PSICOLOGIA ANALÍTICA

O MOVIMENTO DO VOLUNTARIADO

Quais fatores motivam as pessoas a se voluntariar, quais os riscos em questão, e mais: o que pode sustentar esse tipo trabalho, garantindo um intercâmbio construtivo para todos e a longevidade da ação?

O movimento do Voluntariado

O movimento do voluntariado tem tido um crescimento exponencial nos últimos dez anos, nas mais variadas partes do mundo. Uma espécie de contribuição social que já é considerada fundamental em diversas situações e/ou locais onde pessoas tiveram suas vidas atingidas por catástrofes ou vivem em regiões com índices de desenvolvimento humano absolutamente precários. Além disso, as pessoas que se envolvem com tais ações referem um ganho muito particular, especialmente em termos pessoais: um aprendizado que não imaginavam ter em outros contextos de sua própria vida.

Podemos dizer que o voluntariado já é um dispositivo social com características e atribuições muito próprias. Temos organizações da sociedade civil que discutem e planejam ações, mobilizam e lideram grupos e fazem parcerias em diversos setores, buscando fomentar o movimento e suas realizações. Uma importante evidência do lugar que ocupam tais ações solidárias, em especial no Brasil, é a existência, há mais de uma década, de uma legislação que regulamenta as relações de trabalho voluntário.

Na amplitude que é o movimento do voluntariado, proponho analisar um recorte específico: as ações voluntárias nas quais há uma relação direta entre dois seres humanos, tais como são realizadas em hospitais, creches, abrigos, asilos, trabalhos com jovens, entre outros. Nesses casos, a pessoa se vê em condições de auxiliar a outra por meio de apoio, orientação e cuidados, considerando que estarão em contato com certa regularidade para esse propósito.

BAIXA FIDELIZAÇÃO

O que frequentemente se observa nesse modelo de voluntariado é que, inicialmente, os interessados mostram um desejo muito grande de ajudar, de participar, de contribuir com alguém que precisa de apoio. Porém, ao longo do processo, é muito comum o abandono precoce da ação: um dos maiores problemas referidos pelos gestores de ações voluntárias desse tipo é a baixa fidelização dos participantes.

Com a bússola do conhecimento psicanalítico, podemos articular algumas ideias a respeito dessa baixa fidelização e propor possíveis alternativas para essa questão.

Inicialmente os voluntários mostram um desejo muito grande de ajudar, de participar, de contribuir com alguém que precisa de apoio.

Nesse tipo de ações de voluntariado, quando há esse encontro humano a que me referi, estarão sempre em jogo pelo menos duas pessoas que irão se envolver diretamente e, com isso, construir um vínculo pelo qual circularão, então, desejos, ideais, sentimentos hostis e amorosos. São pessoas cuja aproximação ocorre pela oferta de ajuda de um lado e a carência de outro, atuando num contexto que não implica remuneração, em termos de pagamento (salário, honorários etc.), embora muitas vezes exista um trabalho profissional realizado por um médico, um psicólogo, um advogado, por exemplo, atendendo gratuitamente.

Até aqui, já fica claro, que merece ser analisado o fator que motiva essas pessoas a essa ação, quais os riscos em questão, e mais: o que pode sustentar esse tipo de trabalho, garantindo um intercâmbio construtivo para todos e a longevidade da ação.

POR QUAL RECOMPENSA?

Jean Rhodes, psicóloga americana, pesquisadora de Programas de Mentoring nos EUA, coordenou uma investigação relatada em seu livro Stand by me: the risks and rewards of mentoring today’s youth (2002, p. 57), na qual foi verificado que metade de todas as relações com mentores voluntários se dissolve dentro de poucos meses. Dentre as razões identificadas para esse rompimento estão o medo de fracassar e a percepção de pouco esforço por parte de quem recebe a ação, no projeto.

Essa mesma autora afirma que a sobrevivência do relacionamento depende largamente das recompensas (isto é, o mentor receber respostas que indiquem que as suas ações estão produzindo mudanças no jovem). No início do trabalho, quando tais recompensas são baixas: “[…] eles acabam se dando conta de que o investimento pessoal necessário para trabalhar com adolescentes, por exemplo [de condições desfavorecidas] ultrapassa as suas previsões, particularmente se o envolvimento está o distanciando dos compromissos familiares e do trabalho”.

