PSICOLOGIA ANALÍTICA

QUANDO O ASSÉDIO É MORAL

A prática da violência psicológica no ambiente laboral sujeita a pessoa a muitas situações que podem causar ou potencializar vários distúrbios emocionais.

Quando o assédio é moral

O trabalho, do ponto de vista emocional, é um ato organizador, tanto que a falta de vontade de trabalhar pode ser entendida como ausência de vivacidade, ou seja, aponta para algo que não vai bem no campo emocional do sujeito. O ato de trabalhar expõe o indivíduo a certas tarefas que o mantêm em uma atividade de rotina e em contato com os demais. Ao mesmo tempo que se estabelece mais ou menos relação social, dependendo do tipo de trabalho que exerce, também coloca a pessoa em trabalho contínuo consigo próprio, por meio da intimidade com seus potenciais, e põe a mente em funcionamento, saindo da inércia; e isso é muito positivo.

A capacidade de trabalhar é vista como algo que retira o sujeito do princípio de prazer e o expõe ao princípio de realidade. O próprio trabalho é a realidade, que o vincula à necessidade de manutenção e provimento da própria existência, tanto na esfera financeira quanto no contexto social. Há uma necessidade de adequar as pulsões sexuais e agressivas   que precisam conviver com as regras e normas estabelecidas no ambiente laboral. E justamente por esse contexto, a capacidade de trabalho pode ser considerada como um aspecto importante para a manutenção do equilíbrio da economia psíquica.

Mas como fica para uma pessoa que precisa se confrontar diariamente com um ambiente hostil no qual sua capacidade é fortemente atacada?

Desde que surgiram as primeiras relações de trabalho já podia ser observado o assédio. Mas foi devido às amplas mudanças no ambiente organizacional, com o avanço tecnológico no mundo, e à possibilidade de se poder falar a respeito é que esse assunto passou a ser amplamente discutido. As pessoas ganharam voz e com isso também a coragem para falar sobre o tema.

Embora as relações perversas sempre tenham existido, tanto no ambiente de trabalho quanto no ambiente familiar, atualmente tem havido espaço para se discutir sobre o sofrimento ao qual uma pessoa pode ser submetida, ferindo sua autoestima e sua capacidade de se relacionar consigo própria e com os outros. O rendimento tende a baixar e o sujeito pode até mesmo ficar debilitado, fazendo com que a situação ataque friamente sua saúde mental.

Quando uma pessoa ultrapassa a barreira da dignidade do outro diante de sua existência sendo insistente e inconveniente, estamos falando de assédio. Observa-se que atitudes como essa em que se expõe o outro a situações constrangedoras durante o exercício de seu trabalho, frequentemente, ocorrem em relações em que há subordinação hierárquica. Isto é, quando pessoas que exercem funções de liderança abusam da autoridade interferindo psicologicamente de forma negativa nos liderados, uma maneira clara de terror psicológico e violência psíquica.

A prática de assédio moral patrocinado pela opressão impõe ao sujeito uma série de perigos, uma vez que pode causar ou potencializar vários distúrbios emocionais e até mesmo psiquiátricos, entre eles a depressão e/ou o transtorno de ansiedade, porque destrói a capacidade de trabalho e a resistência psicológica das vítimas.

Pode parecer simples, mas não é à toa que se observa que pessoas envolvidas em tramas emocionais em seus trabalhos acrescidas da pressão constante por metas e, adicionado a isso, o assédio, podem ser submetidas a um grau de sofrimento elevado que pode levar ao suicídio. É bem verdade que a forma como cada um consegue lidar, suportar e conviver com situações emocionais intensas e muito particular, avaliando a relação com os próprios mecanismos de defesa.

O que se observa é que os assediados são pessoas que estão mais disponíveis às mudanças, mais abertas às críticas e particularmente mais democráticas. Curiosamente são mais empáticas, éticas e com capacidade de liderança informal. Pode parecer estranho, mas os agressores ficam intimidados com esse tipo de personalidade porque em seu caráter são desprovidos de características empáticas e, justamente, se sentem ameaçados por essas características, já que não as tem e querem destruí-las, retirando assim de seu radar a ameaça que isso lhes causa.

Quanto mais o ambiente de trabalho for desorganizado e mal estruturado, mais propenso à atuação de um líder perverso, basta encontrar uma brecha e ele ampliará sua necessidade de realização pelo desejo de poder. As técnicas são sempre as mesmas, perceber quais são os medos e aproveitar as fraquezas do outro. O assediado pode chegar ao ponto de se sentir tão confuso que poderá ainda dar razão ao agressor, isso é muito comum. Seu papel é minar as características positivas do sujeito e aniquilá-lo emocionalmente.

