PSICOLOGIA ANALÍTICA

QUASE TODOS DO MESMO LADO

A pressão social em prol da homogeneidade pode explicar por que há seis vezes mais pessoas destras que canhotas; cientistas especulam as vantagens evolutivas de usar uma mão ou outra e como a lateralidade aparece em outra espécie.

Quase todos do mesmo lado

Com que mão você escreve? A probabilidade maior é que seja com a direita. Ao questionarmos por que a maior parte das pessoas é destra, a resposta pode cair na mesma linha que a da pergunta “por que os peixes andam em cardumes?”. Os neurocientistas Giorgio Vallortigara, da Universidade de Trieste, na Itália, e Lesley Rogers, da Universidade da Nova Inglaterra, na Austrália, sugerem que as pressões sociais levam tanto pessoas quanto animais a coordenar seus comportamentos de maneira que todos no grupo ganhem uma vantagem evolutiva.

O fato é que mais de 80% da população prefere usar a mão direita, que é controlada pelo hemisfério esquerdo do cérebro. Um benefício – pelo menos teórico, mas não necessariamente prático – de colocar uma função particular em um hemisfério é que isso libera o outro para lidar com outras tarefas. Mas essa hipótese não explica por que há tendências para utilizarmos mais uma mão ou outra. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, que acompanham gêmeos para estudar a hereditariedade, acreditam que o cérebro de destros e canhotos tenha algumas pequenas diferenças. Eles suspeitam que isso ocorra porque os genes que formam o cérebro dos destros têm estruturas com lados ligeiramente desiguais e os canhotos parecem ter perdido aqueles genes. A diferença resulta em um cérebro um pouco mais simétrico nos canhotos, com os dois lados mais iguais, segundo o neurogeneticista Daniel Geschwind, que conduziu a equipe de pesquisa. O que isso representa, exatamente, ainda é objeto de investigação.

Há alguns anos, cientistas acreditavam que a escolha por um dos lados fosse subproduto da especialização do cérebro na área da linguagem – o que tornaria apenas os humanos canhotos ou destros, mas uma série de estudos revelou a lateralização cerebral em várias espécies, de peixes a primatas. Cientistas descobriram, por exemplo, que os chimpanzés mostram preferência por uma das mãos, em condições selvagens.

Vallortigara e Rogers defendem que a presença da lateralização em vários segmentos do reino animal sugere a existência de alguma vantagem nessa característica. Os dois cientistas publicaram um artigo no periódico científico Behavioral and Brain Science, em que apresentaram evidências de que as pressões sociais forçam os indivíduos para o mesmo tipo de assimetria (prevalência de um dos lados). Eles perceberam, por exemplo, que pintinhos atacam mais prontamente quando uma ameaça aparece em seu lado esquerdo. Rogers descobriu que, curiosamente, esses filhotes com cérebros mais assimétricos formam grupos sociais especialmente estáveis.

A lateralização parece conferir benefício para alguns peixes também. Em certas espécies, a maioria tende a nadar para a esquerda quando um predador ataca, enquanto que outras espécies vão para a direita. As vantagens potenciais de padrões como esses podem não aparecer de maneira intuitiva: um predador poderia aprender que atacar um peixe de um lado específico funciona melhor. Mas a ideia de Vallortigara e Rogers combina com a explica o convencional da razão pela qual os peixes andam em cardumes. Quando ameaçados, o fato de todos virarem na mesma direção garante a eles maior chance de sobrevivência do que se eles se espalharem para se tornar um confuso conjunto de peixes fugitivos. E os que sobrevivem repassam seus genes a seus descendentes – que têm possibilidade ampliada de manter o comportamento.

Ainda assim, dados sobre peixes e pássaros não explicam a assimetria humana. “Talvez essa característica venha de muito antes do surgimento dos mamíferos, especula Robin Dunbar, psicólogo evolucionista da Universidade de Liverpool. “Se fosse assim, mamíferos teriam a preferência lateral simplesmente porque seus ancestrais tinham, o que retorna às origens dos peixes. “Elizabeth V. Lonsdorf, do Zoológico do lincoln Park de Chicago, e William D. Hopkins, do Centro Nacional Yerkes de Pesquisa de Primatas, de Atlanta, publicaram um estudo sobre macacos que reforçou essa ideia. Seus dados mostram que chimpanzés selvagens mostram preferências hereditárias de mãos para realização de certas tarefas com ferramentas – por exemplo, dois terços dos chimpanzés selvagens observados preferiam usar a mão esquerda para retirar cupins de um buraco, cutucando-o com um galho. Antes disso, os primatas já tinham mostrado preferências por uma mão ou outra em cativeiro, mas não em ambiente selvagem. Isso fazia os cientistas especularem que os macacos se lateralizavam por meio da interação com humanos.

As descobertas com os chimpanzés preenchem o que era considerado um misterioso “elo perdido” entre vertebrados inferiores e humanos. “Escapar do argumento de fuga da singularidade humana foi bom, fez pessoas repensarem de verdade algumas de suas teses”, diz Hopkins. Outras explicações para a lateralização existem – por exemplo, a de que foi transmitida como parte de um pacote genético maior. Um grupo de genes poderia dar vantagens a seu possuidor, mas de maneira não relacionada à preferência lateral. “Eu rejeitaria a ideia de que há uma explicação definitiva, porque é um problema muito complexo para ter uma única explicação, parece mais ser resultante de um conjunto de fatores”, acredita o neurocientista Jeffrey Hutsler, da Universidade de Michigan em Ann Arbor.

