PSICOLOGIA ANALÍTICA

APRENDENDO A PENSAR

Pesquisadores que estudam a capacidade intelectual das crianças antes de seu primeiro aniversário sabem que desde muito cedo os pequenos aprendem a comparar características e conseguem se lembrar do que viram e ouviram.

Aprendendo a pensar

Ainda que os bebês quase não falem antes de 1 ano, estudos mostram que eles já pensam, têm capacidade de memorização e conseguem fazer comparações que os ajudam a organizar suas experiências – preparando-se para acumular outras. Com isso, organizam o ambiente em que vivem. “A quantidade de novas impressões adquiridas pelo recém-nascido são incontáveis e surgem o tempo todo, ameaçando sobrecarregar seu cérebro, daí a urgência dessa organização”, explica Sabina Pauen, professora de psicologia do desenvolvimento da Universidade de Heidelberg, na Alemanha. “Para dar certa ordem a esse volume de informações o bebê separa tudo em categorias, como se as distribuísse em gavetas em seu intelecto”, explica. Assim, a criança não precisa reaprender todas as características daquilo que surge em sua vida, mas pode transferir sua experiência com determinado objeto para outros ainda desconhecidos. Ao ver um caminhão, por exemplo, o aproxima mentalmente de um ônibus. Também é comum que no momento em que os pequenos criam a categoria cadeira, por exemplo, passem a reconhecer imediatamente o mesmo objeto, ainda que com cor e forma diferente, em sua casa – mas que ainda assim é um “lugar para sentar”.

Como a categorização ocorre na fase em que os pequenos desenvolvem a capacidade óptica de forma plena, a hipótese mais provável é que se orientem, em especial, pela aparência do que veem. Nesse caso, provavelmente conseguiriam agrupar primeiro o que tem aparência similar e que, ao mesmo tempo, fosse bastante diverso de outros objetos – ou seja, classes como gatos, cachorros, cadeiras ou mesas, identificadas de forma básica. Em contraposição, categorias globais como animais, móveis ou veículos motores seriam mais complicadas de organizar, pois incluem objetos de aparência muito diversa.

“Nossas experiências. Porém, chegaram ao resultado oposto: categorias globais são diferenciadas antes de básicas”. afirma Sabina. Segundo ela, não é apenas a semelhança externa que determina a divisão em categorias, pois crianças de 11 meses conseguem distinguir tão bem os modelos de animais e móveis aparentemente muito semelhantes como aqueles que apresentam todas as diferenças naturais entre as duas classes de objetos.

“Bebês com mais idade, portanto, constroem novas categorias não apenas por meio de uma abstração visual, já que, do contrário, teriam categorizado melhor os modelos mais fáceis de diferenciar”, afirma. Algo, porém, intrigava a pesquisadora: afinal o que guia a categorização? Os conhecimentos e as experiências prévias teriam algum papel aqui? Nesse caso, animais apresentados aos pequenos voluntários em fases iniciais dos testes deveriam fazê-los se lembrar de bichos de verdade. A favor de tal suposição existe o fato de que as que crescem em companhia de um gato ou um cachorro são capazes de distinguir esses animais aos 9 meses, enquanto aquelas sem essa experiência não conseguem executar tal tarefa nem mesmo aos 11. Independentemente do que orienta o bebê para a categorização, é necessário que ele consiga imaginar as coisas de alguma forma, o que os psicólogos denominam “formação de representação metais estáveis” (uma ideia persistente e com consistência a respeito de algo).

Quem convive com crianças pequenas percebe, a todo o momento, que muito antes de dominar as palavras e construir frases elas já se recordam concretamente de objetos e pessoas e estruturam tal lembrança em pensamento. Por volta do sétimo mês, por exemplo, surge o medo de gente desconhecida: muitos já não vão para o colo daqueles que não conhecem, como faziam antes, preferindo claramente os mais próximos. Isso significa que já conseguem diferenciar os conhecidos dos estranhos e já reconhecem a mãe até em fotos, identificam as pessoas pela aparência e recorrem a experiências para interpretar o que veem.

Isso, porém, não explica como os bebês constroem categorias globais. O que faz com que bebês sejam capazes de distinguir seres vivos de coisas inanimadas? Aqui a teoria da evolução nos dá uma dica. Animais e humanos podem significar perigo ou solicitude à criança indefesa. Por isso, é aconselhável observar seres vivos com maior atenção que objetos – e para tanto é necessário primeiro saber diferenciá-los. Nesse caso, provavelmente, são ativados comportamentos de percepção natos. Por isso, recém-nascidos se interessam especialmente por rostos e preferem observá-los a outras coisas com padrões de complexidade semelhante. Esse interesse próprio dos bebês por movimentos em seu campo de visão também os ajuda a perceber logo a diferença entre seres vivos e coisas.

Dessa maneira, já nos primeiros meses de vida eles aprendem que nem tudo consegue se movimentar sozinho.

