A CASA FAVORITA DE DEUS

CAPÍTULO 2 – FALSAS LINHAS DE CHEGADA E MAÇANETAS PERFUMADAS CHEGANDO PERTO E PERDENDO
Alguns podem chamar isto de blasfêmia, mas tenho de lhe dizer que já fui a “bons cultos de igreja” que me valeriam por toda a vida. “Bons”, somente, mas isso não é suficiente. Eu não quero mais ouvir “bons” cânticos nem mesmo mais nenhuma “boa” pregação. Na verdade, estou entediado comigo mesmo. Você estaria interessado em provar algo “bom” quando sabe que o “melhor” está esperando por você na cozinha?
Eu sei que os meus comentários parecem exagerados, mas eles são suaves quando colocados no contexto do que realmente desejo: Eu quero que Deus apareça com Sua Glória Shekinah ou glória real. Comparado a Ele, tudo e todos são reduzidos a um aquecimento para preencher o tempo até que o Ser Real entre na sala. Eu receio que tenhamos criado uma religião e um estilo de vida em torno dos aperitivos, enquanto esquecemos completamente o prato principal! Experimentamos um gostinho ou um sinal passageiro da glória de Deus sempre que nos encontramos em lugares onde dizemos que o avivamento chegou. Já que esta glória é uma “coisa do Espírito”, ela desafia definições científicas e verificações quantificadas. Ao invés disso, há certo sentimento ou uma sensação interior da presença de Deus se aproximando, que nos avisa que algo muito grande e poderoso está chegando perto.
Quando isso acontece, tendemos a segurar a situação durante a maior parte do tempo, como corredores inexperientes em uma corrida de pequena distância. Explodimos na faixa de início, numa busca voraz da presença de Deus e continuamos a passos rápidos, até que comecemos a sentir o desconforto da caçada consumidora pelo troféu desejado por nosso coração.
Alguns de nós sentimos a força acabando e os sentidos se tornando embaçados para as coisas ao nosso redor à medida que começamos a ofegar. Com uma última explosão de energia desesperada, damos o máximo de nós para frente e nos arremetemos em direção à linha… somente para tropeçar e cair a alguns metros bem perto da linha de chegada. Por parar muito cedo, por falhar em apertarmos o passo durante todo o caminho até o final, estamos correndo para falsas linhas de chegada ao alcance do prêmio.
A Bíblia nos diz que no cume do monte, em Israel, três discípulos sonolentos abriram seus olhos somente o suficiente para ver Moisés e Elias, junto com Jesus, numa nuvem de glória. – (Lucas 9:28-32). Os discípulos repentinamente acordaram e Pedro interrompeu o Filho de Deus para sugerir que todos parassem na falsa linha de chegada e construíssem um monumento para o evento. Pedro costumava usar o termo Rabi, ou Mestre, quando ele falava com Jesus, e sugeriu que erguessem três tendas separadas, como se ele, possivelmente, sentisse que Moisés e Elias fossem iguais a Jesus. Talvez não percebesse que o melhor ainda estava por vir.
Moisés havia esperado mais de trinta anos para ver o que estava prestes a acontecer, e eu duvido que ele estivesse interessado na falsa linha de chegada de Pedro. Ele queria nada mais que ver a glória de Deus revelada. Então, o Pai interrompeu Pedro enquanto ele ainda estava falando e corrigiu a perspectiva terrena dos discípulos ao dizer: “Este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi.” – (Lucas 9:35). Então tudo e todas as pessoas desapareceram da visão a não ser o exaltado Senhor de todos.
Muito frequentemente, paramos em falsas linhas de chegada porque nossa carne fica empolgada. Queremos interromper a revelação de Deus, d’Ele mesmo, para que possamos consumi castelos de areia em honra ao primeiro pressentimento da sua aparição. Estamos tão ocupados dizendo: “É bom estarmos aqui”, que não ouvimos Deus dizer: “Eu quero me ajuntar a vocês também.”
