A PSIQUE E AS PSICOLOGIAS

PSICOLOGIA NA PRÁTICA DO ESPORTE – III

As práticas contemplativas e suas variadas técnicas estão ajudando atletas de alto rendimento a melhorarem o desempenho esportivo, por intermédio de um trabalho que enfatiza o aspecto mental

Psicologia na prática do esporte

A IMPORTÂNCIA DO JOGO MENTAL

No esporte dizem que 90% do desempenho é mental. Quantas vezes, em conversas sobre competições esportivas, já ouvimos a frase “está tudo na cabeça”? Mesmo assim, treinadores e atletas passam a maior do tempo, esforço e dinheiro realizando treinos físicos e técnicos, deixando pouquíssimo espaço para o chamado jogo mental. A importância de uma mente clara e focada é muitas vezes subestimada. E uma mente que não está sob controle está mais propensa a erros que, muitas vezes, podem custar uma partida ou até uma final. Além disso, o estresse, a ansiedade e a pressão sob as quais atletas são submetidos constantemente ocasionam em falta de atenção, concentração, perda das habilidades motoras e falência.

Entretanto, a quantidade correta de estresse e ansiedade controlados pode manter o atleta em um estado mental ideal, chamado de “zona”, que consiste em estar totalmente focado e presente no momento. Psicólogos do esporte afirmam que não estar “presente no momento” é o que provoca confusão mental. Isto é, quando, durante uma competição, o atleta pensa em eventos passados ou nas consequências da derrota, a confusão mental se instala pela falta de foco no momento presente, prejudicando o desempenho. Ao contrário, um atleta focado no momento presente e livre de padrões mentais negativos e medos tem mais chance de vencer.

Como consequência, tem se tornado cada vez mais comum entre atletas a realização de rotinas mentais, como visualizações, ensaios, autoverbalização e relaxamentos para ajudá-los a superar distrações, estados psicológicos desfavoráveis e desenvolver prontidão mental.

Os pesquisadores Michael Greenspan e Deborah Feltz, das Universidades Estaduais do Arizona e de Michigan, respectivamente, concluíram, em uma revisão sobre o tema, que as intervenções baseadas em relaxamento e reestruturação cognitiva são altamente eficazes na melhora de desempenho esportivo. Segundo os autores, essas estratégias de coping permitem que os atletas dirijam o foco para as sensações internas do corpo, como a respiração, resultando em melhores desempenhos competitivos.

Enquanto as rotinas mentais parecem de fato influenciar o desempenho atlético, o mecanismo exato pelos quais elas funcionam ainda não está claro. Em um estudo clássico com medalhistas olímpicos, a equipe do pesquisador Daniel Gould, da Universidade Estadual de Michigan, registrou que os atletas utilizam as rotinas mentais como modo de chegar a um estado mental ideal e que 53% dos atletas entrevistados sobre seus piores desempenhos disseram não ter aderido às rotinas mentais. De acordo com os pesquisadores, a habilidade de regular o estado de excitação, chamado de arousal, parece influenciar diretamente o desempenho atlético. Essa excitação (arousal) refere-se a quão ativado emocionalmente um atleta se torna antes ou durante a competição. As rotinas mentais parecem, desse modo, ajudar na ativação de um estado de excitação mais apropriado à performance, regulando expectativas, confiança, concentração e atenção, e o próprio nível de excitação durante a competição esportiva.

ESPORTE ZEN

As últimas décadas de pesquisas mostram que psicólogos do esporte e preparadores têm utilizado rotinas mentais especiais para melhora do autocontrole e autorregulação emocional. Ao invés de controlar ou rejeitar experiências internas, essas rotinas enfatizam uma consciência atenta e não crítica, aceitação, atenção, concentração, relaxamento e técnicas de respiração, como modo de melhorar o desempenho competitivo. O yoga, que inclui a meditação, é o único método capaz de desenvolver todas essas variáveis ao mesmo tempo.