Vários estudos têm demonstrado que a capacidade de aprendizagem já se inicia no período fetal. A memória, uma das funções cognitivas fundamentais, desenvolve-se, desde antes do nascimento, de forma quantitativa e qualitativa, paralelamente à maturação cerebral. Segundo a psicóloga Flavia Heloísa dos Santos, professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Assis, o recém-nascido é predisposto a registrar e recordar importantes sinais biológicos, como expressões faciais e a fala.

Recém-nascidos expostos às mães por apenas algumas horas olham mais profundamente para a face dela que para a de estranhos. A autora cita uma série de pesquisas feitas com bebês, nas quais foi usado o paradigma de resposta do chute de um móbile em movimento, o que demonstra que os sistemas de explicito e implícito da memória de longo prazo se desenvolvem no mesmo espaço de tempo – e não sequencialmente. A memória explicita, de caráter consciente e intencional armazena fatos, nomes e eventos, já a implícita relaciona-se aos hábitos e habilidades adquiridos. O tempo médio de retenção, quando a informação é repetida várias vezes (como no caso do movimento do móbile), se expande com a idade. “Aos 2 meses dura cerca de 2 dias, aos 9 aumenta abrupta e progressivamente: e, com 1 ano e meio alcança 13 semanas”, afirma a neuropsicóloga clínica Mónica Carolina Miranda, doutora em ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenadora do Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil da instituição. Ela lembra que a retenção mnêmica de eventos também mostra padrão específico. Por exemplo: aos 3 meses, o bebé já guarda informações sobre lugares onde ocorreram determinados acontecimentos, aos 6, incorpora algumas informações de ordem temporal dos fatos. As experiências de vida no período neonatal, como as sensações relacionadas à fome, ativam vias neurais específicas com a respectiva associação límbica, modulando o humor e a emoção, ressalta. São esses padrões rudimentares de atividade neural que fornecerão a base do desenvolvimento psicológico da criança, permitindo entender de que forma os bebês acumulam experiências iniciais e como isso afetará seu comportamento mais tarde.

Outro processo cognitivo, de extrema importância, é o desenvolvimento da atenção. O neuropsicólogo Alexander R. Luria (1902- 1977), especialista em psicologia do desenvolvimento, enfatizou que a atenção, principalmente a voluntária, não é de origem biológica – mas um ato social. A concentração da criança nos primeiros meses de vida é mais elementar, involuntária, já que é atraída pelos estímulos que lhe são biologicamente significativos. No final do primeiro ano de vida, quando a mãe ou outro adulto próximo, nomeia um objeto e o aponta, a atenção do bebê é atraída para ele – e isso se dá por meio da comunicação social, palavras ou gestos, estágio fundamental no desenvolvimento infantil, base do comportamento direcional organizado.

“Podemos pensar que o desenvolvimento cognitivo da criança não é, portanto, um processo contínuo e homogêneo: depende da interação entre os múltiplos fatores de crescimento das áreas cerebrais, do grau de mielinização de suas estruturas, de sua evolução pré-natal. bem como das possibilidades que o cérebro imaturo tem de reorganizar seus padrões de respostas e conexões por meio de novas experiências ou mesmo após lesões neurais”. observa a neuropsicóloga Maria Elisa Prado. especializada em desenvolvimento infantil. “Há um refinado sincronismo entre como o cérebro se desenvolve e o que modela seu crescimento e maturação.

É evidente que desde a primeira infância a estrutura e as conexões neurais são esculpidas por numerosas influências ambientais. Como centro do pensamento. das emoções, dos planos de ação e da autorregulação da mente e do corpo, o cérebro passa por um longo processo de crescimento – que de fato dura a vida inteira. Esse desenvolvimento é mais intenso nos primeiros anos (bastante acelerado no decorrer da infância até a fase da adolescência e de adulto jovem). Isso quer dizer que as experiências precoces têm impacto profundo sobre o potencial subsequente de cada pessoa.

Aprendendo a pensar.2 

AS BARREIRAS DOS SIMBOLOS

Um passo importante no desenvolvimento mental infantil é passar a pensar simbolicamente – algo que envolve, além da memória, habilidades de raciocínio e observação. Dada a complexidade desse processo, as crianças pequenas tendem a “misturar” objetos reais e seus símbolos logo que percebem que uma coisa pode representar outra. “‘A capacidade de criar e operar uma grande variedade de representações é o que mais distingue os humanos de outras criaturas. Essa habilidade nos permite transmitir informações de uma geração a outra, o que toma possível a cultura, e adquirir repertório sobre certos assuntos sem ter experiência direta com elas”, afirma a psicóloga Judy S. Deloache, doutora em desenvolvimento infantil, professora das universidades de Virgínia e llinois. Ela exemplifica: “Temos conhecimento dos dinossauros apesar de jamais termos visto um de verdade; por causa desse papel fundamental da simbolização, talvez nenhum aspecto do desenvolvimento humano seja mais importante do que a compreensão dos símbolos”.

O primeiro tipo de objeto simbólico que os bebês dominam é a figura, embora os intrigue.

