PSICOLOGIA ANALÍTICA

FLEXIBILIDADE COGNITIVA

Atualmente vivemos em ambientes quase inteiramente construídos pela nossa grande imaginação, oferecendo vantagem pela mente flexível em um mundo dinâmico que valoriza, e muito, essa competência.

Flexibilidade cognitiva

Depois de trocar algumas vezes de canal, você começa a ver um filme, do qual nada sabe a respeito. Minutos depois, sem que ninguém lhe diga, você já sabe se a história é atual futurista ou de algum período do passado. As roupas, a linguagem e os cortes de cabelo ajudam a marcar cada época. A humanidade sempre esteve em constante transformação e adaptação.

Mas as vividas nas últimas décadas são muito mais profundas que qualquer mudança de estilo ou tendência de época. E também são bem refletidas nos filmes atuais: a comunicação entre os jovens acontece em grande parte em ambientes virtuais, pessoas trabalham e estudam à distância, a informação é propagada de forma incrivelmente rápida, a tecnologia é usada como extensão do cérebro.

Essas novidades impactam a forma como pensamos e vivemos. Passam a ser parte do material que forma nossa identidade. Interferem em nossos sentimentos e ações e moldam a maneira como interagimos com o mundo. Hoje, a maior parte dos nossos planos, relacionamentos, conhecimentos e até ansiedades é gerada a partir de recursos que passaram a existir há pouco tempo. Em dez anos, possivelmente estaremos dedicando parte de nossa vida a uma atividade que hoje ainda nem foi criada. Em contrapartida, dentro de dez anos os ninhos das aves continuarão sendo iguais ao que sempre foram, os cachorros continuarão usando os mesmos recursos para se comunicar com os humanos e os gatos de seus filhos terão as mesmas habilidades dos gatos de seus avós. Ao contrário de todas as outras espécies, nós temos o impulso de inovar, criar e viver em um ambiente dinâmico e imprevisível e, de maneira incrivelmente rápida, adaptar-nos às mais drásticas mudanças. Isso só é possível porque temos uma capacidade fundamentalmente humana, que chamamos de “flexibilidade cognitiva”.

Conforme explica o físico e escritor Leonard Mlodinov, em seu recém-lançado Elastic (Elástico), hoje vivemos em ambientes quase inteiramente construídos pela nossa imaginação. “Embora o pensamento elástico não seja um novo talento da espécie humana, as demandas deste momento da nossa história trouxeram essa barbaridade do segundo para o primeiro plano e a transformaram em uma aptidão crítica até mesmo para questões rotineiras do âmbito profissional e pessoal. Não se trata mais de uma ferramenta especial daqueles envolvidos na resolução de grandes problemas, inventores e cientistas. O talento para o pensamento elástico é um fator importante para o sucesso de qualquer pessoa:

Todos naturalmente têm uma dose de flexibilidade e essa nossa qualidade sempre foi necessária para o sucesso nos relacionamentos e na resolução de problemas. No entanto, assim como a flexibilidade muscular, a cognitiva apresenta imensa variação entre as pessoas. Da mesma forma como acontece com o músculo, a mente tende a enrijecer quando sua elasticidade não é exercitada.

O cérebro é projetado para aprender e mudar com a aprendizagem, mudar e aprender com a mudança. Sua complexidade nos possibilita desde mudanças rápidas de foco, quando recebemos estímulos diferentes, a transformações profundas na forma como agimos e pensamos, de acordo com a necessidade e o ambiente. Quanto mais nos permitimos conhecer o incerto, mais treinamos a capacidade de adaptar a forma de agir e de pensar de acordo com a necessidade que encontramos. A flexibilidade cognitiva depende das mudanças e ao mesmo tempo as torna possíveis.

A velocidade com que a informação hoje é distribuída e os saltos de inovação em todas as áreas do conhecimento colocam a rigidez em enorme desvantagem. A resistência a mudanças costuma sempre perder. E hoje elas são muitas, exigindo tanto das empresas quanto das pessoas uma capacidade de aprender, reaprender e se adaptar de forma contínua. Por conta disso, a flexibilidade cognitiva entrou na lista das competências que serão mais valorizadas pelo mercado nos próximos anos, de acordo com o relatório O Futuro do Trabalho, do Fórum Econômico Mundial.