O yoga é um sistema milenar de práticas mente-corpo que se originou na Índia há mais de 2.000 anos e foi descrito sistematicamente a posteriori (Yoga Sutras de Patanjali, cerca de 900 DC.). Envolve a utilização de técnicas diferentes como posturas (asanas), respiração controlada (pranayamas), relaxamento consciente e profundo (yoganidra) e meditação. De acordo com a dra. Shirley Telles, uma das maiores pesquisadoras do tema e diretora de pesquisa do Patanjali Research Foundation, em Haridwar, na Índia, essas técnicas têm efeito específico no estado psicológico das pessoas. Em uma revisão sobre yoga e saúde mental, ela relatou que os estudos mostram melhoras significativas na autorregulação emocional com consequentes reduções nos níveis de ansiedade e estresse e melhoras na atenção, concentração, humor, qualidade de vida e bem-estar.

Hoje, práticas contemplativas como yoga e meditação mindfulness vêm sendo cada vez mais utilizadas no esporte como parte do treinamento mental de atletas. Tais práticas têm sido úteis na aceitação de sentimentos negativos e pessimistas e no desenvolvimento de habilidades emocionais específicas necessárias durante uma competição esportiva.

Aceitar e lidar apropriadamente com pensamentos e sentimentos negativos, assim como experimentar um estado mental correto durante as competições, é a diferença entre ganhar e perder. Os pesquisadores Amy Gooding e Frank Gardner, do Departamento de Psicologia da Universidade Kean, nos Estados Unidos, descobriram que, na verdade, atletas medianos e de elite experimentam níveis similares de ansiedade, mas a diferença está na maneira pela qual os atletas de elite interpretam a ansiedade pré-competitiva como facilitadora. Sendo uma forma específica de excitação (arousal), a relação entre ansiedade e desempenho competitivo tem sido bastante estudada ultimamente. Os autores afirmam que uma experiência emocional requer uma interpretação cognitiva do nível de excitação. Outra possibilidade é que o desempenho dependa de estratégias de coping, como a confiança do atleta em lidar com a ansiedade e a percepção das demandas específicas do esporte. Com o tempo, através de experiências negativas e positivas, o atleta pode treinar o reconhecimento do nível de excitação apropriado (e, consequente- mente, ansiedade) e ajustá-lo às necessidades competitivas.

Da perspectiva das práticas contemplativas, é possível que atletas de elite lidem melhor com pensamentos e sentimentos negativos por estarem mais presentes no momento. Prestando plena atenção  (mindfulness) e se tornando mais conscientes durante o desempenho, esses atletas exercem menos esforço na tentativa de controlar e reduzir cognições e emoções. Na verdade, é exatamente o contrário, são capazes de desempenhar suas tarefas competitivas com quaisquer cognições e emoções que estejam experimentando.

 CONTRIBUIÇÃO

Apesar da sugestiva relação entre práticas de mente-corpo e treinamento mental de atletas, poucos estudos observaram o impacto dessas rotinas no estado psicológico dos atletas e no desempenho esportivo. Além disso, a maioria dos estudos utiliza exclusivamente técnicas de mindfulness ou estratégias baseadas em mindfulness para esse propósito.

Mindfulness é um tipo de atenção focada, uma “percepção ou conscientização não crítica do momento presente”, que pode ser desenvolvida através de técnicas contemplativas e até artes marciais. A Psicologia do Esporte tem utilizado intervenções baseadas em mindfulness como rotina mental para melhorar o desempenho e o humor geral dos atletas. A técnica de concentração na respiração, por exemplo, uma das práticas de mindfulness, ajuda a reduzir a ruminação mental. Uma mente ruminante é uma mente fora de controle. E quando se tem 30 segundos para decidir uma partida, a última coisa que um atleta quer é uma mente confusa.

