ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 11: 17-32 – PARTE III

Alimento diário

Cristo em Betânia

2. A conversa entre Cristo e Maria, a outra irmã. E aqui observe:

(1) A notícia que Marta deu a Maria da vinda de Cristo (v. 28): “Dito isso”, como alguém que não precisava dizer mais nada, ela “partiu”, em paz consigo mesma, e “chamou a Maria, sua irmã”.

[1] Marta, tendo recebido instruções e consolo do próprio Cristo, chamou sua irmã para que compartilhasse com ela. Houve uma época em que Marta teria afastado Maria de Cristo, para que viesse e a ajudasse em muitos serviços (Lucas 10.40), mas, para compensá-la por isto, aqui ela se empenha em levá-la a Cristo.

[2] Ela a chamou “em segredo”, e deve ter sussurrado no seu ouvido, porque havia visitas, judeus, que não eram amigos de Cristo. Os santos são chamados à comunhão com Jesus Cristo por um convite que é secreto e distinto, dado a eles, e não a outros. Eles têm alimentos que o mundo não conhece, e uma alegria de que o estranho não participa.

[3] Ela a chamou por ordem de Cristo. Ele lhe disse que fosse chamar sua irmã. Este chamado que é eficaz, não importa quem o faça, é enviado por Cristo. “O Mestre está aqui e chama-te”.

Em primeiro lugar, Ela chama Cristo de Mestre, um mestre que ensina. Ele era normalmente chamado e conhecido entre eles por este título.

Em segundo lugar, ela se alegra com sua chegada: “O Mestre está aqui”. Aquele que nós tanto esperamos, está aqui, está aqui. Este era o melhor alívio na atual aflição. “Lázaro morreu, e nosso consolo nele também se foi, mas o Mestre está aqui, e Ele é melhor que o mais querido amigo, e tem em si aquilo que irá compensar abundantemente todas as nossas perdas. Está aqui aquele que é nosso professor, que irá nos ensinar a ficar bem em meio às nossas tristezas (Salmos 94.12), que irá nos ensinar, e, desta maneira, consolar”. Em terceiro lugar, ela convida sua irmã para ir e encontrá-lo: “Ele lhe chama, pergunta o que aconteceu com você, e quer que você vá vê-lo”. Observe que, quando Cristo, nosso Mestre, chega, Ele nos chama. Ele vem a nós através da sua Palavra e das suas ordenanças, nos chama para elas, nos chama por elas, nos chama para junto de si. Ele te chama em particular, te chama pelo teu nome (Salmos 27.8). E se Ele te chama, Ele irá te curar e consolar.

(2) A pressa com que Maria foi até Cristo, depois de receber este aviso (v. 29): “Ela, ouvindo” estas boas notícias, de que o Mestre estava ali, “levantou-se logo e foi ter com ele”. Ela não sabia o quanto Ele estava próximo dela, pois Ele está sempre mais próximo daqueles que choram em Sião do que eles se dão conta. Mas quando soube o quanto Ele estava próximo, ela se levantou bruscamente, e, em um arrebatamento de alegria, correu para encontrá-lo. A menor indicação da aproximação graciosa de Cristo é suficiente para uma fé vívida, que já se dispõe a entender a indicação e a responder ao primeiro chamado. Quando Cristo chegou:

[1 ] Ela não levou em consideração o decoro do seu luto, mas, esquecendo a cerimônia, e os costumes comuns em tais casos, correu pela cidade para encontrá-lo. Não devemos permitir que os detalhes da decência e da honra nos privem de qualquer ocasião e oportunidade de conviver com Cristo, de termos nossa comunhão com Ele.

[2] Ela não levou em consideração seus vizinhos, os judeus, que estavam com ela, consolando-a. Ela os deixou a todos, para ir até Ele, e não somente não pediu o conselho deles, mas também não lhes pediu permissão, nem implorou seu perdão pela sua grosseria.

(3) Nós lemos onde ela encontrou o Mestre (v. 30): ”Ainda Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara”. Veja aqui:

[1] O amor de Cristo pela sua obra. Ele ficou próximo do lugar onde estava o sepulcro, para estar pronto para ir até ele. Ele não desejou ir à cidade, para descansar depois da fadiga da sua viagem, até que tivesse feito o que tinha vindo fazer. Nem desejou ir à cidade, para que não parecesse que tivesse algum desejo de ostentação e um plano para reunir uma multidão para que fosse espectadora do milagre.

[2] O amor de Maria por Cristo. Ela o amava muito. Embora Cristo tivesse parecido descortês com sua demora, ela não podia considerar que Ele fizesse nada inadequado. “Saiamos, pois, a ele fora do arraial”, Hebreus 13.13.

(4) A maneira equivocada com que os judeus interpretaram a saída tão apressada de Maria (v. 31): eles disseram: “Vai ao sepulcro para chorar ali”. Marta suportava melhor esta aflição do que Maria, que era uma mulher de espírito gentil e sofredor. Tal era seu temperamento natural. Aqueles que são assim têm necessidade de evitar a melancolia, e devem ser alvo da nossa misericórdia e da nossa ajuda. Estes judeus consoladores descobriram que suas formalidades não a estavam ajudando, mas que ela estava se enrijecendo em tristeza. Assim concluíram, quando ela saiu e tomou aquele rumo, que iria ao sepulcro, para chorar ali. Veja:

[1] Qual é, frequentemente, a loucura e falha dos pranteadores. Eles inventam maneiras de agravar sua própria tristeza, e piorar o que já está ruim. Nós somos capazes, em tais casos, de ter um prazer estranho na nossa própria dor, e dizer: Nós estamos tão aprofundados em nossa dor, como se estivéssemos enfrentando uma tristeza mortal. Nós somos capazes de nos apegar àquelas coisas que pioram a aflição, e que bem isto nos traz, sabendo que nosso dever é nos posicionarmos de acordo com a vontade de Deus? Por que os enlutados deveriam ir ao sepulcro para chorar ali, uma vez que não sofrem como aqueles que não têm esperança? O sofrimento em si é doloroso. Por que nós o tornaríamos pior?

