GESTÃO E CARREIRA

OS DESAFIOS DAS EMPRESAS COM O ABSENTEÍSMO E ATRASOS NO TRABALHO

 

Os desafios das empresas com o absenteísmo e atrasos no trabalho

Ausências no posto de trabalho prejudicam a produtividade e a rentabilidade da empresa, e estão entre os maiores atritos que afetam a relação entre empregador e empregado. Mas podem também ser um forte indicativo que há falhas de gestão que precisam ser contornadas de maneira que ambos os lados sejam beneficiados.

Punições por parte dos gestores sempre fizeram parte deste cenário. Advertir, suspender e até demitir o colaborador eram práticas comuns, mas que não resolviam efetivamente o problema. “Sabemos que o absenteísmo nem sempre tem o funcionário como único culpado. A punição pura e simples tem sido cada vez mais evitada, dando lugar a soluções mais humanas, que levam em conta o bem-estar do trabalhador e que refletem em um ambiente corporativo mais acolhedor e produtivo”, declara Patrícia de Menezes, diretora de Recursos Humanos da Mutant.

É preciso que haja compreensão da empresa para situações do cotidiano do empregado que podem interferir na vida profissional. Filhos pequenos ou parentes idosos demandam atenção, e nem sempre é possível dividir a responsabilidade com terceiros. “Apesar de serem fatores que se referem à vida pessoal do funcionário, a empresa precisa ter sensibilidade para entender que nem sempre é possível ter controle de tudo isso. São questões que devem ser analisadas para se ter um ambiente de trabalho mais inclusivo e não punitivo”, sugere Patrícia.

O absenteísmo também pode ser consequência de outros fatores, estes sim relacionados ao clima organizacional proporcionado pela empresa. Desmotivação e instabilidade entre as equipes podem acarretar problemas de saúde e dificuldades financeiras, por exemplo. Nesses casos, os gestores precisam avaliar cuidadosamente cada situação e analisar quais medidas devem tomar para resolver a questão.

Soluções inovadoras e humanas têm sido consideradas mais eficientes no combate ao absenteísmo. Algumas são facilmente executadas, já outras exigem mudanças profundas nos processos e na cultura da empresa. Patrícia elenca algumas delas; veja abaixo:

PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR DO TRABALHADOR

É crescente entre os trabalhadores de todas as áreas a valorização da qualidade de vida, tanto pessoal quanto profissional. Por isso, para manter os melhores profissionais na equipe, é importante que a organização promova o bem-estar no ambiente de trabalho e incentive uma vida mais saudável, com campanhas e ações dentro da empresa.

MELHORIAS NO CLIMA ORGANIZACIONAL
Realizar pesquisas de clima e atender verdadeiramente aos pedidos dos funcionários ajudam a fazer com que os colaboradores percebam que são ouvidos. É importante criar esse ambiente respeitoso, de compreensão mútua e que valoriza a comunicação.

POLÍTICA DE HOME OFFICE
Há pessoas que enfrentam diariamente problemas de mobilidade urbana, além daquelas que precisam cuidar de filhos ou de parentes idosos. Na maioria desses casos, a implantação de uma política de home office reduz o absenteísmo e aumenta a produtividade da equipe, que se sente mais motivada. Além de reduzir a falta no trabalho, ter funcionários trabalhando em casa mostra confiança do gestor em seu time.

BOAS CONDIÇÕES DE TRABALHO

Se o funcionário fica doente muitas vezes, a causa pode ser o próprio ambiente de trabalho. Equipamentos, instalações e estruturas adequadas podem evitar problemas físicos, assim como locais arejados e limpos.

FEEDBACKS CONSTANTES

A desmotivação do colaborador pode estar diretamente relacionada à falta de feedbacks sobre a sua atuação na empresa. É fundamental que ele saiba a importância de sua função dentro do processo organizacional e que receba orientações para melhoria contínua e para alcançar os resultados esperados.

