PSICOLOGIA ANALÍTICA

O MELHOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER

Artista se dispôs a passar três dias no mais completo breu: foi hermeticamente vendado e imediatamente assumiu a postura de um ancião.

o melhor cego é aquele que não quer ver

A predominância da visão entre os sentidos humanos é tão grande que chegamos a usar coloquialmente as expressões “olha isso” ou “viu?” para indicar estímulos não visuais. Caçadores e coletores, nossos ancestrais viveram em estrita dependência da visão, pois apenas ela fornece imagens detalhadas de objetos distantes. Viver sem ver parece catastrófico para quem normalmente vê, mas o convívio com cegos bem adaptados demonstra que as compensações sensoriais e o aprendizado da falta permitem um notável grau de autonomia. Exímios navegadores da memória, refinados cartógrafos de texturas, senhores dos sons e odores, excepcionais interlocutores no trato com o próximo, os cegos bem temperados não inspiram pena e sim a mais franca admiração.

Em 2015 foi publicado o estudo eletrofisiológico de uma cegueira psicogênica, isto é, provocada não por deficiência anatômica ou fisiológica (hardware) mas por uma disfunção psíquica (software). O caso envolve o raríssimo transtorno dissociativo de identidade, em que o paciente atua como se possuísse distintas personalidades. Descrito há mais de um século por Charcot, Janet e Freud, esse transtorno foi posteriormente questionado como sendo um artefato terapêutico ou cultural. No caso em questão, uma paciente com múltiplas personalidades tornou-se cega após um traumatismo cranioencefálico, mas anos depois recuperou a visão quando sob a identidade de um adolescente do sexo masculino. Após uma sessão em que foram tratados temas especialmente traumáticos, subitamente a paciente tornou-se capaz de ler palavras inteiras. Depois, progressivamente, passou a reconhecer letras e finalmente imagens em geral. Sessões de hipnose levaram a uma generalização da visão para algumas outras personalidades da paciente, de modo que estados videntes e cegos passaram a se alternar na mesma pessoa em questão de segundos.

O registro de potenciais elétricos evocados por estímulos visuais mostrou que o córtex visual respondia apenas quando a paciente declarava ver, mas não quando reportava cegueira. Em outras palavras, a resposta fisiológica do cérebro dependia efetivamente da personalidade assumida a cada instante pela paciente. Ainda não está claro se este caso de cegueira histérica reflete processos cerebrais de cancelamento da imagem visual ou simplesmente um sutil mas eficaz desfocamento dos olhos. Seja como for, a documentação neurofisiológica do fenômeno indica que o transtorno dissociativo de identidade tem caráter biológico.

Se a instalação involuntária da cegueira sem causa orgânica aparente representa um quadro mental potencialmente revelador das misteriosas estruturas da mente, a cegueira voluntária é uma opção instrutiva para quem deseja explorar os limites da consciência. Buscando a experiência do verdadeiro escuro, o artista Leonardo Costa Braga dispôs-se a três dias de breu. Foi hermeticamente vendado e imediatamente assumiu a postura de um ancião. Durante as primeiras horas após o vendamento, expressou fragilidade, necessidade constante de apoio, medo evidente de perigos invisíveis e uma constante sensação de morte da personalidade que achava que a vida era apenas ver. Mover-se e viver tornou-se épico. A atenção chegou a tal extremo de foco que mesmo o som do mar a poucos metros tornou-se inaudível durante uma conversação com um guia durante uma caminhada.

Mas após uma noite de muitos sonhos, a adaptação foi emocionante. Retornou a postura corporal de adulto saudável, revigorada pelo aumento da sensibilidade dos outros sentidos. Instalou-se uma sinestesia poderosa, capaz de transformar em cores e formas os contatos do corpo com superfícies e sons do ambiente. Mestre da fotografia e da semiótica do cotidiano, Leonardo passou a retratar seu entorno com a clarividência de quem vê além da luz. Ao final da experiência, o artista nadava no Atlântico como se viajasse no espaço sideral, destemido e infinitamente livre.