[2] Qual é a sabedoria e o dever dos consoladores. É evitar e desviar, tanto quanto puder ser evitado, naqueles que sofrem desordenadamente, o renascimento da tristeza. Estes judeus que seguiram Maria foram, portanto, levados a Cristo, e se tornaram testemunhas de um dos seus mais gloriosos milagres. E bom estarmos junto aos amigos de Cristo quando sofrem, pois assim, podemos vir a conhecê-lo melhor.

(5) As palavras de Maria ao nosso Senhor Jesus (v. 32): Ela veio, acompanhada pelo seu séquito de consoladores, e “lançou-se aos seus pés”, como alguém esma­ gado por uma tristeza terrível, e disse, em meio a muitas lágrimas (como parece, v. 33): “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”, a mesma coisa que Marta tinha dito antes, pois elas tinham dito isto uma à outra muitas vezes. Aqui:

[1] Sua atitude é muito humilde e submissa:  ela “lançou-se aos seus pés”, o que foi mais do que Marta tinha feito, tendo maior domínio sobre seus sentimentos. Ela caiu, não como alguém que afundava de tristeza, mas “lançou-se aos seus pés” como alguém que faz uma súplica humilde. Esta Maria tinha se sentado aos pés de Cristo para ouvir sua palavra (Lucas 10.39), e aqui nós a encontramos em outra atividade. Observe que aqueles que, em tempos de paz, se colocam aos pés de Cristo para receber instruções dele, podem, com consolo e confiança, em tempos de tribulação, se lançar aos seus pés, esperando encontrar nele a graça de que precisam. Ela se lançou “aos seus pés” como alguém que se submete à sua vontade naquilo que tinha sido feito, e procurando suas boas intenções naquilo que estava prestes a ser feito. Quando estamos em aflição, nós podemos nos lançar aos pés de Cristo em uma tristeza penitente, em uma auto- humilhação pelo pecado, e em uma paciente resignação à disposição divina. O fato de que Maria se lançasse aos pés de Cristo foi um símbolo do profundo res­ peito e da veneração que ela sentia por Ele. Assim os súditos deviam dar honra aos seus reis e príncipes. Mas como nosso Senhor Jesus não se apresentava revestido de uma glória secular, como um príncipe terreno, aqueles que, com esta atitude de adoração o honravam, certamente o consideravam mais do que um mero homem, e pretendiam, desta maneira, dedicar-lhe uma honra divina. Desta maneira, Maria professou a fé cristã tão genuinamente como Marta, e, na verdade, foi como se dissesse: “Creio que tu és o Cristo”. Dobrar o joelho diante de Cristo, e confessá-lo com a língua, são equivalentes, Romanos 14.11; Filipenses 2.10,11. Isto ela fez na presença dos judeus que a acompanhavam, que, em­ bora fossem seus amigos e da sua família, ainda eram amargos inimigos de Cristo. Diante dos olhos deles, ela caiu aos pés de Cristo como alguém que não sentia vergonha de reconhecer a veneração que sentia por Ele, nem medo de incomodar seus amigos e vizinhos por isto. Que eles se ofendessem, se quisessem, mas ela “lançou-se aos seus pés”, e se isto é ser desprezível, ela será ainda mais desprezível. Veja Cantares 8.1. Nó, servimos ao Senhor do qual não temos motivos para nos envergonhar, e cuja aceitação dos nossos serviços é suficiente para contrabalançar a reprovação dos homens E todas as ofensas deles.

[2] Suas palavras são muito patéticas: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”. A demora de Cristo tinha as melhores intenções, e isto acabou sendo provado. Ainda assim, as dum irmãs, de modo muito inadequado, disseram-lhe a mesma coisa, e, na verdade, acusaram-no da morte do seu irmão. Ele poderia, com razão, ter se ressentido deste desafio repetido, poderia ter dito a elas que tinha algo melhor para fazer do que estar à sua disposição. Ele deveria vir quando seu trabalho lhe permitisse que viesse. Mas Ele não disse nada disto. Ele considerou as circunstâncias da sua aflição, e que as pessoas, depois de uma perda, pensam que têm permissão para falar, e por isto ignorou a rudeza desta recepção que as irmãs lhe fizeram, e nos ensinou um exemplo de mansidão e moderação em tais casos. Maria não disse mais nada, come Marta tinha dito, mas parece, pelo que vem a seguir que ela compensou com lágrimas aquilo que não conseguiu transmitir com palavras. Ela disse menos que Marta, mas chorou mais, e as lágrimas de afeição devota têm uma voz, uma voz alta e dominante, nos ouvido: do Cristo maravilhoso. Não há retórica como esta.

Autor: Vocacionados

Sou evangélico, casado, presbítero, professor, palestrante, tenho 4 filhos sendo 02 homens (Rafael e Rodrigo) e 2 mulheres (Jéssica e Emanuelle), sou um profundo estudioso das escrituras e de tudo o que se relacione ao Criador.

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