PLANO DE CARREIRA E BENEFÍCIOS

Saber que há oportunidades de crescimento profissional, benefícios atrativos e bons salários na empresa em que se trabalha funciona como um tonificante, reduzindo significativamente a desmotivação e o consequente absenteísmo. Além disso, torna a empresa mais visada pelos melhores profissionais do mercado.

METAS ALCANÇÁVEIS

Algumas empresas pecam ao exigir metas inatingíveis de seus funcionários. Muitas vezes, isso é feito com o intuito de incentivar um clima de competição, mas pode ter o efeito contrário: como não consegue alcançar os resultados esperados, a equipe acaba vencida pelo cansaço. Portanto, é importante ser transparente ao apresentar os objetivos da empresa e não exigir mais do que os colaboradores podem oferecer diante das condições de trabalho que a organização oferece.

TREINAMENTOS

Ao promover a capacitação da equipe, a organização mostra o quanto o colaborador tem valor para a empresa, demonstrando confiança no potencial de seus funcionários. Podem ser oferecidos workshops, palestras, bolsas de estudo e cursos online. Tudo que puder aperfeiçoar o trabalho dos profissionais vai contribuir com a redução dos níveis de faltas. Há duas edições a empresa promove a Semana Multiplica Mutant, programa de desenvolvimento interno com palestras acontecendo simultaneamente em todas as nossas unidades, abordando temas desde storytelling até ilustração e escalada. É uma forma de disseminar conhecimento entre nossos próprios talentos.

OUTROS OLHARES

PRÁTICAS TRIBAIS

O garoto Murtaja vai morrer na Arábia Saudita por “crimes” cometidos aos 10 anos de idade e ladrões são presos no Iraque por xeques de aluguel. Justiça dos países árabes remonta à antiguidade

Práticas tribais

A possibilidade de condenação à morte do adolescente saudita Murtaja Qureiris, de 18 anos, mostra que práticas tribais e desumanas vigoram na Arábia Saudita e em outros países árabes sem que haja qualquer perspectiva de evolução. Murtaja, que é membro da minoria xiita do País, foi condenado por três “crimes” que ele cometeu aos 10 anos de idade: participação em protestos contra o governo, posse de arma de fogo e envolvimento com uma organização terrorista. Por conta da intransigência política do regime, ele está preso desde 2014 e as chances de execução são altas. Se isso acontecer será uma das mais graves violações de direitos humanos que se tem notícia em todo o mundo. “Há poucas violações mais graves da lei internacional do que a execução de uma criança”, diz Maya Foa, diretora do Reprieve, um dos grupos de direitos humanos que atuam no país. Além de Murtaja, outros três jovens que eram menores na época em que cometeram supostos crimes também estão na fila da pena de morte.

O governo saudita pratica uma perseguição sistemática contra os xiitas, tratados como subversivos.

Práticas tribais. 2

LÓGICA TRIBALISTA

Há uma lógica tribalista que orienta a justiça nos países da região. No Iraque, xeques de aluguel substituem o poder judiciário e impõem sua própria lei através de conselhos tribais, onde idiossincrasias e rivalidades prevalecem sobre os critérios justos. Condenações em casos de roubo, por exemplo, são decididas por eles, que ocupam um espaço deixado por um Estado frágil e corrupto. O avanço desses xeques se deu a partir de 2003, depois da queda de Saddam Hussein, que tentava enfraquecê-los. Ligados a poderosas milícias eles definem os destinos das pessoas e frequentemente praticam extorsões em disputas familiares ou comunitárias. Praticam a chamada intimidação tribal ou “degga ashairiya”, um ato de terror que envolve dar tiros na casa de um suposto devedor para pressioná-lo a negociar. Fazem justiça com as próprias mãos.

