PSICOLOGIA ANALÍTICA

QUANDO O DÉFICIT DE ATENÇÃO É REAL

Uma tirinha adulterada de Calvin mostra o menino medicado, tratando Hobbes laconicamente, sem querer brincar, até que o tigre volta a ser apenas o bicho de pelúcia que é.

Quando o déficit de atenção é real

As tirinhas do menino Calvin e seu tigre de pelúcia, Haroldo, desenhadas pelo americano Bill Waterson, me acompanharam pela adolescência. Calvin sempre é retratado como um menino inteligente, criativo, espirituoso, de espírito saudavelmente rebelde, e com uma certa preferência por viajar por outros planetas a ouvir a professora falar.

Mas algum fã resolveu “tratar” Calvin de uma suposta doença, e na tirinha adulterada, fácil de achar na internet, os diálogos mostram Calvin, medicado, tratando Hobbes laconicamente, sem querer brincar, até que Hobbes volta a ser apenas o tigre que é. A impressão que fica é de uma tentativa de protesto contra a suposta “medicalização” das crianças e jovens hoje em dia. O pior é que há até quem acredite no diagnóstico: Calvin sofreria de distúrbio de déficit de atenção.

Eu protesto duplamente, como neurocientista e como leitora. A tirinha modificada pressupõe que Calvin só poderia ser criativo e brincalhão se sofresse de DOA, e pior, ainda perderia sua criatividade se fosse tratado com medicamentos. Trata-se de um desserviço àquelas pessoas que sofrem realmente do transtorno e precisam de tratamento, pois fica a impressão negativa de que corrigir o déficit de atenção equivale a fazer uma lobotomia. Quem sofre do transtorno, ou acompanha de perto alguém afligido, sabe que a verdade é bem diferente. Ou, pior, sofre sem saber que poderia se tratar e não sofrer mais.

Entre 0,5 e 5% da população, dependendo dos critérios diagnósticos usados, sofre de um legítimo déficit de atenção, associado a um funcionamento subnormal dos sistemas dopaminérgicos e noradrenérgicos que servem à alocação do foco de atenção e sua manutenção sobre o alvo da vez, resistindo a distrações ao redor.

Não é surpresa, portanto, que essas pessoas sejam facilmente distraídas, sucumbindo a qualquer novidade que passar pela frente ao invés de se concentrar no trabalho ou dever de casa. Por causa dessa dificuldade de sustentar a atenção, ler um texto até o fim é uma tarefa que pode durar horas e se tornar desmotivante, levando a desinteresse e a uma aparência de preguiça, dificuldade de memória e de aprendizado.

Pior ainda, para a criança que sofre desse déficit, é a falta de informação dos pais e professores, que reclamam de um comportamento que não depende de escolha da criança. Retorno negativo, na forma de comentários do tipo “você é preguiçoso” ou “você não está se esforçando”, só faz criar uma autoimagem ainda mais negativa, daquelas que se tornam profecias autorrealizáveis. Para quem consegue ser atendido por um bom profissional que reconhece o problema e oferece tratamento, contudo, a vida muda da água para o vinho. A criança, o jovem ou adulto finalmente descobre o que é a vida “normal”, em que é possível manter o foco da atenção em um mesmo assunto por mais do que poucos segundos; onde é possível fazer uma prova em poucas dezenas de minutos, e não horas; onde é possível ler um livro enquanto outras pessoas conversam na sala. Poder tomar remédio, quando o remédio é necessário, é uma maravilha para quem sofre de déficit de atenção. Quem tiver dúvida é só perguntar a eles.

Não vejo o tal “problema da medicalização da infância” de que falam alguns psicanalistas. Vejo, sim, o problema dos maus profissionais, seja psicólogos, médicos, professores ou pedagogos, que tacham um diagnóstico errado em pessoas que sofrem de outros problemas, não tratáveis com os medicamentos que trazem tanto alívio para quem realmente tem um déficit de atenção verdadeiro.

 

SUZANA HERCULANO-HOUZEL – é neurocientista, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), autora do livro Pílulas de neurociência para uma vida melhor (Editora Sextante).

OUTROS OLHARES

O PAÍS DOS ANSIOSOS

O Brasil tem a maior incidência do mundo de pessoas que sofrem de ansiedade, transtorno já considerado o “mal do século”. A boa notícia é que existem tratamentos bastante eficientes.

