PSICOLOGIA ANALÍTICA

O QUE MOTIVA VOCÊ?

Estamos sempre buscando recompensas – que podem aparecer em forma de bens materiais, prazeres sensoriais, afeto ou sentimentos de profunda autorrealização – e evitando punições. Na prática, pessoas motivadas procuram se superar e buscar melhores resultados, são mais entusiasmadas, responsáveis, comprometidas – e, principalmente, mais felizes e realizadas. O problema é que nem sempre nosso empenho está alinhado com os resultados obtidos. Novas pesquisas indicam a importância de rever o que queremos e, eventualmente, corrigir rotas.

O que motiva você

Todo mundo que cursa psicologia – ou mesmo outras formações na área de ciências humanas – em algum momento assiste à aula sobre a famosa pirâmide de Abraham Maslow (1908-1970). O psicólogo americano estabeleceu uma hierarquia, expressa graficamente, localizando as necessidades mais básicas (como alimentação, por exemplo) na base da figura geométrica. No topo, ficam aspectos ligados à realização pessoal. Psicólogos e neurocientistas acreditam, porém, que as coisas não são tão simples. O que nos faz trabalhar, estudar, viajar, tomar banho, fazer ginástica, correr riscos, iniciar e manter relacionamentos? Resolvidas as necessidades básicas, o que nos move mesmo é uma exigência interna de autonomia, conhecimento, envolvimento e dinamismo. Fácil? Nem tanto. Em plena era da tecnologia, em que as possibilidades se multiplicam diante dos nossos olhos, muitos pesquisadores têm questionado ideias simplistas sobre as necessidades e os anseios humanos. Alguns estudiosos veem a maior fonte da motivação humana na ampliação das próprias competências e falam de dois sistemas de razões antagônicas que se formaram ao longo da evolução: curiosidade e medo, ambos repletos tanto de oportunidades quanto de riscos. É o caso do psicólogo Clemens Trudewind, pesquisador da Universidade de Bochum, na Alemanha, que durante algum tempo estudou essa interação. Ele comprovou algo que muitos pais e educadores já sabiam: crianças curiosas e destemidas resolvem problemas com mais eficácia do que as temerosas e passivas. No entanto, a curiosidade e o medo não são opostos: meninas e meninos muito medrosos e ao mesmo tempo curiosos também se revelaram bons solucionadores de problemas, segundo Trudewind. Razões supostamente antagônicas, portanto, não são obrigatoriamente excludentes.

TRÊS ELEMENTOS CRÍTICOS

Uma grande vantagem bastante prática da motivação é que ela nos faz mais entusiasmados, comprometidos, empenhados em buscar os melhores resultados e, em última instância, felizes – no que quer que estejamos empenhados. Além disso, aumenta a capacidade criativa e favorece as habilidades de comunicação. Especialistas chegam a argumentar que a motivação – aquilo que move a ação – pode ser até mais importante e decisiva para o sucesso do que o talento. Mas, afinal, de onde vem esse ânimo de direcionar a energia (um misto de empenho de tempo, capacidade intelectual e afetiva) em direção a um objetivo? A psicologia identifica três “elementos críticos” que oferecem suporte à motivação. A boa notícia é que todos podem ser ampliados e ajustados em nosso próprio benefício.

AUTONOMIA.

Os psicólogos Edward L. Deci e Richard M. Ryan, da Universidade de Rochester, acreditam que aumentamos nosso grau de motivação quando nos sentimos responsáveis. Os pesquisadores trabalham com grupos de estudantes, atletas e funcionários e descobriram que a percepção de autonomia prediz a energia com a qual os indivíduos perseguem uma meta.

Junto com o psicólogo Arlen C. Moller, Deci e Ryan desenvolveram vários experimentos para avaliar as consequências emocionais e cognitivas de uma ação controlada por outras pessoas em comparação aos efeitos das próprias escolhas. Eles descobriram que os voluntários que tiveram a oportunidade de desenvolver uma ação com base em suas opiniões (contra ou a favor de algum tema) persistiram mais tempo em uma atividade subsequente de resolução de um quebra-cabeça (tarefa aparentemente desvinculada da anterior). Os cientistas afirmam que agir sob coação gera uma espécie de “tributário mental”, enquanto perseguir um objetivo no qual acreditamos nos deixa energizados.

VALOR.