A condenação à pena de morte é comum na Arábia Saudita. Só no ano passado 139 pessoas foram executadas, das quais 54 foram condenadas por crimes não violentos. Nos cinco primeiros meses deste ano houve outras 110 execuções, de acordo com a Anistia Internacional. O caso de Murtaja, porém, choca pela crueldade. Ele vem sendo mantido preso há vários anos sem qualquer acusação formal. Passou um longo tempo numa solitária, sem acesso a um advogado e, finalmente, foi coagido, sob tortura, a confessar seus “crimes”, cometidos quando era uma criança. No ano passado, um promotor recomendou que lhe fosse aplicada a pena de morte. Normalmente, na Arábia Saudita, a execução é feita por decapitação. “Não há dúvida de que as autoridades sauditas estão dispostas a tudo para reprimir dissidentes, incluindo o recurso da pena capital para homens que eram meninos à época da sua prisão”, afirma Lynn Maalouf, diretora de pesquisa da Anistia Internacional para o Oriente Médio. Como no passado remoto, morre-se por pouco na Arábia Saudita.

ALIMENTO DIÁRIO

SEGREDOS DO LUGAR SECRETO

Alimento diário - livro

CAPÍTULO 35 – O SEGREDO DE REFINAR OURO NO FOGO

 

Dou-lhe este conselho: Compre de mim ouro refinado no fogo, e você se tornará rico. – Apocalipse 3.18

Qual é o ouro que nos enriquece? É o ouro do caráter divino produzido autenticamente; é a semelhança de Cristo. Todas nós desejamos nos amoldar cada vez mais à semelhança de Jesus, mas não existe um jeito fácil de ficar mais semelhante a Cristo. O caráter divino não é dado a nós; nós o compramos. Nós o compramos sem o dinheiro terreno mas, ainda assim, pagamos um preço alto.

Para desmistificar isso, deixe-me descrever claramente o processo pelo qual compramos “ouro refinado no fogo”. Primeiramente vem o fogo. Por fogo, estou querendo dizer tribulação ou aflição, sofrimento, calamidade, perseguição. Nos últimos dias sobrevirá uma grande escalada de fogo. Você não terá que pensar ou imaginar se está no fogo. Quando o fogo sobrevier em sua vida, você saberá!

Você perderá o controle, os níveis de sua dor aumentarão drasticamente e o seu desespero por Deus será intensificado. Sua carne desejará entrar em colapso e desistir, mas como seu espírito estará avivado para as belezas de Cristo, o fogo será usado por Deus para aproximá-lo de Cristo como nunca antes. Em vez de desistir, você correrá com mais determinação ainda! Sua fonte primária de sanidade em meio ao fogo será seu lugar secreto, onde o Espírito refrigerará sua alma torturada e a Palavra sustentará sua esperança e sua fé.

À medida que você se voltar para a Palavra em meio ao fogo, ela começará a ler sua correspondência. Ela localizará você. Ela desenhará uma linha reta em sua vida e você começará a ver áreas em seu coração e alma que estão fora de alinhamento com os propósitos e vontade de Deus.

Assim que você enxergar essas coisas, ficará tão desesperado por Deus que alegre e diligentemente se acertará com Ele, se arrependendo e considerando profundamente como mudar e adotar novos padrões de pensamento, comportamento e motivação. Assim que promover as mudanças que o Espírito de Deus inspirar dentro de você, estará efetivamente se tornando mais parecido com Jesus. Ou falando em outras palavras, você estará comprando ouro refinado no fogo.

É comum dizer que “compramos” esse ouro porque o preço é muito alto. O preço é a perseverança. Se continuarmos nos voltando para Deus no lugar secreto – quando nossas pernas estiverem gritando que não podem dar mais nenhum passo e quando nossos pulmões estiverem gritando para o diminuirmos – então compraremos esse ouro. Seremos transformados à imagem de Cristo em meio ao fogo. Perderemos coisas neste processo, mas o que ganharemos será tão precioso que consideraremos tudo o que perdemos como esterco (Filipenses 3.8).

Quando você estiver no fogo, será importante a maneira como virá até a Palavra. Antes de o fogo me atingir, vinha à Palavra para encontrar um bom alimento para o rebanho que eu estava pastoreando, mas depois que o fogo sobreveio em minha vida passei a ir até a Palavra para me alimentar.