O País dos ansiosos

Analista de mídias sociais, o sul-mato-grossense Miguel Doldan, de 27 anos, lembra que tinha apenas 6 quando foi parar no hospital pela primeira vez, com dificuldade para respirar. O pediatra examinou-o, decretou que não havia nada errado e recomendou aos pais que lhe dessem pastilhas de hortelã como remédio, para que se sentisse aliviado. Em pouco tempo os sintomas retornaram, mas foi só no fim do ensino médio que as constantes crises o levaram a consultar um pneumologista. Dessa vez, o exame produziu um resultado curioso: os pulmões de Doldan estavam em perfeito estado, mas não usavam toda a capacidade. Era como se ele segurasse a respiração sem querer. “Cheguei a me convencer de que a sensação de aperto no peito era natural”, diz. Há seis anos, Doldan finalmente buscou ajuda psicológica e, pela primeira vez, teve um diagnóstico preciso: transtorno de ansiedade. Ele é um dos 18,6 milhões de brasileiros que sofrem da doença – sim, doença, e das mais prevalentes, tanto que foi classificada pela Organização Mundial da Saúde como o “mal do século XXI”.

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O Brasil carrega o inglório título de campeão mundial do transtorno: segundo a OMS, quase 10% da população convive com a doença, bem acima do Paraguai, o segundo colocado, com 7,6%, e da Noruega, que aparece em terceiro, com 7,4%. No mundo todo, o diagnóstico se aplica a 264 milhões de pessoas. Os números brasileiros são tão alarmantes que os especialistas falam em uma epidemia. Um exemplo: o volume de internações de no máximo doze horas por problemas relacionados à saúde mental saltou de 32.000 para 77.000 em cinco anos, a ansiedade aí incluída. Outro: entre janeiro e setembro de 2018, o INSS concedeu 12% mais licenças para tratamento mental do que em 2017. Mais um: no Núcleo de Psicologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, a procura por tratamento de crise de ansiedade dobrou em um ano.

Faz sentido que se lance mão do pacote de doenças mentais como um todo para contabilizar o aumento acelerado dos pacientes com ansiedade, visto que a maioria dos problemas da mente tem alguma relação com os sintomas apresentados pelos ansiosos. Ansiedade e depressão são transtornos distintos, mas as pesquisas apontam forte correlação. “Em um grupo de cinco adultos depressivos, quatro foram jovens ansiosos que não receberam tratamento”, afirma Márcio Bernik, diretor do Ambulatório de Ansiedade da Universidade de São Paulo. A ansiedade está também na raiz de males como o pânico e o transtorno obsessivo­ compulsivo (TOC).

A palavra “ansiedade” tem origem no latim anxietas, que significa angústia. A primeira colocação do problema no âmbito dos males mentais foi feita por Sigmund Freud – antes dele, alterações na respiração, por exemplo, eram entendidas sempre como alguma falha nos pulmões. Em 1894, Freud associou essa e outras reações físicas ao que chamou de “neurose da angústia”. Levaria mais de setenta anos para que o psicólogo australiano Aubrey Lewis descreves­ se na literatura médica o “estado emocional com um componente subjetivo de medo”, ao qual adicionou as qualificações de “desagradável, desconfortável e desproporcional”. Em 1980, a Associação Psiquiátrica Americana incluiu o transtorno de ansiedade em seu Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, a bíblia do setor, no qual está dito que os ansiosos experimentam um medo desproporcional ao antecipar uma situação futura que lhes parece arriscada ou incerta.

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A ansiedade, em si, não é necessariamente vilã, levando-se em conta que o papel primordial de seu sintoma mais evidente, o medo, é uma forma de prevenir dor e sofrimento. “A agitação que sentimos na véspera do vestibular não passa de um estado natural de oscilação do cérebro saudável, que está se pondo em prontidão para enfrentar o desconhecido”, explica Diogo Lara, especialista em psiquiatria pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Confundir a ansiedade doentia com a natural ficou ainda mais comum – e complicado – depois que a angústia extrema ganhou status de transtorno passível de tratamento. “Ser ansioso tomou-se uma descrição curinga para dizer que a pessoa é perfeccionista, impaciente ou medrosa”, diz Lara.