Motivação também costuma persistir quando permanecemos fiéis às nossas crenças. Atribuir valor a uma atividade pode restaurar o senso de autonomia, uma descoberta de grande interesse para os educadores. Em um artigo de revisão, os psicólogos Allan Wigfield e Jenna Cambria, pesquisadores da Universidade de Maryland, observaram que vários estudos haviam encontrado correlação positiva entre a valorização de um assunto na escola e a vontade do estudante de investigar a questão de forma independente. Felizmente, valores podem ser mudados. O psicólogo Christopher S. Hulleman, professor da Universidade da Virgínia, descreveu uma intervenção realizada no final do semestre letivo com dois grupos de estudantes do ensino médio. Um deles escreveu sobre como a ciência se relacionava com sua vida e outro deveria simplesmente resumir o que fora aprendido nas aulas de ciências. Os resultados mais marcantes vieram de estudantes com baixas expectativas de desempenho. Aqueles que descreveram a importância da ciência em sua vida melhoraram suas notas e relataram maior interesse, em comparação aos alunos em situação semelhante no grupo de resumo-escrita. Em suma, parece que pensar sobre algo (uma situação, uma área de conhecimento etc.) tende a aumentar nosso comprometimento. Não por acaso, um tema básico de meditação analítica do budismo é o fato de que o praticante vai morrer, mas não sabe quando isso vai acontecer, o que leva à reflexão sobre a preciosidade da vida – e à motivação para desfrutá-la de forma significativa.

COMPETÊNCIA.

Gostamos do que fazemos ou fazemos o que gostamos? Tudo indica que, à medida dedicamos mais tempo a uma atividade, percebemos que nossas habilidades melhoram nessa área e adquirimos senso de competência. Psicólogos das universidades Democritus da Trácia e da Tessália, ambas na Grécia, entrevistaram 882 alunos sobre suas atitudes e o engajamento com o atletismo durante um período de dois anos. Os estudiosos descobriram uma forte ligação entre o sucesso obtido por um aluno nos esportes e o desejo de praticar determinada modalidade. A conexão funcionou em ambas as direções – a prática tornou os jovens mais propensos a se considerar competentes e o senso de competência determinou a perseverança na prática esportiva. Estudos semelhantes, considerando atividades como música e rendimento acadêmico, reforçam essas constatações. A psicóloga Carol S. Dweck, pesquisadora da Universidade Stanford, mostrou que a competência está bastante associada às próprias crenças. Em uma série de estudos, ela descobriu que aqueles que se apoiam mais em talentos inatos que no trabalho árduo desistem mais facilmente quando enfrentam um novo desafio, porque temem que ele exceda sua capacidade. Já acreditar que o esforço promove a excelência pode inspirar a continuar aprendendo. Em geral, quando enfrentamos uma dificuldade em relação a atingir aquilo que desejamos, convém perguntar o que está faltando. Muitas vezes, a resposta está em uma (ou mais de uma) destas três áreas: falta de autonomia, sensação de que a tarefa é inútil ou dúvida sobre sua capacidade. Enfrentar essas fontes de resistência pode fortalecer sua determinação. A escolha é pessoal, claro.

 

BUSCAR E ALCANÇAR

No começo da década de 50, o psicólogo James Olds, professor da Universidade McGill, no Canadá, chegou à conclusão de que a busca pela satisfação e a satisfação em si são processadas na mesma região no cérebro dos ratos. Outras pesquisas realizadas depois revelaram que o funcionamento mental de seres humanos segue a mesma lógica. Isso explica por que buscamos prazeres continuamente. Mas a maioria das pessoas também consegue postergar a realização dos seus desejos: na expectativa de viver algo que queremos, nosso cérebro já nos dá uma provinha da satisfação. O professor de psicologia da Universidade de Michigan Kent Berridge fez uma descoberta fundamental sobre motivação: nosso cérebro tem dois sistemas de recompensa, um que nos leva a querer e outro, à sensação de satisfação. Sentimos vontade de obter algo e, na sequência, a alegria da conquista. Por estarem muito próximos, esses dois movimentos mentais confundiram os cientistas, mas hoje se sabe que eles podem funcionar separadamente. Quando estamos muito ansiosos, estressados, ou sob o efeito de drogas, por exemplo, a vontade de conseguir o que almejamos é potencializada e a capacidade de escolha fica comprometida. Talvez você mesmo já tenha se flagrado, em momentos de grande tensão e cansaço, comprando e comendo com avidez (mesmo sem fome) guloseimas pouco saudáveis, das quais sequer gosta de verdade. Podemos pensar que naquele momento você queria aquilo, embora realmente não gostasse. O neurocientista Jaak Panksepp, pesquisador da Universidade de Washington, mapeou centenas de cérebros de animais e constatou que o prazer está muito mais em buscar o que queremos do que em conseguir. Talvez isso explique, do ponto de vista da neurociência, por que suportamos postergar o recebimento de recompensa – como o pagamento no fim do mês ou uma boa nota depois de passar o fim de semana estudando para a prova. Segundo Panksepp, isso também é observado no comportamento de muitos mamíferos que preferem procurar comida a encontrá-la de uma forma fácil. Entre humanos, a lógica pode ser a mesma em muitas áreas da vida. Por exemplo, na paquera ou no início do namoro, em que existe a constante motivação da conquista, em contraste com a “calmaria” da relação estável após algum tempo.