Dadas possíveis razões evolutivas para explicar a norma, o que dizer sobre os canhotos? A segurança dos predadores aumenta com o tamanho do grupo, mas a competição também cresce, o que torna benéfico o comportamento diferenciado. Estudos sobre o fato de ser canhoto em alguns esportes individuais, como o boxe, sugerem o mesmo.

OUTROS OLHARES

DESAFIOS DE IR E VIR

Nas grandes cidades brasileiras as pessoas costumam levar de uma a quatro horas para se deslocar até o trabalho. Pelo caminho, carros, motos, caminhões e pedestres disputam espaço. Resultado: tensão, problemas afetivos e de saúde.

Desafios de ir e vir

Amanhece chovendo. Para quem mora em grandes cidades, esta simples constatação é sinônimo de tensão logo nas primeiras horas do dia. Trânsito lento, quilômetros de congestionamento e pontos alagados dificultam uma tarefa crítica que consome um tempo considerável na vida de muitas pessoas: o deslocamento entre a casa e o trabalho e vice-versa – um importante fator de estresse na vida de milhões de pessoas no mundo todo, sobretudo em regiões metropolitanas.

As horas gastas dentro de carros, ônibus ou trens, de segunda a sexta, para ir e voltar, acabam desgastando o vigor físico e psíquico de qualquer um. É um tempo morto, que poderia ser mais bem empregado na academia de ginástica ou no convívio com a família ou com os amigos. Para piorar, sempre paira sobre essas pessoas a terrível – e imprevisível – ameaça das condições do tempo e do trânsito. Em cidades como São Paulo há um agravante: a disputa constante (e violenta) entre carros, caminhões, ônibus e motos. Tudo isso deixa marcas no corpo, na mente e nas relações sociais. “Percorrer longas distâncias diariamente requer um esforço corporal e psíquico não apenas do indivíduo, mas também das pessoas que vivem com ele”, diz o sociólogo Norbert Schneider, diretor do Instituto Federal de Pesquisa Populacional, em Wiesbaden, Alemanha. Ele concluiu nos anos 2000 a pesquisa Deslocamento para o trabalho e modo de vida, encomendada pelo governo alemão. Estudo semelhante já foi realizado também pela prefeitura de São Paulo.

CARGA PSICOSSOMÁTICA

Os resultados obtidos por Schneider mostram que a angústia das pessoas que enfrentam longos trajetos diariamente está relacionada ao medo de se atrasar ou sofrer acidentes. Como não poderia deixar de ser, a prevalência de doenças de origem psicossomática nessa população é bem maior do que naqueles que moram perto do emprego. Os problemas mais comuns foram dores nas costas, distúrbios gastrintestinais e de sono, hipertensão, fadiga crônica e dificuldade de concentração.

Uma ideia mais precisa desses efeitos foi fornecida por um levantamento feito pelo Centro de Pesquisas em Psicoterapia de Stuttgart e pela Faculdade de Medicina de Ulm. Os pesquisadores entrevistaram 407 passageiros de trem que viajavam diariamente entre Stuttgart e Ulm por motivos de trabalho. As perguntas se referiam à quantidade de baldeações, duração da viagem, motivos para o deslocamento e experiências subjetivas. Além disso, os participantes responderam a um questionário sobre qualidade de vida e queixas de saúde física e mental.

Os resultados mostraram que 90% dos entrevistados levavam mais de 45 minutos para chegar ao trabalho e o mesmo tempo para retornar. O que mais despertou o interesse dos pesquisadores, porém, foram os dados de longo prazo: 50% dos viajantes percorriam o mesmo trajeto havia mais de cinco anos e 20%, havia mais de uma década. “As condições psicossomáticas dessas pessoas eram assustadoras”, conta o psicólogo Steffen Háfner, coordenador do estudo alemão. Os dados indicaram ainda que o número de entrevistados que se queixaram de dores, tontura, fadiga e privação de sono era duas vezes no grupo que percorria longas distâncias do que no grupo dos que trabalhavam perto de casa. Segundo o psicólogo, 31% dos homens e 37% das mulheres dependiam de medicamentos.

Além dos distúrbios claramente resultantes do estresse crônico, quem viaja todos os dias também está mais exposto a doenças físicas, como infecções (quem depende de transporte público) e artrose (quem fica horas ao volante). Estudo feito na França mostrou que mulheres grávidas que utilizaram o metrô por mais de 90 minutos diários deram à luz bebês abaixo do peso, em comparação a gestantes que não passaram pela mesma situação. Os pesquisadores suspeitam do cansaço físico gerado principalmente pela vibração dos trens e pelas baldeações, que não são poucas em Paris.

SAÚDE BUCAL

Outra pesquisa, feita por cientistas noruegueses, encontrou evidências de que os chamados trabalhadores itinerantes têm mais problemas odontológicos. Mas o que as longas distâncias diárias podem ter a ver com a saúde bucal? Provavelmente essas pessoas chegam tão cansadas que não são capazes de fazer uma boa higienização, não têm uma preocupação preventiva e ficam satisfeitas com medidas reparadoras de curto prazo, argumentam os autores. Na origem do problema, porém, a falta de tempo livre para o cuidado de si parece ser um fator importante na deterioração da saúde dessa população.