Tiago 1.22-25 compara a Palavra de Deus a um espelho. Usamos a Palavra de Deus adequadamente quando vamos até ela e a deixamos refletir as coisas que precisamos enxergar e mudar em nós mesmos. A Palavra não foi criada para virmos até ela por causa de outras pessoas. Ela foi escrita para que pudéssemos olhar para nós mesmos, enxergar os padrões de Jesus refletidos e nos sujeitarmos à transformação viabilizada pelo Espírito Santo.

O fogo tem um jeito de transformá-lo em praticante da Palavra e não apenas ouvinte. Você fica desesperado pela Palavra de Deus e, quando a lê, agarra-se a ela como a própria fonte de sua vida. Quando o fogo atinge sua vida, sua preocupação deixa de ser se seu vizinho está olhando no espelho da Palavra e se esquecendo. Sua preocupação passa a ser basicamente olhar para a Palavra e não se esquecer dela.

Mas, então, alguma coisa incrível acontece. Quando você compartilha com outras pessoas como a Palavra refletiu suas falhas e como você se tornou um praticante da Palavra em meio ao fogo, seu testemunho terá um efeito profundo em seus ouvintes. As pessoas serão alimentadas pelo testemunho do que o alimentou.

O lugar secreto é a única maneira de você sobreviver ao fogo. O segredo é: quando a Palavra de Deus flui em você, não permite apenas que você sobreviva mas o capacita a superar e a comprar um tesouro eterno. O lugar secreto é o caixa eletrônico de Deus, o lugar onde você ganha acesso aos cofres do céu.

Deus tem uma grande compreensão desse poderoso segredinho, motivo pelo qual é bastante misericordioso para enviar o fogo em resposta as suas orações. Se clamar do fundo de sua alma, Ele enviará, com precisão, o tipo certo de fogo que você precisa neste momento de sua jornada. Esse fogo o levará ao espelho de sua Palavra de forma que você poderá começar a comprar o ouro de um “caráter refinado” no fogo.

Apenas o fato de ler atentamente este livro já está produzindo algo em você. Você está sendo preenchido com esperança e energizado com um propósito novo. Você está ganhando ânimo renovado para se voltar para Deus. Seu caminhar débil e seu agir enfraquecido estão sendo revigorados e você está ganhando um novo estímulo em sua busca por Deus. Você está recebendo isso. Você está correndo para o lugar secreto!

A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

COMO ACEITAR O FIM

O ser humano ainda encontra muitas dificuldades no sentido de saber lidar com alguns desafios afetivos, como, por exemplo, como amar ou ser amado ou como enfrentar questões relacionadas ao amor-próprio

Como aceitar o fim

Este é um tema universal! Entra ano e sai ano e apenas muda de tom em suas abordagens e apresenta novas roupagens; seja ele com enfoque presencial ou virtual, entre adolescentes, jovens adultos ou na maturidade. Hetero, homo ou bissexual. É sobre o amor enquanto este existe e sua felicidade. Sobre o amor quando finaliza e suas dores! Das depressões advindas dessas rupturas aos crimes passionais que nos impressionam.

A ideia desse artigo é abordar através da pesquisa de alguns autores, bem como da experiência psicológica clínica, as diferentes formas como as pessoas lidam com o rompimento afetivo nos relacionamentos amorosos, bem como esclarecer essas dinâmicas, a fim de explorar formas mais equilibradas para lidar com esse tipo de situação. Quem dera se pudesse sempre lidar com perdas conforme o poema de Fernando Pessoa.

Dificilmente encontra-se alguém que não tenha tido tal tipo de vivência. Os consultórios psicológicos e psiquiátricos estão cheios de pacientes que os procuram após um rompimento, seja para lidar melhor com o luto, seja para controlar uma crise mais grave que foi disparada.

