PSICOLOGIA ANALÍTICA

UPGRADE DO CÉREBRO

Você gostaria de “atualizar” algumas funções cognitivas? ou “limpar” informações de sua memória? A popularização dos computadores está influenciando a maneira como pensamos nossas habilidades mentais, e é cada vez mais comum usar termos da tecnologia para descrevê-las

Upgrade do cérebro

Se você pudesse aprimorar uma capacidade do cérebro, qual escolheria? A revista Scientific American Mind, parceira de Mente e Cérebro nos Estados Unidos, fez essa pergunta aos leitores em uma pesquisa on-line. Em 215 respostas, a redação notou uma tendência: muitos usaram vocabulário da tecnologia, como memória RAM e cartões SD, para descrever características do cérebro e funções cognitivas. Claramente, a popularização de smartphones e computadores está influenciando a maneira como pensamos nossas habilidades mentais.

O foco tecnológico pode explicar o fato de 25% terem escolhido melhorar a memória. Dispositivos tecnológicos capazes de salvar rotineiramente uma infinidade de dados nos lembram do valor do maior acesso à informação. A crescente prevalência de demência, que afeta 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo, também pode tornar nossa capacidade de recordação especialmente importante. Cada vez mais grupos de pesquisa estão trabalhando para descobrir formas de combater o problema. Uma nova abordagem utiliza o ultrassom para aumentar o poder de ação de medicamentos.

Aprender foi outra habilidade bastante citada. Na maioria das vezes, a intenção era dominar matemática, música ou línguas estrangeiras. Nesse sentido, pesquisas recentes mostram que alterar estrategicamente os padrões de disparo neural pode ajudar a aprimorar funções relacionadas à aprendizagem. Por enquanto, essas intervenções estão restritas à prática médica, mas técnicas semelhantes também podem estimular a criatividade e a concentração.

Finalmente, nenhuma pesquisa hipotética sobre o “upgrade do cérebro” – ou da forma como o pensamos – estaria completa sem ideias inspiradas na ficção científica. Dois leitores escreveram que gostariam de gravar seus pensamentos para reproduzir seus monólogos internos. Outros sugeriram conexões neurais com a internet para obter informações mais rapidamente. Houve também quem desejasse um interruptor que pudesse unir nossas mentes numa espécie de consciência cósmica para evitar crises humanitárias.

Essas noções podem parecer improváveis, mas pesquisas feitas no mundo real continuam a nos surpreender com as novas tecnologias. Um exemplo é a estimulação da língua com choques elétricos para ajudar a restaurar a mobilidade de pacientes com danos neurais. A seguir, uma seleção dos plugins e power-ups mentais que estão surgindo.

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 ULTRASSOM FOCALIZADO

TÉCNICA PODE MELHORAR EFICÁCIA DE MEDICAMENTOS E POTENCIALIZAR OUTROS TRATAMENTOS.

O cérebro conta com defesas formidáveis. Além do crânio, as células que formam a barreira hematoencefálica ajudam a impedir que substâncias tóxicas e patogênicas atinjam o sistema nervoso central. Desvantagem dessa proteção é que ela bloqueia o acesso de medicamentos ao cérebro. Agora, pesquisadores testam uma nova abordagem para atravessar essa barreira: as ondas sonoras.

O físico e médico Kullervo Hynynen e sua equipe do Instituto de Pesquisa Sunnybrook, em Toronto, estudam uma técnica para administrar medicamento por meio de uma injeção de bolhas microscópicas de gás. Depois da inoculação, os pacientes usam uma touca que direciona as ondas sonoras para locais específicos do cérebro, abordagem chamada de ultrassom focalizado de alta intensidade. As oscilações fazem as bolhas vibrar, afastando temporariamente as células da barreira hematoencefálica, o que permite infiltrar medicamentos no cérebro. Hynynen e seus colegas estudam aplicar o método para administrar quimioterapia em pacientes com tumores cerebrais. Eles e outros grupos planejam testes semelhantes com pessoas que sofrem de outras doenças do cérebro, como Alzheimer.

Os médicos começam a considerar esse recurso como alternativa à cirurgia cerebral. Pacientes com distúrbios do movimento, como Parkinson e distonia, cada vez mais recebem tratamento por meio de eletrodos implantados, capazes de interferir na atividade cerebral irregular. Pesquisadores da Universidade da Virgínia esperam usar o ultrassom focalizado para administrar lesões térmicas por radiofrequência profundamente no cérebro sem a necessidade de cirurgia convencional.

“Utilizar o ultrassom para causar lesões no corpo não é um conceito novo. A abordagem, porém, não pode ser aplicada no cérebro devido ao contorno, densidade e espessura do crânio”, diz o neurologista Binit Shah, da Universidade da Virgínia. A nova técnica, segundo ele, supera esse obstáculo: é capaz de apontar mais de mil flashes de luz numa área-alvo. Os resultados preliminares de Shah e seus colegas com pacientes com tremor essencial (problema neurológico comum, geralmente benigno, que causa tremores nas mãos e braços) foram publicados no New England Journal of Medicine, no ano passado. Eles constataram que a lesão ultrassônica de parte do tálamo ajudou a diminuir a agitação motora. Agora, pretendem expandir os resultados da pesquisa e lançar outros estudos pilotos para explorar sintomas de Parkinson.

Os benefícios do ultrassom focalizado podem se estender muito além da restauração da mobilidade e administração de drogas. Outros grupos de pesquisa exploram sua utilização também no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e da dor neuropática.

