PROVÉRBIOS 13: 15-20
O JUSTO, EXCLUSIVAMENTE FELIZ
V. 15 – Se não compararmos somente o fim, mas também o caminho, perceberemos que a religião tem uma grande superioridade, pois:
1. O caminho dos santos é agradável: “O bom entendimento dá graça”, com Deus e com os homens; o nosso Salvador cresceu nessa graça. quando cresceu em sabedoria. Os que se comportam com prudência, e ordenam seu modo de vida corretamente, em todos os aspectos. que servem a Cristo em justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo, são aceitos por Deus e aprovados pelos homens (Romanos 14.17,18). E com que consolação passa pelo mundo o homem que é bem compreendido e, por isto, é bem aceito!
2. “O caminho dos prevaricadores é áspero” e difícil, e por este motivo, desagradável para eles mesmos, porque é inaceitável para os outros. É difícil para os outros, que se queixam dele, é difícil para o próprio pecador; que pode ter pouco prazer enquanto está fazendo aquilo que é desagradável para toda a humanidade. Servir ao pecado é uma perfeita escravidão, e o caminho para o inferno é repleto de espinhos e cardos que são os produtos da maldição. Os pecadores se esforçam em meio ao próprio fogo.
V. 16 – Observe:
1. É sensato ser cauteloso. Todo prudente age com conhecimento (considerando consigo mesmo e consultando outras pessoas), age com deliberação e reserva, é cuidadoso para não se envolver com aquilo de que não tem conhecimento, não se envolver com negócios com que não tem familiaridade, não lidar com aqueles a quem não conhece, e não sabe se são de confiança. Ele age com conhecimento para que possa aumentar o que tem.
2. É loucura ser impulsivo, como é o tolo, que é rápido em falar sobre as coisas das quais nada conhece e se envolver naquilo para o que não está preparado, e assim espraia a sua loucura e se faz ridículo. Ele começou a edificar e não pôde acabar.
V. 17 – Aqui temos:
1. As más consequências de trair uma confiança. Um mau mensageiro, que, sendo enviado para negociar alguma coisa, é infiel ao que o empregou. divulgando os seus conselhos, e assim derrotando os seus desígnios, não pode esperar prosperar, mas certamente cairá no mal, de um ou de outro tipo, será descoberto e punido, uma vez que nada é mais odioso para Deus e os homens do que a traição daqueles em quem se depositou confiança.
2. Os felizes resultados da fidelidade: o embaixador fiel, que desempenha fielmente a sua função e que serve aos interesses dos que o empregaram, é saúde; é saúde para aqueles pelos quais e para os quais é empregado; ele cura as diferenças que há entre eles, e preserva um bom entendimento; é saúde para si mesmo, pois protege os seus próprios interesses. Isto se aplica a ministros, os mensageiros e embaixadores de Cristo; os que são ímpios e falsos com Cristo e com as almas dos homens, realizam maldades e caem no mal; mas os que são fiéis encontrarão palavras confiáveis que serão palavras de cura para si mesmos, e também para os outros.
V. 18 – Observe:
1. Aquele que é tão orgulhoso a ponto de desprezar o ensinamento, certamente será humilhado. “Pobreza e afronta virão ao que rejeita a correção”, ao que recusa uma boa instrução, como se isto fosse uma diminuição para a sua honra e uma humilhação para a sua liberdade; ele se tornará um mendigo e viverá e morrerá em desgraça; todos o desprezarão, como tolo. e teimoso, e irrecuperável.
2. Aquele que é tão humilde, a ponto de aceitar que lhe chamem a atenção para suas falhas, certamente será exaltado: o que guarda a repreensão, independentemente de quem a faz, e corrige o que está errado, quando isto lhe é demonstrado, será venerado, como alguém sábio e sincero: ele evita aquilo que seria uma desgraça para ele. e está no caminho correto para obter consideração.
V. 19 – Este verso mostra a loucura dos que recusam a instrução, pois poderiam ser felizes, mas não serão.
1. Eles poderiam ser felizes. Há, no homem, fortes desejos de felicidade; Deus fez provisões para o cumprimento desses desejos, e isto deve ser um deleite para a alma, ao passo que os prazeres dos sentidos só são agradáveis aos apetites carnais. O desejo que têm os homens bons da benevolência de Deus e das bênçãos espirituais traz aquilo que é um deleite para as suas almas; nós conhecemos os que podem dizer isto por experiência (Salmos 4.6,7).
2. Mas não serão felizes; pois para eles, é uma abominação apartar-se do mal, o que é necessário para que sejam felizes. Nunca devem esperar alguma coisa verdadeira mente doce para suas almas os que não desejam ser per suadidos a deixar os seus pecados, mas que os guardam debaixo de suas línguas como um doce.
V. 20 – Observe:
1. Os que desejam ser bons devem ter boas companhias, o que é uma evidência, a seu favor, de que desejam ser bons (o caráter do homem é conhecido pelas companhias que ele escolhe), e será um meio para torná los bons, de mostrar-lhes o caminho e de incentivá-los a percorrê-lo. Aquele que deseja ser sábio deve andar com os que são sábios, deve escolhê-los como seus amigos íntimos e conviver com eles de maneira apropriada; deve pedir e receber instruções deles, e conservar diálogos piedosos e proveitosos com eles. “Não rejeite o ensinamento dos anciãos, porque eles também aprenderam dos próprios pais” (Eclesiástico 8.9). E, “escute de boa vontade toda palavra divina, e não se descuide das máximas sábias” (Eclesiástico 6.35).
2. Multidões são destruídas por más companhias: “O companheiro dos tolos será afligido”, se tornará mau (segundo alguns), será conhecido (segundo a Septuaginta), conhecido como um tolo; ele é conhecido por suas companhias. Ele será como eles (segundo alguns), se tornará ímpio (segundo outros); tudo isto acaba significando a mesma coisa, pois todos aqueles, e somente aqueles, que se tornam ímpios serão destruídos, e os que se associam com malfeitores são corrompidos, e assim, destruídos, e por fim a sua morte é atribuída a isto.
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