Com muitas ocupações tornando-se desnecessárias e tantas outras sendo criadas, devemos estar preparados para mudar de atividade ao longo da vida profissional. Fazer carreira ganhou outro significado e hoje, mais que nunca, requer mente aberta a mudanças e a novas oportunidades. Pessoas flexíveis tiram proveito do que o novo tem a oferecer e não esperam sentir-se prontas para assumir algum risco, pois sabem que nunca estarão. O conhecimento é um produto da ação, e não o contrário. A escritora Elizabeth Gilbert lembra que todos aqueles que alcançaram grandes conquistas questionaram-se se já estariam prontos para enfrentar o incerto. E talvez nunca se sintam prontos, pois mentes flexíveis sabem que nunca estamos, pois somos uma espécie em constante transformação.

Os ginastas mentais vão ganhar as melhores oportunidades e poderão não apenas usufruir das inovações como contribuir para que o mundo continue evoluindo.

 

MICHELE MULLER – é jornalista, pesquisadora, especialista em Neurociências, Neuropsicologia Educacional e Ciências da Educação. Pesquisa e aplica estratégias para o desenvolvimento da linguagem. Seus projetos e textos estão reunidos no site http://www.michelemuller.com.br

OUTROS OLHARES

AS EMERGÊNCIAS SILENCIOSAS

Paramédica relata como é lidar com um fio de vida numa ambulância e nunca saber como terminou a história.

As emergências silenciosas

“Eu acho que é encefalite”, ela me disse. ” Porque dói aqui atrás, no meu pescoço.” A senhora apontou para a nuca, na linha do cabelo grisalho e seco.

Susan tem 70 anos e ligou para o 911 por causa do nariz escorrendo e da dor. Estava doente havia alguns dias, mas não foi ao médico. Ela mora numa “ocupação de um quarto” num conjunto habitacional no centro da cidade e divide o espaço pequeno com um homem mais novo que, de acordo com ela, é seu amigo. Estamos numa cidade litorânea populosa, com antigos hotéis colados a arranha-céus de novos-ricos, condomínios e casas enfileiradas idênticas. Um casal de jovens bêbados talvez escolha caminhar algumas quadras a mais para evitar um bairro como o de Susan.

Ela estava usando um suéter grande e laranja e arregaçou uma manga com o polegar enquanto conversávamos. A roupa não estava tão suja quanto a da maioria das pessoas que tratamos, mas não estava limpa. Verifiquei seus sinais vitais e liguei o monitor cardíaco. Aumentei a temperatura da ambulância.

Susan é igual à maioria de meus pacientes: solitária, pobre e sem queixas sérias. Trabalhei numa ambulância por cinco anos em três países diferentes. Urbano e rural, rico e pobre, seco e molhado. Meu trabalho não é bem o que se pensa.

Na tela da TV, paramédicos estão sempre correndo para tentar salvar uma mulher presa debaixo de escombros, um homem sangrando ou um bebê sem fôlego. Há muitas sirenes, muita gritaria, um bêbado engraçado de vez em quando, mas a maior parte do trabalho é retratada com muita adrenalina. Geralmente, as pessoas arregalam os olhos quando conto qual é meu emprego.

A verdade sobre meu trabalho é, ao mesmo tempo, menos e mais interessante. Hoje em dia, a categoria de paramédico é mal definida, uma mistura de médico de combate, assistente social e gari. Atendemos muitas chamadas sem ligar as sirenes e nos sentamos com pessoas que têm problemas distantes da medicina. Há pouco tempo deparei com uma retratação surpreendentemente fiel da alma dos serviços de emergência médica num livro que não tem nada a ver com emergência. Em Evicted (Despejado), best-seller do New York Times, o autor, Matthew Desmond, acompanha oito famílias que estão sendo despejadas em Millwaukee, Wisconsin. O livro sobre economia e habitação logo se torna uma história comovente sobre a pobreza americana. Nas três primeiras páginas, pensei: “Ah, este livro aborda meu trabalho”. Desmond escreve sobre Arlene, mãe solteira de cinco ou seis crianças. Ela depende de programas sociais porque o dinheiro é mais fixo do que em qualquer emprego. Seu filho mais novo tem asma, e ela sempre se esquece de seus remédios. Ele fica doente o tempo todo e, sem um médico de família, é levado à emergência. Eu sei. Já fiz um atendimento desses.