O transtorno de ansiedade existe quando o indivíduo se prepara para reagir ao risco mesmo quando não há um risco claro – e essa reação se transforma em seu comportamento-padrão, e não eventual. “A preocupação vira o filtro através do qual a pessoa se relaciona com o mundo, dificultando sua adaptação às situações”, acrescenta Lara. Quando a ansiedade dificulta a vida normal da pessoa, levanta-se uma questão altamente polêmica no universo da medicina mental: quando é hora de receitar um ansiolítico, o medicamento por excelência para esses casos? “É impossível estabelecer um limite claro entre quem precisa e quem não precisa de remédio”, explica Bernik. “Cabe ao terapeuta avaliar se o sofrimento do paciente o torna incapaz de reagir por conta própria, em curto prazo, aos estímulos do medo que o oprime. Na prática, acaba havendo muita gente medicada sem necessidade”, diz. Pesquisa mundial da IMS Health, empresa americana que fornece tecnologia e serviços a laboratórios, mostra que em 2016 a venda de antidepressivos e estabilizadores de humor cresceu 18,2% no Brasil e movimentou 3,4 bilhões de reais, valor inferior apenas ao dos popularíssimos analgésicos (que não precisam de receita). O carro-chefe da família dos benzodiazepínicos, que funcionam como um potente sedativo, é o Rivotril, que muita gente carrega na bolsa e ingere diante de qualquer contrariedade. “Trata-se de uma substância que desliga o sistema nervoso central, gerando uma sensação instantânea de relaxamento”, explica a psiquiatra Anny Mattos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sintetizados no início da década de 60, os compostos benzodiazepínicos revolucionaram a maneira de lidar com distúrbios psíquicos, até então tratados apenas com perigosos barbitúricos.

Uma geração de medicamentos pós-Rivotril, com menos efeitos colaterais, tem por base o diazepam, que aumenta a liberação de serotonina – o hormônio do bem-estar no cérebro. “Trata-se de um inibidor seletivo de estímulos. Seu papel principal é elevar a tolerância ao stress”, explica Bernik – que chama atenção, porém, para o risco do uso excessivo: “A pessoa pode virar o Senhor Spock (referência ao personagem sem sentimentos de Jornada nas Estrelas)”. O tempo do tratamento com medicamentos varia de nove meses a um ano, e espera-se que, no fim do processo, o paciente esteja livre dos sintomas mais graves. O agente literário Miguel Sander, de 25 anos, está acabando o tratamento químico e se diz feliz com os resultados, mas relutou muito em seguir essa trilha. “Eu subestimava a necessidade de tomar remédio”, afirma. Ele está livre das crises constantes, mas sabe que cura, mesmo, não existe – até porque as causas da doença não foram identificadas.

A ansiedade tem vários subprodutos, e provavelmente o mais conhecido seja a síndrome do pânico, que atinge cerca de 6 milhões de brasileiros. Os sintomas físicos são semelhantes na manifestação, mas diferem na intensidade e na duração. No pânico, tudo é muito rápido e muito intenso. “A sensação é pontual, agudíssima, e dura no máximo dez minutos. O corpo se descontrola de tal modo que o paciente acha que vai morrer”, descreve o psiquiatra Lara. Frequentemente, quem sofre de pânico é um ansioso crônico. “E como se o estado natural do organismo já estivesse tão alterado pela ansiedade que, diante de qualquer imprevisto, o corpo entende que corre risco de vida”, explica o psicólogo Cristiano Nabuco. A professora Mariana Barrile, de 24 anos, de São Paulo, tem vivo na lembrança um ataque de pânico no metrô há três anos. “Comecei a chorar desesperadamente, a suar frio e a sentir muita falta de ar”, conta Mariana, que resolveu procurar ajuda psiquiátrica e passou a tomar remédios (atualmente a dose está reduzida a um quarto) para controlar os episódios.

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Outro distúrbio psicológico associado à ansiedade é a depressão, que atinge 11,5 milhões de brasileiros, de acordo com as últimas estatísticas. Sintomas como dificuldade de concentração, insegurança e irritabilidade são comuns aos dois distúrbios. Só que, enquanto os ansiosos sentem alegrias e tristezas extremadas, os depressivos quase não experimentam emoções positivas. “Eles não estão necessariamente relacionados, mas é muito comum que alguém que sofre de ansiedade crônica vá sedes­ gastando até desenvolver um quadro depressivo. É como se o corpo desistisse de lutar contra as ameaças constantes”, afirma Lara.