O QUE VALE A PENA?

Durante uma das mais comentadas palestras do TED, a maior convenção de ideias do mundo, que acontece anualmente na Califórnia, o professor do departamento de psicologia da Universidade de Chicago Mihaly Csikszentmihalyi fez uma pergunta à plateia: “O que faz a vida valer a pena?”. Em 15 minutos de apresentação, ele chegou à seguinte conclusão: Não podemos ter uma ótima vida sem o sentimento de que fazemos parte de algo maior do que nós mesmos. Talvez seja esse o propósito maior da nossa motivação. Além de atender às nossas necessidades biológicas de sobrevivência, de sermos recompensados por aquilo que fazemos bem feito e realizar com autonomia algo que importa, precisamos ter a sensação de que o que queremos e do que gostamos tem um significado. Ganhar dinheiro? Assistir a séries? Viajar? Receber elogios? Ter um corpo considerado bonito segundo os padrões de beleza vigentes? Tudo isso é ótimo. Mas se empenhar continuamente em conseguir o que se deseja pode ser muito mais gratificante. Principalmente se o objetivo não for obter apenas satisfação pessoal, mas encontrar um objetivo maior para motivar suas ações.

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PIRÂMIDE DE MASLOW

O psicólogo estabeleceu uma hierarquia, expressa graficamente, localizando as necessidades mais básicas na base da figura geométrica e, no alto, os aspectos ligados à realização pessoal

O que motiva você. 3PISTAS PODEM ESTAR NO CORPO

Um dos inimigos do “passar à ação” para realizar objetivos nas diversas áreas, de maneira compatível com nossos valores, anseios e expectativas, é a falta de clareza a respeito do que se deseja. Por isso, é tão importante ter consciência das próprias metas. Nesse caso, é possível contar com a ajuda preciosa dos marcadores somáticos, que são sinais da memória emocional, onde todas as experiências são armazenadas e classificadas. Essa referência mnêmica influi permanentemente sobre os dados captados do ambiente. A capacidade de uma pessoa saber o que é importante e bom para si mesma depende em grande parte da atenção que dispensa às mensagens enviadas por seus marcadores somáticos. Essas informações são decisivas para tomar decisões na possibilidade de encontrar motivação para concretizar objetivos. Os marcadores somáticos funcionam como orientadores internos: são percebidos como sensações físicas, sentimentos ou uma mistura de ambos. Embora tenham origem na experiência emocional, sua base neurológica é um agrupamento de estruturas cerebrais que memoriza e classifica eventos significativos. Vivências desagradáveis, que devem ser evitadas, produzem marcadores negativos; já as experiências que provocam prazer geram sinais positivos. No fundo, a memória das experiências emocionais constitui nada mais do que o “eu” de uma pessoa. Ou seja, aquilo que faz com que ela se reconheça como indivíduo, independentemente de eventuais transformações que enfrente ao longo da vida. Sob condições favoráveis, é possível manter um nível habitual de motivação – e, consequentemente, de satisfação. Aqueles que desenvolvem autopercepção para registrar conscientemente os sinais de seu eu – seus marcadores somáticos – adquirem maior consciência de si e podem, com isso, estimular ativamente a busca de bem-estar, independentemente das circunstâncias externas. A longo prazo, só costuma ficar realmente satisfeito com a própria vida quem tem autonomia para fazer escolhas e arcar com as consequências delas.

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SE FOR DIFÍCIL DEMAIS, DESANIMA

Existe uma complexa relação entre esforço, motivação e capacidade intelectual; aparentemente, nosso cérebro confunde facilidade de apreender instruções sobre tarefas com a simplicidade da execução.

