PSICOLOGIA ANALÍTICA

O CRESCENTE NÚMERO DE SUICÍDIO ENTRE ADOLESCENTES

Num dos períodos mais delicados da vida, a adolescência, em certas horas o jovem se comporta como criança, em outras adota uma postura mais madura, o que acarreta grande confusão mental.

O crescente núero de suicídios entre adolescentes

A adolescência é uma etapa da vida bem delicada e conturbada, pois compreende o momento em que estamos deixando a fase da infância para adentrar na fase adulta. Um momento no qual não nos reconhecemos mais como crianças, mas ainda não pertencemos, de fato, ao universo dos adultos. Momento confuso, quando ora nos comportamos como crianças e ora tentamos nos diferenciar delas, buscando um comportamento distinto, porém nem sempre mais maduro.

E como se não bastasse toda essa confusão acerca de sua identidade pessoal, ainda precisam lidar com a confusão que os circundantes também atravessam e impõem a eles. Por vezes, seus pais lhes fazem cobranças pesadas como se já fossem adultos. E paradoxalmente, os regulam, vigiam e tolhem, fazendo cobranças e tratando-os como se ainda fossem crianças. As informações que recebem do meio são ambíguas e os confundem ainda mais. Falas do tipo: “você não acha que está muito velho para isso?” seguidas de: “você não acha que ainda não tem idade suficiente para isso?” fazem com que essa confusão se agrave mais.

Como compreender e lidar com esse limite subjetivo e tênue nessa fase de transição entre a infância e a vida adulta? Roupas de criança x roupas de adulto, programas de criança x programas de adulto, comportamentos, gostos… quando chega a hora de mudar? E qual a medida para essa mudança?

Por conta da dificuldade em saber essas respostas, vemos jovens tentando acelerar o processo e se esforçando para deixar hábitos e prazeres ainda presentes para trás. Essa pressão pode vir deles mesmos ou do mundo que os cerca – familiares, sociedade, amigos etc. Tentando se enquadrar no modelo desejado ou esperado, o mais novo adolescente do pedaço pode se submeter a manter secretos certos gostos ou padrões da infância, evitando ser cobrado ou criticado pelos demais. E pode até se sentir mal caso a cobrança por essas mudanças seja também uma cobrança interna.

Tudo isso vem aliado a uma série de mudanças corporais. Os hormônios estão a todo vapor, causando instabilidade emocional e uma supervalorização dos eventos vivenciados com a presença de sentimentos e reações exacerbados em muitas vezes, desproporcionais ao momento. Tudo fica exagerado e mais dramático. E as emoções mudam da alegria à tristeza em questão de segundos, já que a instabilidade emocional se encontra extremada. As emoções oscilam e os comportamentos impulsivos aparecem, sem que os adultos possam compreender o que está se passando com os jovens.

A voz e o corpo se modificam drasticamente, causando desde incertezas, timidez e insegurança até baixa estima e isolamento social. Novos pelos, crescimento dos seios, início da menstruação, voz mais grave nos meninos, aumento da estatura, do peso corporal e do tamanho dos pés – tudo isso notado e apontado pelos que com eles convivem e demandando adaptação para todos.

Perdem roupas e sapatos em questão de meses e esbarram em tudo pelo caminho. Se machucam e machucam os demais por não terem, ainda, a noção de seu tamanho e força atuais. Muita coisa necessita ser reajustada e reaprendida ali. Essa fase demanda, ainda, que o adolescente construa a sua individualidade, e para isso precisará passar pelo processo de desidentificação (separação) de seus pais e da identificação com o grupo de amigos e adoção de ídolos ou modelos, para irem criando sua identidade pessoal. Para se diferenciar de seus pais, muitos adolescentes acabam se afastando demais do seu núcleo familiar, já que passam a recriminar e negar muita coisa que vem deles. Os amigos ganham força e se apoiam entre si. E é no grupo de amigos que o adolescente passa a se identificar, adotando por vezes características desse grupo que ainda não combinam com seu perfil, mas poderão ser deixadas de lado mais tarde, com a conclusão desse processo.