O estudo de Schneider já havia detectado a escassez de tempo como questão crítica também para a manutenção de uma vida social saudável. De 65 pessoas que responderam a um questionário sobre qualidade de vida, 60 % reclamaram não sobrar tempo para si mesmas: vida noturna ou reunião com amigos não faziam parte de seu cotidiano. Quando finalmente chegam em casa, as poucas horas que restam do dia são compartilhadas com o cônjuge e os filhos. Ainda assim, boa parte das vezes, nem isso é suficiente: um terço dos participantes se queixou de não poder dar atenção suficiente à família. Brincar com as crianças ou ter momentos de lazer com o parceiro são atividades restritas aos fins de semana ou às férias. Outra reclamação frequente é a experiência angustiante de não pertencimento a um grupo social e de muitas vezes se sentir um estranho na própria casa. Obviamente, a vida conjugal sofre alguns arranhões. Falta de intimidade, companheirismo com hora marcada e discussões recorrentes sobre divisão das tarefas podem deixar cicatrizes no relacionamento do casal. A pesquisa de Schneider mostrou que dois terços dos parceiros sentiam-se mais incomodados com a situação do que os próprios trabalhadores. E um terço deles afirmou estar frustrado com a relação por ter de dar conta de praticamente todas as tarefas relacionadas à casa e aos filhos. Segundo o psicólogo, isso quase sempre ocorre quando a própria carreira ou outros interesses profissionais são preteridos. Em geral, o sentimento de sobrecarga não tarda a aparecer. Para um terço dos parceiros dos trabalhadores itinerantes, esse estilo de vida não tinha sequer um aspecto positivo. A pergunta que não quer calar é: por que essas pessoas fazem isso consigo mesmas e com a própria família? Os motivos são muitos, mas podem ser resumidos a apenas três.

Em primeiro lugar, o indivíduo que gasta horas para ir trabalhar tem um salário que, na visão dele, faz o esforço valer a pena. Além disso, a justificativa para morar longe do trabalho quase sempre tem a ver com melhor qualidade de vida longe dos grandes centros urbanos. Por fim, as crianças geralmente frequentam a escola do bairro e o cônjuge trabalha perto de casa, não parecendo oportuno mudar de endereço a curto prazo.

Infelizmente, todas as expectativas positivas relacionadas a essa situação não se sustentam a longo prazo. Pior, as desvantagens as superam. Essa foi a conclusão do estudo coordenado pelos economistas Bruno Frey e AIois Stutzer, do Instituto de Pesquisa Econômica da Universidade de Zurique. Eles analisaram os dados de questionários respondidos, ao longo de anos, por mais de mil famílias alemãs. A análise das séries históricas revelou que parâmetros como renda, tempo de deslocamento, condições de moradia e grau de satisfação com a vida mudam no decorrer dos anos. É importante destacar algumas premissas que os pesquisadores consideraram antes da avaliação dos dados. Presumiu-se que os trabalhadores agem de forma racional e consideram a possibilidade de trabalhar longe de casa em virtude de características objetivas do mercado de trabalho e imobiliário. Os economistas calculam a satisfação total de um indivíduo como a soma dos lucros menos a soma dos desgastes. Assim, cada minuto a mais que a pessoa gasta no deslocamento aumenta sua insatisfação com a vida. Em tese, o estresse do vaivém diário deveria ser compensado pelo bem-estar que seria consequência de melhores condições de trabalho e de uma contrapartida financeira que lhe permitisse melhorar o padrão de vida.

Os pesquisadores suíços quantificaram todos esses efeitos baseando-se nas séries históricas que continham dados referentes ao bem-estar geral (escala de zero a dez). O valor médio das sete séries analisadas foi de 7,14. As análises mostraram também que um itinerário de uma hora por trecho (ida ou volta) reduz esse valor em O,16. O mais impressionante, porém, é que, para o salário compensar essa queda, seria necessário um aumento líquido de 40%.

Pode até ser que essas estimativas estejam um pouco distantes da realidade, mas o que não se pode negar é que o trabalhador itinerante, quando aceita uma proposta para trabalhar longe de sua residência, está pensando em algum tipo de compensação profissional ou material que ele não teria em outra oportunidade. O que geralmente escapa à sua compreensão nesse momento é o impacto real dos desgastes físico, psíquico, familiar e social, quase sempre subestimados, de acordo com os especialistas suíços. Além disso, eles ressaltam que as pessoas rapidamente se acostumam a salários mais altos e a mais conforto material, ao passo que o incômodo de ser obrigado a percorrer longos caminhos pouco a pouco se intensifica e pode se tornar intolerável. Frey e Stutzer reconhecem, entretanto, que suas análises tendem a igualar os indivíduos e apagar diferenças importantes na forma como toleram a situação. Schneider lembra que é decisivo saber se esse longo percurso está associado ou não a pressões profissionais ou objetivos pessoais. “Quem toma a decisão de mudar para o campo e assim realizar um sonho de vida, por exemplo, tende a se adaptar melhor a esse tipo de desgaste do que aqueles que acabam se sujeitando a trabalhar longe porque passaram muito tempo desempregados”, explica. Segundo o psicólogo, há pelo menos dois tipos de trabalhadores itinerantes: os que optaram por isso e os que não tiveram escolha.