O problema deriva à dualidade inerente a todos os objetos simbólicos: eles são reais e, ao mesmo tempo, representações de outra coisa. Para compreendê-los, o observador tem de perceber essa ambiguidade; mentalmente precisa codificar o objeto e estabelecer relação entre ele e o que representa. Judy alerta para o fato de que numa sociedade como a nossa, tão rica em imagens, a maioria das crianças tem acesso diário a álbuns de família e livros ilustrados. Dessas interações, aprendem de que modo as figuras diferem dos objetos e passam a reconhecer o material iconográfico como fontes de contemplação – e não de interação. Não obstante, sua natureza exige vários anos para ser completamente compreendida. O pesquisador John H. Flavell, da Universidade Stanford descobriu, por exemplo, que até os 4 anos muitas delas pensam que virar de cabeça para baixo uma tigela com uma figura de pipoca faz a pipoca cair do recipiente. Ou seja, cabe aos pequenos superar barreiras para desenvolver uma concepção madura sobre a representação, um desafio cada vez maior, em uma cultura tão visual e rica em estímulos quanto a nossa.

OUTROS OLHARES

O INFERNO CHEGOU

O calor extremo que castiga o Hemisfério Norte pode servir para transformar em cinzas os argumentos de quem nega os perigos das mudanças climáticas.

O inferno chegou

Nada como saber de antemão quando uma mudança com potencial catastrófico vai acontecer para poder, se possível, evitá-la ou, ao menos, preparar-se adequadamente. Os cientistas que, desde 1990, alertam para os riscos do aquecimento global causado pela ação humana tentam fazer exatamente isso: convencer governantes de todo o planeta a adotar medidas para enfrentar ou amenizar o fenômeno. O problema das previsões, e que os argumentos para agir não são palpáveis para a maioria da população (e dos políticos que dependem do seu voto) enquanto não se tornam realidade. Aproveitando-se disso, os céticos do aquecimento global dizem, jocosamente, que as previsões sobre as mudanças climáticas de longo prazo são tão críveis quanto as que afirmam que vai chover no fim de semana, mas faz um sol de rachar. Recorrer a esse sofisma pode ficar mais difícil depois do atual verão no Hemisfério Norte – que vem batendo sucessivos recordes de temperatura em diferentes regiões, muitas vezes com resultados desastrosos.

Na Finlândia, os habitantes de Sodankyla, localizada a menos de 100 quilômetros do Círculo Polar Ártico, experimentaram neste ano um dia de verão com características tropicais: 32 graus, mais que o dobro do esperado. No Japão, 65 pessoas, em sua maioria idosos, não resistiram ao verão mais quente da história do país e morreram. Na Grécia, 91 pessoas perderam a vida em incêndios causa­ dos pela combinação de calor intenso, vegetação seca e ventos fortes. Há dezesseis dias, foram registradas temperaturas próximas a 50 graus no sul da Califórnia, nos Estados Unidos, e a temporada de incêndios florestais, própria desta estação, está se provando mais longa que o normal. Os alemães também enfrentaram, neste ano, o mês de abril mais quente da história de seu país. Com os termômetros marcando mais de 40 graus, nem os peixes dos rios Reno e Elba resistiram ao fenômeno – milhares morreram por causa da falta de oxigênio provocada pelo aquecimento da água. Os meteorologistas preveem que a temperatura na Península Ibérica será, neste mês, a mais alta já registrada na Europa continental, batendo o recorde de 48 graus, observado em 1977, em Atenas, na Grécia. Até o que era quente se tornou ainda mais infernal –   no início de julho fez 51,3 graus à sombra no Deserto do Saara, a temperatura mais elevada já medida pelos termômetros na África.

Não é possível afirmar que cada um dos eventos acima foi ou é causado diretamente pelo aquecimento global. Há inúmeros fatores regionais que podem tê-los influenciado. O que está claro é que situações climáticas extremas como essas vêm se tornando mais frequentes – e isso não acontece por acaso. A explicação se encontra na emissão dos gases do efeito estufa, que contribuíram para o aumento de mais de 1 grau na média da temperatura na Terra desde o século XIX. Segundo um estudo divulgado na quarta-feira lº pela Sociedade Americana de Meteorologia, 2017 foi o ano mais quente de que se tem registro sem influência do El Nino, fenômeno natural que começa com o aquecimento das águas do Oceano Pacífico e tem impacto global no clima. E quais foram os anos mais quentes com El Nino? Aqueles imediatamente anteriores: 2016 e 2015. “As temperaturas que estamos experimentando podem não ser ainda o ‘novo normal’, mas podem vir a ser em algumas décadas”, avisou Stephen Belcher, cientista-chefe do serviço nacional de meteorologia britânico.