Bielski e Zordan definem que “o relacionamento amoroso é compreendido como um fenômeno afetivo social que abrange os sentimentos e os processos de comunicação na dinâmica das relações amorosas. Abrange o cotidiano e os hábitos dos relacionamentos, o processo histórico de construção dos papéis na conjugalidade e sua dimensão jurídica, a consciência do valor atribuído aos vínculos nas relações afetivas, como também os sentimentos e os processos de comunicação envolvidos na dinâmica das relações amorosas”.

Ainda segundo os autores: “O desejo pessoal de encontrar o parceiro ideal corresponde à principal característica das relações amorosas. Atualmente, esse desejo convive com a facilidade em desistir da relação frustrada e seguir buscando uma nova relação prazerosa, o que é estimulado por fatores externos, tais como mídia, novas tecnologias e artes em geral, que enfatizam a busca de uma grande paixão. Todos são influenciados desde o nascimento com a informação de que, se não encontramos no outro a felicidade, deixamos de vivenciar o desejado bem-estar subjetivo”.

Assinalam que, de acordo com a literatura, o luto é uma resposta natural ao rompimento de um vínculo significativo para o indivíduo, e quanto mais dependente e intenso for o vínculo, e a dependência, mais difícil poderá ser o processo de luto. Durante e após esse processo a pessoa precisará se reorganizar.

A pesquisa desses autores buscou identificar os sentimentos predominantes em adultos jovens após o término de relacionamentos amorosos. Nesse estudo, constatou-se o seguinte: após o fim do relacionamento amoroso, houve uma predominância de sentimentos positivos tanto para homens como para as mulheres, embora em intensidades diferentes, pois o nível de sentimentos positivos para eles foi superior ao delas. Além disso, as mulheres atingiram níveis mais elevados de sentimentos negativos quando comparadas aos homens, o que indica um maior sofrimento por parte delas. Esses achados podem estar relaciona- dos a aspectos culturais que caracterizam a diferenciação de gênero, pelos quais as mulheres ainda são educadas com uma maior valorização do relacionamento amoroso, estimuladas a encontrarem um parceiro, enquanto os homens são educados com maior ênfase no aspecto predominantemente profissional, preponderando a expectativa de que eles devam exercer maior autocontrole, não se envolvendo tanto nos relacionamentos amorosos e, também, não expressando sofrimento quando dessas rupturas.

Para eles, o fato de prevalecerem os sentimentos positivos e não os negativos, como era esperado em outros tempos, pode estar relacionado aos novos valores que regem a sociedade contemporânea, dentre eles a repulsa ao sofrimento, o consumismo, o hedonismo, a descartabilidade e a efemeridade. Ao mesmo tempo, a sociedade está mais permissiva, aceitando, com maior naturalidade, a troca de parceiros e a vivência de relacionamentos amorosos seriais.

Na visão de Marcondes, Trierweiler e Cruz, a ruptura é a quebra de vínculos, de laços emotivos, sexuais e afetivos, criados tanto pelo amor como pelo ódio, pelas brigas e pelas reconciliações. Embora seja uma vivência dolorosa para ambos, geralmente sofre mais aquele que se percebe como preterido. Essa dor é, com frequência, sentida fisicamente. São comuns dores no peito, sensação de sufocamento, falta de ar, disfunção sexual, incapacidade de trabalhar efetivamente, alterações no peso, insônia e outros transtornos do sono.

Esses autores investigaram os sentimentos que predominam após o rompimento de relacionamentos amorosos e as diferenças de intensidade quanto ao gênero, iniciativa de término e duração do relacionamento em pessoas entre 17 e 44 anos, ampliando a amostra do estudo citado anteriormente. De um modo geral, a separação provoca abalo emotivo tanto em homens como em mulheres, nas diferentes situações.

