PSICOLOGIA ANALÍTICA

A ARTE DE IMBECILIZAR CRIANÇAS

A primeira tática para imbecilizar crianças consiste em protegê-las discursivamente de problemas, evitar contato com as verdades dolorosas

A Arte de imbecilizar criancas

 “A arte de perder não é difícil de dominar; há tantas coisas que parecem preenchidas com a intenção de serem perdidas, que a perda delas não é nenhum desastre. Perca algo todos os dias. (…) Então pratique perder melhor, perder mais rápido: lugares e nomes, e até mesmo onde é que você queria viajar.” O poema de Elizabeth Bishop, One art, deveria ser leitura obrigatória e diária para aqueles pais que se recusam a perder seus filhos para o mundo. Em vez de acompanhá-los nessa viagem, que não é em princípio desastrosa, eles querem ampliar o tamanho do mundo que eles mesmos controlam. O mundo em forma de família. O mundo em forma de prisão. 

Na arte de imbecilizar crianças, os currículos autocráticos, as seleções baseadas em exercícios mnemotécnicos e as rotinas escolares pouco significativas concorrem fortemente com o receituário oligofrênico dos pais. Nesse sentido, a primeira tática para imbecilizar crianças consiste em protegê-las discursivamente de problemas. Evitar contato com as verdades dolorosas. A bruxa e a madrasta malvada devem ser banidas com o lobo mau. Em cima do piano não há mais copo de veneno, mas suco azedo. A morte é apenas uma viagem. A forma afirmativa, pessoal e direta “Atirei o pau no gato” deve ser vertida para o mais sóbrio e correto “Não atire o pau no gato porque isso não se faz”. Corta-se assim o suporte imaginário necessário para que a criança elabore seu sadismo, bem como o masoquismo social que a cerca. De fato, a palavra “imbecil” provém do latim baculum, bastão de pastor.  Alguém sem bastão é alguém que deve ser pastoreado pelos outros; alguém que não fará uso algum de seu bastão para se defender será, pois, um fraco e frágil… Sem pau para atirar. 

A segunda tática para não perder os filhos para o mundo consiste na sua cretinização. Os cretinos eram crianças que habitavam os vales da Suíça, onde o sal continha pouco iodo. Sem iodo elas desenvolviam uma deficiência cognitiva associada à disfunção da tireoide. Como não podiam mais ser educadas pelos pais, elas eram transferidas para as comunidades religiosas, daí o termo chrétien (cristão). E assim fazem os pais que entregam seus filhos para a escola como se ela tivesse não apenas de os ensinar, mas educar, controlar, disciplinar, cuidar e assim por diante. E assim ocorre com os que terceirizam a educação dos filhos. 

A terceira técnica na arte de não perder as crianças para o mundo consiste em mantê-las isoladas, em situação de indivíduo privado ou, como os gregos chamavam, estado de idiotés.  A escola é um obstáculo para o novo espírito do neoliberalismo, que advoga que cada um de nós é uma espécie de livre empresa que deve escolher livremente seus fornecedores e aplicar seus investimentos segundo os princípios de otimização de resultados. Esses pais empreendedores sentem-se, segundo a prerrogativa de pagantes e clientes, no direito de elevar os princípios individuais e privados à dignidade da coisa pública. Educação é um empreendimento público, não é uma associação privada de interesses ampliados da família. Contudo é assim que agem os que querem proteger a criança da norma, da lei e da regra, cuja razão de ser é pública.  

A arte de imbecilizar crianças, como se vê, é o contrário do que nos recomendava a poeta americana. Ela consiste em reter para nós o que devia ir para o mundo, em temer desastres quando o pior desastre já está a acontecer. É uma vida sem bastão, sem sal ou sem via pública. Quando percebemos o quanto dominamos essa arte, geralmente já é tarde demais, e nossas crianças já se foram, da pior maneira possível. De modo mais lento, para um mundo que as condenou a uma minoridade penal perpétua.

A Arte de imbecilizar criancas. 2

OUTROS OLHARES

ZONA FRONTEIRIÇA

Passa ano, entra ano, vira e mexe, o tema vem à tona: reduzir ou não a maioridade penal? Eis uma questão sempre polêmica e de difícil consenso.

Zona fronteiriça

Já nos pronunciamos outras vezes afirmando que apenas diminuir ou manter como está, nos 18 anos, não adianta nada.

Com efeito, hoje um indivíduo com 17 anos e 364 dias de vida se cometer um crime, por mais hediondo que seja, será inimputável, receberá medida socioeducativa e estará na rua em breve, tenha ou não periculosidade social.