Essa experiência encontra-se bem documentada no livro Olho mágico, fruto de um Prêmio Nacional Rede Funarte de Artes Visuais, em colaboração com o Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e do curso de alfabetização visual para deficientes visuais do Centro Universitário Senac-SP. Para conhecer o trabalho do artista: http://www.leonardocosta braga.com

OUTROS OLHARES

MENOS MÉDICOS, MAIS CONFUSÃO

Cuba rompe acordo com o Brasil e chama de volta profissionais participantes do Programa Mais Médicos. Foi uma retaliação às críticas de Bolsonaro, que promete asilo a quem quiser ficar.

menos médicos, mais confusão

Era esperado que acontecesse, só não se imaginava que seria tão rápido. Na quarta-feira 14, o governo de Cuba anunciou sua saída do Programa Mais Médicos, criado em 2013 na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff com o objetivo de assegurar assistência médica em localidades onde faltam profissionais. Polêmico desde seu início, o programa dividiu setores médicos, políticos e de organizações sociais. Enquanto parte criticou a iniciativa sob o argumento de que o País não precisava de mais profissionais e sim de melhor distribuição e de financiamento, outra a apoiava baseada na afirmação de que centenas de cidades, especialmente as do interior, não tinham qualquer tipo de atendimento e que médicos brasileiros se recusavam a deixar as capitais.

A presença dos cubanos foi sempre especialmente incômoda. Eles somam a maior parte de profissionais envolvidos no programa, totalizando 8.332 médicos em um total de pouco mais de 16 mil. O restante é composto por brasileiros formados no Brasil e no Exterior e por intercambistas (de outras nacionalidades). Os que vieram de Cuba chegaram ao Brasil por meio de um acordo intermediado pela Organização Pan-americana da Saúde que previa o pagamento de uma bolsa hoje no valor de R$ 11.865,60. Porém, os médicos ficam apenas com R$ 3 mil. O resto é repassado ao governo de Cuba.

Essa forma de remuneração e a não exigência de que os médicos passassem por um exame de validação de seus diplomas no Brasil tornaram-se os principais pontos de crítica. As entidades contrárias ao projeto acusavam o governo da ilha de explorar o trabalho de seus médicos – além de proibi-los de pedir asilo – e também o governo brasileiro, ao colocar na ponta da assistência à população carente profissionais cuja qualidade nunca foi testada no Brasil. “Muitos nem são médicos”, afirma o médico José Luiz do Amaral, presidente da Associação Paulista de Medicina. “Não se qualificam minimamente nos exames. São técnicos treinados para ocupar lugares em postos de saúde”, completa.

Em sua campanha, Bolsonaro já havia avisado que mudaria os termos do acordo se eleito. Primeiro, exigiria que os profissionais se submetessem ao Revalida, o teste de validação do diploma. Depois, faria com que os médicos ficassem com o salário integral, sem repasse à “ditadura cubana”, como escreveu em seu twitter. “É trabalho escravo. Não poderia compactuar com isso”, afirmou depois, em entrevista. Por último o presidente eleito disse que permitiria que os cubanos trouxessem suas famílias para morar no País.

CONTRATAÇÃO DE EMERGÊNCIA

O súbito rompimento do acordo, de forma unilateral, surpreendeu e foi entendido como uma retaliação ao futuro presidente brasileiro. Ninguém sabe ao certo como será a repatriação dos profissionais até o fim de dezembro e, principalmente, de que forma o atendimento hoje feito pelos cubanos continuará sendo oferecido. Em nota, o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde afirma que chegam a 29 milhões o total de brasileiros hoje atendidos por cubanos. A região Nordeste é onde se concentra a maior parte dos profissionais. “Em caráter emergencial, sugerimos a manutenção das condições atuais de contratação”, pediram os secretários. Na Bahia, onde há 822 cubanos, o prefeito de Salvador, ACM Neto, também manifestou apreensão. “Não é possível acabar com o programa de uma hora para outra. É preciso uma intervenção rápida”, disse. “O governo tem direito de mudar o programa, desde que tenha capacidade de suprir as demandas.” O Ministério da Saúde anunciou que lançará um edital para a contratação emergencial de médicos.