De modo específico, técnicas de meditação mindfulness, um componente de práticas contemplativas como o yoga, que foca na percepção e na atenção plena para o desenvolvimento de uma observação desapegada dos conteúdos da consciência, podem representar uma poderosa estratégia comportamental de coping para se lidar com o estresse, a ansiedade e pensamentos negativos no esporte. No entanto, poucas pesquisas investigaram o efeito dessas práticas no estado mental de atletas. Alguns estudos observaram níveis reduzidos de ansiedade e estresse e melhores desempenhos em arqueiros, jogadores de basquete e de futebol após a utilização de intervenções baseadas em mindfulness.

Pesquisadores afirmam que as técnicas contemplativas ajudam a treinar o córtex pré-frontal, a parte do cérebro responsável por criar o estado mental de calma e alerta, mantendo os atletas focados, sem distrações e com o melhor desempenho possível. De acordo com a dra. Kristen Race, fundadora do blog Mindful Life e autora do Mindful Parenting, nos Estados Unidos, a capacidade de observar os pensamentos e emoções desapegadamente reduz significativamente os níveis de cortisol sanguíneo, o chamado “hormônio do estresse”. Além disso, a capacidade de direcionar a atenção para dentro ativa uma área do cérebro chamada de ínsula, resultando em maior sensação de consciência do próprio corpo e melhorando a comunicação entre mente e corpo. O resultado disso é que os atletas percebem melhor as mudanças fisiológicas, como uma respiração muito superficial ou um músculo tensionado, e podem rapidamente fazer os ajustes apropriados, mesmo antes de saber conscientemente o que está acontecendo e de esses fatores impactarem no desempenho.

 NO BRASIL

No Brasil, um estudo da autora com lutadores profissionais de jiu-jítsu observou redução nos níveis de ansiedade, fadiga, tensão e raiva após utilização de uma intervenção baseada em técnicas de yoga (YBIS). Pesquisas que envolvem práticas de yoga, e não somente mindfulness, ainda são minoria, mas também possuem potencial positivo de resultados. Enquanto posturas (asana), relaxamento profundo (yoganidra – conhecido em mindfulness como body scan) e meditação são parte de quase todas as intervenções de mindfulness, o yoga compreende outras técnicas, como as respiratórias (pranayama), que não estão incluídas em mindfulness, mas que parecem desempenhar papel importante na regulação do humor. Por exemplo, uma equipe de pesquisadores italianos, comandada pela dra. Daniele Martarelli, da Universidade de Camerino, na Itália, observou que os níveis de cortisol, aumentados após o exercício em atletas, estão relacionados ao estresse oxidativo (aumento de radicais livres) e podem ser revertidos após respiração diafragmática (pranayama). Essa estratégia ajuda a regular os níveis de cortisol, sugerindo efeitos no estresse e na ansiedade. Além disso, a respiração profunda envia sinais ao sistema nervoso simpático que, por sua vez, reduz os batimentos cardíacos. Não é à toa que jogadores de basquete costumam respirar profundamente antes de lançar a bola. Eles o fazem intuitivamente, na tentativa de reduzir os batimentos cardíacos e consequentemente a ansiedade, que poderia custar os pontos de uma cesta.

A pesquisa sobre a relação entre técnicas contemplativas e treinamento mental na preparação de atletas é um campo emergente, e pouco ainda se sabe sobre como o cérebro funciona nesse sentido. No entanto, as pesquisas de fato observam melhoras no estado mental e no desempenho esportivo dessa população. Tais práticas comprovadamente reduzem o estresse e a ansiedade, conectando o indivíduo ao momento presente e criando uma mente mais resiliente. E estas, definitivamente, são as características mentais dos verdadeiros campeões.

O psicólogo do esporte e professor de meditação George Mumford trabalhou nas equipes de basquete norte-americanas do Chicago Bulls, durante os anos de Michael Jordan, e no Los Angeles Lakers. Atualmente é consultor de diversos atletas e times de esportes diversos. Nas palavras de Mumford: “Você precisa focar em si mesmo. É muito mais difícil conquistar a si mesmo que aos outros. Isso é o mais difícil que temos que fazer, mas também o mais benéfico. Tudo acontece no momento presente. Esse momento é tudo o que temos. É somente no momento presente que podemos mudar as coisas. E você não está somente mudando para si, você está fazendo isso por todos. Todos se beneficiam. Na vida ou no esporte, esse é o maior ato de altruísmo”.