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ALTERIDADE

Em Psicanálise, esse termo é muito útil para compreendermos a diferenciação fundamental entre o eu e o outro além da possibilidade de levar o outro em consideração e, portanto, ter empatia, interesse e disponibilidade para cuidar.

A Psicanálise é o saber mais consistente construído no último século para entender o funcionamento psíquico e as relações entre os seres humanos, seus desejos, angústias. Se nos ajuda a entender como nosso psiquismo se constitui e o que está em jogo na nossa relação com outros seres humanos, ela é fundamental para entender as motivações que levam uma pessoa a querer cuidar de outra, geralmente em situações de vulnerabilidade, e em ambientes tão distantes dela. Freud nos diz que um dos maiores problemas com os quais temos que lidar é nossa relação com outros seres humanos. Sendo assim, é curioso pensar nessa motivação para cuidar de quem tem tantos problemas. Podemos imaginar o quanto se torna complexa essa relação. É intrigante entender as motivações inconscientes que levam a isso.

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FAZER O BEM… A QUEM?

É muito frequente que as pessoas sejam movidas para o voluntariado por um desejo de reparar experiências malogradas de sua própria vida, de preencher faltas, de projetar no outro também todo o sofrimento e assim se sentir, digamos, purificado desse mal. Se olho o outro como estando numa situação de tanta penúria, isso me faz ver a minha vida mais leve, mais fácil, algo como: “Coitado do outro: ficou com toda a desgraça humana!!!”. É impressionante isso, mas não é incomum esse tipo de atitude diante de uma população beneficiária, pessoas que dizem: “Quando estou aqui nesse abrigo, vejo tanto sofrimento que volto para casa achando minha vida uma maravilha!”. Parece que quem está “fazendo o bem” para esse sujeito é a tal criança do abrigo, que lhe “faz o favor” de assumir “toda” a desgraça do mundo em sua vida e, assim, aliviar o sofrimento do voluntário (inerente à vida de todos nós).

O que a Psicanálise também nos ajuda a pensar é que o voluntário espera ser investido afetivamente por parte daquela pessoa a quem oferece a sua ajuda, ser amado e reconhecido por sua dedicação, e, se isso não ocorre ou demora a ser demonstrado, a tendência é emergirem sentimentos hostis em relação àquela pessoa, num movimento psíquico defensivo (por exemplo, um voluntário, diante da suposta indiferença de um jovem a quem se põe a orientar, passa a se referir a ele como alguém pouco comprometido e irresponsável, esquecendo que sua função era justamente cuidar de alguém que atravessa um período crítico na vida e, portanto, pensar formas de lidar com essa pessoa e ajudá-la).

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NARCISISMO IMPERATIVO

São casos em que fica evidente o predomínio do autocentramento e o desejo de exaltação e enaltecimento de si mesmo sem limites, onde o “eu” se apresenta como onipotente e majestoso. Não é a pessoa que recebe a ação de cuidados, em sua alteridade reconhecida e aceita, a quem são lançadas as atenções e os investimentos afetivos, e sim o próprio voluntário cuidador (a si mesmo, portanto), que busca o reencontro com amores e gratidões maternas (ou seja, o reencontro com essa experiência infantil, que permanece como uma espécie de memória inconsciente), agora, na relação com o jovem. É um movimento nada incomum nos nossos dias, em que o narcisismo é imperativo e o espetáculo é a via em que se busca o engrandecimento do eu e a admiração por parte do mundo.

Joel Birman, psicanalista brasileiro muito interessado nas questões do mundo contemporâneo, afirma que: “A autoexaltação desmesurada da individualidade no mundo do espetacular fosforescente implica a crescente volatilização da solidariedade. Enquanto valor, esta se encontra assustadoramente em baixa”. Segundo este autor, a solidariedade seria própria das relações inter-humanas fundamentadas na alteridade, o que implica em que o sujeito reconheça o outro na diferença e não apenas alguém em quem se projete a si mesmo, seu modo de existir, seus ideais.