 O cartunista americano Rube Goldberg (1883-1970) ficou conhecido por ser o criador das “máquinas de Goldberg”. Cada uma de suas invenções cômicas mostrava um conjunto de instruções complexas para realizar o que deveria ser uma tarefa cotidiana simples. Seu “guardanapo automático”, por exemplo, apresentava 13 passos sequenciais, envolvendo um papagaio, um acendedor de charutos, um foguete e uma foice – junto com diversos elásticos, tiras e pêndulos. As charges se tornavam engraçadas porque, com bom humor, cutucavam uma ironia fundamental da psicologia humana: não raro, as pessoas tendem a tornar tarefas simples mais complicadas do que o necessário. Na realidade, o oposto, em geral, também é verdadeiro: as confusas regras de “como fazer” de Goldman podem nos fazer rir, mas também nos deixam exaustos. Se for necessário fazer tudo aquilo para usar um guardanapo, por que tentar? Psicólogos estão muito interessados em descobrir mais sobre a complexa relação entre esforço, motivação e cognição – a facilidade com a qual pensamos sobre tarefas. É possível que a simplicidade (ou complexidade) com a qual uma atividade é descrita e processada, de fato, afete nossa atitude com relação a essa atividade e, por fim, nossa vontade de realizá-la. Dois psicólogos da Universidade de Michigan em Ann Arbor, nos Estados Unidos, decidiram investigar essa ideia em laboratório. O desafio de Hyunjin Song e Norbert Schwarz era conseguir motivar um grupo de universitários de 20 anos a praticar atividade física regularmente. Eles deram instruções escritas aos voluntários para que estabelecessem uma rotina com exercícios regulares, mas utilizaram um método para tornar as orientações de “como fazer” cognitivamente agradáveis ou desafiadoras: alguns alunos receberam as instruções escritas com a fonte Arial, plana e desenvolvida para facilitar a leitura; outros receberam em fonte Brush, que, basicamente, parece letra manuscrita com um pincel japonês, o que dificulta a leitura. Depois que os alunos haviam lido as instruções, os pesquisadores perguntaram a eles, por exemplo, quanto tempo acreditavam que levaria a conclusão das atividades, se fluiria naturalmente ou pareceria não ter fim, se seria chata ou interessante. Eles questionaram também sobre a probabilidade de tornar os exercícios parte de sua rotina. As descobertas foram surpreendentes: os que haviam lido as instruções em uma fonte simples estavam mais dispostos a realizar a tarefa – acreditavam que duraria pouco tempo e que fluiria de maneira fácil. E, mais importante, eles tinham mais vontade de tornar o exercício parte da rotina. Aparentemente, o cérebro dos estudantes confundiu a facilidade em ler sobre os exercícios com facilidade para realizar flexões e abdominais, e essa confusão motivou-os a pensar em uma mudança de vida. Os que brigaram com as pinceladas japonesas não tinham a menor intenção de ir à academia; a leitura, por si só, já os deixou cansados. Song e Schwarz decidiram verificar novamente esses resultados com outra pesquisa, envolvendo outra atividade: a culinária. Novamente usaram uma fonte mais clara e outra rebuscada. Mas, nesse caso, as instruções ensinavam a fazer um rolinho de sushi. Depois de os voluntários lerem a receita, deveriam estimar o tempo para execução do prato e se estavam ou não inclinados a fazê-lo. Os resultados foram basicamente os mesmos, conforme publicado no periódico científico Journal of Psychological Science: aqueles que leram as instruções muito rebuscadas, que pareciam exigir grande capacidade intelectual, acharam que a tarefa seria demorada e necessitaria de alto nível de habilidades culinárias; os participantes observaram a estranheza da escrita como sendo da própria tarefa e, como resultado, tentaram evitá-la. Já aqueles que receberam informações de forma mais objetiva ficaram bem mais dispostos a ir para a cozinha. Conclusão: o cérebro emprega todos os tipos de truques e atalhos para que o indivíduo atravesse o dia com o mínimo de esforço físico e mental, mas é bom prestar atenção nesses julgamentos automáticos. Se não forem verificados, a tendência de confundir pensamentos e ações pode levar a opções duvidosas, que parecem ser mais fáceis e desejáveis do que de fato são, ou pode afastar as escolhas saudáveis e a exploração criativa.

OUTROS OLHARES

EXERCÍCIOS PROTEGEM CONTRA O ALZHEIMER

Cientistas brasileiros descobrem como a prática de atividades físicas melhora a memória e até ajuda a restaurar as lembranças perdidas por causa da doença.

Exercício protege contra o alzheimer

O exercício físico é considerado pela medicina um remédio natural contra infarto, acidente vascular cerebral, depressão e câncer. Mais recentemente, surgiram evidências dos benefícios para o cérebro, especialmente para conter a perda de memória e o declínio cognitivo que marcam a doença de Alzheimer. Na semana passada, pesquisadores brasileiros confirmaram os efeitos positivos da prática e foram além, mostrando o mecanismo pelo qual exercitar-se regularmente é uma boa forma de prevenção e de tratamento da enfermidade. Em artigo publicado na versão online da revista científica Nature Medicine, a equipe da Universidade Federal do Rio de Janeiro responsável pelo estudo mostrou que a explicação está na irisina, hormônio liberado durante a execução de exercícios. Ela protege o cérebro e restaura a capacidade de memorização perdida com o avanço da doença.