Psicologia na prática do esporte III . 2

EXIGÊNCIAS EXTERNAS E INTERNAS

A tradução literal do verbo to cope, do inglês, pode ser descrita como lutar, competir com sucesso ou em igualdade de condições. Seu significado pode ser, ainda, a ação de lidar de maneira adequada com uma situação, superando as adversidades ou os limites que essa situação apresenta. Em Psicologia, mais especificamente na Psiconeuroimunologia, área científica interdisciplinar que desenvolve uma abordagem tratando o ser humano como unidade indissolúvel de corpo e mente, o coping é estudado, principalmente, na relação com o estresse, sendo definido como tentativa ou empenho para lidar com exigências externas (do ambiente) ou internas (do próprio sujeito) observadas como sobrecarregando ou excedendo os limites e recursos da pessoa. Fatos estressantes ocorrem o tempo todo na vida das pessoas, que podem ser definidos como pequenas contrariedades do cotidiano, como a fila longa no banco, engarrafamentos no trânsito, a nota baixa do filho na escola e acontecimentos desse tipo, aparentemente sem grandes consequências, mas que trazem aborrecimentos. Curiosamente, fatos positivos também são considerados estressantes, como o encontro com um parceiro amoroso, a notícia da aprovação do filho no vestibular ou um elogio inesperado no trabalho, por exemplo: Não existe uma forma padrão e coletiva de cope. Pesquisas apontam duas categorias de estratégias básicas de coping: direcionadas para a resolução do problema e as orientadas para a regulação da emoção.

GESTÃO E CARREIRA

METODOLOGIA É FUNDAMENTAL

Pensamento positivo, foco no objetivo, estratégia bem definida e eficácia no resultado  são elementos que fazem parte de um planejamento, seja ele para uma meta profissional ou pessoal.

Metodologia é fundamental

Qualquer desenvolvimento depende de um protocolo, uma agenda progressiva de ações para que o projeto, seja de que natureza for, possa ser materializado no mundo real. Os passos que orientam o caminho existem mesmo que o agente não se dê conta disso. Trata-se de um processo, uma metodologia, que, urna vez estruturada de forma consciente, pode facilitar bastante qualquer perfil de projeto que possamos ter na vida pessoal ou laboral.

Tudo começa com o pensamento.

Uma ideia inovadora para uma ação que pode trazer resultados positivos. A imaginação humana é capaz de encontrar soluções criativas para as mais diversas dificuldades, e permitir que a mente elabore essas possibilidades também requer uma certa dose de investimento.

Quando estamos diante de um problema que nos impacta, é natural que tenhamos bloqueios de novas ideias e isso ocorre por conta da estrutura emocional que surge. As emoções negativas podem atrapalhar a capacidade para encontrar soluções criativas. Dessa forma, quando uma pergunta não receber a resposta adequada, é importante que possa ocorrer um afastamento emocional da origem do problema.

Dar oportunidade à mente para ir além do foco principal da demanda é mais fácil do que se imagina. Aqui vão algumas dicas de como abrir um fluxo de pensamentos criativos quando estiver paralisado por um desafio: ir ao cinema ou ler um novo livro; ouvir música de olhos fechados; meditar ou praticar atividade física; sair do padrão fazendo algo diferente do usual. Com essas pequenas técnicas, novas ideias irão surgir e, com certeza, algumas poderão ser aplicadas com resultados reais no dia a dia.