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CONCLUSÕES

Dessa forma, segundo os resultados obtidos com a pesquisa, o sofrimento causado pelo término de um relacionamento amoroso independe do tempo de duração deste. Além disso, há uma predominância de atitudes negativas tanto para homens como para mulheres, embora em intensidades diferentes. Nesse ponto, as mulheres atingiram níveis maiores quando comparadas aos homens, mas, quando analisadas as atitudes positivas nas mesmas situações, os níveis foram semelhantes para ambos. Com relação à diferença na intensidade de sofrimento entre homens e mulheres, é interessante considerar o contexto sociocultural em que essas pessoas estão inseridas, já que este pode estar interferindo nas respostas dos sujeitos.

Levy e Gomes, no artigo “Relações amorosas: rupturas e elaborações”, fazem uma reflexão sobre os sentimentos que eclodem quando do rompimento de uma relação amorosa.

Abordam principalmente os efeitos da perda do amor para a mulher no lugar que ocupa como mãe e nas exigências feitas ao parceiro nessa reflexão. Enfocam que muitas vezes, nesses casos, a paixão se torna perversão do amor e a perda do objeto amado assemelha-se à perda de partes de si, impedindo a superação da dor. Se a mulher precisa ser amada para “ser”, a falta de amor do parceiro e o rompimento da relação provocam reações de intensa carga destrutiva. A personificação de Medeia em crimes passionais e em processos tramitando em Varas de Família ilustra seu “enlouquecimento” diante da perda do amor.

Em seguida, as autoras abordam algumas contribuições teóricas que nos ajudam a compreender o caminho para a superação das dores de amor e de uma separação conjugal e aspectos que a inviabilizam. Freud, em Luto e Melancolia ([1917] 1969), indica a necessidade de um tempo determinado para o trabalho de luto ser concluído e o ego se ver novamente livre e desinibido para novas investidas libidinais. O desinvestimento amoroso sobre o ex-parceiro se faz concomitantemente com a recuperação das partes de si que foram projetadas no outro; e isso só pode vir acompanhado por uma possibilidade de integração egoica de cada um dos envolvidos, o que significa quebrar com a idealização do modelo fusional de relacionamento (sem diferenciação e limites entre os parceiros). Com isso, a energia poderá ser canalizada para outras áreas ou relacionamentos.

A capacidade de reorganização interna está intimamente ligada com a forma como foi estruturada a personalidade das pessoas envolvidas em um relacionamento e sobre a percepção de si mesmo: dependente/independente, capaz/incapaz, ser uma pessoa capaz de ser amada ou não. Enfim, como foi estruturada a autoestima.

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NEUROCIÊNCIA AFETIVA

Maria Tereza Maldonado, na apresentação do livro Labirinto de Espelhos, aponta que os conhecimentos recentes da Neurociência afetiva e as pesquisas sobre as origens da construção do vínculo entre mãe e filho desde a gravidez mostram a possibilidade de desenvolver, desde os primeiros anos de vida, as sementes do amor, da empatia e da capacidade de cuidar. Criando, assim, condições para que desenvolvam habilidades e competências a partir da construção de uma base sólida de boa autoestima. Essa base sólida permite percorrer, de modo mais seguro, os labirintos da vida, com suas dificuldades e possibilidades, surge como alicerce de força de vida. Acreditar em si mesmo, em sua força, em suas possibilidades de ser bem-sucedido é ingrediente básico da autoestima, que influencia o grau de autodeterminação. A formação da boa autoestima depende profundamente do olhar amoroso de apreciação, do ser visto como pessoa de valor, com competência, no mínimo por uma pessoa significativa nos círculos de convivência. Quando esse olhar estruturante falha, a pessoa tenta alicerçar-se externamente no parceiro, procurando nele a segurança (e a autoestima) que lhe falta. Quando, então, o rompimento se dá a insegurança e as instabilidades internas surgem à tona, além do luto esperado para a finalização de um relacionamento. Estas estavam apenas tamponadas pelo relacionamento. Dependendo do tamanho da insegurança e da instabilidade, além da estrutura de personalidade de cada um, a reação será mais ou menos agressiva, mais ou menos depressiva, e a dificuldade em responsabilizar-se pelo término, culpabilizando o outro, se impõe. Muitas vezes o ódio se manifesta pela ferida aberta e o estrago é feito na vida de quem está em volta. Do ex-parceiro (a), dos filhos, enfim chegando a tragédias como vemos estampadas em jornais do nosso país e do mundo.