A informação trazida à luz pelos brasileiros é uma peça importante no enorme quebra-cabeça que o Alzheimer ainda representa para a medicina. Ele não tem cura, exame específico de diagnóstico ou um programa bem estabelecido de prevenção. Isso porque, como a maioria das enfermidades neurodegenerativas, sua origem e evolução têm causas complexas e difíceis de serem estudadas com os recursos disponíveis. O problema é que, com o envelhecimento da população, é urgente encontrar meios efetivos de preveni-la e de tratá-la. Hoje, há cerca de 35 milhões de pessoas no mundo com a doença — um milhão no Brasil. Em 2050, serão 135 milhões no planeta, o que a tornará um grande problema de saúde pública.

MENSAGEIRO QUÍMICO

A irisina ficou conhecida em 2012, quando o biólogo americano Bruce Spiegelman, da Universidade Harvard (EUA), a descreveu como um mensageiro químico produzido pelos exercícios. Veio daí a inspiração para o seu nome, o da deusa grega mensageira Íris. O hormônio transforma o tecido adiposo branco, que guarda energia em forma de gordura, em marrom. Este dissipa energia sob a forma de calor.

Sua descrição inspirou os cientistas brasileiros a estudar qual seria seu papel no cérebro. Foram sete anos de pesquisa envolvendo cobaias, amostras de cérebro extraídas de pacientes mortos e do líquido cefalorraquidiano coletadas de portadores. Eles chegaram a conclusões importantes: o exercício físico estimula a produção de irisina diretamente no cérebro, onde ela mantém preservadas as sinapses, os espaços entre os neurônios por onde trafegam os neurotransmissores (substâncias que fazem a comunicação entre as células nervosas). “Além disso, o hormônio provoca reações químicas dentro dos neurônios importantes para a memória”, explica Sérgio Ferreira, um dos autores do estudo. Todas essas funções protegem o cérebro da perda de capacidade de aprender e de armazenar informações e chegam a restaurar o que havia sido perdido.

Os dados podem embasar a criação de remédios contra a doença. Mas falta muito até lá. O próximo passo dos pesquisadores é compreender melhor a função do hormônio no cérebro. Depois, há ainda etapas de pesquisa em laboratório e, por fim, em humanos. Tudo isso levará anos. Porém, a informação de que o exercício pode prevenir e retardar a doença deve servir, já, como mais um estímulo para a sua prática. Não há um tempo estabelecido (as cobaias fizeram uma hora por dia de natação, durante cinco semanas), mas ao menos adotar a velha orientação de caminhadas diárias de 20 minutos, por exemplo, é um bom começo.

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GESTÃO E CARREIRA

NO TOPO DO RANKING

Aparecer na primeira página do Google é, hoje, uma meta para muitas empresas. Mas a tarefa nem sempre é fácil. É preciso saber o caminho correto e quais as “artimanhas” para concluí-lo superando os obstáculos.

No topo do ranking

Estar bem posicionado no Google e aparecer nas primeiras páginas do buscador é para as empresas algo de primeira necessidade. É por meio dele que milhões de internautas pesquisam produtos e serviços todos os dias. Alguns partem para os links patrocinados, outros preferem o crescimento orgânico. Ai que está o desafio. Para ajudá-lo, consultamos especialistas, os quais listaram nove pontos que merecem atenção caso você queira que sua página “bombe” na internet.

AGILIDADE

De fato, o Google vem declarando há muitos anos que eles querem o site mais rápido possível. Por isso, é preciso entender um dos primeiros princípios do Google, que é: entregar o melhor tipo de resultado da maneira mais rápida possível.

E é tão claro para o Google o quanto eles querem seguir esse princípio que se você fizer qualquer pesquisa no buscador – desde o começo até hoje – ele mostra quantos segundos demorou para trazer a solução para você. “Vou dar um exemplo: se você digita ‘downloads’ no Google, ele vai informar: ‘Aproximadamente 10 bilhões de resultados de busca em 0,41 segundos’, ou seja, menos de um segundo. O princípio do Google é sempre entregar a melhor experiência possível para o usuário”, comenta o empresário especialista em tráfego e audiência na internet e autor do livro Atenção: o maior ativo do mundo o caminho mais efetivo para ser conhecido, gerar valor para seu público e ganhar dinheiro, Samuel Pereira.