A ciência não sabe explicar exatamente o que leva um indivíduo a se desequilibrar diante das preocupações, embora algumas respostas já tenham sido alcançadas. “Todos os transtornos psiquiátricos são derivados de um tripé. Em uma perna estão fatores genéticos. Em outra, aqueles desenvolvidos na gestação e na infância. E, na terceira, as ocorrências externas”, diz Nabuco. E acrescenta: “O problema é entender como a mistura se dá. Um filho de pais ansiosos pode desenvolver hábitos saudáveis e aprender a lidar com o stress. Da mesma forma, uma pessoa tranquila exposta a um ambiente hostil pode perder a cabeça”. Uma conclusão comprovada é que, em casos agudos, a influência dos genes é maior. ” No transtorno de ansiedade generaliza­ da, a influência genética chega a 30%”, estima Bernik.

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A motivação ainda é um mistério, mas os mecanismos do cérebro associados à ansiedade são bem mapeados. A amígdala, nome do coração do sistema responsável pelo processamento de emoções, é mais responsiva nos ansiosos. “Ela funciona como uma espécie de alarme no cérebro, que avisa se a situação vivida é ameaçadora ou não”, diz o neurocientista Leandro Teles, autor do livro O Cérebro Ansioso. O córtex pré-frontal, mais à frente, opera o raciocínio lógico e a tomada de decisões. “O córtex e a amígdala dialogam, por assim dizer. Diante de um estímulo de medo, o córtex procura entender a razão e decidir o que fazer, mas no cérebro do ansioso ele se sobrecarrega nessa função por causa da tensão exagerada vinda da amígdala, e tudo fica parecendo urgente “, diz Teles. Estudos recentes mostram que ansiosos sofrem alterações também no fascículo uncinado, um feixe de neurônios que liga a razão às emoções. “Essa estrutura é mais curta nas pessoas altamente ansiosas, o que provoca falha na comunicação entre amígdala e córtex”, afirma Bernik.

Além de medicação e psicoterapia, há métodos naturais que podem ser eficientes na prevenção de crises de ansiedade, e a meditação, essa prática tão menosprezada, é um deles. Pesquisa da escola de medicina da Universidade Harvard revela que meditar diminui sintomas como dor e insônia. “Manter a atenção plena na respiração resulta em melhor oxigenação do cérebro”, diz Bernik. Diante da abundância de ansiosos, crônicos ou não, em busca de solução para seus problemas, a indústria de aplicativos de celular reagiu à altura, produzindo uma infinidade de “ooohhhmmm” na tela do celular. O britânico Headspace oferece meditações guiadas e registra mais de 31 milhões de usuários. O brasileiro Querida Ansiedade passa de 1 milhão de downloads. Exercício físico é outra recomendação dos especialistas, porque mexer-se produz serotonina (ou seja, bem-estar).

Outra dica, que causa arrepios nos muito ansiosos, é tirar folga das redes sociais, principalmente na hora de ir para a cama, e a justificava – bem plausível, acredite – está no DNA. “Nosso cérebro se desenvolveu há milhares de anos, quando ainda vivíamos em comunidades pequenas. Era fácil identificar aqueles que se destacavam e reservar para eles a maior parte da comida”, explica Cristiano Nabuco, especialista em vício em redes. “As redes sociais exibem infinitas manifestações de sucesso. O cérebro entende que todos são poderosos, prepara-se para brigar por sua parte, e dá-se a ansiedade.” Trocando em miúdos: se todo mundo tem casa linda e férias maravilhosas, eu também tenho de ter. Pausa para a taquicardia.

Passar o dia grudado nas redes sociais é justamente uma das causas apontadas para explicar a presença dos brasileiros no topo do ranking de ansiedade da OMS. Uma pesquisa recente da Sociedade para a Saúde Pública da Inglaterra mostrou que as redes são mais viciantes que álcool e cigarro. Entre elas, o Instagram é a mais prejudicial para a mente dos jovens – e o Brasil é o segundo maior usuário desse aplicativo (o primeiro são os Estados Unidos). São Paulo, a maior cidade do país, apresenta índices de ansiedade superiores à média nacional: cerca de 19% dos paulistanos sofrem do transtorno. É evidente que pobreza, desemprego e instabilidade econômica têm sua parcela de responsabilidade. “O Brasil é instável. Muita gente tem muito a perder. A ansiedade não se nutre só da desgraça”, analisa Teles. Adicionando-se à conta a polarização política, que deve ter feito muitos ansiosos engasgar com o peru com farofa das ceias de fim de ano, dá para entender por que o Brasil se tornou a expressão do “mal do século”. A solução está em respirar, relaxar, respirar, relaxar. Mas quem tem paciência?