Até no ambiente coorporativo é possível aplicá-las. Quantas vezes ao se levantar para tomar uma simples xícara de café foi possível voltar ao trabalho com ideias muito mais claras e soluções eficientes? E esses métodos podem atingir toda a dinâmica laboral. Conheço locais que adotam técnicas diferentes e inusitadas que melhoram o desempenho de seus colaboradores. Em um deles, por exemplo, a cada hora do dia começa a tocar uma música relaxante por 1 minuto e todos que estão na empresa param o que estão fazendo e retornam apenas quando a música acaba. Isso permite respirar mais profundamente e oxigenar o cérebro, trazendo um novo olhar para a tarefa realizada ou para o problema, até então sem solução aparente.

Ocorre que, muitas vezes, as atribulações do dia a dia acabam por roubar o foco da nossa atenção. Dessa forma, o objetivo se perde dando lugar às emergências que surgem a cada instante no ambiente de trabalho. Manter o foco no objetivo é importante quando se deseja, de fato, o crescimento na direção certa. Uma agenda bem estruturada pode ser bastante útil nesses casos. É importante separar momentos no dia para trabalhar na direção do seu objetivo, organizando as ferramentas que serão utilizadas na construção de seu projeto. Hoje temos os smartphones que permitem criar alertas para nos lembrar de determinados compromissos. Esse mecanismo pode ser usado para funcionar como setas indicativas, direcionando o foco sempre que for possível.

Nesse ponto do processo, a estratégia de ação deve ser elaborada. O que antes era apenas uma ideia imaterial, agora deve ganhar ações escalonadas para o resultado final que desejamos.

Também é da natureza humana capacidade de prospectar o futuro, de imaginar diversas possibilidades de resultados para suas ações. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo, vai depender apenas da motivação e do estado de ânimo. Uma pessoa com baixa motivação ou péssimo estado de ânimo irá prospectar um futuro apocalítico no qual qualquer ação resultará em fracasso. Já o contrário disso também pode ser perigoso, quando uma dose excessiva de otimismo pode deixar de lado os riscos inerentes a qualquer tomada de decisão.

O caminho do meio sempre foi o melhor, já que o analítico ao extremo poderá encontrar detalhes demasiados, esgotando suas energias apenas na elaboração desse raciocínio, e a ausência de cuidados pela antecipação do sucesso pleno pode provocar um desastre no projeto.

Vale a pena pe1nar que qualquer resultado, bom ou ruim, só pode ocorrer mediante a ação. Ser mero observador do mundo, preso na descrição dos fatos que ocorrem no entorno, não deve ser uma abordagem de crescimento. Portanto, só falha quem tenta, e os erros geram para experiência uma nova tentativa mais coerente.

A fórmula é simples: primeiro a elaboração do pensamento estruturado, depois manter o foco em seu objetivo principal, criar as estratégias de ação para ser, finalmente, responsável pelos resultados possíveis de serem colhidos. O que deseja mudar em sua vida?

Qualquer momento é oportuno para se aplicar alguma alteração que vise aprimoramento. Desde o autodesenvolvimento, processos internos emocionais ou comportamentais até as rotinas de trabalho que podem (e devem) sofrer revisões periódicas. Nada é tão bom que não se possa melhorar; sempre!

Metodologia é fundamental. 2

O prof. DR. JOÃO OLIVEIRA – é doutor em Saúde Pública, psicólogo e diretor de Cursos do Instituto de Psicologia Ser e Crescer (www.isecp.sc.br).Entre seus livros estão: Relacionamento em Crise: Perceba Quando os Problemas Começam; Tenha as Soluções – Jogos para Gestão de Pessoas: Maratona para o Desenvolvimento Organizacional; Mente Humana: Entenda Melhor a Psicologia da Vida e Saiba Quem Está à sua Frente Análise Comportamental pelas Expressões Faciais e Corporais (Wak Editora).