Agora, se ele trouxer no primeiro resultado de pesquisa um site que demora muito para carregar, automaticamente o Google prestará um mau serviço, porque ele indicou um site que demora para abrir. Agilidade é uma coisa que a gente preza muito na internet, certo? Então, quanto mais agilidade você tem, melhor será a sua maneira de prestar o serviço.

EM TODAS AS TELAS

Segundo a pesquisa TIC Domicílio 2017- a mais recente sobre o tema – produzida pelo Centro Regional e Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, vinculado às Nações Unidas e ao Comitê Gestor da Internet no Brasil, a conexão à internet somente pelo celular se tornou a forma mais comum de navegar na web no nosso País; 49% dos lares brasileiros dependem exclusivamente do celular para navegar. O índice foi pela primeira vez superior aos domicílios que usam tanto dispositivos móveis quanto computadores.

Não é para menos que o site precisa ser responsivo. Se você entrega um site que não é responsivo (um site que não abre corretamente, que não tem leitura, ou tem uma imagem em cima da outra), é a mesma coisa, você está prestando um péssimo serviço para os seus usuários. Por isso que essa é uma questão primordial. “Para resolver este problema, eu sugiro acessar o site testmysite. thinkwithgoogle.com. Ele vai analisar e relatar quanto tempo demora para o seu site carregar na versão mobile, se é satisfatório ou não e quais são as adaptações que você deve fazer para aperfeiçoar ainda mais o seu espaço ou o espaço do seu negócio”, orienta Samuel Pereira.

URL AMIGÁVEL

Uma boa estrutura de URL é um fator imprescindível para a qualificação de um site no ranqueamento do Google. Quanto mais fácil e objetiva a leitura das URLs, melhor a reputação e classificação para os motores de busca.

Além disso, as URLs curtas costumam ser mais eficazes em seu propósito. “Utilizar palavras-chave na URL, e também combiná-las com títulos, é um bom incentivo. Caracteres de difícil leitura ou termos repetidos são dispensáveis”, afirma a consultora de mídia e audiências na Reamp, Sabrina Garcia.

Caso a URL não esteja clara e bem estruturada, tanto o usuário quanto os buscadores podem não dar relevância ao seu site.

BACKLINKS

Os backlinks de qualidade fazem toda a diferença para quem quer se destacar na busca orgânica. Os links podem ser comparados a uma recomendação, por exemplo. Se seu carro quebrar e você perguntar para um amigo se ele conhece um bom mecânico, ele só vai recomendar se realmente confiar no profissional.

Ter links de outros sites apontando para o seu é essencial. Isso permite que você tenha backlinks de qualidade, e são eles que vão mostrar ao Google o valor do seu site. “Quando você é bem citado (várias vezes e por bons sites), seu conteúdo é considerado cada vez mais importante, comenta a equipe da Agência IMMA, especialista em marketing digital. O especialista em negócios digitais Juliano Leme traz uma clica: “Invista em publicar seus conteúdos com ‘linkagem ‘ em portais e blogs de qualidade; isso significa que você deverá fazer investimento financeiro para isso acontecer ou ter uma boa rede ele relacionamento. Quanto mais links de qualidade, melhor será seu posicionamento no Google”.

CONTEÚDO DE QUALIDADE

Conteúdo ele qualidade e inédito é uma das regras de ouro para o Google. Quando você faz uma boa pesquisa de palavras-chave e encontra as mais buscadas do seu nicho, suas chances de primeira página aumentam de maneira significativa. “Isso possibilitará que seu site eleve o tráfego orgânico, que é um fator importantíssimo para obter um melhor ranqueamento”, defende a Agência IMMA.

Sabendo disso, a estratégia é que esse conteúdo publicado seja focado em pessoas, transformação ou descoberta que a pessoa possa ter. “Utilizando o conteúdo, o engajamento com o conteúdo e os fatores sociais são o que mais têm peso para o ranqueamento”, afirma Juliano Leme.

CONTEÚDO ÚTIL

Podemos dizer que a essência de SEO é a produção de conteúdo relevante e de qualidade para o usuário. Porém, para ganhar as melhores posições não basta apenas qualidade, ele também precisa ser útil. Textos mais longos, com mais caracteres acabam sendo considerados mais profundos e se destacando dos menores.

As palavras-chave são o carro-chefe de SEO, são elas que ativam o conteúdo nas buscas. Quanto mais próxima a Keyword do início do título, mais fácil é para o usuário entender e o Google interpretar. As Head Tags, que são algumas das formas usadas pelas ferramentas de busca para identificar os assuntos tratados no site, são separadas por hierarquia. “A Head Tag, é a que está no topo.

Com isso, possui suma importância para o ranqueamento das páginas. As tags h2 e h3 estão abaixo da hl, mas também têm peso. O importante é saber que elas devem ser usadas com naturalidade”, orienta Sabrina Garcia, da Reamp.

