PSICOLOGIA ANALÍTICA

PRECONCEITOS E EVIDENCIAS

Como eles se combinam na tomada de decisão.

Preconceitos e evidências

Um estudo publicado recentemente no periódico Neuron, por pesquisadores da Universidade de Columbia, EUA, sugere que nosso cérebro dá bastante peso a um raciocínio matemático na tomada de decisões, mas não sem consultar a ampla gama de conceitos e experiências acumulados ao longo do tempo em nossas vidas. Mais ainda: além de nossas escolhas (até as percebidas como irracionais) serem fruto de um processo que ocorre sob a lógica de nosso conhecimento prévio, isso acontece ao mesmo tempo em que o cérebro é capaz de avaliar novas informações que chegam e rever antigas ideias sobre o tema em questão.

Para chegar a essa conclusão, a equipe de cientistas pediu a voluntários que observassem um grupo de pontos enquanto estes se moviam pela tela do computador. Os participantes da pesquisa deveriam avaliar a tendência de movimento de cada novo grupo de pontos – para a esquerda ou para a direita – enquanto estes eram desviados para uma percepção ambígua. Uma segunda tarefa também lhes foi solicitada: julgar se o programa de computador que gerava os pontos parecia ter mesmo um viés subjacente (o que, de fato, havia sido estipulado pelos pesquisadores, que não distribuíram os movimentos de maneira uniforme na tela). O intuito foi entender como aquelas pessoas gradualmente aprenderiam ou não a direção do viés, incorporando esse conhecimento à percepção individual que tiveram dos movimentos, para depois responder a respeito do tema. O que desbancaria ou não o que se acreditava acontecer até então: decisões ocorreriam baseadas em preconceitos e experiências pregressas, mesmo diante de situações de ambiguidade.

O resultado, na opinião dos estudiosos, foi “estatisticamente surpreendente” dada a capacidade do cérebro humano demonstrada na atualização de conceitos previamente formulados.

AINDA DECISÔES

Vale lembrar uma pesquisa apresentada em 2015 à Divisão de Psicologia Ocupacional da Sociedade Britânica de Psicologia, em Glasgow, que mostra trabalhadores com burnout tendendo a ser mais espontâneos ou irracionais em suas decisões, muitas vezes evitando-as.

Para que os cientistas chegassem a essa conclusão, um total de 262 profissionais (119 homens, 143 mulheres) completou questionários on-line sobre seus estilos de decisão e taxas de burnout. Quase metade dos funcionários trabalhava em média 40 horas por semana e eles vinham de uma ampla gama de ocupações, incluindo negócios e finanças, educação, serviços sociais e saúde.

Um outro teste definiu diferentes cenários de trabalho em que os participantes foram convidados a se imaginar em situações e escolher em uma escala quais das duas ações seriam tomadas; uma opção envolvia mais risco e outro menos risco.

Os participantes também foram solicitados a avaliar a probabilidade, bem como a gravidade das consequências do pior cenário.

OUTROS OLHARES

VAIDADE EM RISCO

Como uma perigosa combinação de sociedades médicas clandestinas, desinformação de pacientes e desejo de obter beleza a qualquer custo tem resultado em complicações e mortes que ameaçam a confiança em cirurgias e procedimentos estéticos.

vaidade em risco

Casos recentes de erros médicos e óbitos decorrentes de cirurgias plásticas expuseram os riscos de uma atividade que tem atraído uma parcela crescente da população, sobretudo feminina. Dados do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) mostram uma explosão de queixas envolvendo a especialidade. Em 2015, foram10 denúncias. O número saltou para 27 em 2016 e chegou a 68 no ano passado. Apesar do aumento, as reclamações ainda não refletem a realidade: muitos pacientes prejudicados preferem o silêncio. Não denunciam seus médicos e nem ingressam com ação judicial mesmo quando há comprovação de erro durante o procedimento. As razões para não levar processos adiante são muitas. “Há descrença no Judiciário, indisposição para enfrentar um processo que pode ser custoso e demorado, além da falta de estrutura emocional para as vítimas reviverem os fatos infelizes e trágicos pelos quais passaram”, diz Fernando Polastro, voluntário responsável pelos primeiros atendimentos, triagem e direcionamento de pacientes que procuram a Associação Brasileira de Vítimas de Erro Médico (Abravem). “Outros não denunciam por desconhecimento de seus direitos ou dúvida sobre ter havido ou não erro médico em seu caso”. Como resultado dessa omissão, mais e mais pessoas se tornam sujeitas a procedimentos inseguros, negligência, imperícia e imprudência de médicos. A falta de bom senso na busca por um corpo perfeito, modelado por implantes de silicone ou lipoesculturas é outro fator que contribui para o aumento de casos sem final feliz. Para atender a uma crescente demanda por transformações estéticas, surgiram no País até sociedades médicas clandestinas, que colocam em risco a vida de pacientes.