A história das moradias, dos bairros em que as pessoas moram e por que elas moram lá é a história da pobreza americana. Como uma médica de rua, nunca vou saber o resultado de exames da maioria de meus pacientes – mas verei seus quartos e os de seus vizinhos. Verei a pilha de fotos no canto escuro do armário antes de ver uma radiografia de tórax. Subo três lances de escada com minha maleta e passo por vasos de plantas, certificados emoldurados e fotos de família. Sei quais casas têm construções ilegais, laboratórios de metanfetamina ou terraços lindos. Procuro por insulina na geladeira. Uma paciente me leva até seu armário, e eu escolho um casaco para ela usar; ela não gosta do amarelo, pego o azul atrás dele. Um boné da infantaria do Vietnã cai quando pego o cabide. Ela pede que eu o guarde, era de seu marido. As bordas estão finas de tanto uso.

Vemos cozinhas reformadas, sótãos apodrecidos. Eu deixo comida para os animais de estimação, desligo as luzes e a boca do fogão embaixo da panela com rabada. Uma vez, li metade de um poema deixado na máquina de escrever de uma mulher que morreu.

Serviços de ambulância, no fundo, são serviços de transporte. Fazemos muitas avaliações e poucas intervenções, mas nossa função principal é levar as pessoas do lugar onde estão até o hospital. Chamamos de “cenário”. Como estava o cenário? O cenário é seguro? Estamos numa casa, numa clínica, num beco atrás de várias lixeiras? Num mês normal, atendo cerca de 70 a 100 pacientes. Normalmente, dois ou três são emergências do tipo luzes e sirenes, pisa no acelerador, “Johnny, traz o desfibrilador”. Você sofre um acidente de carro, um ataque cardíaco. O resto dos pacientes é igual a Susan: pobres, velhos, bêbados e sem casa – pessoas que se distanciaram ou foram expulsas da sociedade e não sabem a quem pedir ajuda.

Geralmente vejo cada paciente por cerca de uma hora, da rua ao hospital. Temos alguns clientes fiéis, mas eles só aparecem em seus dias ruins. Quando passamos um tempo sem ver uma pessoa, a maioria das vezes é porque elas ficaram sóbrias, foram presas ou morreram. Chegamos num momento de crise de uma história e quase nunca testemunhamos seu final.

Quase nunca vemos uma história ser resolvida.

À noite, depois de terminar o livro de Desmond, anotei todas as chamadas de meu turno. Eu trabalho no centro, das 16h30 às 4h30. As chamadas incluíam Tag, de 41 anos, que estava numa clínica e sofria de dores nas costelas havia um mês. Depois de Tag, vinha Ronnie, um homem de 58 anos de um abrigo para veteranos sem teto. Ele estava sofrendo de surto psicótico e coriza, nessa ordem. Falando rápido e com sentido na maioria das vezes, se ele conduzia a conversa por muito tempo, a paranoia começava. Seu nariz estava escorrendo havia uma semana e seu vizinho havia roubado suas calças e as pintara de outra cor. “Estas calças?” Eu apontei para o jeans que usava. Ele não tinha certeza. Disse que o homem rastejava por debaixo de sua porta toda noite, pintava as calças e então rastejava de volta. Demos a Ronnie uns lenços de papel e o levamos para o Departamento de Assuntos de Veteranos.

Em seguida, foi a vez de um mendigo bêbado com um corte na cabeça; a ligação foi feita por uma turista que nem parou o carro, só pegou o celular e continuou dirigindo. Depois, Susan, com a dor na nuca e o suéter laranja. E uma russa de 91 anos com um ataque de asma que estava mais ou menos resolvido quando chegamos. Mas seu filho estava preocupado: ela mora sozinha, ele não poderia passar a noite lá, e eles não tinham dinheiro para pagar uma cuidadora que ficasse com ela.