A janela de oportunidade para combater as causas das alterações climáticas está se fechando. “Muitos cientistas dizem que temos apenas vinte anos para mudar nosso comportamento e partir para um mundo com balanço zero nas emissões de carbono na atmosfera. Isso significa que a cada ano que passa perdemos 4% dessa margem de segurança”, diz o ecólogo Daniel Nepstad, diretor do Earth Innovation Institute, ONG com sede na Califórnia. Se outros efeitos já visíveis do aquecimento global – como a retração do gelo marítimo do Ártico, o aumento do nível dos mares, o encolhimento das geleiras e a morte de corais – não foram ainda suficientes para persuadir políticos e outras personalidades influentes que negam a ação do homem nas mudanças climáticas, quem sabe a atual onda de calor cumpra esse papel. O presidente americano Donald Trump, que tirou seu país de um acordo internacional de redução de emissões, deveria ser o primeiro a cair na real. O problema, como observou o jornal britânico TheGuardian em editorial, é que é mais fácil mudar o clima do que as opiniões de Trump.

GESTÃO E CARREIRA

DENTRO OU FORA DE PADRÃO?

Apesar de parecer atraente, o modelo de franchising pode ser um verdadeiro tiro no pé se não for bem planejado. Entenda como funcionam as franquias e compare se é melhor abrir uma ou investir na sua própria marca.

Dentro ou fora do padrão

Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles e um pão com gergelim. Você sabe exatamente o que vem depois, certo? A maior cadeia mundial de restaurantes fast-food de hambúrguer, o Mc Donalds, surgiu em 1940 e começou seu processo de franqueamento em 1955, com o surgimento do “Mc Donalds Systems, Inc.”. Hoje, serve suas receitas, incluindo o citado Big Mac, para cerca de 68 milhões de pessoas por dia, em 119 países e com 37 mil pontos de venda.

Aqui no Brasil, no entanto, as primeiras franquias vieram por meio de escolas de línguas que incluem marcas como Yazigi (1954) e Fisk (1962), dando espaço ainda para perfumarias como o Boticário – que somou um faturamento de RS2,8 bilhões para as unidades franqueadas em 2009. A marca surgiu em Curitiba, em março de 1977, e conta hoje com loja em Portugal, além de franquias e vendas por catálogo.

Mas, afinal, o que faz das franquias um sucesso? O primeiro ponto é que esse sistema de trabalho utiliza uma marca já conhecida logo que abre seu negócio. O modelo, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), caracteriza-se por um contrato em que a patente expande sua empresa ao conceder o direito de uso da marca de maneira específica. Você também vai ouvir o termo franchising, que pode ser usado para designar essa estratégia de distribuição dos produtos ou serviços.

É importante ainda não confundir contrato de franquia com licenciamento de uso de marca. No caso da rede, existe um contrato mais complexo, regido pela Lei 8.955194, que inclui a transferência de conhecimento e uma série de direitos e obrigações, tanto para o franqueado como para o franqueador, onde uma replicação propriamente dita do modelo de negócio.

ONDE ESTÃO POTE DE OURO?

Apesar de necessitar de um investimento inicial, ter uma franquia pode não ser tão caro quanto você pensa. É possível encontrar algumas opções por um mínimo de R$ 699,00, como é o caso da YLAIL, de customização de joias. Mesmo assim, a aplicação de seu dinheiro precisa estar embasada em uma pesquisa de mercado e conhecimento do setor. Além disso, o cálculo de investimento de uma franquia não se resume à sua taxa – existe ainda o capital para instalação e capital de giro. Mas lembre-se: Não é porque você paga um valor mais baixo pela sua unidade que o seu trabalho também será menor. Ser franqueado significa gerir um negócio já consolidado, mas que exige qualidade na entrega e conhecimento dos manuais de ação das marcas.

Quanto a regiões onde elas funcionam, São José do Rio Preto é um nascedouro de redes de franquias, conta o cofundador do Open Franchise e da empresa Reset, Pedro Mello.

Ele acrescenta que a maioria desses estabelecimentos chegam pelo viés da oportunidade em si ao pequeno empreendedor, e não como novos negócios em busca de expansão na hora de distribuir o produto ou serviço. E completa: ‘São Paulo continua sendo a cidade com mais redes afiliadas, seguida por Rio de Janeiro, interior de São Paulo e municípios de Minas Gerais. Porém, de uns cinco anos para cá, multas redes estão nascendo no Nordeste, especialmente em cidades como Recife e Salvador. Existem ainda alguns números a respeito de fechamento das unidades criadas, mas elas não incluem repasse de franquias, apenas o encerramento de um contrato. Mesmo assim, o número é abaixo de dois dígitos, segundo Mello.

De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o desempenho das atividades no primeiro trimestre deste ano foi de 5,1% no Brasil, o que significa um faturamento de R$38.762 bilhões. No ano passado inteiro, o faturamento cresceu 8% em relação a 2016. Neste momento, são registradas 147.657 franquias abertas em todo o País.

A Mary Help é uma dessas franquias, que criou um conceito de profissionais diaristas e mensalistas agendadas para serviços relacionados a locais e pessoas, como explica o fundador e CEO da marca, José Roberto Campanelli. “Devido ao sucesso obtido pela Mary Help com sua proposta inédita no mercado brasileiro, a partir da PEC das domésticas de maio de 2013. surgiram outras redes de franquia que copiaram o modelo, sendo que algumas tiveram sucesso e outras não. Mesmo assim, o mercado é muito grande e certamente há lugar para todos”, ressalta o CEO, que possui 72 unidades em 14 estados, fazendo com que seu crescimento oscile entre 20% e 40% por ano.

