim como certas fomes são santas; foram estabelecidas por Deus para produzir algo. Eu não disse isto; Ele disse; “Bem aventurados os que têm fome e sede.” – (Mateus 5:6).

Fome santa e frustrações santas podem produzir uma luta alteradora de destino. Você deveria experimentar perder essa luta… mas não até que esteja marcado pelo toque de Deus. O toque de Deus paralisou permanentemente o tendão da coxa de Jacó – tanto que os judeus não comeriam o tendão “de Jacó” de nenhum animal. O código de dieta hebraica proíbe comer criaturas que morreram. Deus pôs um toque de “morte” na vida de Jacó para assegurar seu futuro. Carne morta frequentemente produz destino futuro. Seu programa deve morrer para que o propósito de Deus viva.

Eu acredito que estamos tão cheios de carreiras, agendas e maquinaria feita pelo homem que temos perdido a simplicidade da presença manifesta de Deus. Precisamos desesperadamente aceitar o lema de João Batista e colocá-lo para funcionar em nossa vida: “É necessário que Ele cresça e eu diminua.” — (João 3:3 0). E tempo de gritar pelos Jacós que têm crescido tão cansados de si mesmos que vão lutar contra o seu destino até serem tocados por Deus – ainda que vão para casa permanentemente mancos e com uma eterna mudança de coração.

Mude meu coração, ó Deus! Mude meu caminho, eu oro! Toque-me com Tua vara…

Para que eu vá pelo Teu caminho.

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