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MIRAR OS NEURÔNIOS CERTOS

O DESAFIO DA ESTIMULAÇÃO COM CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS É ATINGIR ÁREAS CADA VEZ MAIS ESPECÍFICAS

Campos elétricos e magnéticos são capazes de influenciar e alterar a ação de células neurais. O problema é que geralmente afetam as células indiscriminadamente, inclusive as sadias.

Agora, os pesquisadores estudam como atingir essas áreas mais precisa­ mente para tratar o câncer cerebral e a depressão maior.

Em 2011, o Food and Drug Administration (FDA, órgão que cuida da regulação de drogas e alimentos nos Estados Unidos) aprovou uma touca portátil que dispara campos elétricos alternados de baixa intensidade para tratar tumores em adultos com glioblastoma multiforme recorrente, a forma mais comum e persistente de câncer no cérebro. Células cancerígenas que se dividem rapidamente têm forma e carga elétrica específicas, o que permite que os campos de força as destaquem. A destruição da máquina de copiar células tumorais poderia incitá-las ao suicídio.

Outra técnica emergente procura atingir alvos específicos para tratar a depressão maior. Ainda em fase experimental, a terapia magnética convulsiva (TMC) cobre certas áreas do cérebro com intensos e fortes campos magnéticos alternados, o que provoca alterações químicas nos neurônios que os fazem disparar simultaneamente, induzindo a uma convulsão. O objetivo é o mesmo da terapia eletroconvulsiva (ECT), popularmente conhecida como terapia de choque. Por razões não esclarecidas, provocar atividade elétrica no córtex alivia sintomasA tecnologia já está em fase de teste contra outros tipos de câncer, como o de pulmão e o meningioma (que atinge as membranas que recobrem e protegem o cérebro).

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CHOQUE NA LÍNGUA

ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA PODE AJUDAR A REPARAR DANOS NEURAIS

Um fato pouco conhecido: a língua é diretamente conectada ao tronco cerebral. Agora, os cientistas exploram essa característica anatômica para ajudar na reabilitação neurológica. Pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison descobriram recentemente que estimular eletricamente esse órgão pode ajudar pacientes com esclerose múltipla a andar de forma mais equilibrada. Ainda sem cura, a doença danifica o revestimento ao redor dos nervos, interrompendo a comunicação entre o corpo e o cérebro. A perda de controle muscular é um dos principais sintomas.

Em um estudo publicado no Joumal of Neuro Engineering and Rehabilitation, o neurocientista Yuri Danilov e sua equipe aplicaram impulsos elétricos indolores, por 14 semanas, na ponta da língua de pacientes com a patologia enquanto faziam fisioterapia. Aqueles que receberam o estímulo melhoraram o dobro em variáveis como equilíbrio e estabilidade em comparação com um grupo de controle que fez os exercícios, mas não foi submetido à suave carga elétrica.

Danilov explica que esse órgão tem uma vasta integração sensorial e motora com o cérebro. Os nervos, em sua ponta, são diretamente conectados ao tronco encefálico, que controla processos corporais básicos. Pesquisas anteriores demonstram que o envio de pulsos elétricos através da língua ativa a rede neural relacionada ao equilíbrio, o que pode reforçar o circuito enfraquecido pela esclerose múltipla.

Os cientistas começaram a utilizar essa técnica para tratar pacientes com perda de visão, derrame e danos causados pelo Parkinson. “Acredito que encontramos um novo caminho para a reabilitação de muitos distúrbios neurológicos”, comemora Danilov.

OUTROS OLHARES

O MITO DA LIBERDADE

Governos e corporações logo estarão conhecendo você melhor do que você se conhece. A crença no “livre-arbítrio” tornou-se realmente perigosa.

O mito da liberdade

Devem os intelectuais servir à verdade, mesmo ao custo da harmonia social? Você deve desmascarar uma ficção, mesmo que essa ficção esteja mantendo a ordem social? Ao escrever meu mais recente livro, 21 Lições para o Século 21, tive de lutar com esse dilema em relação ao liberalismo, aqui mencionado como ordem social.

Por um lado, creio que a narrativa liberal é falha, que ela não fala a verdade sobre a humanidade, e que para podermos sobreviver e florescer no século XXI precisamos ir além dela. Por outro lado, atualmente a narrativa liberal ainda é fundamental para o funcionamento da ordem global. Mais ainda, o liberalismo está sendo agora atacado por fanáticos religiosos e nacionalistas que acreditam em fantasias nostálgicas que são muito mais perigosas e nocivas.

Sendo assim, será que devo expressar abertamente o que penso, correndo o risco de que minhas palavras possam ser interpretadas fora do contexto e usadas por demagogos e autocratas para continuar atacando a ordem liberal? Ou devo me autocensurar? É característico de regimes não liberais tornar a livre expressão mais difícil, até mesmo fora de suas fronteiras. Devido à expansão desses regimes, está ficando cada vez mais perigoso pensar criticamente sobre o futuro de nossa espécie.

Costumo optar por uma discussão livre em detrimento da autocensura, graças à minha crença tanto na força da democracia liberal quanto na necessidade de remodelá-la. A grande vantagem do liberalismo sobre outras ideologias é que ele é flexível e não dogmático. Suporta críticas melhor do que qualquer outra ordem social. Na verdade, é a única ordem social que permite que se questionem até mesmo seus fundamentos. O liberalismo já sobreviveu a três grandes crises – a I Guerra Mundial, o desafio fascista na década de 30 e o desafio comunista entre os anos 1950 e 1970. Se você acha que o liberalismo enfrenta dificuldades agora, lembre-se apenas de como as coisas eram piores em 1918, em 1938 ou em 1968.

