PROVÉRBIOS 16: 20 – 24
OS BENEFÍCIOS DA SABEDORIA
V. 20 – Observe:
1. A prudência conquista respeito e sucesso para os homens: o que lida com sabedoria com uma questão (que é senhor da sua profissão e mostra que entende daquilo que empreende, que é atencioso em seus negócios, e, quando fala ou escreve sobre qualquer assunto, o faz de maneira pertinente), achará o bem, terá uma boa reputação; será alguém diligente.
2. Mas é apenas a piedade que garantirá a verdadeira felicidade aos homens: Os que lidam prudentemente com uma questão, se forem soberbos e se apoiarem no seu próprio entendimento, ainda que possam encontrar algum bem, não terão uma grande satisfação nisto, mas aquele que confia no Senhor, e não na sua própria sabedoria, é bem-aventurado, e será bem sucedido no final. Alguns entendem que a primeira parte do versículo se refere à piedade, que é, na verdade, a verdadeira sabedoria: o que atenta prudentemente para a palavra (a Palavra de Deus, Provérbios 13.13) achará o bem, nela, e por ela. E o que confia no Senhor, na sua palavra, à qual obedece, será bem-aventurado.
V. 21 – Observe:
1. Aqueles que têm a sabedoria genuína terão credibilidade, isto lhes conquistará prestígio, e eles serão considerados homens prudentes e sérios, e haverá deferência para com o seu juízo. Faça o que for sábio e bom, e terás louvor por isto.
2. Os que, com sua sabedoria, têm uma firme elocução, que transmitem seus sentimentos com facilidade e graça, transmitem a sua sabedoria, e têm palavras à vontade – e o bom linguajar, bem como o bom senso, aumenta o ensino; eles difundem e propagam o conhecimento aos outros, e realizam uma boa obra com isto, e desta maneira, aumentam o seu próprio conhecimento. Eles acrescentam doutrinas, aprimoram conhecimentos, e prestam serviço à comunidade do ensino. A qualquer que tiver, e usar o que tem, ser-lhe-á dado.
V. 22 – Observe:
1. Sempre há algum bem a ser obtido de um homem sábio e bom: O seu entendimento é uma fonte de vida, que sempre jorra, e nunca se esgota; ele tem algo a dizer, sobre todas as situações, que é instrutivo, e útil para os que farão uso do fruto de seu entendimento; ele extrai coisas novas e velhas do seu tesouro; no mínimo, o seu entendimento é uma fonte de vida para ele mesmo, dando-lhe abundante satisfação; nos seus pensamentos, ele satisfaz e edifica a si mesmo, senão a outros.
2. Não há nada de bom a ser obtido de um tolo. Até mesmo a sua instrução, os seus discursos preparados e solenes, são apenas estultícia, como ele mesmo que é tolo, e tende a fazer com que os outros sejam como ele. Quando ele faz o melhor de si, é apenas tolice, em comparação até mesmo com as palavras comuns de um homem sábio, que fala melhor à mesa do que um tolo na cadeira de Moisés.
V. 23 – Salomão tinha elogiado a eloquência, ou a doçura dos lábios (v. 21), e parecia preferi-la à sabedoria; mas aqui, ele se corrige, por assim dizer, e mostra que, a menos que haja um bom tesouro interior que apoie a eloquência, ela vale muito pouco. A sabedoria no coração é a questão principal.
1. É ela que nos orienta a falar, que ensina a boca sobre o que falar, e quando, e como, de modo que o que é dito possa ser apropriado, pertinente, e oportuno; não fosse assim, ainda que o linguajar seja muito elegante, seria melhor que nada fosse dito.
2. São a força de raciocínio e de argumentação que respaldam o que falamos, e acrescentam ensino às nossas palavras; sem ambos, ainda que algo seja expresso com boas palavras, será rejeitado, como algo insignificante. As expressões estranhas e singulares agradam os ouvidos e satisfazem os caprichos, mas é a doutrina nos lábios que deve convencer o juízo, e dominá-lo, e para isto a sabedoria no coração é necessária.
V. 24 – As palavras suaves aqui elogiadas são as que o coração do sábio ensina, e às quais acrescenta doutrina (v. 23), palavras de conselho oportuno, instrução e consolação, palavras extraídas da Palavra de Deus, pois era isto que Salomão tinha aprendido, com seu pai, a considerar mais doce do que o mel e o favo de mel (Salmos 19.10). Estas palavras, para aqueles que sabem como saboreá-las:
1. São doces. São como o favo de mel, doces para a alma, que prova nelas que o Senhor é piedoso e misericordioso; nada é mais gratificante e agradável para o novo homem do que a Palavra de Deus, e as palavras que são tomadas emprestadas dela (Salmos 119.103).
2. São saúde. Há muitas coisas agradáveis que não são benéficas, mas estas palavras agradáveis são saúde para os ossos, para o homem interior, e também são doces para a alma. Elas fazem com que se alegrem os ossos que o pecado quebrantou. Os ossos são a força do corpo, e a boa palavra de Deus é um meio de força espiritual, que cura as doenças que nos enfraquecem.
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