Embora o assunto seja antigo, ainda existe escassa bibliografia a esse respeito. O papel do psicólogo sempre será o de combater qualquer ato de violência psicológica; e uma empresa bem estruturada poderá se utilizar de um psicólogo organizacional que tenha sido treinado para que situações como essas sejam detectadas e banidas, com o intuito de preservar o bem-estar dos funcionários e a saúde organizacional. Entretanto, uma vez que uma denúncia sai da esfera organizacional e passa para a esfera jurídica, o psicólogo jurídico ou forense, por ser atuante no campo do Direito, terá maiores condições de atuar como assistente técnico da parte em casos em que se observa maior necessidade de entendimento sobre a dinâmica da personalidade humana; em casos em que se observa a necessidade de perícia psicológica ou do conhecimento técnico do profissional da Psicologia para assessoria.

O assédio moral costuma ser sutil, e esses pontos mais obscuros o psicólogo, através dos estudos e de sua experiência, possui maior habilidade para detectar, elaborar quesitos e avaliar delineando no processo jurídico aspectos antes não observados.

 

RENATA BENTO – é psicóloga e psicanalista, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. Perita em Vara de Família e assistente técnica em processos judiciais. Filiada à IPA – lnternational Psychoanalytical Association, à Fepal – Federación Psicoanalítica de América Latina e à Febrapsi – Federação Brasileira de Psicanálise.

Contato: renatabento.psi@gmail.com

OUTROS OLHARES

SOLDADO OU CIDADÃO?

Rigor e disciplina dos colégios militares atingem bons resultados, mas a um custo alto e sob sérias criticas sobre qual é o legítimo papel da educação.

Soldado ou cidadão.

A militarização de escolas públicas, apresentada como alternativa para conter a indisciplina e, indiretamente, melhorar a aprendizagem, está no centro do debate educacional. A proposta foi bandeira da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018 e se tornou uma das prioridades do presidente para a área da educação. Tanto que o tema ganhou uma subsecretaria no Ministério da Educação (MEC) e foi objeto de um decreto publicado no “Diário Oficial” já no segundo dia de governo.

A intenção do MEC é ganhar, voluntariamente, a adesão de estados e municípios ao modelo, mediante a oferta de recursos para a implantação de escolas em que militares e educadores compartilhem a gestão.

O Distrito Federal será o campo do projeto- piloto do governo federal. Em março, o MEC anunciou que vai destinar R$10 milhões para  criação de 36 escolas públicas militarizadas no DF, que se somam a outras quatro que já adotam o modelo desde o início do ano letivo de 2019. A meta do governo do Distrito Federal é chegar ao fim de 2019 com 40 escolas cívico-militares, o que corresponde a cerca de 6% da rede, composta por 693 unidades de ensino.

Outros estados também anunciaram que pretendem implantar ou ampliar a oferta de ensino em escolas militarizadas, entre eles Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe. Na Bahia, escolas de cinco redes municipais aderiram ao modelo, por meio de convênio entre a União dos Municípios da Bahia (UPB) e o Comando da Polícia Militar do estado.

As estimativas dão conta deque já existem cerca de 120 escolas públicas militarizadas em pelo menos 17 estados. A maior parte delas está em Goiás, que concentra 60 unidades. A meta anunciada por Bolsonaro durante a campanha é instalar pelo menos uma unidade deste tipo em cada unidade da federação.

Embora a proposta esteja ganhando mais e mais visibilidade, ao mesmo tempo ela desperta dúvida e controvérsia, em função de seus fundamentos: a tese que sustenta o modelo de escolas cívico militares é a de que a divisão de responsabilidades da gestão entre militares (cuidando da administração e da disciplina) e os educadores, responsabilizando-se pelas questões pedagógicas, promove a pacificação das escolas, estimulando, de maneira indireta, a melhoria da aprendizagem.

COLÉGIOS MILITARES X ESCOIAS MILITARIZADAS

As escolas públicas militarizadas são diferentes dos colégios militares, pertencentes ao Exército. Ao todo, existem 13 colégios militares do Exército no país. Como define o Regulamento dos Colégios Mílítares, trata-se de ‘organizações militares que funcionam como estabelecimentos de ensino de educação básica”. Também segundo o documento, têm o objetivo de capacitar os alunos para ingressar em estabelecimentos de ensino militares, como as escolas de cadete.

Do ponto de vista pedagógico, o currículo é orientado por valores e tradições do Exército, tendo como meta possibilitar que o aluno incorpore valores familiares e patrióticos, bem como formar jovens autônomos e criativos. Também existem escolas militares geridas pelo Corpo de Bombeiros ou pela Polícia Militar nos estados, com finalidades e objetivos semelhantes.

As escolas públicas militarizadas possuem uma natureza diferente, pois estão sob a responsabilidade das secretarias estaduais ou municipais de educação e, normalmente, funcionam num sistema da gestão compartilhada entre militares e educadores.

O principal argumento para incorporar militares à gestão de escolas públicas é a pacificação do ambiente escolar que estaria tomado pela violência, prejudicando o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos.

A VIOLÊNCIA NA ESCOLA

No entanto, se, por um lado, existem evidências de que as agressões e atos de violência presentes em diversas escolas criam um ambiente prejudicial ao desenvolvimento e à aprendizagem, por outro, a questão que surge é se a militarização configura-se como uma alternativa capaz de solucionar os conflitos que perpassam o ambiente escolar.