ESTOU CANSADO DE CORRER RUMO A FALSAS LINHAS DE CHEGADA
Não é mais aceitável ter somente alguns bons cultos, boa música e boa pregação. Devemos encontrar com o próprio Deus. Estou tão cansado de “quase” cultos que, às vezes, digo as pessoas em nossas reuniões: “Se você veio aqui para algumas boas reuniões, achou o padrão errado, o pregador errado, o lugar errado e o dia errado. Venha outro dia. Mas se você está aqui em busca de Deus, então seja bem-vindo à irmandade do colação ardente.”
Foi para a morna igreja de Laodiceia que Jesus disse: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” – (Apocalipse 3:20). O Espírito Santo está procurando o lugar para o próximo derramamento. Ele está em pé na porta da frente das nossas igrejas, procurando alguém como Davi, que tinha preparado um lugar para Sua importante habitação – um lugar onde adoradores estão querendo escancarar a porta do Céu, com suas mãos levantadas, para que a glória de Deus possa descer e ficar entre eles.
Deus está procurando uma pessoa, uma igreja, uma cidade que irá ouvir Sua gentil batida e Lhe abrir a porta. As Escrituras continuamente ilustram o Senhor batendo nas portas tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Nós O vemos profeticamente batendo na porta de Sua própria casa em Cânticos de Salomão, buscando a atenção de Sua Amada, a Igreja. – (Veja Cantares de Salomão 5:2).
Por que a porta da Sua própria casa estaria trancada? E porque Ele não mais a tinha; Ele já havia Se desfeito da chave. Ele disse a Pedro, o apóstolo: “Eu estou lhe dando a chave. O que você ligar na Terra será ligado no Céu; o que você desligar na Terra será desligado no Céu.” – (Adaptado de Mateus 16:19). O Senhor nos deu a chave para Sua própria aparição quando nos concedeu habilidade para abrir as janelas do Céu e fechar as portas do inferno. O trinco da porta está do nosso lado! (Mas será que as janelas não estão mantidas trancadas com as tradições dos homens?) O Amado das nossas almas tem persistentemente batido nas portas de Sua casa, mas respondemos exatamente como a noiva de Salomão: “Já despi a minha túnica, hei de vesti-la outra vez? Já lavei os pés, tornarei a sujá-los?” – (Cantares de Salomão 5:3).
A Amada prometida e Noiva de Deus se tornou muito confortável. Ela se recusa a abrir a porta porque não é conveniente. O custo da intimidade parece muito alto. O desconforto disto tudo criou uma apatia que nos força a mover muito vagarosamente e casualmente quando nosso Amado bate à nossa porta. Subitamente, cessam-se as batidas – alarmados, nós finalmente nos despertamos como a preguiçosa noiva de Salomão. Quando finalmente corremos à porta para destrancá-la, tudo que restou foi a fragrância passageira de onde Ele estava. “Abri ao meu amado, mas já ele se retirara e tinha ido embora; a minha alma se derreteu quando, antes, ele me falou; busquei-o e não o achei; chamei-o, e não me respondeu.” – (Cantares de Salomão 5:6).
Este é o triste estado da Igreja acomodada de hoje. Podemos encontrar a nós mesmos áridos como a esposa de Davi, Mical. Sugerimos, anteriormente, poderia ser que Davi nunca mais tivesse tido intimidade com ela? A repugnância que ela tinha dele trancou a porta para intimidade, gozo e frutificação. A relutância da Igreja em pagar o aparente alto preço da adoração Intima é a raiz causadora da nossa aridez.
A Igreja de Cristo tem crescido acostumada a viver na casa do Rei em sua ausência. Se ela retornasse à paixão e fome do seu primeiro amor, nunca estaria suficientemente feliz a não ser que o próprio Rei estivesse presente com ela na casa. Em vez disso, a Igreja dos tempos modernos parece se mover somente o suficiente ante as batidas do Mestre. Para queixar-se: “Não, não agora. Você não vê que estou muito confortável para me levantar agora? Isto não pode esperar? Estou com dor de cabeça. Além do mais, já tirei os meus sapatos e levantei os pés! Eu tenho de abrir a porta para Você justo agora?”