Se esse mesmo indivíduo cometer igual crime um dia depois, o ato lhe será plenamente imputável, responderá a processo e poderá ser condenado a muitos anos de reclusão em presídio comum.

Se a idade penal cair, como querem alguns, para 16 ou qualquer outra idade, o problema continuará exatamente igual. Ou seja, até um dia antes da idade limite, inimputável; um dia depois, imputável.

Em outras palavras: maniqueísmo puro, seja qual seja a baliza estabelecida. E esse nada ou tudo não existe na natureza, lembrando que há uma lei pétrea, não criada pelos homens, que ser humano nenhum pode mudar: natura non facit saltus (“a natureza não dá pulos”). Com efeito, o fruto amadurece aos poucos, a noite torna-se dia por meio da aurora, assim como os neurônios cerebrais mielinizam-se progressivamente, a mentalidade e a responsabilidade plena se dão passo a passo, do nascimento aos 18 anos.

Essa lei da natureza, se respeitada e aplicada à legislação, introduzirá a necessária semi- imputabilidade penal, esquecida completamente pelos nossos legisladores.

Trocando em miúdos, seria o seguinte: do nascimento aos 12 anos, menoridade total e inimputabilidade; dos 13 aos 17 anos, maioridade relativa e semi-imputabilidade; e dos 18 em diante, maioridade e imputabilidade, conforme hoje se verifica.

Para crimes praticados até os 12 anos de idade (menoridade, inimputabilidade), o infrator é sumariamente absolvido e aplica-se o que já está estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Por sua vez, se o indivíduo cometer delito entre os 13 e os 17 anos (menoridade relativa, semi-imputabilidade) é julgado da mesma maneira que os maiores criminosos. Porém, por ser portador, ainda, de desenvolvimento mental incompleto, a pena cominada poderá ser reduzida de um a dois terços, conforme os antecedentes do indivíduo (aliás, já previsto no parágrafo único do artigo 26 do Código Penal), e convertida em medida de segurança detentiva, a qual, se ainda vigente quando completar 18 anos, transforma-se automaticamente em pena corporal, ou seja, o infrator é transferido para presídio comum a fim de cumprir o que lhe resta da sanção aplicada na origem.

Para que funcione, não são necessários muitos acertos legais, pois os nossos códigos já observam vários artigos bem-feitos sobre essa área entre a inimputabilidade e a imputabilidade, entre o desenvolvimento mental incompleto e o desenvolvimento mental completo.

Como exemplo, suponhamos um menor, com 16 anos, que praticou homicídio qualificado grave. Julgado como criminoso comum, seriam 30 anos de reclusão. Digamos que não tenha antecedentes ruins, então obteria redução de dois terços: cai para 10 anos. Está com 16 anos, fica sob medida de segurança até completar 18 anos. Depois é transferido para presídio comum, no qual ficará mais 8 anos. E se os antecedentes pessoais forem ruins (criminalidade precoce e reincidência), em vez de redução de dois terços, diminui-se um terço, o que daria, depois de completar a maioridade e cumprir medida de segurança, mais 18 anos de reclusão.

É questão de introduzir a semi- imputabilidade nessa zona fronteiriça que medeia o menor e o maior, acabando com o maniqueísmo obtuso.

GESTÃO E CARREIRA

LIDERANÇA EM AMBIENTES INOVADORES

Sem um líder capaz de mover as pessoas em busca de um objetivo comum, é impossível ter negócios disruptivos.

Liderança em ambientes inovadores

Uma ótima ideia de negócio pode ser o bastante para inovar. Mas entre existir, sobreviver, crescer e prosperar há um longo percurso — por vezes, repleto de obstáculos. Nada de que o melhor dos planejamentos estratégicos não dê conta, certo? Errado. Se fosse assim, o número de startups que ficam pelo caminho não seria tão alto: 30% daquelas que iniciam sua jornada, segundo pesquisa do Sebrae. Por que estou trazendo essa perspectiva de fracasso se prometo no título falar em liderança? Porque essa é a palavra-chave para estar do lado dos vencedores. Uma proposta inovadora e um bom plano de negócios só se transformam em uma empresa de sucesso se, por trás disso, há alguém capaz de conduzir a execução.

Você parou para pensar nos desafios de uma nova empresa e em quanto sua solução depende de um líder assertivo, criativo e determinado?

Dá para obter algumas pistas em um recente estudo apresentado pelo escritório Nogueira, Elias, Laskowski e Matias Advogados (Nelm). Ali aparecem questões como a dificuldade na captação de investimentos (ou seja, vender a outro um sonho que é seu, citada por 57% dos entrevistados).