Mas por que as pessoas que sofrem com esses longos percursos simplesmente não tentam modificar sua vida? Segundo Steffen Hafner, o vaivém diário se transforma facilmente em solução indesejada e duradoura, graças a boas doses de resignação. No início muitos pensam: “Faço isso por um ou dois anos, e depois vejo como fica”. Quase sempre essa ideia se revela ilusória. A força do hábito, a escassez crônica de tempo, o cansaço e a falta de motivação impedem o indivíduo de procurar uma alternativa melhor. Outras vezes aversão ao risco e comodidade acabam falando mais alto. “Trabalhadores itinerantes não conseguem imaginar uma alternativa para o statu quo. Mudar de emprego ou de residência simplesmente não passa pela cabeça deles, independentemente do quanto sofrem percorrendo longas distâncias”, diz Schneider. Segundo ele, viver perto do local de trabalho é sempre a melhor solução e traz consequências positivas para a profissão, a vida familiar e a saúde, além de ser mais barato.

Para quem mesmo assim não arreda pé de suas escolhas e prefere continuar com as longas jornadas, o conselho dos especialistas é tentar tornar a rotina um pouco mais leve. Dar carona, por exemplo, além de ser mais econômico, pode tornar a viagem de carro mais divertida. Para quem vai de ônibus ou de trem, ler ou ouvir música pode ajudar a cultivar um excelente hábito que, além do mais, ajuda a combater o estresse.

Desafios de ir e vir.2

LONGE DE CASA

Quase um terço dos brasileiros leva de uma a quatro horas para se deslocar de casa até o trabalho e vice-versa. O dado faz parte do levantamento Os custos do deslocamento do trabalho no Brasil, realizado pela prefeitura de São Paulo em 2014 com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo IBGE.

O estudo revela também que o tempo de deslocamento dos brasileiros para ir ao trabalho e voltar, especialmente os que vivem nas regiões metropolitanas, vem aumentando nos últimos anos, embora tenha havido tendência de queda no início dos anos 90. O Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro foram as cidades com maior proporção de cidadãos que gastam mais de uma hora no vai e vem diário: 42%, 50% e 57%, respectivamente.

O levantamento aponta ainda para a relação entre tempo de deslocamento e rendimento médio do trabalhador. De forma geral, quanto maior a renda, mais tempo ele gasta para ir e voltar, embora haja exceções regionais. Em São Paulo e no Rio, por exemplo, quem tem renda maior pode levar até duas horas no trajeto, enquanto os que ganham menos levam ainda mais tempo. Em algumas capitais como Belém, Recife e Salvador, por outro lado, os profissionais mais bem pagos trabalham a mais de quatro horas da residência.

O foco da pesquisa, porém, foi o custo monetário do tempo despendido entre o domicílio e o trabalho. Levando-se em conta as horas gastas nesse deslocamento, o rendimento médio auferido por hora trabalhada e a massa de horas não trabalhadas estritamente por esse motivo, há uma perda potencial de quase R$ 93 bilhões ao ano. Se o tempo em circulação fosse trabalhado e remunerado, as pessoas teriam 15% a 20% de aumento na sua renda.

Desafios de ir e vir.3 

MENOS FILHOS

As pessoas que trabalham longe de casa costumam ser bem qualificadas e bem pagas e têm 30 a 50 anos. Elas costumam ter menos filhos que a média da população, sobretudo se forem mulheres, segundo o sociólogo Norbert Schneider, diretor do Instituto Federal de Pesquisa Populacional, em Wiesbaden, Alemanha. Um de seus estudos mostrou que boa parte dos homens que adotou esse estilo de vida vive casamentos tradicionais, em que as mulheres se dedicam exclusivamente aos cuidados da casa e das crianças.

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COCHILO NO ÔNIBUS

Pessoas matutinas, isto é, que têm facilidade de acordar cedo, são as que mais sofrem com as longas distâncias até o trabalho. Apesar de despertarem bem-dispostas, não é raro que se sintam esgotadas no fim do dia, já os tipos vespertinos, que gostam das madrugadas e dificilmente se adaptam ao despertador, estão mais bem-dispostos no fim da tarde e começo da noite e tendem a compensar a privação de sono com cochilos no ônibus ou no metrô.

GESTÃO E CARREIRA

NANA SMARTPHONE, QUE A CUCA VEM PEGAR

Ponha o celular para dormir antes de você. A saúde agradece.

Nana smartphone, que a cuca vem pegar

Você checa redes sociais ou noticiários online antes de dormir, para não ficar desatualizado? Pois então, cuidado: estudo da School of Mass Communication Research, da Bélgica, revela que usar o smartphone pouco antes de dormir (um vício já comum em qualquer rincão do planeta) impede seu cérebro de liberar o hormônio da melatonina, essencial para alertar seu corpo que é hora de desligar a cabeça e, consequentemente, cair no sono.

Segundo os autores, expor seus olhos à luminosidade das telas dos aparelhos acaba enviando ao cérebro uma ordem de que não é hora de dormir e sim de funcionar. Esse hábito pode gerar insônia, sono leve e sintomas de fadiga, que prejudicarão o desempenho profissional ou escolar no dia seguinte.