Na verdade, a chave para decifrar esse abandono precoce da ação está no funcionamento inconsciente, seus conflitos e ambiguidades. Escutar psicanaliticamente esses voluntários, levantando questões e fazendo apontamentos, pode levar a caminhos com possíveis efeitos terapêuticos, porque pode facilitar a circulação das palavras e promover redes de significação que levem a ampliar a percepção de si mesmo. Dessa forma, temos como desfechos possíveis o voluntário podendo encontrar um novo jeito de participar da vida do sujeito que recebe seus cuidados, criando um estilo de ajuda em que o outro seja genuinamente considerado ou podendo reconhecer seus limites, pelo menos no momento, para aquela ação ou, honestamente, admitir que não quer relacionar-se com aquela pessoa. Outros desenlaces, ainda, poderiam ser pensados. O que interessa é que sejam reflexos de uma percepção mais ampliada do seu mundo interno e de um encontro mais verdadeiro com o seu desejo, dando expressão ao eixo alteritário do sujeito.

PROBLEMAS MAL RESOLVIDOS

Outra questão que se coloca a respeito do voluntariado é que as pessoas que se envolvem com essa ação estão, como a maioria dos seres humanos, preocupadas com seus próprios problemas psíquicos, mal ou insuficientemente resolvidos. O encontro com o outro que revela possuir algum tipo de fragilidade mobilizarão intensamente, tal como ocorre com um terapeuta ou um médico, por exemplo. Como propõe Enriquez, não podendo tratar os seus próprios conflitos, o risco que corre e que faz com que o beneficiário da ação também corra é de se apresentar como referência absoluta, inquestionável, que não suporta senão a reprodução de sua própria imagem (de sua opinião etc.) ou ainda de provocar um conflito afetivo na pessoa atendida, neutralizando suas potencialidades, seus interesses e desejos.

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DESAMPARO PRIMORDIAL

Todo humano nasce em uma condição de pré- maturidade: como não sobrevive sozinho, portanto está em desamparo. Essa experiência deixa marcas no inconsciente de todos nós. A cada situação de desamparo que vivemos ao longo da vida, há uma espécie de reconexão com essa experiência primordial.

A pessoa que recebe os cuidados, por sua vez, pode se deixar seduzir por essa figura que se mostra tão potente, talvez numa ilusão de salvamento, aceitando o lugar de objeto do desejo do outro (o voluntário).

Observamos que como a ação solidária é comunicada aos beneficiários faz toda a diferença em como irão responder a elas. Aqueles que o recebem como uma caridade, algo de alguém que tem mais para quem é carente, estão mais vulneráveis a serem invadidos pelos ideais desse voluntário, que pouco está atento à singularidade do sujeito que está diante de si. que, embora vivam também dentro de uma imensa carência, mas têm a oportunidade de serem reconhecidos como sujeitos, sendo ouvidos, sendo autorizados a expressar seus desejos, sentindo-se respeitados como cidadãos, podem se beneficiar muito da ação dos voluntários que se empenham no desenvolvimento daquele grupo.

O altruísmo é fundamental para a vida em sociedade, porém, isso é algo que precisa ser desenvolvido, o que só pode ocorrer num grande trabalho de autoconhecimento e reflexão.

É possível traçar um paralelo entre o trabalho do voluntário que se põe a cuidar de pessoas com o trabalho do psicanalista, guardada as devidas proporções, evidentemente. O fato é que ambos se põem a lidar com o sofrimento alheio. Como psicanalistas temos como tripé fundamental em nossa formação, o estudo da teoria, a supervisão com um psicanalista mais experiente e um longo período de análise pessoal. Só assim nos vemos em condição de exercer esse ofício.

As pessoas que se põe a cuidar de outras em programas de voluntariado precisam também de um mínimo de formação – o que envolve não só treinamentos, informação, mas espaços de reflexão, onde poderia se produzir um pouco de autoconhecimento e reflexão sobre a prática e assim ser possível a construção de programas de voluntariado mais efetivos.

Como diz a psicanalista Lisabel Khan em sua apresentação sobre o meu livro Voluntariado: uma dimensão ética: “Fazer um trabalho social, ajudar o próximo, só é possível se forem garantidas condições de reflexão, a supervisão [como conhecemos em Psicanálise], para que haja suporte a alteridade, aos estranhamentos, à potência criada em cada encontro. Só assim o outro – beneficiado – não estará a serviço do narcisismo do benfeitor, cativo de sua demanda de amor, de sua proteção, da ‘boa vontade’. Um encontro que não se sustenta apenas na compaixão e que permite ao sujeito assistido se afirmar em seu lugar social, a partir de suas competências, resgatando aquilo que lhe é de direito.”