CÓDIGO ULTRAPASSADO

A divulgação de procedimentos cirúrgicos por meio de redes sociais deve ser vista com desconfiança. “Cirurgia plástica só com cirurgião plástico. Procedimento estético pode ser com dermatologista”. afirma Alexandre Senra, cirurgião do Hospital Albert Einstein e membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética (ASAPS). “Não existe mágica. Desconfie de preços muito abaixo da média, afinal é a sua vida”, adverte. Segundo ele, o código de 1957 sobre o exercido da medicina que diz que após os seis anos de formação o médico pode exercer qualquer especialidade está ultrapassado. “Existe uma jurisprudência que diz que o médico que faz procedimento sem estar habilitado pode ser penalizado. A relação médico – paciente continua primordial, mas está se perdendo. O médico precisa conhecer o paciente e vice-versa. Sem isso, somos apenas técnicos.” A filosofia da cirurgia plástica é gerar bem-estar, auto estima e contribuir para a harmonia da auto – imagem do paciente. Bem diferente da venda de fantasias e ilusões feita por profissionais não habilitados colocando em risco pacientes. O presidente da SBCP, Níveo Steffen afirma que a Sociedade é frontalmente contra a banalização dos procedimentos cirúrgicos. “Cabe ao cirurgião plástico ser honesto ao examinar e escutar o paciente para identificar a indicação ou não da cirurgia plástica, informando sobre as reais possibilidades de resultado, riscos cirúrgicos e pós-operatório”, Segundo Steffen, a SBCP tem cerca de 6.500 membros. Apenas seis cirurgiões plásticos e um dermatologista estão entre os 289 médicos processados por problemas em procedimentos relacionados à cirurgia plástica entre 2001 e 2008.

CORPORATIVISMO

Ainda que poucos cometam erros, o corporativismo da classe costuma proteger os negligentes. Uma empresária de campo Grande de 36 anos, que pediu para não ser identificada, tem vivido esse drama. Ela colocou prótese nas mamas em 2006. No ano passado, depois de amamentar dois filhos, achou que os seios estavam um pouco assimétricos e consultou um renomado cirurgião plástico da cidade, professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, indicado por várias pessoas. “Combinamos a retirada das próteses com correção estética no mesmo procedimento: Segundo ela, consta no prontuário médico que foi uma cirurgia de retirada de implantes mamários com correções estéticas. “Não sei no que ele errou, mas sei que o resultado foi um pesadelo na minha vida”.

Segundo a paciente, o cirurgião se negou a dar fotos do pós-cirúrgico e a cópia do contrato de prestação de serviço. Ele disse que após seis meses suas mamas voltariam ao normal, o que não aconteceu. Quando ela voltou a procurar o médico, ele deixou de atendê-la e a bloqueou no WhatsApp. A empresária consultou outros médicos que constataram lesão muscular em uma das mamas, mas quando pedia um laudo, se negavam, por serem colegas do renomado cirurgião e não quererem se comprometer. “O que vai valer é a avaliação judicial, mas os peritos serão os colegas do cirurgião que fez minha plástica. Será difícil encontrar um que aceite se comprometer.” Depois da perícia médica, ela fará cirurgia reparadora nos Estados Unidos. “‘Não confio mais nos médicos daqui”, diz, frustrada.

vaidade em risco.2

ERROSFATAIS

Denis Furtado, Dr. Bum­bum, expôs a realidade da cirurgia plástica no Brasil. Médico sem nunca ter feito residência médica e sem título de especialista em qualquer área da Medicina, ele tem no currículo pós-graduações não reconhecidas pelo Ministério da Educação. Denis (na foto com a mãe, Maria de Fátima) foi preso no dia 19 de julho acusado de ter causado a morte de sua paciente, a bancária Lilian Calixto (foto), de 46 anos, após um procedimento estético realizado no apartamento do médico no Rio de Janeiro.