Interessante pensar a partir dos resultados das pesquisas apresentadas anteriormente: em adultos jovens há a predominância de sentimentos positivos tanto para homens como para as mulheres, embora em intensidades diferentes, pois o nível de sentimentos positivos para eles foi superior ao delas. Além disso, as mulheres atingiram níveis mais elevados de sentimentos negativos quando comparadas aos homens, o que indica um maior sofrimento por parte delas.

Constata-se que as mulheres ainda possuem a maior dificuldade em fazer o luto, bem como lidar com a separação, principalmente quando do lugar de mãe e as exigências feitas ao ex- parceiro. Como já relatei neste arquivo sobre a imagem das Medeias, Levy e Gomes levantam a questão das que “matam” seus filhos nas Varas de Família após separações. Embora não seja este o objetivo do artigo, é importante vincular aqui a questão da alienação parental, ensejando a morte psicológica dos filhos envolvidos nesses litígios. A necessidade, porém, de uma análise histórico-cultural se faz imprescindível para que se entenda que essa não é uma questão de gênero, mas da contextualização da mulher no mundo e nas relações e seus vínculos com o poder.

O quanto a questão das relações vinculares significativas e seu olhar de valorização e respeito sobre a crian- ça são fundamentais na estruturação da autoestima e da personalidade. O quanto a desvalorização da mulher por séculos ainda pesa na estruturação de sua autoestima. Quanto mais bem estruturadas encontram-se a autoestima e a personalidade, maior a flexibilidade e melhor a forma como cada um vai lidar com os rompimentos de relacionamentos amorosos.

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MUDANÇAS

Percebem-se mudanças contemporâneas quando se analisa o resultado da pesquisa com adultos jovens que demonstram reações positivas às separações, diferentemente do que era esperado anteriormente. Segundo os autores, podendo estar relacionado aos novos valores que regem a sociedade contemporânea, dentre eles a repulsa ao sofrimento, o consumismo, o hedonismo, a descartabilidade e a efemeridade. À dificuldade em fazer contato e vivenciar emoções mais negativas, bem como lidar com as frustrações e a realidade do cotidiano de um relacionamento mais duradouro. Ao mesmo tempo, a sociedade está mais permissiva, aceitando, com maior naturalidade, a troca de parceiros com maior frequência.

Sobre formas melhores de lidar com rompimentos não foram encontrados textos de cunho acadêmico que falem sobre o assunto diretamente, como diversos sites o fazem. Tais dicas vão desde “deixar fluir” as emoções e fazer o luto até encontrar hobbies, estar com familiares e amigos. A internet e as redes sociais devem ser evitadas bem como ambientes que fazem lembrar-se do ex- parceiro. Apesar dessas dicas (que por vezes soam como parte de livros de autoajuda) que são importantes, necessário se faz um mergulho interno de cada um em busca do resgate de partes de si que se perderam no relacionamento e projetadas no ex- parceiro, das necessidades que foram procuradas externamente ao invés de serem desenvolvidas internamente. Da busca de autonomia interrompida, que deverá ser resgatada, que ajudará cada um a não se sentir tão frágil e vulnerável frente a uma separação. A autonomia e autoconfiança que impedirão que medos infantis, senti- mentos de rejeição e abandono surjam em uma regressão devastadora. Que dos rompimentos venham a tristeza, o luto e a saudade. A experiência agregada que fará buscar novas experiências evitando repetições prejudiciais ao crescimento individual. E também à monotonia de um casamento falido, bem como aprendendo a lidar com as frustrações normais a um relacionamento. Enfim, quem se encontra não se perderá frente a um rompimento.

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