Nesse momento em que o adolescente, tentando se diferenciar de seus pais, se mistura e se torna parte do seu grupo, a dor do amigo passa a ser dele também. Momento em que os grupos ganham força, unidos por seus gostos, afinidades e ideais e quando um sente junto com o outro. A causa de um se torna a causa de todos. A dor, as alegrias, as “certezas” infundadas e os medos também.

Na adolescência, a dependência financeira é percebida pelos jovens como a limitadora da tão almejada autonomia. Mas o que eles não percebem é que a dependência deles nessa fase da vida não é, somente, a financeira, como eles imaginam. Permanecem dependendo de afeto e cuidado de sua família muito mais do que muitos pensam. E a conquista da autonomia e independência tão sonhadas está recheada de medos e inseguranças e, por isso, deve ser feita gradativamente, com suporte e supervisão, até que eles tenham competência e capacidade de dar conta dessa grande e dura responsabilidade do universo adulto.

Por essas e outras razões percebemos muitos adolescentes apresentando uma angústia excessivamente contida, que pode ser drenada se dirigida para algo fora dele, através de uma conversa, um esporte, hobby, terapia ou atividade de seu interesse. Mas pode ser perigosamente dirigida para os circundantes ou para ele mesmo, por meio de comportamentos autodestrutivos como automutilações, vícios ou extremo isolamento social, acarretando, em alguns casos, distúrbios psicológicos, como depressão ou transtornos de ansiedade, por exemplo.

DIFICULDADE DOS PAIS

Os pais dos adolescentes também podem se encontrar muito perdidos e vacilantes no que tange às necessidades e cuidados demandados pelos adolescentes, atualmente. Com a era virtual e a modificação da estrutura familiar da época antiga para os dias de hoje, vemos pais sem saber qual o limite de seu filho, que deve ser respeitado, e até onde eles devem acessar, participar e exigir.

Vemos nos consultórios a dificuldade dos pais em saber se devem respeitar “a privacidade” de seu filho e abrir mão de saber e acompanhar o conteúdo aces­ sado por eles na internet, as companhias que eles têm na escola ou nas saídas de lazer, os papos que mantêm nas mídias sociais etc. Outros questionam se o filho pode exigir que não entrem em seu quarto, que não os cobrem sobre a sujeira e bagunça que eles mantêm em seus quartos e/ou em diversos locais da casa etc.

E, muitas vezes, na tentativa de preservar a privacidade que julgam que o jovem deve ter, ou na tentativa de fazer diferente do que viveram em sua juventude, alguns pais acabam se perdendo nesse momento de seus filhos. Deixando que um espaço vazio de isolamento, estranheza e desamparo se crie entre eles com o apelo de “respeito a privacidade do filho”.

E com esses equívocos sobre o que seria mais adequado e eficaz no que tange à educação dos filhos, surge mais uma preocupação a ser evitada pelos pais, que é a falta de limites. Vemos filhos que não cumprem com seus deveres de estudante e filho não respeitando os pais e exigindo direitos que não deveriam receber – dinheiro e permissão para sair, caronas para as baladas, roupas novas, melhorias em seus quartos; tudo isso exigido sem que eles, ao menos, frequentem as aulas e obtenham o aproveitamento escolar mínimo exigido na escola.

A falta de limites para esses jovens acaba tendo uma consequência danosa e desastrosa. Os jovens, além de não se sentirem privilegiados e superamados por esses pais que dão o que não deviam, ainda se sentem carentes e abandonados por eles. Pais que não se poupam em dar os recursos financeiros que julgam fundamentais para a satisfação e felicidade dos filhos, mas parecem não se importar se eles estão se destruindo ou sabotando nos estudos, com amizades e condutas destrutivas, como consumo de drogas ou bebidas, por exemplo. Pais que não punem os filhos, numa tentativa de serem amados ou evitarem as reações fortes dos filhos1 sempre que não são atendidos em seus caprichos e vontades.

