PROVÉRBIOS 15: 9 – 13
V. 9 – Esta é uma razão para o que foi dito no versículo anterior.
1. Os sacrifícios dos ímpios são uma abominação para Deus, não por falta de detalhes na cerimônia, mas porque o seu caminho, todo o curso e o teor do seu modo de vida é ímpio, e, consequentemente, uma abominação para Ele. Os sacrifícios pelo pecado não eram aceitos dos que decidiam continuar no pecado, e eram, até o mais alto grau, abomináveis, se feitos com a intenção de obter uma tolerância com o pecado e uma permissão para continuar nele.
2. Portanto, a oração do justo é o prazer do Senhor, porque o justo é um amigo de Deus, e Ele ama aquele que, embora ainda não tenha alcançado, busca a justiça, avançando e prosseguindo, como o apóstolo Paulo (Filipenses 3.13).
V. 10 – Isto mostra que aqueles que não conseguem tolerar ser corrigidos devem esperar ser destruídos.
1. É comum que aqueles que já conheceram o caminho da justiça, mas o abandonaram, considerem uma grande afronta ser repreendidos e admoestados. Eles se sentem muito desconfortáveis com a repreensão; eles não podem e não desejam suportá-la; na verdade, porque odeiam ser modificados, odeiam ser repreendidos, e odeiam os que os tratam fielmente e amavelmente. Dentre todos os pecadores, os que mais se ressentem com as repreensões são os apóstatas.
2. É certo que aqueles que não desejaram ser repreendidos serão arruinados: aquele que odeia a repreensão, e insensibiliza o seu coração a ela, e se une aos seus ídolos; deixai-o. Ele morrerá, e perecerá para sempre em seus pecados, uma vez que não desejou ser separado deles, “Bem vejo eu que já Deus deliberou destruir-te, porquanto fizeste isso e não deste ouvidos a meu conselho” (2 Crônicas 25.16; veja também Provérbios 29.1).
V. 11 – Isto confirma o que foi dito (v. 3) a respeito da onipresença de Deus, e do seu juízo sobre os justos e os ímpios.
1. Deus conhece todas as coisas, até mesmo aquelas coisas que estão escondidas dos olhos de todos os vivos: “O inferno e a perdição estão perante o Senhor”, não somente o centro da terra, e as suas cavernas subterrâneas, mas o sepulcro, e todos os cadáveres que estão ali sepultados, longe dos nossos olhos; estão todos perante o Senhor, todos diante dos seus olhos, de modo que nenhum deles poderá estar perdido, quando ressuscitarem outra vez. Ele sabe onde cada homem está enterrado, até mesmo Moisés, incluindo o local onde estão os corpos daqueles que foram enterrados na maior obscuridade; e Ele não precisa de nenhum monumento com a frase Hic jacet – Aqui jaz, para orientá-lo. O lugar dos condenados, em particular, e todos os seus tormentos, que são in descritíveis, a condição das almas separadas, em geral, e todas as suas circunstâncias, estão sob os olhos de Deus. A palavra aqui usada com o significado de perdição é Abadom, que é um dos nomes do diabo (Apocalipse 9.11). Este destruidor, ainda que nos engane, não consegue fugir ou escapar ao conhecimento divino. Deus lhe pergunta de onde vem (Jó 1.7), e vê através de todos os seus disfarces, ainda que ele seja astuto, sutil, e rápido (Jó 26.6).
2. mas porque o seu caminho, todo o curso e o teor do seu modo de vida é ímpio, e, consequentemente, uma abominação para Ele. Os sacrifícios pelo pecado não eram aceitos dos que decidiam continuar no pecado, e eram, até o mais alto grau, abomináveis, se feitos com a intenção de obter uma tolerância com o pecado e uma permissão para continuar nele.
3. Portanto, a oração do justo é o prazer do Senhor, porque o justo é um amigo de Deus, e Ele ama aquele que, embora ainda não tenha alcançado, busca a justiça, avançando e prosseguindo, como o apóstolo Paulo (Filipense 3.13).
V. 12 – Um escarnecedor é alguém que não somente tenta zombar de Deus e da religião, mas que desafia os métodos empregados para a sua própria condenação e reforma, e, como evidência disto:
1. Não consegue suportar as repreensões da sua própria consciência, nem permitirá que ela lide claramente com ele: “Não ama o escarnece dor aquele que o repreende”; ele não consegue se isolar em seu próprio coração e se comunicar seriamente com ele, não admitirá nenhum pensamento ou argumentação razoável consigo mesmo, nem permitirá que seu próprio coração o fira, se puder evitar isto. É triste o caso do homem que teme familiarizar-se e discutir consigo mesmo.
2. Ele não consegue suportar os conselhos e as admoestações de seus amigos: “Ele não se chegará para os sábios”, para que não lhe deem conselhos sábios. Devemos não somente receber os sábios, quando vêm a nós, mas também ir até eles, como mendigos, à porta do rico, em busca de esmolas; mas isto o escarnecedor não fará, por medo de que lhe digam quais são os seus erros, e de que o levem a se transformar.
V. 13 – Aqui:
1. Alegria inofensiva e inocente nos é recomendada, como a que contribui com a saúde do corpo, vivificando os homens e tornando-os adequados para o trabalho, perante a aceitabilidade do seu modo de vida, fazendo o rosto brilhar e tornando-os agradáveis. uns aos outros. Um espírito alegre, sob o controle da sabedoria e da graça, é um grande ornamento para a religião, acrescenta brilho à formosura da santidade, e torna os homens mais capazes de fazer o bem.
2. A melancolia nociva é aquilo contra o que somos advertidos, como um grande inimigo para nós, tanto em nossa devoção quanto em nosso modo de vida: “Pela dor do coração”, quando esta domina e tiraniza (como poderá vir a fazer por algum tempo se cedermos a ela), o espírito se abate, e se torna inadequado para a obra de Deus. A tristeza do mundo opera a morte. Por isto, choremos, como se não chorássemos, como um ato de justiça a nós mesmos, e também em conformidade com Deus e com a sua providência.
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