Análise da organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que em 55 países participantes do Pisa, em 2009, o desempenho dos estudantes tende a ser melhor onde o clima na sala de aula é mais propício à aprendizagem. De acordo com a organização, o clima escolar é uma das poucas características que apresentam associação significativa com o desempenho.

No que diz respeito à incidência de violência na escola, segundo pesquisa coordenada pela socióloga Minam Abramovay, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (fiacso) divulgada em 2016, 70% dos alunos de escolas públicas nas capitais investigadas afirmaram que houve violência na escola nos últimos 12 meses.

O estudo – que envolveu 6.709 estudantes, de 12 a 29 anos, em sete capitais (Maceió, Fortaleza, Vitória, Salvador, São Luís, Belém e Belo Horizonte) também revela que 42% dos entrevistados sofreram violência verbal ou física na escola e que 25% das ocorrências se dão na sala de aula.

Os tipos de violência mais comuns são discriminação, ameaças e xingamentos, muitas vezes com a roupagem de brincadeira. Agressões físicas e homicídios, caracterizados na literatura como violência dura, são mais raros.

“Concordamos que os professores não podem ensinar e os alunos não podem aprender em um ambiente permissivo, com altos níveis de incivilidades, disrupção, indisciplina. Contudo, em nome da busca pela disciplina, está sendo proposta como alternativa a adoção de um ambiente militarizado coercitivo, que traz consigo a violência simbólica”, questiona Telma Vinha, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ela também é  uma das coordenadoras do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (Gepem), que reúne pesquisadores da Unicamp e Universidade Estadual Paulista (Unesp).

A questão levantada por Teima é umas das que estão no centro do debate e gerou reações como a Carta de Princípios sobre as escolas cívico-militares, assinada por 14 grupos de pesquisa ligados à Associação de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia.

Entre os pontos destacados na Carta estão risco de a forte hierarquia e o controle disciplinar, típicos das estruturas militares, instaurarem um ambiente baseado em ordens e imposições, ao invés de fomentar a educação em valores – ou seja, estimulando a convivência respeitosa entre as pessoas, a formação de indivíduos autônomos, capazes de reflexão, crítica e escolha de valores em meio à diversidade.

BOA RECEPTIVIDADE

Um argumento que pesa a favor da militarização são bons resultados alcançados pelas escolas que seguem o modelo. Esse é, segundo gestores, o principal fator que o torna bem aceito entre as famílias e comunidades no entorno das escolas. “Temos 60 escolas funcionando no modelo cívico- militar em Goiás e pretendemos levá-lo a outras 32 escolas. A proposta é muito bem aceita pelos pais e pela comunidade”, defende a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli.

Outro ponto que atrai a simpatia das famílias e comunidades é a mudança que o modelo militar opera no clima escolar. Esta é a opinião de Antônio Carvalho da Silva Neto, prefeito de Araci, município do semiárido baiano, que introduziu o modelo na maior escolada rede municipal este ano.

“A presença dos militares na escola permite a retomada de valores e comportamentos que estavam abandonados, como o respeito ao professor, cantar o hino nacional e mais disposição dos alunos para acompanhar as aulas afirma o prefeito, que também é vice- presidente da UPB. “Como a escola passa a ser organizada, os professores têm tempo e condições de dar aula.

No Distrito Federal, também é boa a aceitação das comunidades onde as quatro primeiras escolas militarizadas foram implantadas, afirma Mauro Oliveira, assessor especial da Secretaria de Educação do Distrito Federal, responsável pelo projeto, “Foram realizadas consultas e em todas elas a aceitação foi grande, tanto por parte dos pais, quanto dos professores, “afirma ele.

Ao boa recepção, na opinião dele, estaria ligada ao fato de que essas escolas representam uma opção para família, que querem que seus filhos estudem num ambiente organizado e favorável à aprendizagem, mas não contam com as mesmas opções disponíveis para quem pode pagar as mensalidades de um colégio privado.

Em contrapartida, o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) divulgou nota contrária à medida, classificada como uma “maquiagem dos reais problemas da educação” e defende que o ideal seria criar mecanismos para atender todos os alunos de maneira democrática, sem concentrar recursos e investimentos em determinadas unidades da rede.

As quatro escolas militarizadas do Distrito Federal localizam-se em regiões vulneráveis e marcadas pela criminalidade, um dos pré-requisitos para a instalação das escolas cívico-militares: Cidade Estrutural, Recanto das Emas, Ceilândia e Sobradinho. Além disso, têm índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) abaixo da média.

Em 2017, nos anos finais do ensino fundamental, o ldeb do Distrito Federal foi 4,9 (inferior à meta prevista, 5,3). O ldeb da escola de Ceilândia incluída no projeto foi 3,1, e o da unidade da Cidade Estrutural, 4,1.

O BOM DESEMPENHO EM QUESTÃO

Além da participação do ambiente escolar, uma das expectativas envolvidas nos projetos de militarização de escolas públicas é melhorar a aprendizagem e o desempenho dos alunos, refletido em indicadores como o ldeb.