ALIMENTO DIÁRIO

SEGREDOS DO LUGAR SECRETO

Alimento diário - livro

CAPÍTULO 31 – O SEGREDO DO CONFINAMENTO

 

Como João na ilha de Patmos, alguns cristãos se encontram em situações de restrição neste momento e lutam contra todas as armadilhas emocionais que trazem prisão e confinamento. Sentimentos como desesperança, inutilidade, desespero, abandono, rejeição, vergonha, falta de entendimento, solidão e vulnerabilidade são alguns deles. Com essa gama de emoções atacando o equilíbrio de quem está preso, é difícil manter confiança inabalável sem o segredo simples deste capítulo: quando você está em confinamento, Deus está mais perto do que você pode perceber.

Deus garante à alma aflita: “Na adversidade estarei com ele” (Salmos 91.15). Quando você estiver apreensivo com circunstâncias que espremem e pressionam sua alma, esteja certo de que o Senhor está mais perto de você do que nunca!

Davi disse ao Senhor: “Fez das trevas o seu esconderijo [lugar secreto]” (Salmos 18.11). Quando as luzes do entendimento são apagadas e você se precipita na escuridão emocional, na verdade, você está sendo convidado a vir ao lugar secreto com Deus. É na escuridão que Deus se encontra secretamente com os seus escolhidos.

A prisão de Deus normalmente é caracterizada pelo isolamento social e solidão. Amigos vão embora e os relacionamentos que um dia ministraram vida e graça a você se distanciam ou se afastam indiferentes. Sua capacidade de funcionar é significativamente reduzida e você não encontra alegria na pequena quantidade de movimentos que suas correntes lhe permitem.

Esse confinamento, entretanto, foi orquestrado por Aquele que o ama. Seu marido celestial o atrairá para o deserto (como em Oseias 2), confortará com sua presença e renovará suas afeições por meio da bondade e glória dele. É exatamente na dor da solidão e na falta de propósito que o Senhor planeja despertar um profundo relacionamento de amor que você nunca conheceu.

Antes você estava ocupado demais para encontrá-lo ou se preocupar com isso. Agora, você está tão determinado a compreender a natureza da mão de Deus em sua vida que está se voltando para Ele com entrega total e desespero.

Em sua bondade Ele seca todas as outras fontes que alimentaram sua alma, para que possa se tornar sua única fonte no silêncio desta cela. É nessa cela que você aprenderá a se apropriar de Salmos 87.7 (ACF): “Todas as minhas fontes estão em ti”. Em vez de ser energizado por projetos, agora você será energizado por uma Pessoa. Estar com Ele e nele se tornarão seus critérios para o sucesso.

Davi falou da intimidade da prisão: “Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim. Tal conhecimento é maravilhoso de­ mais e está além do meu alcance; é tão elevado que não o posso atingir” (Salmos 139.5-6). Estando cercado por trás, Davi não podia parar ou desistir, porque estava sendo impulsionado para frente. Dessa forma, ele não podia acelerar o passo nem passar na frente, mas apenas se mover para frente de acordo com o passo que o Senhor soberanamente estabelecia para ele. Ele não podia aumentar a velocidade nem desistir.

Então, Davi estava sob a poderosa mão de Deus, o que significava que não podia se desviar para a esquerda nem para a direita. Ele era um homem sem opções. E qual era sua avaliação deste lugar de direção restrita, limitada e controlada? Davi pode ter sido tentado a encarar isso como altamente restritivo e controlador, mas, em vez disso, considerou essa situação da seguinte forma: tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance!

A sulamita descreveu isso da seguinte forma: “O seu braço esquerdo esteja debaixo da minha cabeça e o seu braço direito me abrace” (Cantares 8.3). Ela considerou as restrições como um abraço amoroso. Em vez de focar a imobilidade, o prisioneiro deve focar na intimidade gloriosa de estar tão firmemente seguro nas mãos do Senhor. O confinamento é, na verdade, um presente!