Em 1968, as democracias liberais pareciam ser uma espécie em perigo, e mesmo dentro das próprias fronteiras eram sacudidas por tumultos, assassinatos, ataques terroristas e ferozes batalhas ideológicas. Se você por acaso esteve envolvido nos tumultos em Washington no dia seguinte ao do assassinato de Martin Luther King, ou em Paris em maio de 1968, ou na convenção do Partido Democrata em Chicago em agosto de 1968, pode muito bem ter pensado que o fim estava próximo. Enquanto Washington, Paris e Chicago estavam à beira do caos, Moscou e Leningrado estavam tranquilas, e o sistema soviético parecia destinado a durar para sempre. Vinte anos depois, porém, foi o sistema soviético que entrou em colapso. Os conflitos da década de 60 fortaleceram a democracia liberal, enquanto o ambiente sufocante no bloco soviético pressagiava sua extinção.

Por isso, temos a esperança de que o liberalismo seja capaz de se reinventar mais uma vez. Mas o principal desafio que ele enfrenta atualmente não vem do fascismo nem do comunismo, nem mesmo dos demagogos e autocratas que se espalham por toda parte como sapos depois da chuva. Desta vez o principal desafio surge dos laboratórios.

O liberalismo se baseia na crença na liberdade humana. Diferentemente de ratos e macacos, supõe-se que seres humanos tenham “livre-arbítrio”. E isso que faz com que sentimentos e escolhas humanas constituam a moral definitiva e a autoridade política no mundo. O liberalismo nos diz que o eleitor sabe o que é melhor, que o cliente tem sempre razão e que devemos pensar por nós mesmos e seguir nosso coração.

Infelizmente, o “livre-arbítrio” não é uma realidade científica. É um mito herdado da teologia cristã. Os teólogos desenvolveram a ideia do “livre-arbítrio” para explicar por que Deus tem razão ao punir os pecadores por suas escolhas ruins e recompensar os santos por suas escolhas boas. Se nossas escolhas não forem feitas livremente, por que deveria Deus nos punir ou recompensar por elas? Segundo os teólogos, é razoável que Deus faça isso, porque nossas escolhas refletem o “livre-arbítrio” de nossas almas eternas, que independem de quaisquer restrições físicas ou biológicas.

Esse mito pouco tem a ver com o que a ciência nos ensina agora sobre o Homo sapiens e os outros animais. Os humanos certamente têm um arbítrio – mas ele não é livre. Você não tem a prerrogativa de decidir que desejos terá. Não decide se vai ser introvertido ou extrovertido, descontraído ou ansioso, gay ou hétero. Os humanos fazem escolhas – mas elas nunca são escolhas independentes. Cada escolha depende de um monte de condições biológicas, sociais e pessoais que você não é capaz de determinar por si mesmo. Sou capaz de decidir o que comer, com quem me casar e em quem votar, mas essas escolhas são determinadas em parte por meus genes, minha bioquímica, meu gênero, meu contexto familiar, minha cultura nacional etc. – e eu não escolhi quais genes ou qual família ter.

Essa não é uma teoria abstrata. Você pode testemunhar isso facilmente. Apenas observe o próximo pensamento que surgir em sua mente. De onde ele veio? Você escolheu livremente pensar nisso? É óbvio que não. Se você observar cuidadosamente sua mente, vai se dar conta de que tem pouco controle sobre o que está acontecendo lá e de que não está escolhendo livremente o que pensar, o que sentir e o que querer.

Embora o “livre-arbítrio” tenha sido sempre um mito, foi um mito útil em séculos passados. Ele encorajou pessoas que tiveram de lutar contra a Inquisição, contra o direito divino dos reis, contra a KGB e a KKK. O mito também custava pouco. Em 1776 ou 1945 houve relativamente poucos danos em acreditar que seus sentimentos e suas escolhas eram produto de algum “livre-arbítrio”, e não resultado da bioquímica e da neurologia.

Mas agora a crença no “livre-arbítrio” de repente ficou perigosa. Se governos e corporações tiverem êxito em hackear o animal humano, as pessoas mais fáceis de ser manipuladas serão aquelas que acreditam em “livre-arbítrio”.

Para ter sucesso no hackeamento de humanos, são necessárias duas coisas: um bom conhecimento de biologia e muito poder computacional. A Inquisição e a KGB não tinham esse conhecimento nem esse poder. Mas, brevemente, corporações e governos poderão ter os dois, e, uma vez tendo hackeado você, eles não apenas poderão prever suas escolhas, mas também reestruturar seus sentimentos. Para fazerem isso, corporações e governos não precisam conhecer você perfeitamente. Isso é impossível. Eles só têm de conhecer você um pouco melhor do que você se conhece. E isso não é impossível, porque a maioria das pessoas não se conhece muito bem.

Se você acredita na narrativa liberal tradicional, ficará tentado a simplesmente descartar essa ameaça. “Não, isso nunca acontecerá. Ninguém jamais conseguirá hackear o espírito humano, porque existe ali algo que está muito além de genes, neurônios e algoritmos. Ninguém será capaz de ter sucesso em prever e manipular minhas escolhas, porque minhas escolhas refletem meu livre-arbítrio”. Infelizmente, descartar a ameaça não a fará desaparecer. Só vai deixar você mais vulnerável a ela.