O estudo chegou a essa conclusão testando 844 participantes belgas, entre 18 e 94 anos de idade, cuja maioria apresentou esses sintomas por causa do smartphone. O que pode gerar grandes prejuízos considerando que, por exemplo, 71% dos americanos dormem ao lado de seus smartphones.

Não por acaso, Arianna Huffington defende em seu novo livro, Thrive, o banimento de qualquer equipamento eletrônico de seu quarto, substituindo-o pela leitura de um livro de papel antes de cair no sono.

ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 15: 9-17

Alimento diário

O Amor de Cristo pelos seus discípulos

Cristo, que é o amor em pessoa, aqui está falando a respeito do amor, um amor quadruplicado.

 

I – A respeito do amor do Pai por Ele. E a esse respeito, aqui Ele nos diz:

1. Que o Pai realmente o amou (v.9): “Como o Pai me amou”. Ele o amou como um Mediador: “Este é o meu Filho amado”. Ele era o Filho do seu amor. Ele o amou, e todas as coisas entregou nas suas mãos, e ainda assim Ele amou tanto o mundo, a ponto de entregar seu Filho por todos nós. Quando Cristo estava iniciando seus sofrimentos, Ele se consolava com o pensamento de que seu Pai o amou. Aqueles a quem Deus ama como um Pai podem desprezar o ódio de todo o mundo.

2. Que Ele permanecia no amor do seu Pai, v. 10. Ele amava continuamente ao seu Pai, e era amado por Ele. Mesmo quando Ele se fez pecado e uma maldição por nós, e ao Senhor agradou feri-lo, ainda assim Ele permaneceu no amor do seu Pai. Veja Salmos 89.33. Por continuar a amar seu Pai, Ele prosseguiu alegremente pelos seus sofrimentos, e por isto seu Pai continuou a amá-lo.

3. Que Ele permanecia no amor do seu Pai porque obedecia à lei do seu Pai: “Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai”, como Mediador, “e permaneço no seu amor”. Com isto, Ele mostrava que continuava a amar seu Pai, que Ele prosseguia com sua missão, e a realizava, e por isto o Pai continuava a amá-lo. A alma do Pai se comprazia nele, porque Ele não faltará, nem será quebrantado, Isaías 42.1-4. Tendo infringido a lei da criação, nós nos excluímos do amor de Deus. Cristo fez a compensação por nós, obedecendo à lei da redenção, e, desta maneira, Ele permaneceu no amor do Pai, e nos restaurou a ele.

 

II – A respeito do seu próprio amor pelos seus discípulos. Embora Ele os deixe, Ele os ama. Observe aqui:

1. O padrão deste amor: “Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós”. Uma estranha expressão da graça condescendente de Cr isto! Assim como o Pai amou a Ele, que era o mais digno, Ele amou a eles, que eram os mais indignos. O Pai o amou como seu Filho, e Ele os ama como seus filhos. O Pai entregou todas as coisas nas mãos do Senhor Jesus Cristo, e assim Ele nos dá livremente todas as coisas. O Pai o amou como Mediador, como cabeça da igreja, e como o grande consignatário da graça e do favor divino, que Ele tinha não somente para si, mas para o benefício daqueles por quem Ele foi comissionado. E diz Ele: “Eu tenho sido um consignatário fiel. Assim como o Pai me confiou seu amor, também eu o transmito a vocês”. Por isto, o Pai se comprazia nele, para que Ele pudesse se comprazer em nós, através do próprio Senhor Jesus. E por isto o amou, para que, nele, como amado, Ele pudesse nos fazer agradáveis, Efésios 1.6.

2. As provas e produtos deste amor, que são quatro:

(1) Cristo amou seus discípulos, pois deu sua vida por eles (v. 13): “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos”. E este é o amor com o qual Cristo nos amou, Ele é nosso fiador, corpo por corpo, vida por vida, embora Ele conhecesse nossa insolvência, e previsse o quanto este compromisso lhe custaria. Observe aqui:

[1] A extensão do amor dos filhos dos homens, uns pelos outros. A maior prova de amor é dar a vida por um amigo, para salvar a vida dele, e talvez houvesse alguns feitos de amor heroicos como este, que poderiam ser considerados como mais do que arrancar os próprios olhos, Gálatas 4.15. Considerando que um homem estará disposto a dar tudo o que tiver pela sua vida, aquele que der tudo o que tiver por seu amigo estará literalmente dando tudo, e não poderá dar mais do que possui. Este, às vezes, pode ser nosso dever, 1 João 3.16. Paulo desejava ter uma honra como esta (Filipenses 2.17), e por um homem justo, alguns ousarão morrer, Romanos 5.7. Este é o amor no nível mais elevado, um amor que é tão forte quanto a morte.

[2] A excelência do amor de Cristo, acima de todos os outros amores. Ele não somente igualou, mas superou, os mais ilustres amigos. Outros deram suas vidas, satisfeitos com o fato de que elas lhes fossem tiradas. Porém, Cristo entregou a sua, não foi simplesmente passivo, mas fez disto seu próprio documento legal. A vida que os outros haviam dado tinha somente um valor igual à vida pela qual era dada, e talvez fosse até menos valiosa. Mas Cristo tem um valor infinitamente maior do que dez mil de nós. Outros deram suas vidas por seus amigos, mas Cristo entregou a sua por nós, quando éramos inimigos, Romanos 5.8,10. “Devem ser mais duros que o ferro ou a pedra aqueles corações que não se abrandam pela incomparável doçura do amor divino”. – Calvino.