E os jovens passam, numa atitude rebelde e raivosa a se destruírem cada vez mais, numa tentativa de chamar atenção ou punir o descaso de seus pais. Mas nesse jogo, os maiores punidos continuam sendo eles mesmos.

A escolha, mesmo que inconsciente, por essa rotina de vida já acaba sendo uma espécie de suicídio indireto, já que esses jovens passam a não se cuidar e a se colocarem em situações de risco, numa tentativa de acabar ou pelo menos anestesiar, esquecendo por alguns momentos que seja a sua dor.

 SUICÍDIO

O suicídio (do latim suicaedere – a morte do próprio) resulta de uma complexa interação entre fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociológicos, culturais e ambientais.

De fato, sabe-se hoje que as tentativas de suicídio são os mais importantes preditores do suicídio consumado, o que nos obriga, enquanto técnicos de saúde mental, pais e outros agentes sociais a uma reflexão sobre o seu significado.

O crescente índice de suicídios de jovens e adolescentes: hoje, acompanhamos as notícias, cada vez mais frequentes, de suicídio de jovens em toda parte do mundo. Amigos, familiares e conhecidos são surpreendidos com a notícia e levam um bom tempo tentando compreender os motivos que os levaram a tomar uma atitude extrema e irremediável como essa.

Segundo matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo em abril deste ano, sabemos que nos últimos cinco anos a incidência entre jovens de 12 a 25 anos teve um salto de quase 40%. Nas outras faixas etárias, o índice caiu. No Brasil, o suicídio é a quarta maior causa de morte entre homens e mulheres de 15 a 29 anos. Tristeza, isolamento e irritabilidade podem ser sinais para que os pais percebam se há algo errado. Os jovens são mais suscetíveis tanto por aspectos biológicos quanto pelos novos desafios impostos nessa fase da vida.

Resta-nos buscar algumas informações para alertar jovens e familiares acerca do que torna esse momento delicado na vida de nossos jovens algo tão insuportável e degradante.

Dentre os inúmeros fatores motivadores do suicídio de jovens de que temos conhecimento hoje, convém apontar alguns:

DIFICULDADE DE LIDAR COM AS MUDANÇAS (corporais, emocionais, de seu papel social, demanda do mundo etc.).

Aqui podemos incluir todas as pressões geradas pelas mudanças que ocorrem no corpo e na vida da criança ao chegar na adolescência. Além da enxurrada de emoções fortes, oscilantes e antagônicas durante dia e noite com que eles têm que se adaptar, tem a mudança corporal, que para alguns deles traz sentimentos confusos e situações constrangedoras.

A tentativa de se enquadrar num novo papel perante sua família e sociedade e satisfazer as demandas internas e do mundo acarreta também uma forte pressão sobre o adolescente, que tem necessidades emocionais de afeto e proteção, mas age, muitas vezes, numa postura que julga ser adulta, mas os distancia, deixando-os vulneráveis e estressados.

A pressão pela escolha de carreira e pelo bom desempenho escolar a fim de conseguirem aprovação no vestibular é outro ponto massacrante para muitos jovens. Até então, eles eram tratados como crianças que recebiam tudo praticamente pronto de seus pais, inclusive segurança, afeto e proteção. E, de repente, passam a ter que dar algo em troca, espera-se deles responsabilidade, administração do seu tempo de estudo e entrega das tarefas requisitadas a eles, um maior envolvimento nos problemas familiares etc., sem que eles tenham sido preparados e acompanhados para isso.

Com tudo isso, a pressão e o medo do fracasso e das escolhas erradas passam a atormentar jovens secretamente e, por vezes, de forma inconsciente, em que o mal-estar é sentido e eles nem sabem, devido a tantas mudanças, o motivo.

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ISOLAMENTO E SOLIDÃO: Falta de contenção, suporte e acolhimento familiar e, por vezes, social. Isso tudo reforçado por uma postura crítica e evitativa da família, que deveria ser nessa fase esteio, suporte ou exemplo.