O processo começa com coisas simples. Quando você está surfando na internet, um cabeçalho atrai seu olhar: “Gangue de imigrantes estupra mulher local”. Você clica no link. Exatamente no mesmo momento sua vizinha também surfa na internet, e um cabeçalho diferente atrai seu olhar: “Trump prepara um ataque nuclear ao Irã”. Ela clica nesse link. Os dois cabeçalhos são histórias de fake news, geradas talvez por trolls russos ou por um site interessado em aumentar o tráfego de cliques para incrementar a receita advinda de anúncios. Você e sua vizinha acham que clicaram nesses cabeçalhos movidos pelo “livre-arbítrio”. Mas na verdade vocês devem ter sido hackeados.

Propaganda e manipulação não são novidade, é claro. Mas, enquanto no passado elas funcionavam como um bombardeio de saturação indiscriminado, agora estão se tornando munição guiada com precisão. Quando Hitler fazia um discurso no rádio, ele visava ao mínimo denominador comum, porque não podia formatar sua mensagem para fraquezas singulares dos cérebros individuais. Agora, tornou-se possível fazer exatamente isso. Um algoritmo pode informar que você já tem um viés contra imigrantes e que sua vizinha já não gosta de Trump, razão pela qual você vê um cabeçalho e sua vizinha vê outro totalmente diferente. Em anos recentes, algumas das pessoas mais inteligentes do mundo têm trabalhado no hackeamento do cérebro humano para fazer você clicar em anúncios e lhe vender coisas. Agora esses métodos estão sendo usados para lhe vender políticos e ideologias também.

E isso é só o começo. Atualmente, os hackers se baseiam na análise de sinais e ações no mundo exterior: os produtos que você compra, os lugares que visita, as palavras que busca on-line. Porém, dentro de poucos anos, sensores biométricos serão capazes de dar aos hackers acesso direto a seu mundo interior e poderão observar o que acontece dentro de seu coração. Não o coração metafórico tão querido das fantasias liberais, e sim a bomba muscular que regula sua pressão sanguínea e muito de sua atividade cerebral. Os hackers serão então capazes de correlacionar seu ritmo cardíaco com os dados de seu cartão de crédito, e sua pressão sanguínea com o histórico de suas buscas. O que a Inquisição e a KGB teriam feito se tivessem braceletes biométricos que monitorassem constantemente seus humores e suas afeições? Tenha isso sempre em mente.

O liberalismo desenvolveu um impressionante arsenal de argumentos e instituições para defender as liberdades individuais contra ataques externos de governos opressores e religiões intolerantes, mas está despreparado para uma situação na qual a liberdade individual se subverteu de dentro e em que os próprios conceitos de “individual” e “liberdade” não fazem mais muito sentido. Para sobrevivermos e prosperarmos no século XXI, precisaremos deixar para trás a visão ingênua de que os humanos são indivíduos livres – visão herdada da teologia cristã tanto quanto do Iluminismo moderno – e aceitar o que os humanos realmente são: animais hackeáveis. Precisamos nos conhecer melhor.

É claro que esse conselho não tem nada de novo. Desde a antiguidade, sábios e santos aconselhavam repetidamente às pessoas “conhece-te a ti mesmo”. Mas nos tempos de Sócrates, Buda e Confúcio você não enfrentava uma real competição. Se você negligenciasse o conselho de conhecer a si mesmo, ainda seria uma caixa-preta para o resto da humanidade. Em contraste, hoje você tem competidores. Enquanto lê estas linhas, governos e corporações estão se empenhando em hackear você. Se conseguirem conhecê-lo melhor do que você se conhece, poderão lhe vender qualquer coisa que queiram – seja um produto, seja um político.

É particularmente importante conhecer suas fraquezas. Elas são os principais instrumentos daqueles que tentam hackear você. Computadores são hackeados por meio de linhas de programa defeituosas preexistentes. Humanos são hackeados mediante preexistentes medos, ódios, vieses e desejos. Os hackers não são capazes de criar medo ou ódio a partir do nada. Mas, quando descobrem do que as pessoas já têm medo e do que sentem ódio, é fácil apertar os botões emocionais relevantes e provocar uma fúria ainda maior.

Se as pessoas não conseguem conhecer a si mesmas pelos próprios esforços, talvez se possa reverter a tecnologia que os hackers usam para que ela nos proteja. Assim como seu computador tem um programa antivírus que faz uma varredura em busca de malwares, talvez precisemos de antivírus para o cérebro. Esse seu ajudante de inteligência artificial aprenderá, por experiência, quais são suas fraquezas específicas – seja por vídeos engraçados sobre gatos ou por histórias irritantes sobre Trump – e as bloqueará em seu benefício.

Mas tudo isso é na verdade apenas uma questão colateral. Se os humanos são animais hackeáveis,  e se nossas escolhas e opiniões não refletem nosso “livre-arbítrio”, qual deveria ser o papel da política? Durante 300 anos, ideais liberais inspiraram um projeto político que visava a dar ao maior número possível de indivíduos a capacidade de perseguir seus sonhos e realizar seus desejos. Estamos agora mais próximos do que nunca de alcançar esse objetivo – mas estamos também mais perto do que nunca de nos darmos conta deque tudo isso se baseou em uma ilusão. Exatamente as mesmas tecnologias que foram inventadas para ajudar indivíduos a ir atrás de seus sonhos tornaram possível dar uma nova engenharia a esses sonhos. Então, como posso confiar em qualquer de meus sonhos?