(2) Cristo amou seus discípulos, pois Ele os levou a uma aliança de amizade consigo mesmo, vv. 14,15. “Se vocês, pela obediência, provarem ser verdadeiramente meus discípulos, vocês serão meus amigos, e serão tratados como amigos”. Observe que os seguidores de Cristo são os amigos de Cristo, e Ele se compraz graciosamente em chamá-los e considerá-los assim. Aqueles que cumprem o dever de seus servos são aceitos e promovidos à dignidade de seus amigos. Davi tinha um servo na sua corte, e Salomão tinha um na sua, que eram, de uma maneira particular, amigos do rei (2 Samuel 15.37; 1 Reis 4.5). Mas esta honra têm todos os servos de Cristo. Nós podemos, em alguma ocasião particular, ter amizade com um estranho, mas nós adotamos para nós todos os interesses de um amigo, e nos preocupamos com todas as suas preocupações. Assim, Cristo leva os crentes a serem seus amigos. Ele os visita e convive com eles, como seus amigos, é paciente com eles e aproveita deles o máximo que pode, aflige-se com suas aflições, e alegra-se com sua prosperidade. Ele intercede por eles no céu, e cuida de todos os seus interesses ali. Tendo amigos, será que todos se tornam somente uma alma? Aquele “que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito”, 1 Coríntios 6.17. Embora eles frequentemente se mostrem de uma maneira inamistosa, aquele que é amigo ama em todas as ocasiões. Observe a maneira carinhosa como isto é expresso aqui.

[1) Ele não os chamará de servos, embora eles o chamem de Mestre e Senhor. Aqueles que desejam ser como Cristo, em humildade, não devem se orgulhar de insistir em todas as ocasiões, na sua autoridade e superioridade, mas se lembrar de que seus servos são seus companheiros servos. Mas:

[2] Ele os chamará de seus amigos. Ele não somente os amará, mas fará com que saibam disto, pois a lei da beneficência está na sua língua. Depois da sua ressurreição, Ele parece falar com uma ternura mais afetuosa dos seus discípulos, e com eles, do que antes: “Vai para meus irmãos”, cap. 20.17. “Filhos, tendes alguma coisa de comer?”, cap. 21.5. Mas observe que, embora Cristo os chame de seus amigos, eles se chamam de seus servos: “Pedro, apóstolo [ou servo] de Jesus Cristo” (1 Pedro 1.1), e também Tiago, Tiago 1.1. Quanto mais honra Cristo nos confere, mais honra nós devemos nos empenhar para prestar a Ele. Quanto mais elevados aos seus olhos, mais humildes ao nossos.

(3) Cristo amou seus discípulos, pois Ele era muito livre na comunicação da sua vontade e do seu pensamento a eles (v. 15): “De agora em diante, não sereis mantidos às escuras, como tendes estado, como servos que somente conhecem seu trabalho atual. Mas, quando o Espírito for derramado, conhecereis os desígnios do vosso Mestre, como amigos. “Tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer”. Quanto à vontade secreta de Deus, há muitas coisas que nós devemos ficar satisfeitos em não saber, mas, quanto à vontade revelada de Deus, Jesus Cristo fielmente nos transmitiu o que Ele recebeu do Pai, cap. 1.18; Mateus 11.27. Cristo declarou aos seus discípulos as grandes coisas relativas à redenção do homem, para que eles pudessem declará-las a outros. Eles eram os homens do seu conselho, Mateus 13.11.

(4) Cristo amou seus discípulos, pois Ele os escolheu e ordenou para que fossem os mais importantes instrumentos da sua glória e honra no mundo (v. 16): “Eu vos escolhi a vós, e vos nomeei”. Seu amor por eles ficou aparente:

[1] Na sua escolha, a escolha para seu apostolado (cap. 6.70): “Escolhi a vós os doze”. A atitude inicial não se deu do lado deles: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós”. Por que eles eram admitidos a tal intimidade com Ele, empregados em tal missão por Ele, e dotados de tal poder do alto? Não era divido à sua sabedoria e benevolência, ao escolhê-lo para seu Mestre, mas sim ao seu favor e à sua graça, ao escolhê-los para seus discípulos. É apropriado que Cristo tivesse a escolha dos seus próprios ministros. Ele ainda a faz, pela sua providência e pelo seu Espírito. Embora os ministros façam deste santo chamado sua própria escolha, a escolha de Cristo é anterior à deles, e a orienta e deter­ mina. De todos os que são escolhidos para a graça e a glória, pode ser dito que eles não escolheram a Cristo, mas que Ele os escolheu, Deuteronômio 7.7,8.