O Google prioriza a classificação para sites otimizados para a palavra-chave que correspondem exatamente à busca. Apesar de não ter grande peso, conteúdos mais atualizados costumam ser priorizados nas pesquisas.

ARTIGOS DE CONVIDADOS

Postar artigos de convidados também ajuda muito a subir no ranking do Google. Isso não é muito difícil: basta convidar pessoas que sejam referência na sua área e trocar conteúdo inédito com elas. Assim, vocês estarão ajudando um ao outro.

EVITE CÓPIAS

Existem algumas boas práticas para uma boa classificação no Google. Por exemplo, a arquitetura e usabilidade do site sempre proporcionam uma experiência de qualidade para o usuário. Por outro lado, certas ações são necessárias para evitar a perda de posicionamento, como a cópia ou duplicação do conteúdo a ser veiculado na página. “Além disso, é preciso escapar dos links quebrados, que direcionam os usuários para páginas inexistentes, assim como os pop-ups, que incomodam o usuário durante a navegação”, pontua Sabrina Garcia, da Reamp. Já os erros de ortografia e gramática, assim como os sites mal escritos, podem ser considerados spam e não beneficiam em nada o site.

SÍNDROME DA FOLHA EM BRANCO

As pessoas esquecem que estão fazendo conteúdo para outras pessoas, e não para robôs de ranqueamento. Mas para isso é preciso “começar”. Existe uma síndrome que assombra muitos criadores de conteúdo, que é a síndrome da folha em branco. As pessoas querem ter o melhor conteúdo possível, mas ficam travadas na hora de escrever. É claro que não se deve ter um conteúdo ruim, mas é preciso começar. Se você não começa, ninguém vai saber de você e você não vai aprender. “Sempre que começo um blog, um projeto novo, a primeira coisa que eu faço é focar a quantidade”, comenta Samuel Pereira. Comece a fazer post todos os dias. É um trabalho difícil, mas, depois de dois meses, você tem 60 posts. Então, você pode parar e olhar para as métricas e entender qual post tem mais acesso e reproduzir mais conteúdo no mesmo estilo, com tema derivado, semelhante.

 

GLOSSÁRIO

BACKLINKS – são links que direcionam o internauta de uma página da internet para outra. Esse direcionamento pode ser para interno ou para domínios de outras empresas ou pessoas.

BUSCA ORGÂNICA – é o resultado natural que aparece no site de buscas. É o link “não pago”.

LINK PATROCINADO, como o nome sugere, são links pagos que aparecem, normalmente, no topo das páginas de resultado.

SEO – significa Search Engine Optimization (Otimização para mecanismos de busca). De maneira geral, é um conjunto de técnicas para otimizar sites e blogs. A proposta com isso é atingir um bom tráfego e autoridade para o endereço eletrônico.

SITE RESPONSIVO – é aquele que se adapta ao tipo de tela do dispositivo usado pelo internauta. O layout fica otimizado para quem está acessando a partir de um smartphone, por exemplo.

URL – nada mais é do que o endereço do seu site.

ALIMENTO DIÁRIO

PROVÉRBIOS 16: 1-5

Pensando biblicamente

A SOBERANIA DA PROVIDÊNCIA DIVINA

 

V. 1 – Ao lermos este versículo, vemos que ele nos ensina uma grande verdade, a de que não temos suficiência, para pensar ou falar por nós mesmos, nada que seja sábio e bom, mas que toda a nossa suficiência está em Deus , que está com o coração e com a boca, e opera em nós tanto o querer como o efetuar (Filipenses 2.3; Salmos 10.17). Mas muitos interpretam de outra maneira: a preparação do coração está no homem (ele pode planejar e designar, isto e aquilo), mas a resposta da língua. não somente a transmissão do que ele decidiu falar, mas o resultado e o sucesso do que ele decidiu fazer, vêm do Senhor. Isto é, em resumo:

1. O homem propõe. Ele tem liberdade de pensamento e livre arbítrio; que forme seus projetos, e conceba seus esquemas, conforme julgar melhor: mas, afinal:

2. Deus dispõe. O homem não pode continuar com suas atividades sem o auxílio e a bênção de Deus, que criou a boca do homem e nos ensina o que temos que dizer. Na verdade, Deus pode, facilmente, contrariar os propósitos dos homens, e frequentemente o faz, e frustra os seus desígnios. Era uma maldição que estava preparada no coração de Balaão, mas a resposta da língua foi uma bênção.