Todos esses pacientes enfrentam sérios problemas de moradia, comida, competências. A ligação ao 911 não é tanto uma emergência quanto uma incapacidade de sustentar a si mesmos. A falta de acesso a necessidades básicas como comida, água e higiene se tornará problema de saúde se ignorada por tempo suficiente. Geladeiras vazias levam à desnutrição, encanamento defeituoso traz infecções. Vício se torna overdose. Algumas pessoas nos ligam com esperança de ser levadas à emergência quando não querem passar mais uma noite sozinhas.

Susan contou que tomava remédios para pressão alta, problemas psicológicos e dor. Já teve um ataque cardíaco. A maioria de seus remédios tinha acabado havia uma semana, e ela não conseguira ir a uma farmácia para comprar mais. Susan olhou para mim um pouco envergonhada. “Eu achava que não estavam fazendo efeito mesmo.”

Ela disse que sobrou um pouco de Haldol, mas não tomava sempre porque não gostava. Seus joelhos balançavam para a frente e para trás na maca, provavelmente um efeito colateral do medicamento. Pacientes que tomam remédios psiquiátricos a vida toda costumam ser um pouco inquietos. Ela disse que a braçadeira para medir pressão arterial estava um pouco apertada.

Susan é beneficiária de programas de auxílio do governo desde os 24 ou 25 anos por causa de alucinações. Ela morava no Sul naquela época. Passou um ano em Tulsa, dois em Sacramento, indo de um lado para o outro. Às vezes recebe benefício por causa da deficiência e outros auxílios financeiros. Divide o quarto com Marcos há muitos anos. Procurei por seu nome em nosso sistema: transportamos Susan quatro vezes neste mês. Ela explicou que costuma ir de cadeira de rodas à farmácia, mas nesta semana havia feito frio.

Quando estávamos indo embora, perguntei: “Se esteve doente a semana inteira, o que foi que mudou para você ter ligado para o 911 hoje?”.

“Eu fico assoando o nariz, mas ele continua escorrendo”, respondeu.

Em comunidades pobres, acesso constante a medicamentos é raro. Mudanças de casa frequentes levam a mudanças no seguro, na elegibilidade ao Medicare – o sistema de seguros de saúde gerido pelo governo americano – e no fornecimento de transporte até um novo médico.

Quando a comida acaba, quando não têm mais casa, quando os relacionamentos terminam, somos a última alternativa.

Temos uma paciente regular em minha cidade chamada Leena. Ela tem o temperamento de uma criança desnutrida. Passa de feliz a zangada num piscar de olhos, rindo e chorando, nos ajudando ou cuspindo em nós. Liga no meio da noite porque a vodca acabou ou o motorista do ônibus olhou feio para ela. Gosta de descrever suas aventuras sexuais em detalhes desconfortáveis e já socou paramédicos do nada.

Uma série de leis severas impede o “abandono de pacientes”, que é o tempo legal usado para o caso de eu sentar na frente dela e dizer “Não”. De dizer: “Querida, você já ligou nove vezes nos últimos quatro dias. Você foi expulsa do pronto-socorro hoje de manhã porque cuspiu numa enfermeira. Você foi expulsa do último abrigo por brigar com um vigia. Você não tem uma queixa de saúde, só está cansada. Eu entendo, o sol está se pondo, a calçada está rachada e os ratos vão aparecer, e isso é um saco, eu sei. Eu queria poder fazer alguma coisa. Mas o pronto-socorro é para emergências de saúde, para pessoas que estão morrendo mais rápido que você. E a ambulância serve para dirigir rapidamente, para quem está tão perto da morte que não consegue esperar no sinal vermelho porque pode não sobreviver até ficar verde. E talvez alguém assim esteja tentando ligar para nós agora, mas não podemos ajudá-lo porque estamos aqui com você. De novo”.

Queria poder ser a pessoa que leva esses pacientes a clínicas de atendimento a longo prazo e à terapia, que, sozinha, os tira da escuridão. Mas tudo que posso fazer é colocá-los na maca e levá-los ao hospital.