Com a separação de sua família na busca de sua identidade pessoal, o jovem se insere em grupos ou adota novos modelos e ídolos e acaba criando um abismo entre ele e seus familiares. E isso torna essa fase mais difícil ainda de ser atravessada.

Pela falta de maturidade e postura vitimizada que, normalmente, adotam nessa fase, os jovens se reúnem em bandos e tendem a desqualificar suas famílias e tudo que vêm delas num momento em que mais precisam de apoio, orientação e afeto.

Os pais, na tentativa de acertarem e sem saber o caminho correto e adequado, também acabam deixando que o isolamento ocorra, e colocam na conta da adolescência as dificuldades que vão surgindo na relação e no comportamento mais introvertido, reativo ou mudo do filho. Muitos pais sofrem e se afastam pela incapacidade de lidar com a dor e revolta de seu filho nessa fase. E ao invés de se aproximarem para ajudar e sanar, se afastam e se “distraem”; elegendo as preocupações práticas do dia a dia que eles, pelo menos, ainda sabem como lidar.

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PROBLEMAS FAMILIARES E/OU INTERPESSOAIS (baixa estima, bullying): Com esse afastamento do seu núcleo familiar, percebemos o jovem enfrentando com bastante frequência problemas com relação a sua autoimagem.

Diante de todas aquelas mudanças corporais e com a necessidade de ser incluído no grupo e receber aprovação dos meios e dos pares, notamos os jovens sofrendo por uma insatisfação consigo mesmo, normalmente envolvendo uma supervalorização dos atributos físicos e a ausência de consciência acerca de seus valores pessoais e pontos fortes.

Vemos jovens ignorantes acerca do que seria, de fato, um valor positivo pessoal. Atributos físicos são usados como forma de medida nessa escala de valor; enquanto que caráter, honestidade, generosidade ou amizade não são notados ou considerados por eles.

E com isso vemos jovens sofrendo por uma crença na sua falsa incompetência relacional, baseada nessa necessidade de possuir os atributos físicos, para que consiga pertencer ao grupo dos populares mesmo que esse grupo não combine com ele no que diz respeito a valores, gostos ou formas de pensar e agir no mundo.

E nessa tentativa árdua de fazer parte e receber valor do grupo ao qual pertencem, vemos jovens sofrendo com o bullying da dor causada pela exclusão e rejeição de colegas e pares. Os populares, dotados dos atributos físicos requisitados, aliados à capacidade de liderar e se impor no grupo, se empoderam e passam a submeter, rejeitar e humilhar os que não se enquadram no perfil exigido para fazer parte daquele bando.

E os excluídos se isolam mais ainda do mundo, e introjetam indevidamente a leitura cruel e estigmatizada que fizeram dele como que um rótulo que o define e descreve.

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DIFICULDADE DE LIDAR COM FRUSTRAÇÕES E SENTIMENTO DE RAIVA E INSATISFAÇÃO (término de relacionamento, perda de pessoas queridas – luto -, perda de emprego ou algo que julguem importante).

Essa dificuldade, encontrada com frequência nos jovens da atualidade, se deve ao fato de os pais tentarem arduamente, desde a infância, suprir todas as necessidades e demandas de seus filhos. Na tentativa de serem os melhores pais e não deixar faltar aos filhos o que faltou a eles, vemos pais suprindo as necessidades antes mesmo que seus filhos criem a demanda. Vemos pais se esforçando em atender desejos e caprichos de seus filhos mesmo quando eles não estão merecendo. E vemos as crianças sendo muito pouco frustradas, recebendo o tão importante não raramente e, com isso, não aprendem a lidar com a frustração de uma negativa.

Tudo isso, feito com tanto esforço e com a melhor das intenções, acarreta num jovem que não aprende a lidar com as frustrações tão comuns e inevitáveis na vida adulta. Jovens que não sabem lidar com a raiva de forma saudável, para que consigam expressá-la de maneira adequada e dar vazão a ela.

