PROVÉRBIOS 10: 26 – 32
O JUSTO É EXCLUSIVAMENTE FELIZ
V. 26 – Observe:
1. Os que têm uma disposição preguiçosa, que amam a sua tranquilidade e não conseguem dedicar as suas mentes a nenhuma atividade, não são apropriados a ser empregados, nem mesmo a ser enviados em uma tarefa, pois não transmitirão uma mensagem com nenhum cuidado, nem se apressarão de volta. Portanto, são muito inadequados para ser ministros, mensageiros de Cristo; Ele não admitirá o envio de preguiçosos à sua seara.
2. Os que são culpados de um descuido tão grande como confiar uma tarefa a alguém assim, certamente terão irritação por causa deles. “Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam”; ele provoca a paixão do seu senhor, como o vinagre nos dentes, e faz com que ele se entristeça por ver os seus negócios negligenciados e arruinados, como a fumaça faz chorar os olhos.
V. 27 – 28 – Observe:
1. A religião prolonga a vida dos homens e coroa as suas esperanças. Que homem é aquele que ama a vida? Que tema a Deus, e isto o protegerá de muitas coisas que prejudicariam a sua vida, e lhe assegurará vida suficiente neste mundo, e vida eterna, no outro; o temor do Senhor aumenta os dias, mais do que era esperado; os acrescentará incessantemente, e os prolongará até os dias da eternidade. Que homem é aquele que verá dias bons? Que seja religioso, e então seus dias não serão somente muitos, mas felizes, muito felizes, além de muitos, pois a esperança dos justos é alegria; eles terão aquilo que esperam, para sua indescritível satisfação. É algo futuro e invisível aquilo em que depositam a sua felicidade (Romanos 8.24,25), não o que eles têm à mão, mas o que têm em esperança, e a sua esperança logo será absorvida pelo desfrute, e será a sua felicidade eterna. “Entra no gozo do teu senhor”.
2. A iniquidade encurta a vida dos homens, e frustra as suas esperanças: os anos dos ímpios, que são passados nos prazeres do pecado e no trabalho penoso do mundo, serão abreviados. Corta as árvores que sobrecarregam o solo. E qualquer consolação ou felicidade que um homem ímpio prometa a si mesmo, neste mundo ou no outro, ele será frustrado; pois a expectação dos ímpios perecerá; a sua esperança se converterá em interminável desespero.
V. 29 – 30 – Estes dois versículos têm o mesmo objetivo que os imediatamente anteriores, sugerindo a felicidade dos santos e a infelicidade dos ímpios; é necessário que isto seja inculcado em nós, pois somos relutantes de mais para crer nisto e considerá-lo.
1. Força e estabilidade são transmitidas pela integridade: O caminho do Senhor (a providência de Deus, o caminho em que Ele anda em nossa direção) é fortaleza para os retos, e os confirma na sua justiça. Todas as atitudes de Deus para com o homem reto, tanto as misericordiosas como as aflitivas, servem para despertá-lo para o seu dever, e animá-lo contra o seu desencorajamento. Ou o caminho do Senhor (o caminho da santidade, em que Ele diz que devemos andar), é fortaleza para os retos; quanto mais próximos nos mantivermos deste caminho, mais os nossos corações serão incentivados a prosseguir nele, e mais capacitados seremos, tanto para os serviços como para os sofrimentos. Uma boa consciência, conservada pura e preservada do pecado, dá ao homem coragem, em tempos de perigo, e a constante diligência no dever torna o trabalho de um homem fácil, em tempos difíceis. Quanto mais fizermos por Deus, mais poderemos fazer (Jó 17.9). Aquela alegria do Senhor, que somente pode ser encontrada no caminho do Senhor, será nossa força (Neemias 8.10), e, portanto, os justos não serão jamais removidos. Os que têm uma virtude estabelecida, têm paz e felicidade estabelecidas, de que ninguém pode privá-los; eles têm perpétuo fundamento (v. 25).
2. A ruína e a destruição são as consequências asseguradas da iniquidade. Os ímpios não somente não herdarão a terra, embora acumulem nela os seus tesouros, mas sequer habitarão a terra; os juízos de Deus os extirparão. A ruína, rápida e assegurada, virá aos que praticam a iniquidade, a destruição da presença do Senhor e da glória do seu poder. Na verdade, aquele caminho do Senhor que é a fortaleza dos justos, consome e aterroriza aqueles que praticam a iniquidade; o mesmo Evangelho que, para uma pessoa, é cheiro de vida para vida, é, para outra. cheiro de morte para morte; a mesma providência. como o mesmo sol, suaviza a uma, e insensibiliza a outra (Oseias 14.9).
V. 31 – 32 – Aqui, como antes, os homens são julgados, e, consequentemente, são justificados ou condenados, pelas suas palavras (Mateus 12.37).
1. O fato de que um homem fale sabiamente e bem é a prova da sua sabedoria e da sua bondade, e também o louvor por estas qualidades. Um homem bom, no seu discurso, exibe sabedoria para o benefício dos outros. Deus lhe dá sabedoria, como uma recompensa pela sua justiça (Êxodo 2.26), e ele, em gratidão por este presente e por justiça a quem o deu a utiliza para fazer o bem, e como o seu discurso sábio e piedoso, edifica a muitos. Ele sabe o que é aceitável, qual discurso será agradável a Deus (pois ele procura agradar mais no discurso, do que agradar a companhia), e o que será agradável, tanto para quem fala como para quem ouve, o que será conveniente para ele, e o que irá beneficiar os seus ouvintes, e enfatizará aquilo que ele dirá.
2. É o pecado, e será a destruição de um ímpio, o fato de que ele fale com iniquidade sobre si mesmo. A boca do ímpio fala com petulância, aquilo que é desagradável a Deus e provoca àqueles com quem Ele tem concerto; e qual será o resultado disto? Ora, a língua da perversidade será desarraigada, como a língua lisonjeira (Salmos 12.3).
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