Nesse sentido, o desempenho dos colégios militares nas avaliações oficiais funciona como um espelho: considerando todo o país, em 2017, o ldeb dos colégios militares no ensino fundamental foi de 6,5, ao passo que nas escolas públicas a média foi de 4,1.

Em Goiás, onde as escolas cívico-militares existem desde 1999, os bons resultados no ldeb também servem como argumento em defesa do modelo. O Colégio Militar Dr. Cezar Toledo teve o melhor ldeb do estado em 2017, 7,5, no 9º ano, bem acima da média nacional (4,7)e da média das escolas privadas (6,4). O bom desempenho se repete no ensino médio – 6,5 contra uma média nacional de 3,8.

No entanto, segundo analistas e pesquisadores, resultados como esses não podem ser interpretados de maneira isolada, já que o bom ou mau desempenho dos estudantes está associado a um conjunto de variáveis – entre elas, as condições e infraestrutura ofertadas, o que está diretamente relacionado com os investimentos. E neste quesito, os colégios militares estão em vantagem em relação às escolas públicas.

“Historicamente, os colégios militares possuem uma condição diferenciada das demais escolas públicas. São escolas que recebem investimentos bastante superiores às escolas públicas, atendem a dependentes de militares e destinam uma parte das vagas a processos seletivos para a comunidade”, contextualiza Denise Carreira, coordenadora institucional da organização Ação Educativa.

Dados oficiais indicam que um aluno de colégio militar custa três vezes mais do que um estudante de escola pública: segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), um aluno de escola pública custa cerca de R$6mil ao ano, ante R$19 mil nos colégios militares.

FATORES EXTERNOS E EVIDÊNCIAS

Outro aspecto relevante na análise do desempenho dos alunos dos colégios de modelo militar é o perfil do estudante. No caso dos colégios militares do Exército, geralmente os alunos são escolhidos por meio de processos, até mais concorridos que vestibulares: em algumas escolas, pode chegar a 270 candidatos por vaga. Por isso, tendem a atrair candidatos de nível socioeconômico mais alto, com mais condições de se preparar para as provas.

‘Embora alguns optem por sorteio ao invés de processo seletivo, os colégios militares atraem um público menos marcado pelas desigualdades sociais do que aquele presente na maior parte das escolas públicas brasileiras,’ complementa Denise.

Paralelamente, estudos nacionais e internacionais apontam que os resultados obtidos por alunos e escolas não podem ser interpretados de maneira isolada, pois dependem de um conjunto de fatores. Entre eles, as condições socioeconômicas são um parâmetro fundamental: desde o renomado Relatório Coleman, publicado nos Estados Unidos na década de1960, pesquisas evidenciam a associação entre fatores extraescolares, sobretudo as características socioeconômicas e culturais dos alunos, e o acesso à educação e os resultados.

No Brasil, pesquisas como as desenvolvidas por José Francisco Soares, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), atestam que a melhoria da estruturada escola pode impactar positivamente o desempenho dos alunos. Aspectos como equipamentos, segurança, limpeza, qualidade das salas e do prédio, além da seleção de alunos, podem contribuir para ganhos do desenvolvimento cognitivo dos alunos.

Nessa direção, Denise Carreira, relativiza os resultados obtidos pelas escolas militares. “Se todas as escolas públicas recebessem o investimento financeiro que as escolas militares recebem, seria uma outra realidade.” Outro  parâmetro importante a  ser considerado, quando se trata de políticas públicas, são as evidências sobre seus impactos e resultados. “Não é apenas uma questão de investimento, se determinada ação é viável ou não financeiramente. É preciso ter um diagnóstico claro do problema e saber se a estratégia escolhida é, de fato, a melhor para solucioná-lo”, analisa Davi Saad, diretor- presidente do Instituto Natura.

Nessa medida, ele argumenta que, tendo em vista a melhoria da aprendizagem, os programas de educação integral que vêm sendo implementados com sucesso em diversas partes do país poderiam ser mais efetivos.

EDUCAÇÃO PARA QUÊ?

A legislação educacional brasileira é outro aspecto que tem orientado o debate sobre as escolas cívico-militares. Um argumento usado por críticos do modelo é o de que ele contraria a legislação educacional brasileira. A Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(LDB), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Plano Nacional de Educação(PNE), enfim, os principais instrumentos legais que norteiam a educação brasileira preconizam que a educação deve promover sujeitos autônomos e críticos.

O modelo militar vai justamente contra essa concepção de educação, ancorada na legislação brasileira. Ao mesmo tempo, contraria o sentido do que é educação, na visão de estudiosos como Vítor Paro, professor titular aposentado da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

‘A educação não é transmissão de cultura, como se acredita no senso comum. Educação é a apropriação de conhecimentos, porque o indivíduo só aprende se tiver vontade e decide aprender”, analisa Paro. O desafio que se coloca para a escola, portanto, é propiciar condições para que a criança e o jovem queiram aprender. ‘Numa escola onde os estudantes querem e gostam de aprender não existe violência nem preguiça. É preciso levar o educando a querer aprender.’