[2] Na sua ordenação: “Vos nomeei”, “Eu vos coloquei no ministério (1 Timóteo 1.12), Eu vos comissionei”. Com isto, parece que Ele os tomou como seus amigos quando coroou seus corações com tal honra, e encheu suas mãos com tal confiança. Foi uma confiança poderosa que Ele depositou nos discípulos, ao fazer deles seus embaixadores, para negociar as questões do seu reino neste mundo inferior, e os primeiros ministros de estado, na administração dele. O tesouro do Evangelho foi confiado a eles, em primeiro lugar, para que pudesse ser propagado: Para que vades, “para que vades como sob um jugo ou uma carga, pois o ministério é um trabalho, e vós, que vos ocupais dele, deveis estar determinados a sofrer muito. Para que vades de lugar a lugar por todo o mundo, e deis fruto”. Eles foram ordenados, não para ficarem quietos, mas para se ocuparem, para serem diligentes no seu trabalho e para se dedicarem incansavelmente a fazer o bem. Eles foram ordenados, não para não fazerem nada, mas para serem úteis à mão de Deus, para trazerem as nações à obediência a Cristo, Romanos 1.13. Observe que aqueles a quem Cristo ordena devem produzir frutos, e o farão, devem trabalhar, e não trabalharão em vão. Em segundo lugar, para que pudesse ser perpetuado. Para que o fruto possa permanecer, para que o bom resultado dos seus esforços possa continuar no mundo, de geração em geração, até o fim dos tempos. A igreja de Cristo não devia ter vida curta, como muitas das seitas dos filósofos, que eram algo maravilhoso, porém passageiro. Ela não surgiu em uma noite, nem deveria perecer em uma noite, mas ser como os dias do céu. Os sermões e escritos dos apóstolos nos são transmitidos, e nós, até hoje, somos edificados sobre aquela fundação, desde que a igreja cristã foi fundada pelo ministério dos apóstolos e dos setenta discípulos. Assim como uma geração de ministros e cristãos morreu, outra veio. Em virtude daquela magna carta (Mateus 28.19), Cristo tem uma igreja no mundo que, como se referem nossos advogados a algo corporativo, não morre, mas vive em uma sucessão. E assim, seu fruto permanece até hoje, e assim será, enquanto a terra permanecer.

[3] Seu amor por eles se evidenciava no interesse que o trono da graça tinha neles: “A fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda”. Provavelmente, isto se refere, primeiro, ao poder de realizar milagres com o qual os apóstolos foram revestidos, que devia ser obtido pela oração. “Quaisquer dons que lhes sejam necessários para o desempenho dos seus trabalhos, qualquer que seja a ajuda do céu que vocês puderem utilizar, em qualquer ocasião, basta pedir e terão”. Três coisas aqui nos são sugeridas para nosso incentivo na oração, e são muito encorajadoras. Em primeiro lugar, que nós temos um Deus ao qual recorrer que é um Pai. Cristo aqui o chama de Pai, tanto seu como nosso, e o Espírito, na palavra e no coração, nos ensina a clamar: “Aba, Pai”. Em segundo lugar, que nós nos apresentamos a Deus, o Pai, em um bom nome. Qualquer que seja a missão que nos leve ao trono da graça, de acordo com a vontade de Deus, nós podemos, com uma humilde ousadia, mencionar o nome de Cristo nela, e alegar que temos um relacionamento com Ele, e que Ele se preocupa conosco. Em terceiro lugar, que uma resposta de paz nos é prometida. O que vocês vierem pedir, lhes será dado. Esta grande promessa feita àquela grande missão preserva uma confortável e vantajosa relação entre o céu e a terra.

 

III – A respeito do amor dos discípulos por Cristo, ordenado em consideração ao grande amor com que Ele os tinha amado. Ele os exorta a três coisas:

1. A permanecerem no seu amor, v. 9. “Permaneçam no seu amor por mim, e no meu por vocês”. Ambos podem ser entendidos aqui. Nós devemos colocar nossa felicidade na continuidade do amor de Cristo por nós, e ocupar-nos de dar contínuas provas do nosso amor por Cristo, de modo que nada possa nos tentar a afastar-nos dele, ou provocá-lo a afastar-se de nós. Observe que todos os que amam a Cristo devem permanecer no seu amor por Ele, isto é, estar sempre amando-o, e aproveitando todas as oportunidades para demonstrar isto, e amá-lo até o fim. Os discípulos deviam sair em uma missão por Cristo, na qual eles se deparariam com muitos problemas. Mas diz Cristo: “Permaneçam no meu amor. Conservem seu amor por mim, e então todos os problemas com que se depararem serão fáceis. O amor tornou fáceis os sete anos de trabalho árduo para Jacó. Que as dificuldades que vocês encontrarem por causa de Cristo não apaguem seu amor por Ele, mas que o despertem”.

2. A fazerem com que sua alegria permaneça neles, e os encha, v. 11. Isto, Ele planejou naqueles preceitos e promessas que foram dados a eles.

(1) Que sua alegria possa permanecer neles. As palavras estão colocadas de tal maneira, no original, que podem ser interpretadas, ou:

[1] Que minha alegria em vós possa permanecer. Se eles produzirem muitos frutos, e permanecerem no seu amor, Ele continuará a comprazer-se neles, como tinha feito antes. Observe que os discípulos fiéis e produtivos são a alegria do nosso Senhor Jesus. Ele se deleita no seu amor por eles, Sofonias 3.17. Assim como há um arrebatamento de alegria no céu, na conversão dos pecadores, também há uma alegria remanescente na perseverança dos santos. Ou:

[2] Que minha alegria, isto é, vossa alegria em mim, possa permanecer. Ê a vontade de Cristo que seus discípulos possam constantemente e continuamente alegrar-se nele, Filipenses 4.4. A alegria do hipócrita dura somente um momento, mas a alegria daqueles que permanecem no amor de Cristo é uma festa constante. A palavra do Senhor dura para sempre, e as alegrias que fluem dela, e que se fundamentam nela, também duram.