Essa prisão não é apenas um lugar de intensa intimidade, mas também de comunicação de revelações. Jesus disse: “O que eu lhes digo na escuridão, falem à luz do dia” (Mateus 10.27). No lugar da escuridão, Deus está dizendo mais do que você tem capacidade para perceber! Ao mesmo tempo em que Ele pode não estar falando o que você deseja, está querendo transmitir-lhe os pensamentos e intenções do seu coração. Se você ouvir na escuridão, um dia falará na luz do dia o que Ele sussurrou ao seu coração no escuro.

Você está em uma espécie de prisão? Apenas dê a Deus o seu amor! As Escrituras dizem: “O amigo ama em todos os momentos” (Provérbios 17.17). Mesmo quando o Senhor é misterioso em sua conduta, seus amigos ainda o amam. E no silêncio desse amor, uma nova profundidade de intimida­ de é cultivada e estabelecida no coração que o conduz para a vida. Você aprenderá que “quem fere por amor mostra lealdade” (Provérbios 27.6), pois Ele o amou o suficiente para feri-lo, e assim pode conduzi-lo a uma maior conexão com Ele.

Eis um dos segredos da escuridão: Ele aprisiona aqueles que Ele ama para despertá-los no lugar secreto, visando amadurecer as afeições de sua noiva, a Igreja.

Não despreze suas correntes, pois elas o atam ao coração daquele por quem você anseia. Você é o prisioneiro do Senhor.

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As mulheres casadas estão insatisfeitas na cama. Eis o resultado, sem meias palavras, de uma pesquisa feita pela sexóloga brasiliense Cátia Damasceno, animadora do mais popular canal do YouTube a respeito da sexualidade feminina, com mais de 4 milhões de inscritos, autoridade no assunto. Foram ouvidas 3.172 mulheres de todas as regiões do país, de 18 a 45 anos, em relacionamentos estáveis. A principal revelação: seis em cada dez afirmam querer relacionamentos sexuais mais frequentes e de melhor qualidade. Apenas 30% disseram estar felizes. Quase a metade sonha ver o companheiro se comportar como no início da união, “com romance, surpresas e jantares”. “Vivemos num momento de conquistas em que nos sentirmos desejadas e termos orgasmos passou a ser tão decisivo quanto buscar um espaço no mercado de trabalho ou na divisão justa das tarefas domésticas”, diz Cátia.

O levantamento foi encomendado ao perceber, no espaço eletrônico de Cátia e em outros endereços das redes sociais, um crescimento explosivo de reclamações femininas. Já não há dúvida: acabou o estereótipo do homem de apetite sexual inesgotável e da companheira que, para evitá-lo, alega a famosa “dor de cabeça” e vira de lado. É um tabu que aos poucos vem sendo superado. Elas querem mais, elas exigem mais, definitivamente, ainda que permaneça viva alguma barreira de vergonha, de incômodo – por isso, talvez, as personagens ouvidas pediram anonimato.

Ainda hoje, diz Carmita Abdo, psiquiatra e sexóloga da Universidade de São Paulo (USP), “algumas mulheres preferem o rótulo de baixa libido a ter de explicar para o marido que as preliminares dele não são mais tão interessantes”. O homem, como sempre, fica perdido e inseguro – e a falta de comunicação vira sinônimo de falta de sexo. Convém ressaltar que já foi muito pior, e que a bravura de pioneiras abriu as portas. Até meados dos anos 1970, o corpo da mulher era um tema secreto: a palavra clitóris, pensavam os supostamente bem informados, era proparoxítona – e palavrão. Foi apenas com a publicação do Relatório Hite, da sexóloga americana Shere Hite, em 1976, que o orgasmo feminino passou a existir nos jornais, nas revistas, nos programas de televisão e rádio. O volume de 400 páginas, construído a partir de longas conversas, chegou a ser proibido, inclusive no Brasil. O Relatório foi como uma senha de que algo muito grande fora rompido, e bastaria olhar um pouquinho para trás, no tempo. Em dezembro de 1966, uma edição especial da revista Realidade, publicada pela Editora Abril, foi recolhida das bancas, depois triturada, por trazer capítulos sobre prazer, aborto e fotos de um parto. No despacho, o juiz de menores que ordenou a censura e autorizou o recolhimento dos exemplares pela Delegacia de Costumes de São Paulo foi claro ao dizer que a publicação continha “algumas reportagens obscenas e profundamente ofensivas à dignidade da mulher, ferindo o pudor e a moral comum, com graves inconvenientes e incalculáveis prejuízos para a moral e os bons costumes”.