Fui treinada para reagir a situações de vida ou morte em segundos. Abra a via aérea, pare o sangramento. Salve o coração que está precariamente à beira da morte, estenda a mão e agarre a última chance de vida. Emergências. Para alguém como Leena, porém, estar cansada e sozinha é uma emergência. Sua vida está tão fora de seu controle que ela não consegue pensar além de uma hora daqui para a frente. E, na próxima hora, o sol vai se pôr e a neblina vai tomar conta da noite. Em vez de deixá-la na rua, tentei colocar juízo em sua cabeça e lhe dei um cobertor e uma carona até o pronto-socorro. Pode ser que desta vez algo tenha mudado. Três horas depois, Leena ligou novamente, a uma quadra do hospital. Uma equipe diferente atendeu a chamada.

O número de overdoses sempre sobe nos dias 1 e 15. Eu sei mais sobre seguridade social do que sobre câncer, com certeza. E a quantidade de pessoas que não têm mais nada, que estão perdidas, com medo e sozinhas, sempre será maior que a de pessoas que acabam tendo um derrame ou um infarto. Sempre. Enquanto o serviço de 911 permanecer gratuito e rápido, a maior parte do trabalho não vai se tratar de transporte rápido.

Em Evicted, Desmond escreve: “Há duas formas de desumanização: a primeira é privar as pessoas de toda virtude; a segunda é purificá-las de todo pecado”. Desmond escreve sobre seu povo, meu povo, com compaixão e em detalhes. Ele evoca seus dias bons, os momentos alegres entre períodos complicados. Preenche a história daquele mês em que Leena não ligou, quando estava bem alimentada e morando com sua tia em algum lugar ao norte. Para mim é bom ver essa parte da história. Lembrar que existe um ser humano por trás da ligação.

Quando deixamos Susan na sala de emergência, meu parceiro e eu elogiamos seu suéter. Dissemos que ficava bonito nela e era aconchegante naquele inverno. Ela sorriu abertamente. “Tenho ele há muitos anos”, disse. “É meu favorito.” Puxou as mangas e apoiou o queixo na mão escondida dentro do suéter. Eu ajeitei o cobertor e desejei tudo de bom para ela. Esperava que ela se sentisse melhor, organizasse seus remédios e ficasse longe do hospital por um tempo. Em outras palavras, eu esperava nunca mais vê-la de novo.

As emergências silenciosas.2

GESTÃO E CARREIRA

4 HÁBITOS QUE DESTROEM A PRODUTIVIDADE DE UM TIME E UMA EMPRESA

 Em um ambiente cada dia mais competitivo, as empresas precisam reduzir custos, e profissionais são desafiados a fazer cada vez mais, de forma mais rápida e com menos recursos. Nesse cenário, quem não for produtivo dificilmente sobreviverá.

4 Hábitos que destroem a produtividade de um time e uma empresa

Cada dia que começa é como se existisse uma batalha acontecendo, de um lado está o foco no que precisa ser feito e do outro as distrações do dia a dia, e é justamente disso que quero falar, de quatro hábitos que viraram distrações crônicas em diversas empresas.

Vamos imaginar alguém que precisa entregar um relatório para hoje. Esse é o foco dele. Assim que começa a trabalhar surgem as distrações, notificações no celular de mensagens e e-mails, redes sociais, o colega da mesa ao lado chamando para tomar um café e o relatório ali na tela do computador.

Até que, de repente, surge o chefe dizendo “bora lá” para uma reunião bem rapidinha, só que todos sabem que em menos de uma hora ninguém sai lá de dentro. No meio disso, uma pessoa do time pergunta se precisa ir e o chefe responde já que tá aí, vamos todos. Reuniões do tipo “bora lá” envolvendo todo mundo proliferam-se pelas empresas.

O problema é que reuniões assim não têm pauta, ninguém se preparou para contribuir, e várias pessoas vão ficar inutilmente assistindo enquanto seus trabalhos estão parados em suas mesas.

Aqui vão mudanças simples que podem acabar com esses habito, aumentando substancialmente a produtividade:

  • Faça reuniões menores com regularidade -15 minutos a cada semana é uma ótima escolha.
  • Envolva apenas quem deve estar na reunião.
  • Quando surgir um assunto “urgente”, pergunte-se se não pode esperar a próxima reunião. Seja crítico ao responder.
  • Se não tiver jeito, agende a reunião para o dia seguinte, divulgue o assunto e chame só quem deve estar presente.