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NA CABECEIRA

Leituras úteis para quem quer saber mais sobre a ansiedade do ponto de vista científico ou do ponto de vista de quem já sofreu as dores do transtorno.

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GESTÃO E CARREIRA

A ORDEM É NÃO FICAR PARADO

As estratégias de cinco profissionais para não deixar a crise derrubar o resultado de suas empresas – nem suas perspectivas de crescimento de carreira.

A ordem é não ficar parado

Não fazer nada é a atitude mais arriscada que um profissional pode ter em resposta às incertezas que acompanham a atual crise econômica. Mesmo em meio a um cenário de pressão por resultados e corte de custos, os líderes e suas equipes precisam ser criativos para tirar ideias do papel, sustentar a rentabilidade e preservar o caixa de suas empresas. A seguir, apresentamos cinco executivos que tomaram iniciativas – defensivas e ofensivas – para enfrentar os obstáculos no ambiente de trabalho. O recado que eles transmitem é que a crise não pode ser usada como desculpa para deixar de entregar resultados ou paralisar a tomada de decisões importantes. O olhar crítico e as estratégias adotadas por esses profissionais podem ser aplicados a qualquer empreendimento que busque eficiência para abrir vantagem em relação à concorrência.

 

“DIMINUIMOS OS CUSTOS COM ESTOQUE.”

Manter um grande estoque parado significa prejuízo para as empresas. “Ele também gera custos de espaço, manutenção, manuseio e o risco de avarias. Se for possível eliminar todas essas questões, o alívio no capital de giro é enorme”, afirma o engenheiro paulistano Bruno Nardon, diretor da Kanui. Por isso, o plano traçado por ele à frente de uma das maiores operações de e-commerce do país é o avanço do marketplace da Kanui. Na prática, isso significa a venda de produtos de terceiros no site da marca. Enquanto o parceiro comercial se beneficia do marketing e da infraestrutura tecnológica da página da Kanui, o site fica com uma porcentagem sobre as vendas que varia entre 10% e 30%. O serviço permite à Kanui ampliar agressivamente a oferta de produtos disponíveis no seu ambiente online sem investir em estoque. Quem fica responsável pelo armazenamento e entrega das mercadorias é o parceiro. Com menos de dois anos de operação, a Kanui já lista mais de 1.000 lojistas parceiros, que ofertam em torno de 80.000 produtos. Isso representa cerca de 60% do catálogo atual da Kanui. “Trabalhamos com pequenos e médios lojistas, até grandes marcas como Ray-ban, Victorinox e Hurley”, diz Bruno.

 

“MELHORAMOS O ATENDIMENTO AO CLIENTE.”

O acompanhamento de indicadores e métricas de negócio fica mais frequente nos períodos de instabilidade econômica, para fazer correções de rota com mais rapidez. Entre as operadoras de telecomunicações, o calcanhar de Aquiles é a insatisfação dos clientes com o atendimento nos call centers, que mantém essas empresas no topo dos rankings de reclamações do Procon. Há oito meses, quando foi contratado pela Nextel, Jorge Braga propôs algumas ações para evitar o cancelamento de assinaturas. “Percebemos que o consumidor entraria num período de corte de gastos e não queríamos perdê-lo”, diz. Uma das estratégias foi a criação de um aplicativo para celular onde o usuário consegue resolver sozinho problemas como alterar a data de vencimento do boleto, gerar faturas em PDF, consultar o saldo de seu plano e até contratar velocidades diferentes de internet sem passar por um vendedor. Após o app, os índices de satisfação com o atendimento melhoraram e os custos baixaram. Hoje, cerca de 70% dos contatos com a empresa acontecem por meio de canais digitais, incluindo sites e redes sociais. “O app já atende 40% da nossa de- manda online”, afirma Jorge. “São mais de 3 milhões de acessos por mês à plataforma.”

 

“REPENSAMOS O MODELO DE NEGÓCIO.”