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MOTIVAÇÕES EGOÍSTAS OU ALTRUÍSTAS?

Parece que há que se ter uma especial atenção aos trabalhos dos voluntários que se propõe a uma ação cuidadora diretamente com outro ser humano, isto porque as motivações inconscientes podem tanto indicar um genuíno interesse em contribuir com o outro (e nesse caso é preciso deslocar-se do autocentramento), como podem apontar para o uso do outro para atender às suas próprias questões psíquicas mal ou insuficientemente resolvidas. Nesse último caso, está claro que a ação voluntária, teoricamente tão benevolente, não teria praticamente nada de útil para quem a recebe. Enfim, eis o grande desafio para o voluntário em sua função cuidadora: abrir mão de uma suposta onipotência, assim como de amarras narcísicas, além de suportar fazer face ao desamparo que irá confrontá-lo na realidade daquela relação, o que remeterá irremediavelmente ao seu desamparo primordial, doloroso de ser reeditado. Um esforço psíquico nada simples de ser realizado e, considerando que, via de regra, os voluntários são pessoas que não possuem eles próprios uma experiência de análise pessoal, estamos falando de vivências que se encontram no fio da navalha.

 

 

 

OUTROS OLHARES

HABILIDADE MATEMÁTICA PODE SER SINAL DE SUCESSO NO FUTURO

 

Habilidade matemática pode ser sinal de sucesso no futuro

No início da década de 70, pesquisadores identificaram grande amostragem de adolescentes americanos de 13 anos excepcionalmente talentosos em matemática, classificando-se no 1% superior das pontuações em raciocínio matemático em testes de aptidão escolar, SAT. Agora, pouco mais de 40 anos depois, essas “crianças prodígio” estão ativas na carreira profissional e realizaram ainda mais que o esperado. A conclusão veio dos dados recentemente compilados de uma pesquisa de acompanhamento. Pesquisadores da Universidade Peabody College Vanderbilt, em Nashville, no Tennessee, publicaram a atualização na edição há poucos meses no periódico especializado Psychologícal Scíence e escreveram: “Tanto para homens como para mulheres a precocidade matemática em tenra idade parece ser um prognóstico de contribuições criativas e liderança em papéis ocupacionais críticos mais tarde na vida.”

Habilidade matemática pode ser sinal de sucesso no futuro. 2

GESTÃO E CARREIRA

DEVAGAR SE VAI AO LONGE

Estabelecer objetivos de curto prazo é essencial para chegar às grandes conquistas. Aprenda como fazer isso e tire, finalmente, suas resoluções de ano-novo do papel.

Devagar se vai ao longe

É inevitável. A cada ano que começa estabelecemos metas para os meses seguintes. Afinal, essa época simboliza a chance de recomeçar. “Na tradição judaico-cristã, o final de cada ano marca o fim de um ciclo e o renascimento de outro”, afirma Hélio Deliberador, professor de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. No entanto, o que também se renova é a sensação de não termos dado conta de cumprir os objetivos. Um levantamento da Sociedade Latino Americana de Coaching mostra que menos de 8% dos brasileiros cumprem as resoluções de ano-novo. Mas isso pode ter a ver com a forma como fazemos nossa lista de desejos do que com a   capacidade de leva-la à cabo.

“Existe a fantasia de que é preciso sonhar grande – porque sonhar pequeno dá o mesmo trabalho”, diz Luiz Gaziri, consultor e professor na FAE Business School e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Segundo ele, esse é um dos motivos pelos quais costumamos fracassar em nossas resoluções. Isso porque metas grandiosas podem causar um efeito adverso, como revela um estudo feito por Gabriele Oettingen, professora e psicóloga alemã. A pesquisadora dividiu uma turma de alunos entre aqueles que tinham alta expectativa de arranjar um emprego logo após a faculdade e os que imaginavam que iriam demorar mais para conquistar esse objetivo. Ela descobriu que, quanto maior a expectativa, menos chances eles tinham de estar empregados e, ainda quando empregados, tinham salários menores em relação ao outro grupo.