Esta é a chave para a educação em valores, segundo as pesquisas e os estudos realizados no Brasil e em outras partes do mundo. “Educar é diferente de treinar define Maria Suzana Menin, professora titular aposentada da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pesquisadora­ colaboradora da Fundação Carlos Chagas(FCC).

Coordenadora de diversas pesquisas sobre educação moral em escolas públicas, Suzana enfatiza que, muitas vezes, existe uma confusão entre a educação em valores e a educação moral, tratada como disciplina e obediência.

Segundo ela, o caminho pela disciplina, pela hierarquia, até pode levar uma pessoa a obedecer a uma ordem. “Mas nada garante que os valores envolvidos naquela ordem serão interiorizados pela pessoa, que ela se tornará consciente deles e passará a agir daquela maneira porque entende a importância daquilo.

Em outras palavras, é diferente um estudante compreender que não pode agredir um colega negro porque respeita as diferenças e não cometer a agressão por medo de ser punido.

“A função da escola pública é formar cidadãos. A deles a da escola militarizada confunde os fins da educação definidos na legislação brasileira. A lei prevê a formação de um cidadão solidário, respeitoso e não de um cidadão que obedece ordem”, afirma Suzana.

CUIDAR DA CONVIVÊNCIA

Em outras palavras, a militarização das escolas não se configura, necessariamente, como o único caminho para difundir valores morais e para a instauração de uma convivência respeitosa no ambiente escolar.

Outra via é o desenvolvimento de ações que permitam trabalhar e vivenciar, no cotidiano da escola, as dimensões. Para isso, as questões morais têm de ser tratadas como parte do currículo. de modo que professores e demais educadores, juntamente com os estudantes, criem estratégias para prevenir a violência na escola. É assim que ocorrem em países como a Finlândia, onde o modelo de escola é baseado na autonomia de professores e alunos, ou na Espanha, onde, desde 2007, todas as escolas desenvolvem um plano de convivência, baseado em diagnóstico e com ações voltadas para a resolução de conflitos.

Nessa direção, Poços de Caldas está implantando um Plano de Convivência Ética nas escolas da rede municipal, como parte do currículo. A iniciativa é considerada pioneira no país.

“A convivência respeitosa é um conteúdo tão importante quanto os outros”, analisa a secretária de Educação de Poços de Caldas, Flávia Vivaldi. Daí a formulação do plano, resultado de um processo de elaboração coletiva que já dura dois anos e envolve uma rotina de formações e o engajamento de professores e equipe técnica das escolas.

Partindo de um diagnóstico da situação das escolas, estão sendo traçadas ações e atividades para cada urna delas, além de mecanismos de monitoramento. “Como envolve toda a rede, não é um processo simples, da noite para o dia.”

Na visão da secretária, a segurança é necessária nas escolas, mas não é o suficiente para qualificar as relações na escola, chave para enfrentar e prevenir a violência “Escola é espaço de trabalhar com as diferenças e não apenas com a hierarquia e obediência”, defende.

Soldado ou cidadão. 2

GESTÃO E CARREIRA

GAMES OF THRONES E AS LIÇÕES DE LIDERANÇA

Quem é a maior liderança na série Game of Thrones? Mesmo que você seja um grande fã da história, dificilmente conseguirá responder esse questionamento sem pensar bastante. Afinal, desde Ned Stark até o Chefe dos White Walkers são líderes dentro da história, pois ambos comandam equipes e exércitos.

Games of Thrones e as lições de liderança

O fato é que GOT está na sua última temporada e a única certeza que fica é que a série deixará saudade. Mas enquanto o inverno não chega, que tal observar alguns desses magníficos personagens de outro ângulo?

A Robert Half, empresa de recrutamento, fez uma análise de como seriam os personagens de Game of Thrones no mercado de trabalho em uma posição de liderança. Confira!

JON SNOW
Jon Snow é o personagem que teve maior desenvolvimento durante a história. Apresentado no primeiro episódio como o “filho bastardo” de Ned Stark, a sua jornada seguiu até se tornar o Rei do Norte e aspirante direto ao Trono de Ferro.

Durante a sua empreitada, Snow ingressou como membro da Patrulha da Noite, entrando como um soldado e, futuramente, se tornando o Lorde Comandante. Como chefe maior dos Guardiões da Muralha, Jon Snow se mostrou um verdadeiro líder, se colocando como exemplo prático em vez de apenas delegar ordens.

Porém, ao seguir seus ideais cegamente, ainda que nobres, o Lorde Comandante Snow deixou de ouvir os seus liderados e acabou sendo traído. Todavia, em um belo plot twist da série, Jon retornou e puniu aqueles o traíram. Mais à frente, reconquistou o castelo da família, Winterfell, e se sagrou como o Rei do Norte.

JON SNOW EM UMA LIDERANÇA CORPORATIVA
Jon Snow demonstrou ser um líder nato, alguém que sabe comandar grandes equipes por meio de exemplos práticos e discursos motivadores. Seria uma ótima escolha para empresas que contam com colaboradores acomodados ou desanimados.