De certa perspectiva, essa descoberta dá aos humanos um tipo total­ mente novo de liberdade. Antes, nós nos identificávamos muito fortemente com nossos desejos, e buscávamos a liberdade para realizá-los. Sempre que nos vinha à mente qualquer ideia, corríamos para fazer aquilo que ela implicava. Passávamos nossos dias correndo por aí como loucos, levados numa furiosa montanha-russa de pensamentos, sentimentos e desejos, que erroneamente acreditávamos representar nosso “livre-arbítrio”. Oque acontecerá se pararmos de nos identificar com essa montanha-russa? O que acontecerá se observarmos cuidadosamente o próximo pensamento que espocar em nossa mente e perguntarmos: “De onde ele veio?”.

De início, dar-se conta de que nossos pensamentos e desejos não refle­ tem nosso “livre-arbítrio” pode nos ajudar a ficar menos obsessivos quanto a eles. Se eu me vir como um agente totalmente livre, escolhendo meus desejos com total independência do mundo, isso criará uma barreira entre mim e todas as outras entidades. Sinto que na realidade eu não preciso de nenhuma dessas outras entidades – sou independente. Simultaneamente, isso confere enorme importância a cada capricho meu – afinal, escolho esse desejo específico entre todos os desejos possíveis no universo. Quando damos muita importância a nossos desejos, vamos naturalmente tentar controlar e formatar o mundo inteiro de acordo com eles. Vamos travar guerras, derrubar florestas e desequilibrar todo o ecossistema na perseguição a nossos caprichos. Mas, se compreendermos que nossos desejos não resultam de uma livre escolha, é de esperar que nos preocupemos menos com eles, e também nos sintamos mais conectados com o resto do mundo.

As pessoas às vezes imaginam que se renunciarmos à nossa crença no “livre-arbítrio” ficaremos totalmente apáticos, encolhidos em algum canto e passando fome até morrer. Na verdade, renunciar a essa ilusão pode ter dois efeitos contrários: primeiro, pode criar uma conexão muito mais forte com o resto do mundo, e fazer com que você fique mais atento ao nosso meio ambiente e às necessidades e aos desejos dos outros. É como quando você está conversando com alguém. Se ficar focado naquilo que tem a dizer, dificilmente estará realmente ouvindo. Só estará aguardando a oportunidade de oferecer à outra pessoa um relance de sua mente. Mas, quando você põe os próprios pensamentos de lado, de repente será capaz de ouvir os outros.

Segundo, renunciar ao mito do “livre-arbítrio” pode fazer despertar uma curiosidade profunda. Se você se identifica fortemente com os pensamentos e desejos que surgem em sua mente, não faz muito esforço para conhecer a si mesmo. Pensa que já sabe exatamente quem é. Mas, quando percebe que “Ei, este não sou eu. É apenas um fenômeno de mudança bioquímica!”, você também se dá conta de que não tem ideia de quem – ou o que – realmente é. Isso pode ser o início da mais emocionante jornada de descoberta que um humano pode empreender.

Não há novidade alguma nessa atitude de duvidar do “livre-arbítrio” ou de explorar a verdadeira natureza da humanidade. Nós, humanos, discutimos isso mil vezes antes. Mas antes não tínhamos a tecnologia. E a tecnologia muda tudo. Antigos problemas de filosofia estão se tornando agora problemas práticos de engenharia e de política. E, enquanto os filósofos são pessoas muito pacientes – capazes de discutir sobre alguma coisa inconclusivamente durante 3000 anos -, os engenheiros são muito menos pacientes. Os políticos são os menos pacientes de todos.

Como funciona a democracia liberal numa era em que governos e corporações podem hackear seres humanos? O que resta de crenças em que “o eleitor sabe o que é melhor” e “o cliente tem sempre razão”? Como é que você vive quando percebe que é um animal hackeável, que seu coração talvez seja um agente do governo, que sua amígdala cerebelosa pode estar trabalhando para Vladimir Putin e que o próximo pensamento a surgir em sua mente pode muito bem ser o resultado de algum algoritmo que conhece você melhor do que você mesmo? Essas são as perguntas mais interessantes com que a humanidade agora depara.

Infelizmente, não são as perguntas que a maioria dos humanos está fazendo. Em vez de explorarem o que nos espera mais além das ilusões do “livre-arbítrio”, as pessoas estão, no mundo inteiro, retrocedendo para buscar abrigo em ilusões ainda mais antigas. Em vez de enfrentarem o desafio da inteligência artificial e da bioengenharia, uma terrível perda de tempo. A inteligência artificial e a bioengenharia têm a ver com a mudança de curso da própria evolução, e só dispomos de umas poucas décadas para descobrir o que fazer com elas. Não sei de onde virão as respostas, mas definitivamente não será de uma coleção de histórias escritas milhares de anos atrás.

Então, o que fazer? Precisamos lutar em duas frentes simultaneamente. Deveríamos defender a democracia liberal não só porque demonstrou ser uma forma de governo mais benigna do que qualquer de suas alternativas, mas também porque é a que coloca o menor número de limitações no debate sobre o futuro da humanidade. Ao mesmo tempo, precisamos questionar as suposições tradicionais quanto ao liberalismo e desenvolver um novo projeto político que esteja mais alinhado com as realidades científicas e os potenciais tecnológicos.