QUANTO MAIS PERTO, MELHOR

A ideia não é contentar-se com pouco. Ao contrário. O importante é traçar os objetivos de forma a aumentar as chances de cumpri-los. Um estudo dos anos 1920/30, feito pelo psicólogo americano Clark Hull pode ajudar nessa tarefa. Em seu experimento com ratos de laboratório, o cientista percebeu que, quando colocados em um labirinto, os ratinhos tendiam a correr mais quando percebiam que estavam próximos da saída. Ele fez o teste em diversas situações e viu que o comportamento se repetia: animais que ficavam presos próximos à comida, por exemplo, tendiam a se esforçar mais para alcançá-la do que aqueles que eram colocados longe do alimento. Isso levou Clark a conceber a teoria do “gradiente de metas”. “Ela descreve um cenário em que, quanto mais perto do alvo nós estamos, maior o esforço que iremos despender para atingi­ lo”, diz Enzo Bissoli, professor de psicologia comportamental da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

É o que acontece quando maratonistas, já cansados de uma longa corrida, dão aquela acelerada ao ver a linha de chegada. Sentir que estamos perto do sucesso nos convence a nos dedicar para chegar lá. “Nossa capacidade de enxergar os benefícios de longo prazo é limitada”, diz Thaís Gameiro, neurocientista e sócia da Nêmesis, que faz assessoria na área de neurociência organizacional. “Somos sensíveis a respostas imediatas, mais tangíveis.” Ou seja, quando o benefício de uma ação está muito no futuro, é fácil perder o foco e se distrair com outras recompensas próximas, com o simples prazer de assistir a uma série.

Para Rodrigo Lopes, de 32 anos, cofundador e CEO da Docket, startup que automatiza a gestão de documentos, é importante fatiar as ações para conquistar o objetivo final. Ele fez isso quando um amigo o convidou para abrir a empresa, época em que Rodrigo ainda trabalhava em uma companhia de comércio eletrônico. ”É preciso separar o sonho da meta. Dividimos as tarefas e acompanhamos o andamento de cada uma. Assim dá para medir os resultados”, diz. Isso o ajuda a se dedicar e a se motivar. “Minha energia é limitada, e preciso usá-la ele acordo com minhas prioridades.”

VALE A PENA?

Em princípio, aquilo que buscamos ainda não existe – é só uma ideia vaga de algo que desejamos. “Estipulamos metas sem pensar de onde vieram, como foram construídas”, diz Enzo. “Elas deveriam ser o produto final de pensar na sua relação com o mundo, consigo mesmo e em suas necessidades.” Não é qualquer objetivo que merece seu esforço. Responda de forma sincera quais são as expectativas por trás de cada item e o que ele representa em sua vida. Não raro, nos comprometemos com objetivos que não são importantes para nós, mas que pensamos que devemos ter ou aparentar. “O indivíduo precisa ver se vale apena. Não pode ser só questão de dinheiro”, diz Emerson Weslei Dias, coach e consultor de carreira. Com uma noção mais clara de como os desejos têm relação com nossos valores e com nossa história, aumenta a flexibilidade para adequá-los conforme o momento de vida.

Uma dose de realismo é sempre bem-vinda. Não são todos os fatores que estão sob nosso controle – os outros e o ambiente interferem na capacidade e disponibilidade para cumprir os planos. “É essencial pensar no impacto dessas metas no seu dia a dia, no tempo que você tem, na família, nas amizades”, diz Enzo. Imprevistos podem fazer com que nossas prioridades ou condições mudem. Levar tudo isso em conta é importante para poder ajustá-las. Ao pensar que quer crescer na carreira, avalie o que isso quer dizer para você. Ser promovido? Mudar de empresa ou de área? Conseguir mais reconhecimento do chefe? O prazo de cada passo também depende da natureza do objetivo. “Existem coisas que, se você encarar como metas diárias, vai se frustrar, porque se vê pouco resultado nesse tempo”, diz Emerson. Mesmo com objetivos curtos, os prazos precisam fazer sentido. É como se cada um fosse um degrau a mais no caminho para o resultado final.