PRECAUÇÕES QUE SALVAM VIDAS

Casos atuais de erros e mortes em procedimentos estéticos chamam a atenção para escolha criteriosa do profissional, esclarecimento do paciente sobre possíveis riscos e os cuidados no pós-operatório.

  • Certifique-se de que o profissional é registrado como cirurgião plástico no site do Conselho Regional de Medicina de sua localidade e/ou no site da SBCP.
  • Sempre pesquise sobre antecedentes e idoneidade do profissional.
  • Dê preferência a cirurgiões conhecidos ou próximos de sua família. Cuidado com recomendações feitas por falsos pacientes criados para elogiar profissionais em mídias sociais e blogs.
  • Exija o Termo de Consentimento Informado. Médico e hospital têm a obrigação de informar o paciente com linguagem clara sobre todas as possibilidades de sua cirurgia, incluindo os riscos e fatores imponderáveis, até mesmo a morte.
  • Siga criteriosamente as orientações médicas antes e após a cirurgia.

vaidade em risco.3 FONTE: Níveo Steffen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

GESTÃO E CARREIRA

SABOTANDO O PRÓPRIO CRESCIMENTO PROFISSIONAL

Cometemos muitas falhas na vida profissional, mas existem algumas que merecem atenção, pois travam a evolução da carteira sem percebermos.

Sabotando o próprio crescimento profissional

Geralmente, as pessoas que iniciam uma carreira promissora têm como objetivo se tornar profissionais de sucesso e realizados. Alguns conseguem alcançar a meta, outros não chegam à concretização mesmo sendo competentes e capazes. O que será então que os profissionais que chegam a se realizar fazem ou deixam de fazer?

Por um momento, imagine um avião lindo. Um jato executivo mais moderno que existe, e que quando você olha pensa: “Que coisa incrível”. Porém, esse avião está parado no aeroporto e não é usado para o propósito pelo qual foi construído. Nessa metáfora, podemos entender por que profissionais não conseguem decolar a carreira. São indivíduos que têm tudo pronto, competência, talento, qualidades, mas que ainda estão colocando a atenção em algo que não permite que cumpram com maestria o seu propósito.

Não definir claramente o seu posicionamento, por exemplo, é um dos principais erros que cometemos, muitas vezes sem consciência. Em algum momento, um posicionamento confuso ou inexistente faz com que o mercado e o público não saibam exatamente o que o profissional tem a oferecer. A falta de posicionamento não significa falta de competência, porém faz com que o profissional não seja percebido como poderoso, presente e competente e, quando isso acontece, ele não vai ser lembrado nem procurado, e assim, usando a metáfora anterior, o avião não decola.

A falta de fortalecimento das competências socioemocionais e do autodomínio também pode atrapalhar. Isso faz uma diferença imensa quando se trata de sucesso e realização, pois permite que planos e projetos não fiquem fechados em uma gaveta, esquecidos, abandonados, perdidos ao longo do tempo porque foram escondidos atrás de uma cortina de medos, limitações, inseguranças e desculpas.

Os limitadores mais fortes não são externos à pessoa, mas são internos. Quando o ser humano olha muito para fora, pouco conhece sobre si mesmo e sobre suas reações ou até mesmo sobre como lidar com os conflitos, dificuldades, desafios, medos e como transformá-los a seu favor.

A competência emocional que inclui autoconhecimento, autoanálise, controle das emoções, automotivação, e o uso das emoções adequadamente para atingir os objetivos, permite ter ações responsáveis, eficazes e direcionadas ao sucesso, de forma ética e cooperativa. Dessa forma, a pessoa não deixa que o seu medo tome as decisões mais importantes da sua carreira, não deixa que a sua reatividade comece a dominar e conduzir a sua vida, pois o autodomínio faz com que ela reconheça essas armadilhas e as transforme em aliadas.

Por isso, é muito importante que o profissional invista em um caminho de autodesenvolvimento e de evolução no seu processo de crescimento pessoal, para que possa compreender suas limitações e também seus talentos e ser coerente com seu propósito de carreira.