A mitologia grega conta que Zeus e Poseidon, dois dos maiores deuses, disputaram a mão da deusa Thetis. Mas, quando ouviram a profecia de que Thetis teria um filho mais poderoso do que seu pai, os dois recuaram, assustados. Como deuses planejam durar para sempre, não querem que um descendente mais poderoso compita com eles. Assim, Thetis casou com um mortal, o rei Peleus, e deu à luz Aquiles. Mortais gostam deque seus filhos brilhem mais que eles. Esse mito pode nos ensinar algo importante. Autocratas que planejam governar perpetuamente não gostam de incentivar o nascimento de ideias capazes de desalojá-los. Mas as democracias liberais inspiram a criação de novas visões, mesmo ao preço de questionar os próprios fundamentos.

O mito da liberdade. 2 * YUVAL NOAH HARARI, historiador israelense, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, é autor de Sapiens (2014), Homo Deus (2016) e 21 Lições para o Século 21 (2018)

 

 

GESTÃO E CARREIRA

QUER UMA FRUTA? É SÓ PEDIR!

Jovens criam empresa de delivery de cestas de frutas para escritórios e conquistam mercado de pequenas e médias empresas.

Quer uma fruta - É só pedir!

Carlos Alexandre Ribeiro e Leonardo Stecanella são dois amigos que no tempo de faculdade, em um bate-papo informal, tiveram uma ideia um tanto quanto inusitada para o mercado da época. A ideia dos jovens era: comercializar frutas e hortaliças on-line. Mas estamos falando disso em 2007, quando a internet – e mais propriamente falando do e-commerce – ainda estava começando no País.

Carlos Ribeiro conta que para tornar essa ideia um negócio real, não era assim tudo tão simples quanto eles imaginaram quando ela surgiu em 2007. Além de esbarrarem no fator da internet, ainda teriam a dificuldade de como atender uma cidade do porte de São Paulo por meio do e-commerce. Foi então que o plano inicial caiu por terra. Mas estamos falando apenas de um a parte do projeto, não do negócio. Afinal, eles são brasileiros e brasileiros não desistem nunca!

Segundo Ribeiro, eles perceberam que o caminho não era o e-commerce e que precisariam então adaptar o negócio. “Foi aí que eu e o Leonardo Stecanella tivemos outra ideia, a de criar um delivery de frutas. Assim surgiu a Snack Frutas, em 2009″, diz o sócio- fundador.

A proposta da Snack Frutas, de acordo com ele, é bem simples: levar aos colaboradores de pequenas e médias empresas cestas de frutas prontas para consumo. Sustentáveis, elas são de madeira e retornáveis, ou seja, a cesta entregue hoje é devolvida amanhã, vazia, para ser reabastecida. Nela, consta uma variedade de opções, das mais comuns, como abacaxi, banana, maçã e uva, até as menos conhecidas, como atemoia, mangostin, nêspera e umbu-cajá. Entregues diariamente logo pela manhã, as unidades comportam até 40 frutas, com opções in natura ou fatiadas, todas prontas para consumo.

CHAMA A BOA IDEIA!

A proposta da empresa é entregar cestas de frutas em escritórios e, mais que isso, contribuir com a saúde dentro do ambiente corporativo. “E nos preocupamos com todas as etapas deste processo, desde a higienização e embalagem das frutas à montagem das cestas. A Snack Frutas também tem uma preocupação sustentável: todas as cestas são retornáveis. Temos um compromisso com nossa qualidade, atendimento e pontualidade”, afirma.

Mas o principal diferencial é a dedicação diária, desde a colheita até a entrega aos clientes. “Nossos produtos são higienizados e embalados com muito cuidado para que cheguem sem nenhuma avaria aos escritórios. E, para garantir que nossos produtos sejam da melhor qualidade, todos os dias, de madrugada, vamos à Ceagesp, em São Paulo, para escolher as frutas mais frescas. Um grande diferencial da Snack Frutas também são nossos fornecedores, que nos oferecem as melhores frutas”, conta o sócio.

Ribeiro diz que, inclusive, eles foram se adaptando ao gosto dos clientes. Conforme recebiam feedbacks das empresas, foram implantando algumas frutas solicitadas e retirando outras. Mas trabalham com uma grande variedade de opções.

ESBARRÕES

No entanto, lidar com este mercado não é tão simples quanto parece. Não é só comprar as frutas e distribuir. Segundo Ribeiro, foram e são muitos os desafios de lidar com alimentos como esses: o clima, a diversidade, o preço. E para trabalhar com delivery de frutas, na visão dele, é necessário ainda estar sempre atento às mudanças climáticas, ao mercado da fruticultura e até ao trânsito das cidades em que a Snack Frutas atua. “Por isso, diariamente enfrentamos desafios para enviar as melhores frutas aos nossos clientes. Uma situação em que tivemos um problema real foi durante a greve dos caminhoneiros, este ano. Por conta do bloqueio nas estradas, que impediu a passagem de muitos fornecedores, tivemos que montar as cestas com frutas que possuem um tempo maior para perecer, como a maçã. Outras, que têm sobrevida mais curta, como o morango, ficaram em falta durante a greve”, desabafa o sócio.

Contudo, ele acredita que já tiveram reconhecimento no mercado, pois muitos dos seus concorrentes migraram para outras áreas, e a Snack Frutas se mantém com foco em servir frutas frescas diariamente. ”Além disso, em 2018 expandimos nossa atuação, que antes era restrita aos escritórios de São Paulo, e passamos a realizar o delivery também em Belo Horizonte”, mostra.

A rotina em Minas é bem parecida com a que se desenvolveu nas terras paulistanas. As frutas não encontradas no CEASA – Central de Abastecimento – de BH e selecionadas no CEAGESP – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo-, terceiro maior centro de comercialização atacadista de perecíveis do mundo, seguindo viagem até a cidade. “O abastecimento de Belo Horizonte tem origem em São Paulo, mas nós conseguimos transportar outras opções, em menor volume, para atender nossos clientes com a mesma oferta que oferecemos aos paulistanos”, destaca Ribeiro.