No entanto, também apresentou uma autoconfiança acima da média, deixando se levar por uma certeza. Um tipo de pecado que pode ser prejudicial no mercado de trabalho, pois faz com que o líder perca a noção de realidade.

DAENERYS TARGARYEN
Assim como Jon Snow, Daenerys é outro personagem em pleno desenvolvimento ao longo da série. No início da história, a jovem Targaryen nada mais é do que uma moeda de troca para que o seu irmão, Viserys, consiga um exército de lutadores.

Porém, ao ganhar três ovos de dragões de presente de casamento, a vida de Daenerys muda para sempre. Conseguindo “dar vida” a seres considerados extintos, Daenerys se torna a Mãe dos Dragões e começa a sua jornada rumo à conquista do Trono de Ferro.

No caminho, ela liberta e comanda exércitos de escravos e mercenários, além de trazer para o seu lado pessoas que já foram importantes para o Reino, como o Sir Jorah Mormont.

DAENERYS COMO LÍDER EMPRESARIAL
A “Mãe dos Dragões” nunca se mostrou uma líder natural, sempre necessitando da participação de outros em suas decisões. No entanto, ela apresenta uma empatia por seus comandados que é muito importante em um mercado exigente.

Possivelmente Daenerys teria dificuldades em comandar grandes equipes, traçar planos ou metas claras. Todavia, conseguiria conquistar facilmente a confiança dos seus liderados e convencê-los a se engajar aos objetivos da empresa.

SANSA STARK
Sansa Stark sempre foi a garota dependente e de pouca personalidade. Acreditava que nasceu para se casar com um príncipe e se tornar uma futura rainha. Contudo, mesmo diante dos obstáculos, continuou acreditando nessa verdade.

Após ter a sua família quase toda destruída, Sansa foi desprezada pelo Rei Joffrey e se viu forçada a casar com Ramsey Bolton. Ao ser salva por Theon Greyjoy, se tornou a Lady de Winterfell com a ajuda do seu meio-irmão Jon Snow.

SANSA COMO LÍDER CORPORATIVA
Ainda que aparente uma personalidade pouco contundente, Sansa Stark sempre demonstrou vontade em conquistar seus objetivos, mesmo ignorando muitos fatores do cenário a sua volta para isso.

Em um mercado extremamente competitivo, Sansa demoraria a se encontrar como líder, sendo preciso um tempo maior de adaptação para começar a gerir a sua equipe.

ARYA STARK
Arya Stark sempre foi o oposto da sua irmã Sansa. A garota acreditava que podia construir a sua própria história e não seguir o que outras pessoas já tinham pré-determinado.

Com garra e até mesmo um pouco de rebeldia, Arya aprendeu a lutar e a usar uma espada. Com a queda da sua família, a pequena Stark caminhou com o ‘Cão de caça’ até se desgarrar e chegar à Casa dos Homens sem Rosto. Ao obter novos conhecimentos, ela decidiu que estava pronta para vingar os membros caídos da Casa Stark.

ARYA COMO LÍDER NO MUNDO CORPORATIVO
Arya seria vista como uma líder fora do convencional, com ideias próprias de crescimento. Esse conceito se mostra arriscado em um mundo tão sistemático quanto o corporativo, mas que poderia funcionar em empresas que abraçam a individualidade de seus profissionais.

Porém, com uma personalidade mais solitária, a líder Arya teria dificuldades em se relacionar com seus comandados e assegurar um clima organizacional harmonioso e efetivo entre todos.

 BRANDON STARK
Brandon Stark é mais um que teve a sua vida mudada graças às situações pontuais que aconteceram no decorrer da série. O garoto, que estava destinado a ser um lorde Stark, viu tudo mudar quando foi empurrado de uma torre e se tornar paraplégico.

Desde então, Bran se tornou uma pessoa ressentida e fechada, tendo como o único objetivo se tornar o novo “Corvo de Três Olhos”. Com essa missão em mente, Bran demonstra um grande desapego a sua família e amigos, ainda que necessite deles, focando apenas na conclusão da sua jornada.

BRAN COMO UMA LIDERANÇA EMPRESARIAL
Bran é o tipo de líder que nunca pediu para ser algo do tipo, o típico profissional que deseja unicamente seguir o curso da história e conseguir uma estabilidade financeira. Porém, por interferências internas e externas é alçada a um cargo mais importante.

A grande dificuldade para esse perfil de líder é que ele não apresenta a espontaneidade ou características de um comandante, se isolando muitas vezes e sendo pouco ouvinte com seus liderados.

CERSEI LANNISTER
Assim como Arya Stark, Cersei Lannister sempre acreditou que poderia ser mais do que simplesmente a esposa de um nobre. Com ambições que pareciam inalcançáveis, a única filha de Twin Lannister sempre trabalhou nas sombras para obter mais do que a vida lhe oferecia.