QUANDO AS BATIDAS PARAM
A hora mais alarmante não é quando Deus vem para bater na nossa porta. É quando cessam as batidas. A realidade se torna um choque quando caímos em nós e percebemos que nosso Amado não está mais batendo. Instantaneamente, quando as batidas divinas cessam, nos esquecemos da importância do nosso conforto e estilo de vida social.
Levantei-me para abrir ao meu amado; as minhas mãos destilavam mirra, e os meus dedos, mirra preciosa (a qual Ele deixara) sobre a maçaneta do ferrolho. Abri ao meu amado, mas já ele se retirara e tinha ido embora […] (Cantares de Salomão 5:5-6 – parêntese nosso)
A Bíblia Ampliada nos diz que quando a noiva prometida do rei punha os seus dedos na maçaneta da porta, eles ficavam molhados pela mirra líquida deixada pelo rei. Tudo que ela possuía de resto era a fragrância de onde ele costumava estar…
Receio que se nós não abrirmos a porta quando nosso Amado bater, quando a Pomba do Espírito Santo se instalar; se falharmos em abrir as janelas do Céu mediante nossa oração arrependida; se permanecermos não desejosos de criar uma abertura para glória de Deus entrar em nosso mundo, então, em certo ponto, tudo que teremos é a fragrância de onde Ele costumava estar. Alguns estão felizes com isso – eles estão contentes em somente cheirar a fragrância ou sentir o arrepio de onde Ele costumava estar – mas eu não estou mais interessado em visitações passadas – e você? Visitações passadas por intermédio das páginas da história não podem satisfazer mais. Estou cansado de ler sobre o avivamento – eu tenho de me encontrar com o “Avivador”.
Isto me lembra um ressentido marido ou uma esposa que abraça o travesseiro para cheirar a fragrância da esposa ou do marido que se foi. Mesmo quando alguém perde um cônjuge no mundo natural, o processo de ressentimento deve chegar a um fim em tempo apropriado. A Igreja tem memorizado as visitações do passado como se o Esposo tivesse morrido e qualquer futuro encontro (exceto o encontro no céu) estivesse fora de questão. Desculpe-me, mas eu não quero abraçar-me com uma memória passada daquilo que uma vez aconteceu! Eu O quero! Eu quero ver Jesus em todo o Seu poder, Sua vitalidade, beleza e glória, Mostre-me Sua face!
SERÁ QUE DEUS REALMENTE PARARIA DE BATER? (ISSO JÁ ACONTECEU ANTES)
É tempo de despertarmos das nossas poltronas de marfim, do nosso contentamento e responder à gentil batida em nossa porta. Você e eu estamos ouvindo a batida agora, mas o que me incomoda é o medo de que, a qualquer momento, ela possa cessar. Não pense que estou propondo alguma nova doutrina ou interpretação inusitada na Escritura. Isso já aconteceu antes.
Durante a “entrada triunfal” de Cristo em Jerusalém, o povo jogou suas vestes e ramos de palmeira nas ruas para preparar o caminho por onde Jesus, montado numa jumenta, iria passar. Os discípulos cantavam louvores a Deus com novos níveis de paixão e empolgação dizendo: “Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas maiores alturas.” – (Lucas 19:38). Aquilo irritou profundamente os fariseus religiosos na multidão, porque eles rejeitavam a ideia de que Jesus pudesse ser o Messias.
Quando os fariseus ordenaram que Jesus silenciasse Seus discípulos, o Mestre lhes disse que se Ele falasse aos Seus seguidores que se aquietassem, até as pedras clamariam. – (Veja Lucas 19:39-40). Ao contemplar Jerusalém, Suas palavras descreveram como acontecerá no momento em que Ele parar de bater:
Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz!