Sobre o terceiro hábito, não importa quão produtivo você seja, as tarefas nunca vão terminar. Com o volume de tarefas que as empresas possuem hoje em dia, podemos definir produtividade inteligente como a arte de decidir o que não fazer.

Como essa escolha não é tão simples, vejo times inteiros trabalhando duro em demandas que não contribuem tanto com os objetivos estratégicos da empresa. O resultado disso é muitas vezes ter os dois lados insatisfeitos. O gestor infeliz com seu time, com o sentimento de que as coisas não progridem, pois a equipe está trabalhando em algo que ele não vê tanta relevância, e trabalhando duro, mas também infeliz pela falta de reconhecimento do gestor ou líder.

A solução mais simples é manter uma lista em lugar visível com todas as demandas e projetos em que o time está envolvido naquele momento, listados por ordem de prioridade, com atualização semanal nas reuniões de acompanhamento que já falamos aqui. Assim, o volume de trabalho em que a equipe está envolvida fica visível para todos e, ao mesmo tempo, todos sabem onde devem colocar maior foco. Com isso, a capacidade produtiva do time, que é finita, é alocada àquilo que realmente importa e, se tiver que entrar novos projetos naquele momento basta alterar a ordem de prioridade.

O quarto hábito está ligado ao feedback dado de forma inadequada. O que vemos nas empresas são três situações:

(1) Ausência completa de feedback do líder ao seu time;

(2) Limitar­ se a informar o que o colaborador tem feito de errado;

(3) O líder que acredita que a forma de manter a equipe motivada é apenas elogiar.

Quando o líder não dá feedbacks regulares, o que temos é uma equipe que não sabe se está indo na direção certa, com o tempo vem a desmotivação. Quando o líder só critica, a equipe perde a confiança e fica esperando pela decisão dele para evitar mais críticas. Só elogiar também não é a solução, com o tempo a equipe tende a se acomodar e não acompanhar as necessidades dinâmicas do mercado.

Aqui vão algumas dicas para melhorar a forma de dar feedbacks:

  • Marque uma conversa periódica com cada liderado para falar individualmente do desempenho dele, assim o feedback deixa de ser visto como algo negativo e se torna rotina de evolução.
  • Comece por um resumo do que aconteceu de relevante e positivo no último mês e em seguida indique os pontos de melhora, concentre-se nos fatos e evite julgamento.
  • Termine destacando os pontos fortes e a evolução recente do liderado. Seja sempre verdadeiro.

Basicamente, comece pelo que aconteceu de positivo desde o último encontro, passe para os desafios e termine pelos pontos fortes para que o liderado vença os desafios que você acabou de apontar.

Como em qualquer empresa, sempre existirão pontos de desafio, e o que torna uma empresa competitiva e duradoura é a consistência em evoluir. Neste momento, o que você pode fazer como líder ou empresário é simplesmente escolher um ponto que vai implementar. Agora é só ir lá e fazer!

 

GERONIMO THEMI – é coach especialista em Produtividade e Desenvolvimento Humano. É palestrante internacional especializado em mudança de comportamento, aumento de produtividade, e empreendedorismo. Fundador do Instituto Geronimo Themi de Coach e Desenvolvimento Humano (IGT). É o idealizador do Programa Profissão Coach, no qual prepara  coaches para alcançarem sucesso profissional.  

ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 11: 33-44 – PARTE II

Alimento diário

 Cristo na sepultura de Lázaro. A Ressurreição de Lázaro

 

II – A aproximação de Cristo à sepultura, e a preparação que foi feita para a realização do milagre.

1. Cristo repete seus gemidos ao aproximar-se da sepultura (v. 38): “Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, foi ao sepulcro”: Ele se moveu:

(1) Em desagrado pela descrença daqueles que falavam duvidando do seu poder, e o culpavam por não ter impedido a morte de Lázaro. Ele estava entristecido pela dureza dos seus corações. Ele nunca gemeu tanto pelas suas próprias dores e seus próprios sofrimentos como pelos pecados e pelas loucuras dos homens, particularmente os de Jerusalém, Mateus 23.37.

(2) Tocado pelos novos lamentos, que provavelmente as irmãs, em pranto, expressaram quando se aproximaram do sepulcro, mais apaixonadamente e de modo mais comovente do que antes, seu espírito gentil ficou sensivelmente comovido pelas suas lágrimas.