No entanto, a ambição a levou em uma jornada de erros, tendo como consequência a perda dos três filhos e um amor proibido com seu irmão, Jamie. Ainda assim, Cersei nunca se deu por vencida e se consagrou como a Rainha do Trono de Ferro.

CERSEI NO MUNDO CORPORATIVO
De todos os personagens citados, Cersei Lannister, provavelmente, é a que teria a ascensão mais rápida. No entanto, é aquela também que teria o prazo de validade mais curto. Na vida real, quem comete tantos erros não consegue se manter no topo por tanto tempo.

A Cersei é o tipo do profissional que se empenha ao máximo pelo objetivo, mas que ignora avisos e cuidados que surgem ao seu redor. Além disso, demonstra um tipo de liderança “ferro e fogo”, um conceito ultrapassado e malvisto por muitos. Em longo prazo, certamente perderia espaço junto aos seus liderados.

JAMIE LANNISTER
Irmão gêmeo de Cersei, Jamie é o tipo de pessoa que podemos classificar como bipolar. Ao mesmo tempo em que demonstra ser um homem correto e companheiro, é capaz de cometer atrocidades sem pensar duas vezes.

Tem um relacionamento amoroso com sua irmã e é pai dos seus três filhos, mas nunca pôde assumir o seu papel de progenitor. Ao longo da série teve um crescimento, mas sempre apresentou recaídas quando estava próximo de Cersei.

JAMIE COMO LÍDER NO MUNDO EMPRESARIAL
Jamie seria o tipo de profissional que ganharia a plaquinha de ‘funcionário do mês’, mas que na prática pouco fez para merecer o seu reconhecimento. Como líder, conseguiria a empatia da equipe e provavelmente conquistaria algumas metas, até que a sua própria arrogância se demonstrasse o maior dos obstáculos.

TYRION LANNISTER
O mais cerebral dos Lannisters, Tyrion sempre foi o patinho feio da família. Sendo anão, ele contraria o perfil dos seus parentes, que foram conhecidos como os “mais belos dos Sete Reinos”.

Por ser o rejeitado, Tyrion esteve em constante conflito com o seu pai e a sua irmã e se viu obrigado a viajar pelo mundo. Aliou-se a Daenerys e resolveu que o Westeros merecia um rei melhor do que todos os outros que já haviam passado pelo Trono de Ferro.

LIDERANÇA CORPORATIVA DE TYRION
Como um profissional bastante analítico, Tyrion não teria dificuldades para chegar ao cargo de liderança e comandar outros colaboradores. Criação de metas, estudos dos KPIS etc., todos esses pontos seriam muito bem desenvolvidos pelo Lannister.

Tyrion é muito bom para dar ordens e também é efetivo na execução, mas peca em não prestar atenção ao jogo político contra ele, e sempre sofre as consequências disso. A liderança em forma de exemplo é um dos pontos fortes desse tipo de profissional. No entanto, sua autoconfiança o deixa meio cego para determinadas atitudes do seu próprio grupo, pares e concorrência. Ele foca no objetivo, mas sozinho ele não fará nada. Ele precisa olhar para o lado e saber quem realmente joga no time dele.

SAMWELL TARLY
Samwell Tarly poderia ser facilmente o “amigão da vizinhança”. O personagem apresenta características parecidas com Peter Parker, o Homem-Aranha, e sempre está disposto a ajudar seus amigos e pessoas desconhecidas.

Por não ser o “filho ideal”, Sam foi parar na Patrulha da Noite e se juntou a Jon Snow para combater os Selvagens e os White Walkers. Nessa jornada, conheceu a jovem Gily e a pediu em casamento. Com a morte do antigo Meistre, ele ganhou um novo cargo e resolveu viajar para outra cidade a fim de se especializar e ajudar seus irmãos da Patrulha da Noite.

SAMWELL TARLY COMO LÍDER CORPORATIVO
Sam é o típico profissional que é alçado como líder por indicação de seus próprios companheiros. Sempre altruísta, é um comandante que desperta a simpatia dos seus liderados e os motiva com a sua presença.

É provavelmente o personagem que teria mais sucesso no mundo corporativo, pois além da aprovação das pessoas ao redor, tem a consciência de que é preciso sempre se aperfeiçoar para desenvolver um trabalho diferenciado.

Embora sejam pessoas fictícias, é possível visualizar nas personagens de Games of Thrones atitudes e personalidades reais em muitos casos. Por isso, reflita sobre tudo o que foi apresentado neste texto e se empenhe para ser sempre melhor na sua área.

ALIMENTO DIÁRIO

PROVÉRBIOS 18: 14–18

Alimento diário

MÁXIMAS DIVERSAS

 

V. 14 – Observe:

1. As aflições externas são toleráveis, desde que a mente seja recreada e esteja tranquila. Neste mundo, estamos sujeitos a muitas enfermidades, muitas calamidades, em nosso corpo, nome e propriedades, as quais um homem pode suportar, se tiver boa conduta e coragem, e for capaz de agir com razão e resolução, especialmente se tiver uma boa consciência e o testemunho desta for a seu favor; e, se o espírito do homem pode suportar a enfermidade, muito mais o espírito de um cristão, ou melhor, o Espírito de Deus, testemunhando e operando em nosso espírito, em dias de dificuldades.