 

V. 2 – Observe:

1. Todos nós somos propensos a ser parciais, na avaliação de nós mesmos: todos os caminhos do homem, todos os seus desígnios, todas as suas obras, são limpos aos seus olhos, e ele não vê nada de errado neles, nada que o condene, ou que prove que os seus projetos não sejam para o bem; e por isto ele tem confiança de sucesso, e de que a resposta da língua será de acordo com as expectativas do coração; mas há uma grande dose de contaminação que se prende aos nossos caminhos, da qual não estamos cientes, ou não julgamos tão má como deveríamos.

2. Temos a certeza de que o juízo de Deus, a nosso respeito, é segundo a verdade: “O Senhor pesa os espíritos”, em uma balança justa e inequívoca, Ele conhece o que há em nós, e profere a sentença de maneira correspondente, escrevendo TEQUEL, pesado foste na balança e achado em falta; e de acordo com o seu juízo, devemos permanecer ou cair. Ele não somente vê os caminhos dos homens, mas pesa os seus espíritos, e nós somos como nossos espíritos.

 

V. 3 – Observe:

1. É uma coisa muito desejável, ter os nossos pensamentos estabelecidos, e não jogados e precipitados, por temores e preocupações inquietantes – para prosseguirmos em um caminho firme de honestidade e piedade, sem sermos perturbados, ou desestabilizados, por qualquer evento ou mudança – satisfeitos, na certeza de que tudo terá bom resultado, no final, e por isto, estar sempre calmos e tranquilos.

2. A única maneira de termos os nossos pensamentos estabelecidos é confiar as nossas obras ao Senhor. As grandes preocupações das nossas almas devem se r confiadas à graça de Deus. com uma dependência e submissão à conduta dessa graça (2 Timóteo 1.12); todas as nossas preocupações devem ser confiadas à providência de Deus, e à soberana, sábia e piedosa disposição dessa providência. Confia as tuas obras ao Senhor (este é o significado da palavra); transfere o fardo das tuas preocupações para Deus. Apresenta o problema diante dele, em oração. Torna tuas obras conhecidas do Senhor (assim alguns interpretam), não somente as obras da tua mão, mas as do teu coração; e então deixa-as com Ele, com fé e confiança nele, submissão e resignação a Ele. A vontade do Senhor será feita. Nós poderemos, então, ficar tranquilos, quando decidirmos que o que quer que agrade a Deus. agradará a nós.

 

V. 4 – Observe:

1. Deus é a primeira causa. Ele é o primeiro de todas as coisas e todas as pessoas, a fonte da existência; a cada criatura, Ele deu a sua existência, e indicou o seu lugar. Até mesmo os ímpios são suas criaturas, ainda que sejam rebeldes; Ele lhes deu os poderes com os quais eles lutam contra Ele, entretanto o fato de que não permitam que aquele que os criou os governe agrava a sua iniquidade, e, portanto, embora Ele os tenha criado, não os salvará.

2. Deus é o fim derradeiro. Tudo pertence a Ele, e se origina dele, e por isto, tudo é para Ele, e por Ele. Ele criou tudo. conforme a sua vontade e para o seu louvor; Ele se determinou a servir aos seus próprios propósitos com todas as suas criaturas, e não falhará em seus desígnios; todos são seus servos. Ele não é glorificado pelo ímpio, mas por causa dele, será glorificado. Ele não torna ímpio nenhum homem, mas criou àqueles a quem previu que seriam ímpios: ainda assim, Ele os fez (Genesis 6.6), porque sabia como obter honra por causa deles. Veja Romanos 9.22. Ou (como alguns interpretam), Ele criou os ímpios, para que fossem empregados por Ele, como instrumentos da sua ira no dia do mal, quando Ele trouxer o juízo ao mundo. Ele faz algum uso, até mesmo dos ímpios, como de outras coisas, para que sejam a sua espada, a sua mão (Salmos 17.13,14). O rei da Babilônia é chamado seu servo.

 

V. 5 – Observe:

1. A soberba dos pecadores coloca Deus contra eles. Aquele que, sendo exaltado em posição, é altivo de coração, cujo espirita é exaltado com a sua condição, de modo que se torna insolente na sua conduta, para com Deus e o homem, que saiba que, ainda que ele admire a si mesmo, e os outros o bajulem, ainda assim é uma abominação para o Senhor. O grande Deus o despreza; o santo Deus o detesta.

2. O poder dos pecadores não os pode proteger de Deus, ainda que eles se fortaleçam, unindo as mãos. Embora eles possam se fortalecer, uns aos outros, com suas confederações e combinações, unindo suas forças contra Deus, não escaparão ao seu justo juízo. Ai daquele que contende com o seu Criador (Provérbios 11.21; Isaias 45.9).

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