SEM QUEIMAR ETAPAS

Foi assim para Cristian Arriagada Bondezani, gerente de marketing e vendas da divisão de Limpeza Doméstica na 3M, em Sumaré, em São Paulo. Em 2008, quando já completava quase dez anos na companhia, ele parou para pensar sobre sua carreira e definiu que seu objetivo era virar gerente de uma conta. “Mas eu sabia que havia coisas que eu não dominava e não sabia como eram”, diz. Era preciso se preparar. Para isso, estabeleceu que visitaria pelo menos um varejista diferente por semana. A ideia era familiarizar-se com o negócio e com o que seria demandado dele como gerente de contas. Deu certo. Cristian foi promovido no ano seguinte e, em 2011, até ganhou um prêmio de melhor vendedor da rede. Ele usa o método até hoje. A cada semana, conversa com o time para estabelecer os objetivos que ajudarão a atingir as metas definidas pela empresa. “Uma grande vantagem é corrigir erros e falhas já quando acontecem, em vez de esperar três meses para se dar conta e tentar fazer algo a respeito”, afirma.

O exercício de rever metas deve ser constante, assim estamos sempre em contato com o que buscamos. “Precisamos de feedback para ajustar nosso comportamento e tomada de decisão”, diz Thaís, da Nêmesis. “Sem isso, o cérebro fica perdido e acaba tomando atitudes mais impulsivas. “A forma como isso pode ser feito depende do gosto de cada um. Se Cristian, por exemplo, gosta de anotar tudo em post-its que ficam num quadro branco, Rodrigo prefere visualizar seu desempenho em folhas de papel. O importante é achar uma ferramenta que funcione para o seu dia a dia.

Devagar se vai ao longe. 2

LINHA DE CHEGADA

Conheça estratégias que ajudam você a conquistar seus objetivos

SEJA ESPECÍFICO

Descreva exatamente o que quer fazer. Metas focadas têm mais chances de ser cumpridas, mesmo quando são mais difíceis d0 que metas mais fáceis, porém vagas.

CUIDADO COM O OTIMISMO EXAGERADO

Imaginar grandes conquistas pode levar à frustração. A ideia, afinal, é pensar em resultados que possam ser concretizados em menos tempo, mas que ajudem a chegar mais longe.

LEVE EM CONTA SUAS EMOÇÕES.

É natural que nosso humor varie e que em certos dias não tenhamos motivação. Preveja esses descompassos e procure alternativas, como reservar um dia de folga para quando necessário.

 PENSE NAS CONTRADIÇÕES

Às vezes, uma meta entra em conflito com outras, seja porque vem de valores diferentes, seja porque demanda muito tempo e energia. analise como seus objetivos se relacionam entre si e verifique se um atrapalha o outro. De vez em quando, é preciso abrir mão de algo.

Devagar se vai ao longe. 3 ANO-NOVO, VIDA NOVA?

Os 15 principais desejos dos brasileiros para 2019 de acordo com o aplicativo 7waves, usado para gerenciar metas:

1 – Guardar dinheiro

2 – Aprender algo novo

3 – Praticar esporte

4 – Quitar débitos

5 – Ter alimentação saudável

6 – Trocar de emprego

7 – Empreender

8 – Ser fluente em inglês

9 – Viajar nas férias

10 – Comprar casa própria

11 – Subir de cargo

12 – Comprar carro

13 – Emagrecer

14 – Comprar celular

15 – Ser aprovado em concurso público

ALIMENTO DIÁRIO

PROVÉRBIOS 17: 1 – 5

Pensando biblicamente

A FALSIDADE E A OPRESSÃO SÃO REPROVADAS

 

V1 – Estas palavras recomendam o amor familiar e a paz, corno conduzindo para a consolação da vida humana.

1. Os que vivem em união e tranquilidade, não somente livres de ciúmes e animosidades, mas competindo em atos mútuos de ternura e gentileza uns para com os outros, vivem de maneira muito confortável, ainda que sejam humilde s no mundo, trabalhem arduamente e ganhem pouco, ainda que tenham apenas um pouco de comida para cada um, um bocado seco. Pode haver paz e quietude onde não há três refeições por dia, desde que haja uma satisfação comum na providência de Deus e uma mútua satisfação na prudência, uns dos outros. O santo amor pode ser encontrado em uma cabana.