Mas isto está agora oculto aos teus olhos. Pois sobre ti virão dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras e, por todos os lados, te apertarão o cerco; e te arrasarão e aos teus filhos dentro de ti; não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação. – (Lucas 19:41-44).
EU BATI, E VOCÊ NÃO RESPONDEU! EU VISITEI, E VOCÊ NÃO ME RECEBEU.
O Evangelho de Lucas diz que Jesus olhou para Jerusalém e chorou. Eu acredito que Ele chorou com a intensidade e a amargura de um marido desprezado, sendo rejeitado por sua amada. Ele disse: “Quantas vezes quis Eu reunir teus filhos, como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!” – (Lucas 13:34). Não estou dizendo que nossa Salvação está em perigo; estou falando que podemos facilmente perder o momento da nossa visitação pela presença Shekinah de Deus. Corremos o risco de perder a oportunidade de dar a Deus o que Ele mais deseja – nossa comunhão e adoração íntima.
BARTIMEU SOZINHO NÃO PODIA VER JESUS
Francamente, todos precisamos ser “batizados” com o temperamento de Bartimeu. Este é o cego que ignorou a desaprovação da multidão para gritar a Jesus por misericórdia. – (Veja Marcos 10:46-52). Bartimeu não podia ver Jesus por si mesmo. Ele era cego e tinha de crer com uma fé cega sobre o testemunho de alguém que lhe disse: “Jesus está perto.” Devemos confessar: “Eu estou cego e não posso discernir o quanto Ele está perto, mas se alguém ao meu redor me disser que Ele está perto, então eu me recuso a deixá-Lo passar sem me perceber.”
Às vezes, os cuidados do dia e as preocupações da vida podem temporariamente nos cegar ou paralisar tanto nossos sentidos que não podemos perceber a proximidade de Deus. Aquilo não parou Bartimeu. Por que isto deveria nos parar? Quando você não pode ver, sentir ou perceber a presença de Deus, esta é à hora de encontrar alguém em quem você possa confiar, que possa perceber a presença d’Ele. Quando essa testemunha nos diz: “Ele está perto, Ele está aqui”, aceite a palavra dela. Vá em frente! Comece a levantar suas mãos e clamar por Ele pela fé. As vezes, tudo o que você precisa saber é que Ele está perto.
Clamores famintos do seu coração vão atraí-lo para perto. Afinal de contas, a palavra de Deus nos diz: “O sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e contrito ó Deus, não desprezarás.” – (Salmos 51:17). Deus não pode resistir ao quebrantamento. As lágrimas abrem a torneira da compaixão de Deus.
Por outro lado, o que acontece quando você sabe que Ele está perto e não faz nada sobre isso? Bartimeu era somente um mendigo cego na beirada da estrada, do lado de fora da cidade de Jerico. Entretanto, ele tocou o coração de Deus com eu apelo faminto, enquanto o povo de Jerico evidentemente perdia Sua visitação. Veja! Jesus estava entusiasmado bem do outro lado, bem longe da cidade, quando Ele encontrou o cego Bartimeu. Ele já havia passado pela cidade inteira e ninguém clamara por Ele, até que passou para fora das portas.
Isto exige esta pergunta: “Quando Ele vier, Ele ficará?” O povo de Jerico perdeu o seu momento! Diferente da vila, em João, capítulo 4, onde Jesus ficou por muitos dias a mais, a visitação de Jerico nunca se transformou em habitação. Um cego “viu” mais do que toda a cidade e atrasou a Divindade o tempo suficiente para um milagre!
SOMENTE ME DIGA – AQUELE É ELE?
À medida que Jesus passava pela porta, o mendigo cego do lado da estrada se voltou para alguém que estava perto e fez esta pergunta:
“E Ele? Somente me diga, é Ele?” “Sim, sim, Bartimeu; aquele é Ele.”