CRESCIMENTO

De acordo com Carlos Ribeiro, esse conceito de delivery de frutas veio da Europa e eles adaptaram ao Brasil. Foi ganhando forma e, desde 2009, quando começou a operar, já atendeu diversas empresas. “Começamos com cerca de 10 clientes e atualmente temos em média 60 empresas em nosso portfólio. Mas já foram mais de 200 empresas atendidas”, afirma.

No portfólio estão empresas como Anbima, CTPartners, Cetelem, Endeavor, Fundação Getúlio Vargas, entre outras.

A Snack Frutas possui carros próprios para a distribuição das cestas, e as entregas são sempre realizadas pelo mesmo colaborador. Com isso, eles buscam se aproximar da empresa cliente e criar um relacionamento mais íntimo. Toda a logística é própria, o que traz maior segurança no atendimento também.

Além disso, contam com uma equipe de marketing interna responsável por ficar atenta às novidades do mercado. O investimento para iniciar a empresa, segundo ele, nos dois primeiros meses, foi de R$250 mil, que incluía aluguel, mão de obra, veículos e produtos.

INOVAÇÕES

Segundo Carlos Ribeiro, uma inovação importante até hoje na Snack Frutas foi o aumento no maquinário da empresa. Antes, dependiam 100% de mão de obra e hoje possuem máquinas que conseguem ter uma produtividade maior, realizando o trabalho de dois a três colaboradores. “Isso aumentou nossa produção e possibilitou um crescimento no mercado”, afirma.

Outra inovação foi o crescimento do espaço em que a empresa atua. “Quando começamos, era uma sala pequena, em seguida fomos para uma casa de três andares, que deu lugar a um galpão de 400 metros quadrados, na zona oeste de São Paulo, onde hoje as frutas são higienizadas, embaladas e organizadas nas cestas de madeira”.

Agora, o plano para o futuro é garantir uma fatia do mercado de delivery. ”A expectativa é expandir a empresa”, conclui.

Quer uma fruta - É só pedir!. 2 

A SNACK ADVERTE!

Dados recentes do Ministério da Saúde apontaram que 18,9% da população acima de 18 anos nas capitais brasileiras é obesa.

Embora o número ainda seja bastante elevado, traz em si uma boa notícia: quando comparado a outros países da América do Sul. o percentual indica que a epidemia de obesidade começou a dar sinais de estagnação, já que a proporção se manteve a mesma nos últimos quatro anos. O que tem levado a tal fato é a diminuição de bebidas com alto teor de açúcar, como refrigerantes, e o aumento do consumo de alimentos saudáveis. E essa mudança comportamental tem explicação.

Segundo o Instituto Nielsen, que pesquisa hábitos e tendências de consumo, o envelhecimento da população e uma maior sensibilidade das pessoas em relação ao alimento estão entre os motivos desse boom da alimentação saudável. Já segundo o relatório de tendências de consumo Brasil Food Trends 2020, o conceito de saudabilidade (preocupação com a qualidade da comida ingerida), bem-estar, sustentabilidade e ética tem influenciado 21% das pessoas na hora da compra. Mas se os números melhoraram de maneira geral, ainda assim estamos longe da meta ideal recomendada pela Organização Mundial de Saúde.

No Brasil, apenas 19,63% da população consome os 400 g/dia de frutas e hortaliças sugeridos pela OMS. “Se é consenso entre médicos que tais alimentos são essenciais para a saúde, receber uma cesta cheia de frutas todos os dias no trabalho pode ajudar – e muito! – a chegar, pelo menos, próximo do ideal. Um a forma de reverter ou minimizar o consumo excessivo de alimentos pouco saudáveis, como fast-foods, industrializados e doces, é ter acesso rápido e prático às frutas. Desenvolvemos a Snack Frutas justamente para ajudar a mudar esses hábitos, que eram, inclusive, nossos também”, destaca Ribeiro.

Quer uma fruta - É só pedir!. 3 

VANTAGENS QUE A SNACK FRUTAS OFERECE

 

MAIS QUALIDADE: Frutas frescas da estação (premium). 

Rigorosamente selecionadas. Embaladas individualmente.

 

BENEFÍCIOS PARA AS EMPRESAS QUE SOLICITAM:

Promove pausas mais saudáveis. As frutas têm vitaminas que dão mais energia e disposição.

Melhora a imagem da empresa (preocupação com o bem-estar das pessoas).

 

BENEFÍCIOS AO COLABORADOR:

Aumenta a motivação e a disposição física.

Comer frutas dá status e gera boa imagem pessoal no ambiente de trabalho.

Auxilia diretamente na substituição de vícios (cigarro, café, chocolates).

 

CONSCIENTIZAÇÃO ALIMENTAR:

Conscientizar e incentivar hábitos alimentares saudáveis, além de melhorar a qualidade de vida, aumentam a imunidade, reduzem a fadiga e o estresse.

 

PRODUTIVIDADE DA EQUIPE:

As frutas são ricas em vitaminas e aumentam o entusiasmo e a produtividade da sua equipe.

ALIMENTO DIÁRIO

PROVÉRBIOS 14: 21-25

Pensando biblicamente

O CONTRASTE ENTRE OS JUSTOS E OS ÍMPIOS

 

V.  21 – Veja aqui como o caráter e a condição dos homens são avaliados e julgados pela sua conduta para com os seus vizinhos pobres e humildes.