O empreendedor Sergio Furió precisou remodelar a atuação de sua startup para que ela não morresse em meio à crise. A empresa nasceu em 2012 intermediando a aquisição de produtos financeiros entre consumidores e bancos. A startup fazia uma análise de perfil do cliente por meio de algoritmos e indicava as linhas de crédito mais adequadas. Se houvesse contratação, a BankFacil ficava com uma comissão. Com a forte retração do crédito, os negócios minguaram. “De cada seis ou sete propostas enviadas aos bancos, só uma era aprovada”, diz Sergio. No ano passado, a empresa mudou de estratégia e passou a intermediar apenas um tipo de serviço: os empréstimos com garantia (quando o usuário contrata uma linha de crédito com juros mais baixos dando um carro ou imóvel como garantia), a juros menores. Tudo é feito por uma plataforma de autosserviço, onde o cliente adiciona documentos e monitora todo o processo, até a assinatura do contrato. Os bancos remuneram a BankFacil pela captação e validação do cliente. O crescimento tem sido tão grande (média de 500.000 acessos mensais) que a empresa prevê encerrar 2019 com 200 funcionários, o triplo de 2015. No fim de 2015, a startup recebeu 10 milhões de reais em aportes de fundos de investimento.

 

“IDENTIFICAMOS NICHOS LUCRATIVOS DE MERCADO.”

Com a economia em baixa, a saída para muitos negócios é analisar com lupa segmentos onde há chances de melhorar as vendas. Recentemente, o engenheiro paulistano Renato Perrotta e sua equipe se debruçaram sobre as planilhas de vendas da CNH Industrial e perceberam dois nichos que poderiam ser mais bem atendidos pela marca de caminhões do grupo, a Iveco: coleta de lixo e construção civil. Normalmente, as empresas desses ramos precisam adaptar os veículos antes de usá-los. A construção civil, por exemplo, exige caminhões mais robustos, com espelhos extras para o auxílio em manobras, protetores para os radiadores e suspensão reforçada. “Em 2016 passamos a entregar o veículo já adaptado ao cliente, faltando apenas instalar a caçamba”, diz Renato. Assim, o comprador economiza, não perde a garantia de fábrica e ainda encontra peças de reposição nas concessionárias da marca – além de ficar mais satisfeito. Graças aos bons resultados, a intenção agora é fidelizar outros nichos, como o transporte de cana e de bebidas. Os veículos vocacionais (adaptados a uma atividade) representam 30% do mercado de caminhões semipesados.

 

“AJUDEI A REDUZIR OS CUSTOS.”

Em tempos de vacas magras, a regra é passar um pente fino nas despesas. Há quatro anos, quando o administrador Edney Valente Filho entrou no Grupo Algar, em Uberlândia (MG), recebeu a mis- são de esmiuçar os contratos da Algar Agro e identificar eventuais desperdícios. “Quando notei que a aquisição de embalagens PET era a terceira maior despesa com insumos, pensei: e se nos tornássemos autossuficientes nesse item?”, diz Edney. Por mais de uma década, a Algar Agro gastou cerca de 50 milhões de reais anuais em garrafas plásticas para armazenar o óleo de soja produzido em suas fazendas. Após uma série de estudos, Edney convenceu a diretoria a montar uma fábrica interna de PET, ao custo de 40 milhões de reais. Em agosto passado, a fábrica foi inaugurada gerando uma economia de 40% em embalagens. Edney foi promovido a coordenador e já toca um novo projeto – montar uma usina solar para reduzir a conta de luz da empresa.

ALIMENTO DIÁRIO

PROVÉRBIOS 12: 20-28

Pensando biblicamente

AFIRMAÇÕES IMPORTANTES

 V.20 – Observe:

1. Os que maquinam o mal planejam, quanto à sua realização, como poderão impô-lo aos outros; mas no final, verão que enganam a si mesmos. Os que planejam o mal, sob o pretexto de amizade, têm seus corações cheios voltados para qualquer vantagem e satisfação que possam ganhar com isto, mas é tudo engano. Ainda que planejem com muita astúcia, os que enganam serão enganados.

2. Os que buscam o bem de seu próximo, que estudam o que podem fazer pela paz e dão conselhos apaziguadores, promovem esforços de cura e imaginam métodos de cura, e, na sua esfera, promovem o bem-estar público, não terão apenas o crédito por isto, mas a consolação. Terão alegria e sucesso, talvez além da sua expectativa. “Bem-aventurados os pacificadores”.