E diante das negativas da vida, um objetivo não alcançado ou o término de um relacionamento, vemos os jovens sofrendo de ira por não terem conseguido ou de tristeza e sensação de que não há saída. E tudo isso os leva a um desânimo e desistência da vida, provocados pela crença equivocada de que não conseguirão reverter o quadro.

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PRESENÇA DE PSICOPATOLOGIA (depressão e demais transtornos da personalidade, dependência de álcool/drogas etc.), doença física (como perturbações neurológicas, cancro e infecção pelo HIV, por exemplo) ou dor crônica.

Outra causa frequente dos casos de suicídio, atualmente, é a presença de distúrbios psicológicos que, muitas vezes, nem são reconhecidos pelas famílias. Com diversos rótulos usados pelo senso comum, como ranzinza, estourado, mimado, mal-humorado, grosso, birrento, bicho do mato, tímido, desanimado, preguiçoso etc., vemos casos de psicopatologias sendo ignorantemente desqualificados e ganhando uma roupagem popular, quando precisariam ser acompanhados, de perto, por profissionais qualificados.

A depressão é uma das psicopatologias mais frequentes dentre os jovens propensos ao suicídio e, normalmente, está associada pela maior parte da população a quadros de tristeza, prostração e falta de sentido na vida. Mas o que muitos não sabem é que a rebeldia, irritação e comportamentos de enfrentamento e autodestruição também são indicativos de casos de depressão.

Além do componente genético da depressão, notamos que diante de grandes e/ou duradouras frustrações sofridas na vida, indivíduos tendem a desenvolver esse tipo de quadro, demonstrando, ao invés, ou associado à comum tristeza, grande carga de contrariedade, raiva e insatisfação.

Cargas essas dirigidas ao mundo ou a si mesmos. Na impossibilidade de alcançar ou obter o que desejam, os deprimidos podem assumir uma postura bélica – de embate – e começam uma queda de braço com a vida, em que o maior perdedor são eles próprios. Perdem, uma vez que se negam a ter prazer de alguma outra forma que não seja a que viria de seu objeto de desejo inalcançado.

Outro componente presente nessa fase turbulenta da vida é o uso de substâncias psicotrópicas, que entram como uma maneira de lidar com as dificuldades enfrentadas na adolescência. Seja uma tentativa para aplacar a timidez, seja para esquecer as causas de contrariedade e frustração ou para tentar ter um momento de alegria e descontração, esse tipo de saída acaba deixando suas presas ainda mais culpadas, estigmatizadas e insatisfeitas. E, além de não representarem uma solução, algumas vezes ainda complicam mais o quadro de dor do jovem.

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PREVENÇÃO

A prevenção do suicídio é muitas vezes possível, sobretudo se tivermos um olhar atento sobre a sucessão tipificada de momentos que o precedem. São eles: a ideação suicida (as ideias de suicídio que passam pela cabeça através de pensamentos ou cenas que lhes sugerem isso, podendo ser verbalizadas ou não), comportamentos de risco (vícios, esportes radicais ou atividades que apresentem risco de vida) e as tentativas de suicídio.

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PSICOPATOLOGIAS

Estima-se que 90% dos sujeitos que cometeram suicídio tinham alguma forma de psicopatologia, sendo que cerca de 60% estariam deprimidos quando se suicidaram. Os comportamentos suicidas são sempre um meio de comunicação com o meio e, muitas vezes, numa lógica de “último recurso percebido”, demonstram aos demais a presença de um enorme sofrimento e desespero interior daquele jovem.