(3) Alguns pensam que Ele se moveu em espírito porque, para satisfazer o desejo dos seus amigos, Ele devia trazer Lázaro outra vez, daquele descanso no qual ele tinha acabado de entrar, para este mundo problemático e pecador. Seria um ato de benignidade para Marta e Maria, mas para Ele seria como atirar a um mar tempestuoso alguém que tinha acabado de chegar a um porto seguro e tranquilo. Se Lázaro tivesse sido deixado em paz, morto, Cristo rapidamente o teria encontrado no outro mundo. Mas ressuscitando-o, Cristo rapidamente o deixou para trás neste mundo.

(4) Cristo se moveu em espírito como alguém que sentia a situação calamitosa da natureza humana, sujeita à morte, da qual Ele estava prestes a resgatar Lázaro. Desta maneira, Ele se apegou fortemente a Deus, o Pai, na oração que iria fazer, oferecendo-a “com grande clamor e lágrimas”, Hebreus 5.7. Os ministros, quando são enviados a ressuscitar os mortos através da pregação do Evangelho, devem se sentir fortemente tocados pela condição deplorável daqueles a quem pregam e por quem oram, gemendo em espírito ao pensarem na situação destas pessoas.

2. O sepulcro onde estava Lázaro é aqui descrito: “era uma caverna e tinha uma pedra posta sobre ela”. Os sepulcros das pessoas comuns, provavelmente, eram escavados como são os nossos. Mas as pessoas de distinção eram, como acontece conosco, sepultadas em câmaras, como foi Lázaro, e assim era o sepulcro no qual Cristo foi sepultado. Provavelmente, este costume era mantido entre os judeus, imitando o costume dos patriarcas, que sepultavam seus mortos na caverna de Macpela, Génesis 23.19. Este cuidado com os corpos dos seus amigos evidencia a expectativa que tinham em relação à sua ressurreição. Eles consideravam que a solenidade do funeral terminava quando a pedra era rolada à sepultura, ou, como aqui, sobre ela, como aquela sobre a boca da cova onde Daniel foi lançado (Daniel 6.17), para que o propósito não pudesse ser alterado. Isto indica que os mortos estão separados dos vivos, e tomaram o caminho do qual não retornarão. Esta pedra provavelmente era uma lápide, que tinha sobre si uma inscrição que os gregos chamavam de mnemeion um lembrete, porque é, ao mesmo tempo, uma recordação do morto e uma lembrança para os vivos, fazendo com que se lembrem daquilo de que todos nós devemos nos lembrar. É chamada pelos latinos de Monumentum, et monendo, porque traz uma advertência.

3. São dadas ordens para a remoção da pedra (v. 39): “Tirai a pedra”. Ele queria a pedra removida para que todos os expectadores pudessem ver o corpo coloca do morto no sepulcro, e para que o caminho para sua saída fosse aberto, e para que ele pudesse se mostrar como um corpo verdadeiro, e não como um fantasma ou espectro. Ele queria que alguns dos servos a removessem, para que pudessem ser testemunhas, pelo cheiro da putrefação do corpo, que, portanto, estava verdadeiramente morto. É um bom passo em direção à ressurreição de uma alma à vida espiritual quando a pedra é removida, quando os preconceitos são removidos e ultrapassados, e quando se abre caminho para que a palavra chegue ao coração, para que possa realizar suas obras ali, e dizer o que tem que ser dito.

4. Uma objeção é feita, por Marta, contra a abertura do sepulcro: “Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias”. Ele já está há quatro dias no outro mundo. É um cidadão e habitante do sepulcro há quatro dias. Provavelmente, Marta percebeu que o corpo cheirava mal quando estavam removendo a pedra, e por isto clamou desta maneira.

(1) É fácil observar aqui a natureza dos corpos humanos: quatro dias representam apenas um curto período de tempo, mas uma grande mudança ocorrerá no corpo do homem, se ele ficar sem se alimentar durante este período. Quanto mais se ficar tanto tempo sem vida! Os cadáveres (diz o Dr. Hammond), depois de estacionados os fluidos, o que se conclui em 72 horas, naturalmente tendem à putrefação. E os judeus dizem que no quarto dia depois da morte o corpo já está tão alterado, que não se pode ter a certeza de que seja esta ou aquela pessoa. Cristo ressuscitou ao terceiro dia, porque não deveria ver a corrupção.