Por serem negócios já testados tanto do ponto de vista comercial como financeiro, a taxa de mortalidade é bastante baixa – apenas 15% em sete anos de existência.

MAS NEM TUDO QUE RELUZ É OURO!

Em um contexto geral, o fechamento de lojas franqueadas pode se dar por questões internas, como deficiências do franqueador ou franqueador ou externas, incluindo a crise econômica com retração do mercado. O modelo tradicional é um modelo antigo, ultrapassado, cansado. Foi criado no pós Segunda Guerra Mundial para dar escala para os negócios, baseado em estruturas centralizadoras, altamente hierárquicas e focadas no controle dos franqueados, que devem ser condicionados a receber ordens e obedecê-las, diz Pedro Mello.

Esse modelo, na sua opinião, é lento para reagir a mudanças, torna a franqueadora um gargalo para a rede e tem uma estrutura operacional custosa, que diminui a competitividade da rede. “Quando passamos a implementar estruturas mais horizontais do Open Franchising, também adotamos a descentralização, a colaboração, a transparência a autonomia e o equilíbrio das relações. Esse novo mindset começo a transformar radicalmente a maneira como os empresários gerem suas redes, bem como a satisfação dos franqueados e a situação financeira das redes como um todo”, sugere. O modelo horizontal consiste em uma liderança coletiva ao invés da impositiva.

ESTÁ EM ALTA

Além de serviços, outro ramo de boas oportunidades é o da alimentação saudável. Larissa Souza é fundadora da Snack Saudável, rede delivery, e possui 42 contratos fechados com 24 unidades já em operação em todas as regiões do Brasil, incluindo Brasília, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O cofundador do Open Franchise lembra que, historicamente, o setor de alimentação sempre foi carro-chefe de marcas franqueadoras; seguido por idiomas e educação. Um ponto importante para faze, dar certo é estar estruturado antes de abrir sua rede de franquias. “Para uma empresa que quer expandir seu negócio, no entanto, a resposta dependerá do setor onde o empreendimento atua, da importância de controlar o seu know-how, do capital disponível para promover o crescimento do seu negócio e outros. A expansão via franchising poderá ser uma boa alternativa para quem tem domínio do conhecimento em uma determinada área, um negócio rentável e uma marca forte e tradicional, mas com pouco capital próprio para promover o crescimento da empresa e se expandir nacionalmente ou internacionalmente. Para uma pessoa física que procura abrir um negócio, ingressar em uma rede de franquias pode ser uma alternativa mais cômoda, rápida e segura de investir seu capital, acrescenta José Roberto Campanelli.

EXPANSÃO: VALE A PENA?

Primeiro, é importante escolher um segmento que faça sentido dentro do seu conhecimento de mercado. Além disso, organize-se economicamente analise os diferentes cenários e seus riscos. “A vantagem da franquia é ter um modelo de negócio pronto e que já foi testado, ou seja, a probabilidade de errar é menor”, ressalta Larissa. Ela diz ainda que não saber o que busca é um tiro no pé, já que não existe mágica para fazer dar certo, mas sim um bom planejamento.

O dono de uma franquia tem a possibilidade de acesso a know-how de maneira rápida, sem os esforços de desenvolvimento de um novo negócio, uma vez que se associa a algo que já existe e está consolidado. A desvantagem, caso o dono da marca não opte por um trabalho horizontal, está em ter que se sujeitar a padrões já definidos. “Basicamente, se você tem medo de investir as economias em um novo projeto e não quer se arriscar a grandes riscos, gosta de seguir padrões pré-estabelecidos ou prefere um negócio que garanta estabilidade, a melhor saída é adotar o modelo de franquias. Se possui perfil de liderança e prefere delegar tarefas, sente-se confortável em resolver crises, busca sempre tendências e não tem problemas em investir grande parte do dinheiro em algo, o ideal é que inicie sua própria marca”, aconselha o sócio de Auditoria e Transações da Grant Thornton, Marcello Palamartchuk.

Para quem tem sua própria empresa, a franquia será sempre uma chance de expandir o negócio utilizando capital de terceiros. Além disso, por não existir vínculo trabalhista com o franqueado, o administrativo pode ser mais enxuto. Por outro lado, expandir seu negócio no formato matriz/ filiais exige uma estrutura mais complexa.

PORMENORES

Os cuidados ficam em tomar conta de não perder qualidade na prestação de serviços, já que as gestões serão realizadas por outros empreendedores. “Entre os pontos de atenção estão expectativas erradas, como achar que vai vender mil lanches em um mês, zelar pela qualidade e segurança do alimento e saber que o diferencial está na assistência para que haja a fidelização”, completa Larissa, falando especificamente para quem atua no setor alimentício.