A velocidade de responder às mudanças é o diferencial do profissional atual, e quem não se renova está falhando. Agilidade, flexibilidade e adaptação ao novo e às inovações são o que mais nos será pedido no futuro. Porém, ocasionalmente, o programa original se torna a nossa única opção, pois nos dá a sensação de que é mais fácil repetir o programa ao mudá-lo, e assim se segue sem questionar.

Estar aberto a se renovar, atento e suscetível ao novo e sempre disposto a aprender, é o diferencial do profissional de sucesso. Até a reclamação de um cliente é oportunidade e motivação para evoluir, é um convite para se tornar melhor do que se é hoje e se reinventar e inovar, criando as estratégias adequadas para alcançar as metas.

A arte de se renovar, de se repropor, de se recriar é importantíssima. Conquista o sucesso quem aceita o desafio de mudar, de adquirir novas competências e de evoluir com flexibilidade e resiliência. Afunda quem resiste às mudanças.

Existem pessoas que focam nas dificuldades da vida e são negativas mediante as situações desafiadoras. O ponto de vista dessas pessoas é a dificuldade e não a solução. Saber criar uma “rede de proteção” de pessoas que vibrem na mesma intensidade e frequência que a nossa é algo muito importante para o sucesso do negócio e para resolver problemas complexos em que a participação de todos os envolvidos é essencial.

Encontrar pessoas que apoiam e que ascendam seus padrões, inspirando-lhe e desafiando a ser melhor a cada dia, é um caminho de sucesso. Claro, lembre-se de que você também precisa ser a pessoa que apoia as outras e que apoia você mesmo, isto é, cuidado com seus pensamentos e atitudes para não se tornar você o seu maior sabotador.

Olhe para dentro de si e para as suas ações e analise onde tem falhado consigo mesmo. Inverta o prisma da falha para o aprendizado e então veja como a pista se abre a sua frente, chamando para o desafio da decolagem.

 

EDUARDO SHINYASHIKI – é mestre em Neuropsicologia, liderança educadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal. Com mais de 30 anos de experiência no Brasil e na Europa, é referência em ampliar o crescimento e a auto liderança das pessoas.

www.edushin.com.br

ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 11: 17-32 – PARTE III

Alimento diário

Cristo em Betânia

2. A conversa entre Cristo e Maria, a outra irmã. E aqui observe:

(1) A notícia que Marta deu a Maria da vinda de Cristo (v. 28): “Dito isso”, como alguém que não precisava dizer mais nada, ela “partiu”, em paz consigo mesma, e “chamou a Maria, sua irmã”.

[1] Marta, tendo recebido instruções e consolo do próprio Cristo, chamou sua irmã para que compartilhasse com ela. Houve uma época em que Marta teria afastado Maria de Cristo, para que viesse e a ajudasse em muitos serviços (Lucas 10.40), mas, para compensá-la por isto, aqui ela se empenha em levá-la a Cristo.

[2] Ela a chamou “em segredo”, e deve ter sussurrado no seu ouvido, porque havia visitas, judeus, que não eram amigos de Cristo. Os santos são chamados à comunhão com Jesus Cristo por um convite que é secreto e distinto, dado a eles, e não a outros. Eles têm alimentos que o mundo não conhece, e uma alegria de que o estranho não participa.

[3] Ela a chamou por ordem de Cristo. Ele lhe disse que fosse chamar sua irmã. Este chamado que é eficaz, não importa quem o faça, é enviado por Cristo. “O Mestre está aqui e chama-te”.

Em primeiro lugar, Ela chama Cristo de Mestre, um mestre que ensina. Ele era normalmente chamado e conhecido entre eles por este título.

Em segundo lugar, ela se alegra com sua chegada: “O Mestre está aqui”. Aquele que nós tanto esperamos, está aqui, está aqui. Este era o melhor alívio na atual aflição. “Lázaro morreu, e nosso consolo nele também se foi, mas o Mestre está aqui, e Ele é melhor que o mais querido amigo, e tem em si aquilo que irá compensar abundantemente todas as nossas perdas. Está aqui aquele que é nosso professor, que irá nos ensinar a ficar bem em meio às nossas tristezas (Salmos 94.12), que irá nos ensinar, e, desta maneira, consolar”. Em terceiro lugar, ela convida sua irmã para ir e encontrá-lo: “Ele lhe chama, pergunta o que aconteceu com você, e quer que você vá vê-lo”. Observe que, quando Cristo, nosso Mestre, chega, Ele nos chama. Ele vem a nós através da sua Palavra e das suas ordenanças, nos chama para elas, nos chama por elas, nos chama para junto de si. Ele te chama em particular, te chama pelo teu nome (Salmos 27.8). E se Ele te chama, Ele irá te curar e consolar.