A atitude cubana, que não deu margem a qualquer diálogo entre os governos, deixa o Brasil em uma situação difícil, é verdade. Mas o governo de Miguel Díaz- Canel enfrentará também um cenário complicado. Os médicos que estão aqui foram igualmente surpreendidos e a maioria lamentou a decisão. Anonimamente, muitos pretendem pedir asilo político e continuar no Brasil, onde estabeleceram redes de contatos sociais e profissionais. E Bolsonaro já adiantou que pretende conceder asilo aos cubanos que desejarem permanecer em território brasileiro. Ou seja, menos médicos, mais confusão.

menos médicos, mais confusão.2

GESTÃO E CARREIRA

É MUITO CHATO MESMO…

Pesquisa mostra o que os funcionários fazem durante reuniões com apresentação de slides. A maioria faz tudo, menos prestar atenção…

É muito chato mesmo...

Poucas coisas podem ser mais enfadonhas no dia a dia das empresas do que apresentações, em salas à meia-luz. A companhia húngara Prezi, dona de um sistema concorrente do PowerPoint, resolveu investigar para onde vai o pensamento dos funcionários enquanto um slide se segue a outro e a mais outro e…. Foram ouvidos 2 mil profissionais americanos. Nesses momentos, 95% das pessoas fazem alguma coisa, que não é prestar atenção ao que está sendo dito e mostrado. Alguns conversam no celular, outros leem e-mails e há até aqueles que trabalham, mas longe de onde estão em corpo presente. Resultado: um em cada três perde o fio da meada e um em cada cinco comete erros ao lidar com vários assuntos ao mesmo tempo. A dispersão é maior na faixa etária de 18 a 34 anos – 56% deles precisam rever o conteúdo das apresentações, ante 44% dos que têm 55 anos ou mais. “As apresentações não cativam”, diz Nadjya Ghausi, vice-presidente de marketing da Prezi. O problema está na forma. “Projeções carregadas de estatísticas não engajam ninguém”, explica. Seria diferente se as informações fossem sob a forma de narrativa com exemplos – 35% dos jovens disseram prestar atenção quando a apresentação contém uma ótima história.

É muito chato mesmo...2

ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 20: 11-18 – PARTE II

alimento diário

A Ressurreição

 

II – A visão que ela teve de dois anjos no sepulcro, v. 12. Observe aqui:

1. A descrição das pessoas que ela viu. Eram “dois anjos vestidos de branco, assentados” (provavelmente, em algum banco de pedra ou em nichos escavados na rocha), “um à cabeceira e outro aos pés”. Aqui temos:

(1) Sua natureza. Eram anjos, mensageiros do céu, enviados intencionalmente, nesta grande ocasião:

[1] Para honrar o Filho, e para agraciar a solenidade da sua ressurreição. Agora que o Filho de Deus seria novamente introduzido no mundo, os anjos tinham a incumbência de adorá-lo, como tinham feito no seu nascimento, Hebreus 1.6.

[2] Para consolar os santos. Para dizer boas palavras àqueles que estavam sofrendo, e, dando-lhes a notícia de que o Senhor tinha ressuscitado, prepará-los para a visão dele.

(2) Seu número: “dois”, não “uma multidão dos exércitos celestiais”, para cantar louvores, somente dois, para dar testemunho. Pois, pela boca de duas testemunhas, esta palavra seria confirmada.

(3) Sua forma de vestir: eles estavam “vestidos de branco”, indicando:

[1] Sua pureza e santidade. Os melhores homens, diante dos anjos, e comparados com eles, estão vestidos de “vestes sujas” (Zacarias 3.3), mas os anjos são imaculados. E os santos glorificados, quando vierem a ser como os anjos, andarão com Cristo vestidos de branco.

[2] Sua glória, e glorificação, nesta ocasião. O branco em que eles apareceram representava o esplendor daquele estado no qual Cristo agora estava.