 

V21 – Observe:

1. A piedade é uma proteção assegurada. Se os homens forem sinceramente justos, o justo Deus se comprometeu que nenhum agravo lhes sobrevirá. Pelo poder da sua graça neles, aquele princípio de justiça, Ele os protegerá do mal do pecado; de modo que, ainda que eles sejam tentados, não serão vencidos pela tentação, e ainda que sofram dificuldades, muitas dificuldades, ainda assim estas dificuldades não lhes trarão o mal, não importando o que elas façam aos outros (Salmos 91.10), pois elas serão forçadas a trabalhar para o bem deles.

2. A iniquidade é uma destruição igualmente assegurada. Os ímpios, que vivem em desprezo a Deus e aos homens, que se dedicam à maldade, ficam cheios de mal. Eles serão mais maldosos, estando cheios de toda iniquidade (Romanos 1.29). Ou serão infelizes com as maldades que lhes sobrevierem. Aqueles que têm prazer na maldade terão o suficiente dela. Alguns interpretam todo o versículo da seguinte maneira: nenhum agravo sobrevirá ao justo, embora os ímpios se encham de maldade contra eles. Eles estarão a salvo sob a proteção do Céu, ainda que o próprio inferno se abra sobre eles.

 

V.22 – Aqui aprendemos:

1. A odiar a mentira, e a manter a máxima distância dela, porque ela é uma abominação para o Senhor, e torna abomináveis aos seus olhos os que se permitem mentir, não somente porque isto é uma transgressão à sua lei, mas porque é algo destrutivo à sociedade humana.

2. A nos empenhar com a verdade, não somente com nossas palavras, mas com os nossos atos, porque aqueles que agem fielmente e sinceramente em todas as suas atitudes são o deleite do Senhor e Ele se alegra com eles. Nós nos alegramos em conviver com aqueles que são honestos e em quem podemos confiar; portanto, devemos ser assim, para que possamos nos recomendar à benevolência, tanto de Deus como dos homens.

 

V. 23 – Observe:

1. O homem avisado encobre o conhecimento; o que é sábio não proclama a sua sabedoria, e é honroso para ele que não o faça. Ele transmite o seu conhecimento quando este pode ser usado para a edificação dos outros, mas o encobre, quando exibi-lo somente tenderia para seu próprio louvor. Os homens de entendimento, se forem prudentes, cuidadosamente evitarão tudo que pareça ostentação, e não aproveitarão todas as ocasiões para exibir o seu entendimento e a sua erudição, mas somente os usarão com bons propósitos, e então as suas próprias obras os honrarão. A perfeição da arte é ocultá-la.

2. Aquele que é tolo não consegue evitar proclamar a sua loucura, e é vergonhoso para ele que não consiga: O coração dos tolos, por suas palavras e ações tolas, proclama a estultícia; ou ele não deseja ocultá-la, tão pouca noção tem do bem e do mal, ele honra e desonra, ou não sabe como ocultá-la, tão pouco discernimento tem no controle de si mesmo (Eclesiastes 10.3).

 

V. 24 – Observe:

1. O esforço é o caminho para o progresso. Salomão promoveu Jeroboão, porque viu que era um homem trabalhador e esforçado, e cuidava dos seus negócios (1 Reis 11.28). Os homens que se esforçam no estudo e para serem úteis conquistarão, com isto, um interesse e uma reputação que lhes dará um domínio sobre todos os que estão ao seu redor, e desta maneira muitos ascenderam, estranhamente. Aquele que for fiel sobre o pouco, será colocado sobre muito. Os ministros do Evangelho que se empenham na Palavra e na doutrina são dignos de duplicada honra; e os que são diligentes quando jovens conquistarão aquilo que os capacitará a dominar, e então descansar, quando forem mais velhos.

2. A desonestidade e a patifaria são o caminho para a escravidão; Os preguiçosos e descuidados, ou melhor; os enganadores (este é o significado da palavra), serão tributários. Aqueles que, por não se empenharem em uma profissão honesta, vivem de suas artimanhas e desonestidades, são desprezíveis, e serão contidos. Os que são diligentes e honestos quando aprendizes chegarão a ser senhores; mas os outros são os loucos que, durante todos os seus dias, serão servos dos sábios de coração.