2. As aflições do espírito são, de todas as outras, as mais pesadas e difíceis de suportar; elas fazem doer os ombros que devem suportar as outras fraquezas. Se o espírito for ferido por algum distúrbio da razão, e sofrer algum tipo de desânimo ou tristeza de\ido à dificuldade, qualquer que seja ela, e a falta de esperança de alívio, se o espírito for ferido pelas assombrosas apreensões da ira de Deus, pelo pecado, e pelas temíveis e:x-pectativas de juízo e violenta indignação, quem poderá suportar? Os espíritos abatidos não podem se ajudar, nem os outros sabem como ajudá-los. É, portanto, sensato manter a consciência livre de transgressões.

 

V. 15 – Observe:

1. Os que são sábios buscarão o conheci­ mento, e dedicarão seus ouvidos e seu coração a esta busca – os seus ouvidos para prestar atenção aos meios de conhecimento, e o seu coração para mesclar fé com o que ouvem, e aproveitá-lo ao máximo. Os que são sábios nunca pensam que já têm suficiente sabedoria, mas verão que ainda têm necessidade de mais; e quanto mais sábio for um homem, mais inquisidor será, em busca do conhecimento, o conhecimento de Deus e do seu dever, e do caminho para o céu, pois este é o melhor conhecimento.

2. Os que buscam prudentemente o conhecimento certamente o obterão, pois Deus nunca lhes dirá: buscai-me em vão, mas, buscai e encontrareis. Se o ouvido o busca,  o coração o obtém, e o guarda, e é enriquecido por ele. Devemos obter o conhecimento, não somente em nossas cabeças, mas também em nossos corações, obter o sabor dele, aplicar o que conhecemos a nós mesmos e sentir o poder e a influência desse conhecimento.

 

V16 – Observe: A grande força que têm os presentes (isto é, os subornos) que Salomão tinha mencionado antes (Provérbios 17.8,23). Aqui, ele mostra o poder dos presentes, isto é, os presentes feitos até mesmo pelos inferiores aos que estão acima deles e que têm muito mais do que eles. Um bom presente leva:

1. À liberdade de um homem: o presente do homem, se ele estiver na prisão, alarga-lhe o caminho; há cortesãos que, se usarem seus interesses, até mesmo para com a inocência oprimida, esperarão receber uma gratificação por isto. Ou, se um homem humilde não souber como conseguir acesso a um nobre, poderá fazê-lo por meio de um pagamento a seus servos, ou enviando um presente para o próprio nobre; isto poderá lhe abrir caminho.

2. À sua promoção. Ele poderá se sentar em meio aos nobres, em uma situação de honra e poder. Veja quão corrupto é o mundo, quando os presentes dos homens passam a fazer parte das questões, sim, até mesmo das questões mais excelentes; na verdade, ganharão com eles os que são indignos e inadequados; e não é de admirar que recebam subornos em seus cargos os que pagaram subornos para consegui-los. Aquele que comprou a lei pode vendê-la.

 

V. 17 – Isto mostra que uma narrativa será boa, até que outra seja contada.

1. Aquele que fala primeiro se certificará de contar uma estória justa, e narrar somente o que lhe é vantajoso, e lhe dará a melhor aparência que puder, de modo que a sua causa pareça reta, quer realmente seja boa ou não.

2. Tendo o queixoso apresentado suas evidências, é apropriado que o acusado ou réu seja ouvido, que tenha permissão de confrontar as testemunhas e interrogá-las, e mostrar a falsidade do que foi alegado, que talvez dê à questão uma aparência muito diferente da realidade. Devemos, portanto, nos lembrar de que temos dois ouvi­ dos, para ouvir os dois lados, antes de julgar.

 

V. 18 – Observe:

1. Normalmente surgem contendas entre os poderosos, que são zelosos de sua honra e direito, e que são meticulosos quanto a ambos, que são confiantes de que são capazes de prosperar; portanto, dificilmente serão condescendentes com os termos necessários de um ajuste ou adaptação; ao passo que os que são pobres são forçados a ser pacíficos, e resultam perdedores.

2. Mesmo as contendas dos fortes podem ser encerradas por sortes, se eles não fizerem concessões, e algumas vezes isto é melhor do que discussões intermináveis, ou concessões às quais é difícil aquiescer, ao passo que não é vergonha para um homem, concordar no que as sortes determinam. Para evitar contendas, Canaã foi dividida por sortes; e, se o uso das sortes não fosse profanado este modo de apelo à Providência, talvez ele fosse usado até agora para a decisão de muitas controvérsias, tanto para a honra de Deus como para a satisfação dos envolvidos, com a condição de que fosse feito com oração e a devida solenidade, como esta e outras passagens das Escrituras parecem instruir, particularmente Atos 1.26. Se a lei fosse uma loteria (como alguns a chamaram ), seria aceitável que uma loteria também pudesse ser a lei.

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