Não se pode esquecer, contudo, que esse mesmo sonho precisa ser comprado pelo público interno. Em bom português: pela sua equipe. Encontrar talentos com potencial para escalar negócios é só o primeiro passo. Para dar certo, eles precisam de um líder capaz de proporcionar o engajamento que levará aos resultados.

Como fazer dar certo? Investir primeiro em você, nas habilidades necessárias para dar conta do recado. Para alcançar a excelência na liderança, há algumas etapas que não podem ser negligenciadas. Veja quais são:

TENHA UM PROPÓSITO CLARO

Dê a sua equipe uma missão pela qual lutar, mostre ao mercado que você não está a passeio e conquiste parceiros que compartilhem seus sonhos.

DESENVOLVA COMPETÊNCIAS

Autoconhecimento, inteligência emocional, resiliência, assertividade. As habilidades nos preparam para lidar melhor com novos e velhos desafios.

ESTABELEÇA PROCESSOS

O Nelm descobriu que 77% dos investidores temem os riscos gerais do negócio. Se você não estrutura a forma como a empresa funciona, afugenta o capital externo.

DÊ ATENÇÃO TOTAL AO TIME

Nem tudo se resume a um alto salário. Ofereça capacitações e feedbacks. Delegue tarefas, confie responsabilidades. Dê autonomia, mas se faça presente.

ALIMENTO DIÁRIO

PROVÉRBIOS 11: 1 – 2

Pensando biblicamente

AFIRMAÇÕES IMPORTANTES

 

V. 1 – Da mesma maneira como a religião, com relação a Deus, é uma ramificação da justiça universal (não é um homem honesto o que não é devoto), também a justiça para com os homens é uma ramificação da verdadeira religião, pois não é um homem de­ voto aquele que não é honesto, nem pode esperar que a sua devoção seja aceita: pois:

1. Nada é mais ofensivo a Deus do que a fraude no comércio. Uma balança enganosa aqui representa todas as formas de práticas injustas e fraudulentas, ao lidar com qualquer pessoa, práticas estas que são, todas elas, uma abominação para o Senhor, e tornam abomináveis para Ele os que se permitem usar estas amaldiçoadas formas para prosperar. É uma afronta à justiça, da qual Deus é o defensor, bem como uma injustiça para com o nosso próximo, de quem Deus é o protetor. Os homens fazem pouco de tais fraudes, e pensam que não existe pecado naquilo pelo que se consegue dinheiro, e, uma vez que estes atos passam despercebidos, não podem se culpar por eles; uma mancha não é uma mancha, até que seja descoberta (Oseias 12.7,8). Mas eles não são menores aberrações para Deus, que será o vingador daqueles que são enganados por seus irmãos.

2. Nada agrada mais a Deus do que atitudes justas e honestas, e nada é mais necessário para nos tornar, e a nossas devoções, aceitáveis a Ele: o peso justo é o seu prazer. Ele mesmo se guia por um peso justo, e segura a balança do juízo com uma mão imparcial, e por isto se alegra com aqueles que, nisto, são seus seguidores. Uma balança engana, sob o pretexto de ser extremamente precisa, e por isto é uma abominação ainda maior para Deus.

 

V. 2 – Observe:

1. Como aquele que se exalta é aqui humilhado, e desprezado. Vindo a soberba, virá também a afronta. A soberba é um pecado da qual os homens têm razão para se envergonhar; é uma vergonha para um homem que veio do pó, que vive de doações, que depende de Deus, e que perde tudo o que tem, por ser soberbo. É um pecado que os outros julgam vergonhoso, e que consideram com desdém; aquele que é soberbo se torna desprezível; é um pecado, pelo qual Deus frequentemente abate os homens, como fez com Nabucodonosor e Herodes, cuja ignomínia acompanhava a sua vanglória; pois Deus resiste aos soberbos, e os contradiz, e se opõe a eles, naquilo de que mais se orgulham (Isaias 2.11, e versículos seguintes).

2. Como aquele que se humilha é aqui exaltado, e lhe é atribuído um excelente caráter. Da mesma maneira como, com os soberbos, há loucura, e haverá vergonha, também com os humildes há sabedoria, e haverá honra, pois a sabedoria de um homem lhe conquista respeito e faz com que o seu rosto brilhe diante dos homens; ou, se alguém for tão vil, a ponto de pisotear os humildes, Deus dará a estes últimos a graça, que será a sua glória. Considerando o quanto estão a salvo, e tranquilos, os que têm um espírito humilde, e a comunhão que têm com Deus e a consolação que têm em si mesmos, diremos: Com os humildes está a sabedoria.

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