(2) Que “vossa alegria seja completa”. Não somente que possais estar cheios de alegria, mas que vossa alegria em mim e no meu amor possa subir cada vez mais alto, até alcançar a perfeição, quando entrareis no gozo do vosso Senhor. Observe que:

[1] Aqueles, e somente aqueles, que têm a alegria de Cristo permanentemente em si, têm sua alegria completa. As alegrias terrenas são vazias. Elas logo saciam, mas nunca satisfazem. É somente a alegria da sabedoria que completa a alma, Salmos 36.8.

[2] O desígnio de Cristo no seu mundo é o de completar a alegria do seu povo. Veja 1 João 1.4. As duas coisas Ele disse, para que nossa alegria possa ser cada vez mais completa, e, por fim, perfeita.

3. A evidenciarem o amor que tinham por Ele, pela observância dos seus mandamentos: “‘Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor’, v. 10. Esta será uma evidência da fidelidade e constância do vosso amor por mim, e então podereis ter certeza da continuidade do meu amor por vós”. Observe aqui:

(1) A promessa: “Permanecereis no meu amor”, como em uma morada, no lar com o amor de Cristo; como em um lugar de descanso, em tranquilidade no amor de Cristo; como em uma fortaleza, seguros no amor de Cristo. Permanecereis no meu amor, tereis graça e força para perseverar no amor por mim”. Se a mesma mão que derramou pela primeira vez o amor de Cristo nos nossos corações não nos conservasse naquele amor, nós não permaneceríamos nele, mas, por meio do amor do mundo, deixaríamos o amor do próprio Cristo.

(2) A condição da promessa: “Se guardardes os meus mandamentos”. Os discípulos deviam observar os mandamentos de Cristo, não somente para estar, eles mesmos, em constante conformidade com os mandamentos, mas para que pudessem fazer uma fiel apresentação dos mandamentos a outros. Eles deveriam guardá-los como fiduciários, em cujas mãos foi colocado este grande depósito, pois eles deviam ensinar todas as coisas que Cristo tinha mandado, Mateus 28.20. Este mandamento, eles devem guardar sem mácula (1 Timóteo 6.14), e, desta maneira, devem mostrar que permanecem no amor de Cristo.

Para convencê-los a guardar seus mandamentos, Jesus apresenta:

[1] Seu próprio exemplo: “Do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor”. Cristo submeteu-se à lei da mediação, e, desta maneira, preservou a honra e o consolo desta lei, para nos ensinar a nos submetermos às leis do Mediador, pois, de outra maneira, não conseguiremos preservar a honra e o consolo do nosso relacionamento com Ele.

[2] A necessidade disto no relacionamento deles com Ele (v. 14): “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando”, e não de outra maneira”. Observe, em primeiro lugar, que somente serão considerados amigos fiéis de Cristo aqueles que provarem ser seus servos obedientes, pois aqueles que não permitirem que Ele reine sobre eles serão tratados como seus inimigos. A amizade envolve uma comunhão de aversões e de simpatias. Em segundo lugar, que a obediência universal a Cristo é a única obediência aceitável. Obedecer a Ele em tudo o que Ele nos ordenar, sem excetuar nenhum mandamento, e muito menos sem isentar-se de nenhum deles.

 

IV – A respeito do amor dos discípulos uns pelos outros, ordenado como uma evidência do seu amor por Cristo, e uma grata retribuição ao seu amor por eles. Nós devemos guardar seus mandamentos, e este é seu mandamento, que nos amemos uns aos outros, v. 12, e novamente, v. 17. Nenhuma obrigação da religião é mais frequentemente enfatizada, nem mais pateticamente recomendada, a nós, pelo nosso Senhor Jesus, do que esta do amor mútuo, e por uma boa razão.

1. É recomendada pelo padrão de Cristo (v. 12): “Assim como eu vos amei”. O amor de Cristo por nós deve orientar e motivar nosso amor uns pelos outros. Desta maneira, e por este motivo, nós devemos nos amar uns aos outros, e porque Cristo nos amou. Aqui Ele especifica algumas das expressões do seu amor por eles. Ele os chamou de amigos, transmitiu seus pensamentos a eles, estava pronto para dar a eles o que lhe pedissem. “Vão e façam da mesma maneira”.

2. É exigida pelo se u preceito. Ele interpõe sua autoridade, e faz dela uma das leis estatutárias do seu reino. Observe com que diferença isto se expressa nestes dois versículos, e de forma muito enfática em ambos.

(1) “O meu mandamento é este” (v. 12), como se este fosse o mais necessário de todos os mandamentos. Assim como, sob a lei, a proibição da idolatria era o mandamento mais enfatizado, acima do que qualquer outro, prevendo como as pessoas estavam viciadas a este pecado, também Cristo, prevendo o vício da igreja cristã à falta de caridade, colocou a maior ênfase neste preceito.

(2) “Isto vos mando”, v. 17. Ele fala como se estivesse prestes a dar-lhes várias incumbências, mas cita somente esta: “Que vos ameis uns aos outros”, não somente porque esta inclua muitas obrigações, mas porque ela terá uma boa influência sobre todas as demais.

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