 

V. 25 – Aqui temos:

1. A causa e a consequência da solicitude ou da ansiedade. É opressão no coração; é uma carga de preocupação, e temor, e tristeza, sobre os ânimos, deprimindo-os, e incapacitando-os a se dedicar com vigor ao que deve ser feito, ou a mostrar resistência diante do que é necessário ser suportado; ela faz com que eles se curvem, e os prostra e desanima. Os que são oprimidos desta maneira não conseguem realizar o dever nem ter a consolação de qualquer relacionamento, condição ou convívio. Portanto, os que têm propensão a ela devem vigiar e orar para se proteger dela.

2. A cura para ela: uma boa palavra de Deus, aplicada pela fé, o alegra; esta palavra é (diz um dos rabinos): “Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá”; a boa palavra de Deus, particularmente o Evangelho, tem o objetivo de alegrar os corações que estão cansados e oprimidos (Mateus 11.28). Os ministros devem ser auxiliares desta alegria.

 

V. 26 – Veja aqui:

1. Que os homens bons fazem o bem a si mesmos; pois eles têm, em si mesmos, um excelente caráter, e asseguram para si uma excelente porção, e nas duas coisas superam as outras pessoas: O justo é mais abundante do que o seu companheiro (diz a anotação de margem de algumas traduções da Bíblia Sagrada), é mais rico, embora não nos bens deste mundo, mas nas graças e consolações do Espírito, que são as verdadeiras riquezas. Há uma verdadeira excelência na religião; ela enobrece os homens, inspira-os com princípios generosos, e os torna firmes e consideráveis; esta é uma excelência que tem grande valor aos olhos de Deus, que é o verdadeiro Juiz da excelência. O seu próximo poderá ter urna aparência maior no mundo, poderá ser mais aplaudido, mas o homem justo tem um valor intrínseco e inquestionável.

2. Que os ímpios fazem o mal a si mesmos; eles andam por um caminho que os faz errar. Parece não ser somente um caminho agradável, mas o caminho correto; é tão agradável para a carne e o sangue que eles se lisonjeiam com uma opinião de que não pode ser errado, mas não conseguirão o seu objetivo nem desfrutarão o bem pelo qual esperam. É tudo um embuste, e por isto, o justo é mais sábio e mais feliz do que o seu próximo, que ainda assim o despreza e humilha.

 

V. 27 – Aqui temos:

1. Aquilo que nos pode fazer odiar a preguiça e o engano, pois a palavra aqui, como antes, significa as duas coisas: o homem enganador e preguiçoso assa o alimento, mas aquilo que ele assa não é o que ele mesmo caçou, é o que os outros se esforçaram para obter, e ele vive do fruto do esforço alheio, como os zangões na colmeia. Ou, mesmo que os homens enganadores e preguiçosos tenham obtido alguma coisa pela caça (pois os esportistas raramente são homens de negócios), ainda assim não a assam depois de obtê-la; eles não têm consolação nisto; talvez Deus, na sua providência, os prive desta consolação.

2. Aquilo que pode nos fazer amar a diligência e a honestidade, a essência de um homem diligente, que, embora talvez não seja aparentemente grande, é preciosa. Ela vem da bênção de Deus: o homem diligente tem a sua consolação nela; ela faz bem tanto a ele como à sua família. Ela é o seu pão de cada dia, não o pão da boca de outras pessoas, e por isto, ele vê que Deus lhe dá este pão, em resposta à sua oração.

 

V. 28 – O caminho da religião nos é aqui recomendado:

1. Como um caminho reto, plano, fácil; é a vereda da justiça. Os mandamentos de Deus (a lei segundo a qual devemos andar) são todos santos, justos e bons. A religião tem a razão e a equidade do seu lado; é uma vereda, um caminho que Deus determinou para nós (Isaias 35.8); é um caminho alto, o caminho do rei, o caminho do Rei dos reis, um caminho em que os santos andaram antes de nós, a boa vereda antiga, cheia das pegadas do rebanho.

2. Como um caminho seguro, agradável e confortável.

(1) Não há somente vida no fim do caminho, mas há vida ao longo do caminho; uma verdadeira consolação e satisfação. A benignidade de Deus, que é melhor do que a vida; o Espírito, que é vida.

(2) Não somente há vida nele, mas nele não há morte, não há aquela tristeza do mundo que opera a morte e que contamina a nossa alegria e a nossa vida atual. Não há fim para aquela vida que está no caminho da justiça. Aqui neste mundo há vida, mas também há morte. Porém na vereda da justiça há vida, e não há morte, sim, há vida e imortalidade.

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