Além de seguir com a parte burocrática e com a legislação que regula o setor de franquias, o potencial franqueador deve mapear as operações, como o controle de estoque e os métodos de produção. É necessário selecionar fornecedores, definir como será a seleção dos franqueados, montar uma área de suporte para esses parceiros e confeccionar o manual. Outro passo fundamental é calcular as taxas de franquia, royalties e propaganda. “Precisa aprender a trabalhar com pessoas que podem não ter conhecimento de gestão e também precisa ter entendimento de como funciona uma operação conjunta e a parametrização de processos”, completa Palamartchuk.

Ele também ressalta a importância de analisar a concorrência e verificar modelos similares, além da pesquisa de mercado inerente a qualquer novo empreendimento e informações do segmento em que deseja estar. Gerar diferenciais competitivos é importante na hora de fazer certo e, no caso de rede de franquias, saber lidar com a logística de estar representado em diferentes lugares é essencial ao bom andamento.

NÃO ATIRE NO PRÓPRIO PÉ

Mas não basta ter apenas know-how. Abrir um negócio, franqueá-lo e administra-lo sem estrutura vai fazer com que você se enforque aos poucos. Há muitas redes de franquia que se apresentam ao mercado com uma proposta que se viabiliza apenas por um curto período de tempo – são modismos que não têm perenidade, sendo que quem investe espera, em tese e com poucas exceções, poder explorar por muitos anos o negócio onde investiram seu capital. A maioria dos contratos de franquia tem duração de cinco anos renováveis por vários períodos iguais. “Adquirir uma franquia também poderá ser prejudicial para o investidor que não tiver capacidade de seguir regras e de ver seus ímpetos criativos podados pela franqueadora lembra José Roberto Campanelli da Mary Help.

De acordo com a pesquisa da ABF, os segmentos que mais apresentaram variações de crescimento nos três primeiros meses de 2018 foram Hotelaria e Turismo, com o faturamento maior em 14.9%. além de Serviços e Outros Negócios, que aumentaram m 9,3%, com resultado impulsionado, principalmente por franquias de Logística, Entretenimento e Lazer ficou em terceiro lugar no desempenho, cm um aumento de 7,8%.

Os segmentos de Alimentação e Limpeza e Conservação também oferecem boas oportunidades para quem quiser ser franqueado. Ambos tiveram crescimento de 6,6%, assim como no ano passado. Apesar de o aumento não apresentar grandes mudanças de um ano para o outro existe um tipo de estabilidade no crescimento de alcance desses setores, uma vez que o ritmo é constante, principalmente pelo hábito de comer fora de casa.

Além de pontos de venda tradicionais, como lojas físicas e quiosques, uma tendência que se observa é o aumento de atendimentos residenciais e a condomínios comerciais. Esse tipo de localização somou 5% em 2018, tendo sido 3% no ano anterior, enquanto lojas e shoppings tiveram queda. Caso você esteja em dúvida se vale a pena investir, o SEBRAE conta que o setor de franquias não para de crescer, independentemente da crise, e a taxa de mortalidade gira em torno de 5% nos dois primeiros anos. Achou alta? Pois saiba que outros modelos de negócios possuem uma taxa de até 30 %.

Apesar de tudo apontar para os aspectos positivos de comprar uma franquia ou criar franquias do seu negócio, cuidado com o excesso de otimismo sem estudo de como o segmento no qual está inserido tem se comportado nesse mercado. Dê um passo por vez e todos com base em números e pesquisas de público-alvo. “Um dos grandes erros é o impulso na contratação da franquia, principalmente sem entender que o retorno do investimento pode demorar até mais que o previsto e que, muitas vezes, não é possível o franqueado fazer retiradas do fluxo da franquia para despesas próprias, sendo que o mais comum é acontecer o contrário – investimento de mais recursos para capital de giro do negócio”, conta o sócio de Auditoria e Transações  da Grant Thornton.

Por outro lado, com tudo preparado e em conformidade, a ABF tem boas notícias para você. A instituição projeta que o crescimento em relação a franquias deve ser entre 7% e 8%, no quesito faturamento, incluindo crescimento de 3% no número de unidades e 3% em volume de empregos diretos. Além disso, o número de redes franqueadas deve se manter estável. “Vamos acompanhar de perto o desenvolvimento dos indicadores macroeconômicos e no campo político, cuja melhora pode abrir caminho para um desenvolvimento mais vigoroso da franchising nacional nos próximos trimestres”, conclui o presidente da ABF, Altino Castofoletti Júnior, no site oficial da pesquisa.

 Dentro ou fora do padrão.2

TOME NOTA:

Franqueador: pessoa jurídica detentora dos direitos da marca ou patente.

Franqueado: pessoa física ou jurídica que adere à rede de franquias, mediante pagamento pela cessão do direito de uso da marca e transferência de know-how.

Royalty: remuneração periódica paga pelo franqueado ao franqueador. Geralmente, é um percentual sobre o faturamento bruto.

Taxa de franquia (franchise fee ou taxa inicial): valor único estipulado pelo franqueador para que o franqueado possa aderir ao sistema, pago no momento de assinar o contrato.

Fundo de propaganda (ou fundo de promoção): montante referente às taxas de publicidade pagas pelos franqueados e pelas unidades próprias dos franqueadores, para ações de marketing que beneficiem toda a rede.