1. Aqueles que os consideram com desprezo têm atribuído a si mesmos um mau caráter, e a sua condição será correspondente: “O que despreza ao seu companheiro”, porque ele está abatido no mundo, porque tem origem humilde, educação rústica e é alguém inexpressivo no mundo, que pensa que o diminui dar atenção a este companheiro, conviver com ele ou se interessar por ele, e o coloca com os cães do seu rebanho, peca, é um pecador, é culpado de pecado, está no caminho para piorar, e será tratado como um pecador; é infeliz.

2. Aqueles que os consideram com compaixão são aqui descritos como estando em uma boa condição, em conformidade com o seu caráter: “O que se compadece dos humildes (ou “pobres”, na versão RA)”, que está pronto a fazer todo o bem que puder a ele, e desta maneira o honra, é bem-aventurado . Ele faz o que é agradável a Deus, ao passo que ele mesmo, posteriormente, refletirá com grande satisfação, e por isto o pobre o bendirá, e ele será abundantemente recompensado na ressurreição dos justos.

 

V22 – Veja aqui:

1. Quão miseravelmente estão equivoca­ dos os que não somente agem mal, mas planejam maldades: “Porventura, não erram?” Sim, erram, certamente, todos sabem disto. Eles pensam que, pecando com habilidade e astúcia, e executando as suas intrigas com mais artifícios do que outras pessoas, realizarão um trabalho melhor com seus pecados do que outras pessoas, e se sairão melhor. Mas estão equivocados. A inteligência da justiça de Deus não pode ser superada. Os que tramam contra seus próximos erram, enormemente, pois isto certamente se converterá sobre si mesmos, e terminará na sua própria ruína; este é um erro fatal!

2. Quão sabiamente buscam os seus próprios interesses os que não somente praticam o bem, mas o planejam: beneficência e fidelidade haverá para eles, para os que praticam o bem, não como a retribuição de uma dívida (eles reconhecerão que não merecem nada), mas uma retribuição de beneficência, mera beneficência, beneficência de acordo com a promessa, misericórdia e verdade, beneficência e fidelidade; nestas pessoas Deus se alegra, e se dispõe a se tornar um devedor a elas. Os que são tão generosos e liberais a ponto de planejarem coisas generosas, que buscam oportunidades para fazer o bem, e planejam como tornar a sua caridade ainda mais abrangente e mais aceitável aos que necessitam dela, estarão em pé e se destacarão por agirem assim (Isaias 32.8).

 

V. 23 – Observe:

1. Trabalhar, sem conversar, tornará os homens ricos: em todo trabalho, da cabeça ou da mão, há proveito, ele terá um ou outro bom resultado. As pessoas diligentes são, em geral, pessoas prósperas, e onde alguma coisa é feita, há algo a ser obtido. A mão ativa alcança os seus ganhos. É bom, portanto, manter-se em atividade, e manter-se em ação, e o que as nossas mãos encontrarem para fazer; devemos fazer, com todo o nosso empenho.

2. Falar; sem trabalhar, tornará os homens pobres. Os que adoram se vangloriar de seus negócios e fazer alarido sobre eles, e que perdem seu tempo em tagarelices, em contar e ouvir novidades, como os atenienses, e que, sob o pretexto de se aprimorar pela conversação, negligenciam a obra de seu lugar e de sua época, desperdiçam o que têm, e o caminho que tomam levará à penúria, e nela terminará. Isto é verdade, nos assuntos das nossas almas; os que se esforçam na obra de Deus, que buscam fervorosamente na oração, encontrarão os seus ganhos. Mas se a religião dos homens se limitar a conversas e ruídos, e a sua oração for somente o esforço dos seus lábios, eles serão espiritualmente pobres, e não conseguirão nada.

 

V. 24 – Observe:

1. Se os homens forem sábios e bons, as riquezas os tornam ainda mais honrosos e úteis: “A coroa dos sábios é a sua riqueza”; as suas riquezas os tornam ainda mais respeitados e lhes dão mais autoridade e influência sobre os outros. Os que têm riqueza, e sabedoria para usá-la, terão uma grande oportunidade de honrar a Deus e fazer o bem no mundo. A sabedoria é boa, sem uma herança, mas é melhor com ela.

2. Se os homens forem ímpios e corruptos, a sua riqueza os exporá ainda mais: A estultícia dos tolos, em qualquer condição, é só estultícia, e se exibirá e os envergonhará; se eles tiverem riquezas, farão maldades com elas, e serão mais insensibilizados em suas práticas tolas.

 

V. 25 – Veja aqui:

1. Quanto louvor é prestado a uma testemunha fiel: A testemunha verdadeira livra as almas dos inocentes que são falsamente acusados, e limpa os seus bons nomes, que, para eles, são tão preciosos quanto a própria vida. Um homem íntegro arriscará o desprazer dos mais nobres, para trazer à luz a verdade e resgatar os que são prejudicados pela falsidade. Um ministro fiel, que testemunhe verdadeiramente por Deus contra o pecado, é, portanto, essencial para resgatar as almas da morte eterna.

2. A pouca consideração que devemos ter com uma testemunha falsa. Ela forja mentiras e as derrama com a maior segurança imaginável, para a destruição dos inocentes. Deve, portanto, ser o interesse de uma nação detectar e punir, por todos os meios possíveis, os falsos testemunhos, e a mentira na conversação comum; pois a verdade é o cimento da sociedade; é ela que une a sociedade.

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