“Então é melhor você sair da minha frente, porque eu estou a ponto de perder a minha dignidade.”
Ouça-me, amigo: Você não pode preservar sua dignidade e buscar a Divindade d’Ele. Você não pode salvar a face e buscar a face d’Ele. De certo modo, você vai ter de perder suas maneiras espirituais. Você terá de deixar o protocolo pentecostal, batista ou presbiteriano para trás. Precisará esquecer o que você deveria fazer; quando, onde e como. Você precisará reduzir isso para o básico: “Aquele é Ele? Eu acho que Ele está no templo! Sinto que Ele está perto.” Eu não sei como você se sente, mas eu me recuso a deixá-Lo chegar tão perto de mim e não me perceber. “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” Será que Jesus passaria por nós sem nos perceber? Absolutamente. Jesus teria passado pelos discípulos, quando eles remavam um barco atravessando o mar da Galileia, na escuridão da noite, mas eles chamaram por Ele. – (Veja João 6:16-21). Ele teria andado perto do cego sem percebê-Lo, mas Bartimeu gritou e continuou gritando até que Jesus Se voltasse para vê-lo. Jesus teria passado pela mulher com um problema incurável também, mas ela estendeu a mão e tocou a orla da Sua veste pela fé. – (Veja Marcos 5:25-34). Enfim, Jesus caminhou por Jerusalém intocáveis vezes durante o curso de Sua vida na Terra, mas as pessoas religiosas daquela cidade antiga perderam o momento e a hora da Sua visitação.
Uma das chaves para tornar a visitação do Espírito em habitação do Espírito é reconhecê-Lo. Será que já passou muito tempo desde que você O “viu”? Você O “reconheceria” se Ele viesse num jumento em vez de em um garanhão? Será que você abraçaria Sua visitação em humildade tanto quanto em poder?
Você acreditaria, se eu lhe dissesse que Alguém está batendo na porta da sua igreja agora? Ele está literalmente batendo na porta de Sua própria casa, porque Ele nos deu a chave. Eu não quero ver a Igreja perder o seu momento ou sua hora da visitação. Se alguém, alguma vez, Lhe abrir a porta, Ele não vai ser deixado falando tristemente sobre qual era o Seu cheiro “na ultima vez que Ele bateu na nossa porta”. Estaremos andando com Ele. Talvez você sinta algo emocionando o seu coração que o faça querer gritar: “Senhor, não passe por mim despercebido! Jesus, tenha misericórdia!”
“Pai, eu oro agora para que o “temperamento” de Bartimeu agarre Seu povo. Que possamos deixar de lado as vestes de orgulho que nos tornam cegos e levantar nossa voz em adoração: ‘Jesus, Filho de Davi!’ Levantamos nossa voz em arrependimento: ‘Tem misericórdia de nós!’ Adoramos, nos arrependemos e clamamos: ‘Não passe por nós e se vá sem nus perceber!”
Por que você não esquece suas maneiras agora mesmo? É hora de deixar de lado os protocolos religiosos, as coisas que ditam o que está para acontecer e quando. Deus sempre preferiu fome espiritual ao ritual espiritual. Você vai perder seu momento? Se você pode senti-Lo se aproximando mais e mais, então, não O deixe passar por você depois de ter chegado tão perto, até mesmo enquanto você lê este livro. Lembre-se de que Deus está visitando vários lugares querendo comprar um para se derramar. Ele está batendo na porta. Eu quase posso ouvi-Lo nos dizer: Você sabe o que acontece quando Eu visito a Igreja. Você ainda não viu o que acontece quando Eu visito uma cidade. Abra a porta e me deixe entrar!