(2) A pressa com que Maria foi até Cristo, depois de receber este aviso (v. 29): “Ela, ouvindo” estas boas notícias, de que o Mestre estava ali, “levantou-se logo e foi ter com ele”. Ela não sabia o quanto Ele estava próximo dela, pois Ele está sempre mais próximo daqueles que choram em Sião do que eles se dão conta. Mas quando soube o quanto Ele estava próximo, ela se levantou bruscamente, e, em um arrebatamento de alegria, correu para encontrá-lo. A menor indicação da aproximação graciosa de Cristo é suficiente para uma fé vívida, que já se dispõe a entender a indicação e a responder ao primeiro chamado. Quando Cristo chegou:

[1 ] Ela não levou em consideração o decoro do seu luto, mas, esquecendo a cerimônia, e os costumes comuns em tais casos, correu pela cidade para encontrá-lo. Não devemos permitir que os detalhes da decência e da honra nos privem de qualquer ocasião e oportunidade de conviver com Cristo, de termos nossa comunhão com Ele.

[2] Ela não levou em consideração seus vizinhos, os judeus, que estavam com ela, consolando-a. Ela os deixou a todos, para ir até Ele, e não somente não pediu o conselho deles, mas também não lhes pediu permissão, nem implorou seu perdão pela sua grosseria.

(3) Nós lemos onde ela encontrou o Mestre (v. 30): ”Ainda Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara”. Veja aqui:

[1] O amor de Cristo pela sua obra. Ele ficou próximo do lugar onde estava o sepulcro, para estar pronto para ir até ele. Ele não desejou ir à cidade, para descansar depois da fadiga da sua viagem, até que tivesse feito o que tinha vindo fazer. Nem desejou ir à cidade, para que não parecesse que tivesse algum desejo de ostentação e um plano para reunir uma multidão para que fosse espectadora do milagre.

[2] O amor de Maria por Cristo. Ela o amava muito. Embora Cristo tivesse parecido descortês com sua demora, ela não podia considerar que Ele fizesse nada inadequado. “Saiamos, pois, a ele fora do arraial”, Hebreus 13.13.

(4) A maneira equivocada com que os judeus interpretaram a saída tão apressada de Maria (v. 31): eles disseram: “Vai ao sepulcro para chorar ali”. Marta suportava melhor esta aflição do que Maria, que era uma mulher de espírito gentil e sofredor. Tal era seu temperamento natural. Aqueles que são assim têm necessidade de evitar a melancolia, e devem ser alvo da nossa misericórdia e da nossa ajuda. Estes judeus consoladores descobriram que suas formalidades não a estavam ajudando, mas que ela estava se enrijecendo em tristeza. Assim concluíram, quando ela saiu e tomou aquele rumo, que iria ao sepulcro, para chorar ali. Veja:

[1] Qual é, frequentemente, a loucura e falha dos pranteadores. Eles inventam maneiras de agravar sua própria tristeza, e piorar o que já está ruim. Nós somos capazes, em tais casos, de ter um prazer estranho na nossa própria dor, e dizer: Nós estamos tão aprofundados em nossa dor, como se estivéssemos enfrentando uma tristeza mortal. Nós somos capazes de nos apegar àquelas coisas que pioram a aflição, e que bem isto nos traz, sabendo que nosso dever é nos posicionarmos de acordo com a vontade de Deus? Por que os enlutados deveriam ir ao sepulcro para chorar ali, uma vez que não sofrem como aqueles que não têm esperança? O sofrimento em si é doloroso. Por que nós o tornaríamos pior?

[2] Qual é a sabedoria e o dever dos consoladores. É evitar e desviar, tanto quanto puder ser evitado, naqueles que sofrem desordenadamente, o renascimento da tristeza. Estes judeus que seguiram Maria foram, portanto, levados a Cristo, e se tornaram testemunhas de um dos seus mais gloriosos milagres. E bom estarmos junto aos amigos de Cristo quando sofrem, pois assim, podemos vir a conhecê-lo melhor.