Não há mais hipótese de aparecerem reações autocráticas desse tipo, e, se surgirem, serão expelidas. A revolução sexual venceu, com feridas no caminho. E, no entanto, mesmo com os avanços, há ainda uma longa estrada a ser atravessada. Hoje, apesar da liberdade e da diluição de preconceitos, as mulheres lutam por um novo passo: anseiam por qualidade entre quatro paredes, querem ser ouvidas, querem diálogo – por gosto, porque é bom, mas também em razão de necessidades biológicas e comportamentais.

Uma pesquisa publicada recentemente na revista científica Social Psychological and Personality Science revelou que os casais que fazem sexo pelo menos uma vez por semana são mais felizes com seu relacionamento do que aqueles que o fazem com menos frequência. A explicação vai além do romance. O sexo aumenta a imunidade e melhora o humor, diminuindo os níveis de stress. Chegar a um orgasmo estimula ainda mais esses mecanismos, com a descarga de ocitocina e de endorfina, substâncias ligadas ao prazer e ao relaxamento. E, no entanto, psicólogos e sexólogos tentam minimizar a relevância da quantidade de sexo. Há uma ideia consensual: a frequência boa é aquela em que os dois estão satisfeitos e ponto. Um casal pode funcionar muito bem se fizer sexo três vezes por semana. Outros combinam perfeitamente se as relações ocorrerem duas vezes por mês. O problema acontece quando cada parte do casal deseja uma rotina diferente – e daí surge a insatisfação. “A única definição de sexo bom ou sexo normal é o sexo que você gosta, que você aproveita”, disse a psicóloga americana Emily Nagoski, autora do best­seller A Revolução do Prazer Como a Ciência Pode Levar Você ao Orgasmo. “Não importam as estatísticas de sexo. Tem a ver com você e com a sua vida sexual, o seu prazer, o seu relacionamento e o seu corpo.”

Na equação da rotina sexual é preciso ter em mente determinadas variáveis que mudam as regras do jogo. A principal delas, fundamental: o tempo de relacionamento. Algumas pesquisas já mostraram que o período da paixão e da conquista acaba após cerca de dois anos, quando o fogo inaugural se apaga. Depois desse tempo, é preciso aprender a conciliar segurança e previsibilidade com o desejo. Essa conta nem sempre fecha se não houver esforço das duas partes. É o que as mulheres parecem desejar, apontam as respostas obtidas no levantamento, é a mudança dentro do quarto, a chance de reacenderem a flama. Nas ruas, nas últimas décadas, houve vitória parcial, e ela deve ser celebrada. No mercado de trabalho, apesar de ainda existir um fosso, o salário da mulher começa a se aproximar do recebido pelo homem. Movimentos como o americano #MeToo, contra o assédio sexual, espalham-se como necessidade, jogando na lata de lixo da história ironias como a de Millôr Fernandes, que a certa altura, no início dos anos 1970, escreveu que “o melhor movimento feminino ainda é o dos quadris”. Há machismo, sim, mas a sociedade tem anticorpos para debelá-lo.

Enfim, na ágora pública a mulher de hoje não é a de ontem, e a lei está aí para defendê-la, para pô-la em pé de igualdade com o homem, como deve ser. Contudo, na intimidade, salvo exceções que confirmam a regra, as distâncias abissais permanecem. Caducou uma indagação clássica e centenária do pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939), repetida à exaustão, a ponto de ter perdido completamente o sentido: “Afinal, o que quer uma mulher?”. Quer – entre muitas outras vontades, como sempre puderam querer os homens – mais sexo.

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