COLOQUE SUA FOME À MOSTRA
Suponhamos que um bebezinho estivesse em um dos nossos cultos e ficasse com fome. Você acha que esse bebê ficaria impressionado ou incomodado pelo fato de Tommy Tenney estar à frente do púlpito pregando? Você acredita que ele iria parar e pensar: “Oh, aquele lá em cima é o pastor, é melhor eu ficar quieto”? Será que ele se preocuparia com quem está olhando, quem está ouvindo ou o que todos os adultos bem vestidos estão fazendo? Não! Se aquele bebê sentisse fome, as coisas ficariam barulhentas. Ele colocaria sua fome à mostra porque tudo que ele sabe é isto: “Se eu não conseguir algum alimento ou alguma ajuda, vou morrer.” Você acha que foi isso que aconteceu no evangelho de Mateus?
Vieram a ele, no templo, cegos e coxos, e ele os curou. Mas, vendo os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que Jesus fazia e os meninos clamando: Hosana ao Filho de Davi!, indignaram-se e perguntaram-lhe: Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor? – (Mateus 21:14-16)
A palavra grega traduzida como “clamavam”, nesta passagem não está se referindo a pequenos clamores de alegria ou suaves soluços. Ele literalmente significa: “gritar, chamar bem alto, bradar, exclamar.”6 Eu acho que muitos de nós estamos somente preocupados demais sobre a aprovação dos homens para buscar a presença de Deus. Nós precisamos nos tornar como crianças famintas chorando por ajuda.
É tempo de você pôr sua fome à mostra, tornar-se como uma Criancinha e dizer: “Eu não me importo com quem está me ouvindo. Eu não me importo com quem está me vendo. Eu tenho de ter a Ti, Senhor! Estou tão faminto!” Mostre sua fome como Bartimeu fez naquele dia milagroso. Atraia a atenção de Deus e ignore a aprovação do homem.
ATÉ MESMO BEBEZINHOS SABEM QUANDO DEUS CHEGA PERTO
Muitas vezes, olho a audiência quando a presença de Deus parece aproximar-se. Vejo algumas criancinhas chorando incontrolavelmente. Eu sei que não falei nada para assustá-las, e nada do que eu disse iria atrair sua inteligência imatura. Mas, mesmo os bebês no auditório sabem quando Ele está Se aproximando. Eles sabem quando Deus Se aproxima da porta e, então, vemos lágrimas rolando no rosto inocente de cada um. Eu geralmente separo um tempo para adquirir a confiança destes pequeninos, porque não quero que eles se amedrontem. Só quero que entendam que estamos nos aproximando da Porta. Estamos a ponto de abrir a porta para Deus entrar, e quando você chega perto dela, quase pode sentir os ventos do Céu batendo em seus cabelos.
É hora de dizer: “Eu me recuso a chegar tão perto e andar para trás. Não estou mais interessado em falsas linhas de chegada.
Não posso viver outro dia somente com a cena desvanecida da ‘presença de ontem’, de Deus. Posso não conseguir Sua atenção, mas não vai ser porque não tentei.”
Eu realmente desejo que todos nós possamos esquecer nossa dignidade e nos lembrarmos da Divindade d’Ele. Alguém precisa orar: “Deus, vou lutar por isso. Quero um encontro com Você do qual eu não possa me restabelecer dele.” Se alguém conseguir abrir as janelas do Céu, todos serão abençoados pela fragrância de Sua presença! Se você sente que precisa estar na igreja e ouvir alguém lhe dizer que o altar está aberto, então talvez não esteja desesperado o suficiente. Bartimeu fez o seu próprio altar do pó da estrada. Ninguém disse à mulher do fluxo de sangue: “Se você tocar a orla da Sua veste…” Não! Ela criou um compromisso desesperado e Deus a honrou.
Você pode construir o seu próprio altar baseado na fome do seu coração agora mesmo. Não me importo se você está sentado no banco da frente de uma igreja, ou na parte de trás de um bar, ou talvez na sala de estar em casa. Não importa. E hora de todos que estão famintos clamarem a Deus:
Não vou deixar que Você passe por mim depois de chegar tão perto. Estou desesperado por Você! Tem misericórdia de mim.
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