(5) As palavras de Maria ao nosso Senhor Jesus (v. 32): Ela veio, acompanhada pelo seu séquito de consoladores, e “lançou-se aos seus pés”, como alguém esma­ gado por uma tristeza terrível, e disse, em meio a muitas lágrimas (como parece, v. 33): “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”, a mesma coisa que Marta tinha dito antes, pois elas tinham dito isto uma à outra muitas vezes. Aqui:

[1] Sua atitude é muito humilde e submissa:  ela “lançou-se aos seus pés”, o que foi mais do que Marta tinha feito, tendo maior domínio sobre seus sentimentos. Ela caiu, não como alguém que afundava de tristeza, mas “lançou-se aos seus pés” como alguém que faz uma súplica humilde. Esta Maria tinha se sentado aos pés de Cristo para ouvir sua palavra (Lucas 10.39), e aqui nós a encontramos em outra atividade. Observe que aqueles que, em tempos de paz, se colocam aos pés de Cristo para receber instruções dele, podem, com consolo e confiança, em tempos de tribulação, se lançar aos seus pés, esperando encontrar nele a graça de que precisam. Ela se lançou “aos seus pés” como alguém que se submete à sua vontade naquilo que tinha sido feito, e procurando suas boas intenções naquilo que estava prestes a ser feito. Quando estamos em aflição, nós podemos nos lançar aos pés de Cristo em uma tristeza penitente, em uma auto- humilhação pelo pecado, e em uma paciente resignação à disposição divina. O fato de que Maria se lançasse aos pés de Cristo foi um símbolo do profundo res­ peito e da veneração que ela sentia por Ele. Assim os súditos deviam dar honra aos seus reis e príncipes. Mas como nosso Senhor Jesus não se apresentava revestido de uma glória secular, como um príncipe terreno, aqueles que, com esta atitude de adoração o honravam, certamente o consideravam mais do que um mero homem, e pretendiam, desta maneira, dedicar-lhe uma honra divina. Desta maneira, Maria professou a fé cristã tão genuinamente como Marta, e, na verdade, foi como se dissesse: “Creio que tu és o Cristo”. Dobrar o joelho diante de Cristo, e confessá-lo com a língua, são equivalentes, Romanos 14.11; Filipenses 2.10,11. Isto ela fez na presença dos judeus que a acompanhavam, que, em­ bora fossem seus amigos e da sua família, ainda eram amargos inimigos de Cristo. Diante dos olhos deles, ela caiu aos pés de Cristo como alguém que não sentia vergonha de reconhecer a veneração que sentia por Ele, nem medo de incomodar seus amigos e vizinhos por isto. Que eles se ofendessem, se quisessem, mas ela “lançou-se aos seus pés”, e se isto é ser desprezível, ela será ainda mais desprezível. Veja Cantares 8.1. Nó, servimos ao Senhor do qual não temos motivos para nos envergonhar, e cuja aceitação dos nossos serviços é suficiente para contrabalançar a reprovação dos homens E todas as ofensas deles.

[2] Suas palavras são muito patéticas: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”. A demora de Cristo tinha as melhores intenções, e isto acabou sendo provado. Ainda assim, as dum irmãs, de modo muito inadequado, disseram-lhe a mesma coisa, e, na verdade, acusaram-no da morte do seu irmão. Ele poderia, com razão, ter se ressentido deste desafio repetido, poderia ter dito a elas que tinha algo melhor para fazer do que estar à sua disposição. Ele deveria vir quando seu trabalho lhe permitisse que viesse. Mas Ele não disse nada disto. Ele considerou as circunstâncias da sua aflição, e que as pessoas, depois de uma perda, pensam que têm permissão para falar, e por isto ignorou a rudeza desta recepção que as irmãs lhe fizeram, e nos ensinou um exemplo de mansidão e moderação em tais casos. Maria não disse mais nada, come Marta tinha dito, mas parece, pelo que vem a seguir que ela compensou com lágrimas aquilo que não conseguiu transmitir com palavras. Ela disse menos que Marta, mas chorou mais, e as lágrimas de afeição devota têm uma voz, uma voz alta e dominante, nos ouvido: do Cristo maravilhoso. Não há retórica como esta.

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