(4) Sua posição e seu lugar: eles estavam assentados, como se repousando, no sepulcro de Cristo. Pois os anjos, embora não precisassem de uma restauração, deveriam adorar e honrar a Cristo por terem sido estabelecidos por Ele. Estes anjos entraram no sepulcro, para nos ensinar a não temê-lo, nem pensar que o fato de permanecer ali durante algum tempo irá prejudicar de alguma maneira nossa imortalidade. Não irá. As questões estão organizadas de tal maneira que o sepulcro não é um desvio no nosso caminho para o céu. Isto evidencia, da mesma maneira, que os anjos devem estar emprega­ dos junto aos santos, não somente na sua morte, para levar suas almas ao seio de Abraão, mas no grande dia, para ajuntar seus corpos, Mateus 24.31. Estas guardas angelicais (e os anjos são chamados de vigias, Daniel 4.23), guardando a sepultura, depois de terem afastado os guardas que os inimigos tinham colocado ali, representam a vitória de Cristo sobre os poderes das trevas, derrotando-os e afugentando-os. Assim, Miguel e seus anjos são mais do que vencedores. Eles estão sentados, um em frente ao outro, um à cabeceira da sua cama, o outro aos pés, o que indica seu cuidado pelo corpo inteiro de Cristo, seu corpo místico, assim como pelo seu corpo natural, da cabeça aos pés. Isto também nos lembra dos dois querubins, colocados um em cada extremidade do propiciatório, um olhando para o outro, Êxodo 25.18. Cristo crucificado era o grande propiciatório, e na sua cabeça e aos seus pés estavam estes dois querubins, não com espadas flamejantes, para nos afastar do caminho da vida, mas como mensageiros de boas-vindas, para nos conduzir ao caminho da viela.

2. A misericordiosa pergunta elos anjos sobre a causa da tristeza de Maria Madalena (v. 13): “Mulher, por que choras?” Esta pergunta foi:

(1) Uma repreensão ao seu pranto: “Por que você chora, quando tem motivos para alegrar-se?” Muitas correntes das nossas lágrimas se secariam diante de uma pergunta como esta, diante da busca da fonte das tristezas. Por que você está abatida?

(2) Pretendia mostrar o quanto os anjos se preocupam com as tristezas dos santos, tendo a incumbência ele ministrar-lhes para seu consolo. Os cristãos devem, desta maneira, ser solidários uns com os outros.

(3) Propiciava uma oportunidade de informá-la daquilo que transformaria sua tristeza em gozo, removendo seu pano de saco, envolvendo-a em alegria.

3. A explicação melancólica que ela lhes dá sobre sua tristeza atual: “Porque levaram” o corpo bendito que eu vim embalsamar, e “não sei onde o puseram”. A mesma coisa que ela tinha dito anteriormente, v. 2. Nisto, podemos ver:

(1) A fraqueza da sua fé. Se ela tivesse tido uma fé como um grão de mostarda, esta montanha teria sido removida. Mas frequentemente nós nos confundimos, desnecessariamente, com dificuldades imaginárias, que a fé nos revelaria como sendo vantagens reais. Muitas pessoas boas se queixam das nuvens e das trevas sob as quais se encontram, quando são necessários métodos de graça para humilhar suas almas, mortificar seus pecados, e despertar nelas o afeto por Cristo.

(2) A força do seu amor. Aqueles que têm um afeto verdadeiro por Cristo não podem evitar grande aflição quando perdem os sinais consoladores do seu amor nas suas almas ou as oportunidades consoladoras de estar com Ele, e honrá-lo nas suas ordenanças. Maria Madalena não se desvia da sua busca pela surpresa da visão, nem se satisfaz com esta honra, mas ela ainda repete o mesmo refrão: “Levaram o meu Senhor”. Uma visão de anjos e dos seus sorrisos não será suficiente sem uma visão de Cristo e dos seus sorrisos. Não. A visão dos anjos é apenas uma oportunidade para prosseguir na sua procura por Cristo. Todas as criaturas, as mais excelentes, as mais queridas, devem ser usadas como meios, mas somente como meios, para nos levar ao conhecimento de Deus em Cristo. Os anjos lhe perguntaram: “Por que choras?” Eu tenho motivos suficientes para chorar, diz ela, pois “levaram o meu Senhor”, e, como Mica, “que mais me fica agora?” Vocês me perguntam por que choro? “Já o meu amado se retirou e se foi”. Observe que ninguém, exceto aqueles que já a sentiram, conhece a tristeza de uma alma abandonada, que tinha evidências consoladoras do amor de Deus em Cristo, e esperanças no céu, mas agora as perdeu, e caminha nas trevas. ”Ao espírito abatido, quem o levantará?”

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