Conselho de franqueados: serve para consultas e é constituído pela franqueadora e por um grupo de franqueados.

Circular de Oferta de Franquia: documento que, segundo a legislação brasileira, deve ser entregue pelo franqueador ao candidato a franqueado até dez dias antes da assinatura do pré-contrato, contrato ou pagamento de qualquer valor. Deve conter as informações sobre a franquia, a rede e tudo o que será exigido antes e após a assinatura do contrato

Fonte: SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

Dentro ou fora do padrão.3 

O QUE PRECISO PERGUNTAR ANTES DE COMPRAR UMA FRANQUIA?

  • Quanto custa? Além da taxa de franquia, existem outros custos previstos
  • Eu vou lucrar? Fluxo de caixa é a primeira planilha de um novo negócio.
  • O que diz o contrato? Observe direitos, deveres, tempo da franquia e normas de renovação.
  • Quanto tempo demora para meu investimento retornar? O segmento desta empresa faz sentido para mim? Tenha conhecimento da área que escolheu.
  • Como a empresa me ajuda? Observe quais as condições de suporte, treinamento e marketing.
  • Como é feito o treinamento? Onde devo localizar minha franquia? Concorrência, transporte próximo e outros fatores podem ajudar ou derrubar um negócio.
  • E os outros franqueados? Observe as taxas de adesão e possíveis reclamações de outros franqueados da mesma empresa em que está interessado.
  • O negócio já está consolidado? Empresas que já nascem com franquias tendem a não estar estruturadas o suficiente.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

VANTAGENS:

  • Menor tempo de abertura do negócio.
  • Conceito do negócio já es
  • Assistência na busca de um local ideal.
  • O poder de venda de uma marca conhecida.
  • Custos mais baixos através de compras em grupo.
  • Utilização de um modelo de negócio estabelecido.
  • Campanhas publicitárias nacionais e regionais.
  • Geração de leads de clientes através de sites e centros de atendimento centralizados.
  • Uma rede de pares (colegas franqueados) para fornecer aconselhamento.

DESVANTAGENS:

  • Falta de independência de tudo, desde os bens e serviços que vendem à cor da pintura em suas paredes.
  • Promoções obrigatórias em toda a empresa que podem não funcionar em seu mercado (cortes de preços, novos produtos ou serviços).
  • Dependência do franqueador, que define estratégias do negócio.
  • Modo de gestão.

 

Fonte: MARCELO PALAMARTCHUK, Sócio de Auditoria e Transações da Grant Thornton.

 

FAÇA DAR CERTO EM DEZ PASSOS!

1. Tenha uma marca própria e registrada, uma proposta clara de negócios comercialmente viável e com sucesso naquilo que faz, entendendo-se por sucesso o retorno financeiro sobre o investimento.

2. Tenha uma unidade do seu negócio com histórico saudável de faturamento e margens de lucro durante pelo menos 24 meses.

3. Abra a segunda unidade e continue a mostrar bons resultados por pelo menos 12 meses.

4. Agora sim! Comece a pensar em novas franquias.

5. Tenha capital para sobreviver do negócio sem precisar contar com taxas de franquia para se sustentar.

6. A abertura de unidades franqueadas vai requerer a formatação do negócio ao modelo da franchising, em consonância com a lei 8-955, com uma COF (circular de ofertas).

7. Faça um plano de negócios (ou DRE – demonstrativo de resultados financeiros) para mostrar a rentabilidade do negócio e a expectativa de retorno do capital que o franqueado vai investir.

8. Realize um Contrato de Franquias claro onde conste os direitos e as responsabilidades das partes (franqueadora e franqueado) e manuais de treinamento na operação do negócio.

9. Selecione bem franqueados, pessoas que têm afinidade e perfil adequado ao negócio,

10. Treine bem seus franqueados, dando assistência permanente para que estes consigam reproduzir o sucesso da unidade piloto.

ERROS MAIS COMUNS

  • Quando a pessoa não pesquisa direto o franqueador, não liga para os franqueados e ex­ franqueados para validar se o negócio realmente é bom.
  • Quando a franquia é comprada para dar para familiares, como filhos e
  • Quando a franquia é escolhida apenas pelo retorno sobre o capital e lucratividade do negócio.
  • Não escolher bem seus franqueados.
  • Não ter estrutura para comportar o aumento da rede e perder o controle do negócio.

ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 11: 17-32 – PARTE I

Alimento diário

Cristo em Betânia

Tendo sido decidida a questão, de que Cristo iria à Judéia, e seus discípulos com Ele, eles começam sua jornada. Nela, aconteceram algumas circunstâncias que são registradas pelos outros evangelistas, como a cura do cego em Jericó e a conversão de Zaqueu. Nós não devemos imaginar que estamos fora do nosso curso, enquanto estivermos no caminho de fazer o bem, nem pretender um bom trabalho a ponto de negligenciar outro. Por fim, Ele se aproximou de Betânia, que, segundo está escrito, “distava de Jerusalém quase quinze estádios”, aproximadamente três quilômetros, v. 18. Ê chamada atenção para o fato de que este milagre foi, na verdade, realizado em Jerusalém, e, desta maneira, foi a ela computado. Os milagres de Cristo na Galileia foram mais numerosos, mas aqueles em Jerusalém, ou perto de lá, foram mais ilustres. Ali Ele curou uma pessoa que tinha estado doente por trinta e oito anos, outra que era cega de nascença, e ressuscitou uma outra que estava morta já há quatro dias. Cristo foi a Betânia, e observe:

I – De que maneira Ele encontrou seus amigos. Quando Ele tinha estado com eles pela última vez, é provável que os tivesse deixado bem, com saúde e alegres. Mas quando nos separamos dos nossos amigos, nós não sabemos (embora Cristo soubesse) quais mudanças podem nos afetar, ou a eles, antes que voltemos a nos encontraram.

1. Ele encontrou seu amigo Lázaro na sepultura, v. 17. Quando se aproximava da cidade, provavelmente próximo do cemitério, que pertencia à cidade, Ele soube, pelos vizinhos ou algumas pessoas que encontrou, que Lázaro já estava enterrado havia quatro dias. Alguns pensam que Lázaro morreu no mesmo dia em que o mensageiro trouxe a Jesus as notícias da sua enfermidade, computando, desta maneira, dois dias para a permanência de Jesus no mesmo lugar, e dois dias para sua viagem. Eu prefiro pensar que Lázaro morreu no mesmo instante em que Jesus disse: “Nosso amigo dorme”, ele acaba de adormecer”, e que o período de tempo entre sua morte e seu sepultamento (que, entre os judeus, era curto), mais os quatro dias da sua permanência na sepultura, tenha sido o tempo desta viagem. Pois Cristo viajou abertamente, como evidencia sua passagem por Jericó, e sua permanência na casa de Zaqueu, que consumiram algum tempo. As salvações prometidas, embora sempre venham com toda a certeza, muitas vezes vêm lentamente.

2. Ele encontrou entristecidas as amigas que haviam sobrevivido. Marta e Maria estavam praticamente consumidas pela tristeza pela morte do seu irmão, o que fica evidente, quando lemos que muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria. Observe:

(1) Normalmente, onde há morte, há pranteadores, especialmente quando são levados aqueles que eram agradáveis e afáveis nos seus relacionamentos, e úteis à sua geração. A casa onde há morte é chamada de casa de luto, Eclesiastes 7.2. Quando o homem se vai à sua eterna casa, os pranteadores andarão rodeando pela praça (Eclesiastes 12.5), ou talvez preferirão ficar sozinhos em silêncio. Aqui era a casa de Marta, uma casa onde se temia a Deus, e onde havia sua bênção, mas, ainda assim, era uma casa de luto. A graça manterá a tristeza afastada do coração (cap. 14.1), mas não da casa.

(2) Onde há pranteadores, deve haver consoladores. Temos um dever para com aqueles que pranteiam, o de prantear com eles e consolá-los, e o fato de que pranteamos com eles lhes trará algum consolo. Quando estamos sujeitos às impressões imediatas de tristeza, estamos sujeitos a esquecer-nos daquelas coisas que deveriam nos ministrar consolo, e por isto temos necessidade de quem nos lembre delas. Ê uma graça ter quem nos recorde, quando estamos submersos em tristezas, e é nosso dever recordar àqueles que estão tristes. Os doutores judeus colocavam grande ênfase nisto, obrigando seus discípulos a terem consciência de consolar os enlutados depois do sepultamento do morto. Aqui os pranteadores consolavam Marta e Maria acerca do seu irmão, isto é, falando com elas sobre ele, não somente sobre o bom nome que ele havia deixado, mas sobre a feliz condição para a qual ele tinha passado. Quando nossos parentes e amigos crentes são tirados do nosso convívio, entristecemos nos e afligimos nos por nós mesmos, pensando que fomos deixados para trás, e sentimos a falta deles. Porém, nestas situações, temos motivos para nos consolar por aqueles que partiram, antes de nós, a um local de eterna felicidade, onde não precisam de nós. Esta visita que os judeus fizeram a Marta e Maria é uma evidência de que elas eram pessoas distintas e de boa reputação, e também de que elas se comportavam de maneira gentil com todos, de modo que, embora fossem seguidoras de Cristo, mesmo aqueles que não dedicavam respeito a Ele eram gentis com elas. Havia também uma providência no fato de que tantos judeus, homens e mulheres, provavelmente, estivessem reunidos, justamente nesta ocasião, para consolar as enlutadas, para que todos pudessem ser testemunhas irrepreensíveis do milagre, e ver como seus consolos eram miseráveis, em comparação com os de Cristo. Cristo não pedia, normalmente, testemunhas para seus milagres, e nenhum deles as teve, exceto em se tratando da presença ocasional de parentes e amigos. Mas este seria uma exceção. Desta maneira, o conselho de Deus ordenou as coisas para que estas pessoas se reunissem acidentalmente, para darem testem unho deste milagre, para que a infidelidade fosse silenciada.

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