2. Os que vivem em contendas, que estão sempre vociferando e discutindo, e criticando, uns aos outros, ainda que tenham abundância de manjares, uma casa cheia de sacrifícios, vivem desconfortavelmente; eles não podem esperar a bênção de Deus sobre eles e sobre o que têm, nem podem ter qualquer verdadeiro prazer em suas realizações, e muito menos paz em suas próprias consciências. O amor dará um doce sabor a um bocado seco, mas a contenda tornará amarga uma casa cheia de sacrifícios. Um pouco da levedura da maldade azeda todos os prazeres.

 

V. 2 – Observe:

1. O verdadeiro merecimento não se baseia na dignidade. Todos concordam que, na família, o filho é mais louvável do que o servo (João 8.35), porém, às vezes, acontece que o servo é sábio, e é uma bênção e uma honra para a família, quando o filho é um tolo, e um fardo e uma vergonha para a família. O damasceno Eliezer; embora Abrão não pudesse suportar a ideia de que ele fosse seu herdeiro, foi um esteio para a família, quando obteve uma esposa para Isaque, ao passo que Ismael, um filho, foi uma vergonha para a família, quando escarneceu de Isaque.

2. A verdadeira dignidade se baseia no merecimento. Se um servo for sábio, e administrar bem as coisas, merecerá ainda mais confiança. e não somente governará com o filho, mas governará acima de um filho que causa vergonha; pois Deus e a natureza designaram que o tolo seja servo do sábio de coração. Na verdade, um servo prudente pode, talvez. vir a achar tal graça aos olhos de seu senhor, a ponto de ser aceito para receber uma quota dos bens, como um filho, e ter parte da herança, como os irmãos.

 

V. 3 – Observe:

1. Os corações dos filhos dos homens estão sujeitos, não somente aos olhos de Deus, mas ao seu juízo; O crisol é para a prata, tanto para testá-la como para aprimorá-la; mas o Senhor prova os corações; Ele sonda para ver se estão bem ou não. e estes são os que Ele refina e purifica (Jeremias 17.10). Deus prova os corações pela aflição (Salmos 66.10.11), e frequentemente escolhe o seu povo naquela fornalha (Isaias 48.10); Ele sabe como purificá-los da melhor maneira possível.

2. É somente Deus que prova os corações. Os homens podem provar sua prata e seu ouro, com o crisol e a fornalha, mas eles não têm como provar os corações. uns dos outros; somente Deus faz isto, Deus, que é, ao mesmo tempo, o que sonda o coração e o seu soberano.

 

V4 – Observe:

1. Os que têm desígnios de fazer o mal se sustentam com falsidades e mentiras: o malfazejo atenta, com grande prazer, para o lábio iníquo, que o justificará no mal que ele praticar, como aqueles que desejam promover desordens públicas, que esperam ambiciosa­ mente as calúnias e as mentiras, que difamam o governo e a administração.

2. Os que tomam a liberdade de dizer mentiras têm prazer em ouvir mentiras: “O mentiroso inclina os ouvidos para a língua maligna”, para que possa ter algo onde enxertar suas mentiras, e com que dar-lhes algum aspecto de verdade, fundamentando-as. Os pecadores fortalecerão as mãos, uns dos outros. Aqueles que têm prazer em conhecer os iníquos, e que precisam do auxílio deles, demonstram que são realmente ímpios.

 

V. 5 – Veja aqui:

1. O grande pecado de que são culpados os que humilham os pobres, que ridicularizam suas necessidades e a simplicidade de seu modo de viver, que os censuram por sua pobreza, e se aproveitam de suas fraquezas para maltratá-los e ofendê-los. Eles insultam o seu Criador, e o desprezam e afrontam, a Ele, que designou os pobres à condição em que se encontram, e os reconhece, e toma conta deles, e pode, quando assim o desejar, reduzir qualquer pessoa a esta condição. Que aqueles que assim insultam o seu Criador saibam que terão que responder por isto (Mateus 25.40, 41; Provérbios 14.31).

2. O grande perigo que correm, de cair em dificuldades, os que se alegram por ver e ouvir os problemas dos outros: que aquele que se alegra com as calamidades – para que possa ser edificado sobre as ruínas dos outros e se satisfaça com os juízos de Deus, quando forem liberados – saiba que não ficará impune; o cálice será posto na sua mão (Ezequiel 25.6,7).

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