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ÍNDICES DE SUICÍDIO NO BRASIL CRESCEM ANUALMENTE

Estatisticamente, os índices de suicídio entre jovens no Brasil, vem crescendo preocupantemente nas últimas décadas. Para se ter uma ideia, de 2000 a 2015, os suicídios aumentaram 65% entre pessoas com idade de 10 a 14 anos e 45% entre os de 15 a 19 anos, ou seja, mais do que a alta de 40% na média da população. Dados mais recentes, de 2017, indicam que, em12 anos, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos subiu de 5.1 por 100 mil habitantes, em 2002 para 5.6 em 2014, o que representa um crescimento de quase 10%. Os números são do Mapa da Violência 2017, um estudo publicado anualmente a partir de dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Olhando um pouco mais para trás percebemos que a questão não é tão recente quanto parece. Em 1980, a taxa de suicídios na faixa etária de 15 a 29 anos era de 4.4 por 100 mil habitantes; chegou a 4.1 em 1990 e a 4.5 em 2000. Assim, entre 1980 e 2014 houve um crescimento de 27.2 %.

OUTROS OLHARES

LUXO NO LIXO

Para continuar vendendo seus produtos a preços estratosféricos, grifes voltadas para clientes de alto poder aquisitivo destroem mercadorias caríssimas que encalharam nas prateleiras.

Luxo no lixo

A prática parece estúpida, mas é corriqueira no mercado de alto luxo. Itens que não encontram compradores acabam no lixo, são destruídos ou incinerados. É literalmente, uma queima total e não no sentido em que o termo aparece nas liquidações. Para a indústria que fabrica joias, relógios, perfumes e roupas exclusivas, reduzir preços é heresia. Na semana passada, a grife britânica Burberry, ícone de luxo cuja fundação remonta 1856, anunciou ter queimado, em apenas um ano, o equivalente em produtos a 28 milhões de libras, cerca de R$141 milhões. Os dados constam do relatório anual da Burberry, relativo a 2017. Não foi a primeira vez. Nos últimos cinco anos, a marca incinerou aproximadamente 90 milhões de libras esterlinas, algo próximo de RS 446 milhões. Os produtos, segundo a grife, haviam sido produzidos em quantidades muito acima do que o mercado era capaz de absorver. Ou seja, encalharam.

“Uma das características da marca de luxo é a exclusividade. O conceito de escassez planejada da oferta explica essa necessidade que marcas como a Burberry têm de manter o preço”, diz Amnon Armoni, especialista em luxo e professor do MBA em Gestão Estratégica de Negócios da FAAP, em São Paulo. Para ele, marcas que atuam nesse segmento não podem correr o risco de perder relevância – o que ocorreria no caso de desequilíbrio da oferta em relação à demanda.

Embora tenha um alto custo tanto financeiro quanto ambiental, a destruição do excedente não gera prejuízo. Pelo contrário. Segundo Armoni, os acionistas são extremamente sensíveis aos resultados e ao valor da marca. “É preciso garantir o lucro, crescer, obter dividendos”, afirma. Ainda assim, ele acredita que tornar pública a informação sobrea destruição de mercadorias pode ser prejudicial para a imagem da grife. “Foi bizarro” diz Armoni. “Se a Burberry decidiu divulgar esse procedimento para chamar atenção. o tiro saiu pela culatra. Como sera a percepção dos consumidores daqui em diante?”, questiona. Em pronunciamento à imprensa, representantes da Burberry afirmaram que a incineração não deteriora o meio ambiente: “A energia gerada a partir dessa queima é armazenada, então o processo não polui”.

Para o professor do Instituto de Energia e Meio Ambiente da USP, Pedro Roberto Jacobi, a incineração é uma ação cada vez mais combatida, e o fato de a prática ser recorrente por parte das grifes “representa uma aberração do ponto de vista ambiental mas, principalmente, social. É uma atitude escandalosa e a melhor maneira de combater esse absurdo é boicotar seus produtos”, afirma Jacobi.