(2) Não é fácil deduzir qual era o objetivo de Marta ao dizer isto.

[1] Alguns pensam que ela disse isto com carinho, e como ensina a decência para com o corpo. Agora que ele tinha começado a putrefazer-se, ela não desejava que fosse exibido publicamente.

[2] Outros opinam que ela disse isto com uma preocupação por Cristo, para que o cheiro do corpo não fosse ofensivo a Ele. Aquilo que é muito asqueroso ou nocivo é comparado a um sepulcro aberto, Salmos 5.9. Ela não desejaria que seu Mestre estivesse perto de alguma coisa asquerosa ou nociva. Mas Ele não era destas pessoas ternas e delicadas que não podem suportar o mau cheiro. Se fosse, não poderia ter visitado o mundo da humanidade, que o pecado tinha transformado em um lugar imundo, completamente asqueroso, Salmos 14.3.

[3] Aparentemente, pela resposta de Cristo, esta era a linguagem da sua descrença e falta de confiança: “Senhor, é tarde demais para tentar fazer qualquer ato de bondade a ele. Seu corpo já começou a apodrecer, e é impossível que esta carcaça podre viva”. Ela acha que o caso do seu irmão é tão sem esperança quanto inútil, pois não tinha havido nenhum exemplo, nem recentemente nem antigamente, de qualquer pessoa que fosse ressuscitada depois de ter começado a ver corrupção. Quando nossos ossos se secam, nós estamos prontos para dizer: Nossa esperança está perdida. Mas estas palavras de incredulidade de Marta serviram para tornar o milagre mais evidente e, ao mesmo tempo, mais ilustre. Com tais palavras, fica claro que ele estava verdadeiramente morto, e não em transe, pois, embora a postura do cadáver pudesse ser fingida, o cheiro não poderia. A sugestão de Marta, de que nada mais poderia ser feito, honra ainda mais o precioso Senhor que realizou o milagre.

5. A gentil censura que Cristo fez a Marta, pela fraqueza da sua fé (v. 40): ” Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” Estas palavras que Cristo menciona ter-lhe dito não tinham sido registradas antes. Ê provável que Ele tivesse dito estas palavras quando ela disse (v. 27): “Creio, Senhor”, e é suficiente que isto esteja registrado aqui, mostrando que o Senhor estava repetindo seu ensino a ela. Observe:

(1) Nosso Senhor Jesus nos deu todas as garantias imagináveis de que uma fé sincera será, no final, coroada com uma visão abençoa­ da: “Se você crer, verá as aparições gloriosas de Deus a você neste mundo, e também no outro”. Se aceitarmos a palavra de Cristo, e confiarmos no seu poder e na sua fidelidade, nós veremos a glória de Deus, e seremos felizes com a visão.

(2) Nós temos a necessidade de ser lembrados destas graças garantidas com que nosso Senhor Jesus nos encorajou. Cristo não dá uma resposta direta ao que Marta tinha dito, nem faz qualquer promessa especial quanto ao que Ele iria fazer, mas ordena que ela conserve as garantias gerais que Ele já tinha dado: “Crê somente”. Nós somos capazes de esquecer o que Cristo disse, e precisamos que Ele nos lembre pelo seu Espírito: “‘Não te hei dito’ isto e aquilo? E tu achas que Ele retirará o que disse?”

6. A abertura do sepulcro, em obediência às ordens de Cristo, apesar da objeção de Marta (v. 41): “Tiraram, pois, a pedra”. Quando Marta ficou satisfeita, e tinha desistido da sua objeção, eles prosseguiram. Se desejamos ver a glória de Deus, devemos permitir que Cristo tome seu próprio caminho, e não prescrever a Ele, mas sujeitarmo-nos a Ele. Eles tiraram a pedra, e isto era tudo o que podiam fazer. Somente Cristo podia dar a vida. O que o homem pode fazer é apenas preparar o caminho do Senhor, para encher os vales e abaixar os montes e outeiros, e, como aqui, remover a pedra.

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