“ABSURDO”

Uma alternativa bem mais sustentável seria doar os produtos excedentes pelas instituições filantrópicas, que poderiam leiloá-los e destinar os recursos obtidos para causas sociais e humanitárias. Patrocinar programas de combate à pobreza extrema, a fome e a destruição ambiental seria bem mais interessante que destruir objetos que empregaram não apenas recursos naturais valiosos como o trabalho de centenas de pessoas. Em um mundo marcado pela crescente concentração de renda e onde cada vez mais se questiona a ostentação e o desperdício, destruir parte dos estoques para garantir mais lucros é um convite a críticas. “Um absurdo”, afirma Katherine Braun, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e especialista em moda. Ela relembra que o grupo Richemont, proprietário das marcas Montblanc e Cartier, “redirecionou” cerca de 500 milhões de euros R$ 2,1 bilhões) em estoque excedente nos últimos dois anos. Nesse caso, parte dos itens foi reciclado, mas muito do material acabou destruído. Não é de estranhar que o bilionário sul-africano Johann Rupert, principal acionista do grupo Richemont tenha declarado. anos atrás, que a desigualdade social o perturba a ponto de ele não dormir tranquilo. Suas práticas comerciais são mesmo capazes de tirar o sono de qualquer um.

Luxo no lixo.2

GESTÃO E CARREIRA

CONSÓRCIO DE FRANQUIA

Sistema de crédito chega ao franchising e oferece planos com valores mensais a partir de R$ 1,3 mil. Modalidade ainda recente no Brasil é alternativa para quem não conta com dinheiro em caixa para fazer investimento inicial.

Consórcio de franquias

O Sistema de Consórcios fechou o primeiro semestre de 2018 com vendas de 1,22 milhão de novas cotas, o que representa R$ 48.3 bilhões em créditos contratados. Os dados são da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

Quando a comparação é feita com os mesmos seis meses de 2017, as adesões cresceram 10,9% sobre o 1.1 milhão do ano passado, enquanto os negócios aumentaram 10% em relação aos R$43.92 bilhões do mesmo período. Os números comprovam que a opção por compras de bens por meio de grupos se manteve firme mesmo em meio a economia estagnada.

A modalidade é, segundo a Abac, mais usada por quem busca carros leves, seguidos de motos e imóveis. Entram na lista ainda veículos pesados como caminhões e carretas, seguidos de serviços e eletroeletrônicos.

Mas não pense que os consórcios ficam restritos a isso. O franchising também está começando a apostar na expansão de redes por meio do formato.

PIONEIRA

A Ótris, rede especializada em recuperação de créditos para pequenas e médias empresas, lançou em 2018, por meio da Ótris Consórcio, o primeiro consórcio destinado ao franchising no País. O novo produto, criado em parceria com a Loja de Franquia, recebeu o nome de Ótris/VKN.

O Consórcio Ótris/VKN possuía autorização do Banco Central. Trata-se de um financiamento isento de juros, Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) e Taxa de Abertura de Crédito (TAC). “O dinheiro a ser emprestado ao contemplado vem dos recursos arrecadados pelos próprios integrantes do Grupo Consorciado, por se tratar de um autofinanciamento cuja arrecadação é similar ao consórcio de poupança, não por haver juros nem impostos”, explica o fundador da Ótris, Caio Katayama.

O empresário revela que a administradora fica somente com a taxa de franquia, o que corresponde a 0,30% por mês linear, e não ao mês como os bancos costumam cobrar em seus financiamentos.

Cada um dos grupos com duração de 80 meses conta com 300 participantes. As cotas variam de R$80 mil a R$ 160 mil. Cada membro pode pagar uma mensalidade a partir de R$ 1,3 mil, dependendo do valor da carta de crédito que escolher. Além disso, também serão realizados sorteios mensais, com lances fixos de 30% ou livre com o objetivo de contemplar antecipadamente os membros do grupo de acordo com as regras do Banco Central do Brasil (Bacen), o consorciado contemplado pode comprar além dos modelos da Ótris Franquias, mais 84 opções de marcas que a Loja de franquia representa, de acordo com o valor de crédito da sua contemplação, esclarece Katayama. Entram na lista franquias dos setores de alimentação, automotivo, educação e saúde.

OS PASSOS

Após o consorciado ter a contemplação aprovada, ele deve escolher um modelo de franquia para verificar se o perfil será aprovado pelo franqueador. Na sequência, a partir de uma cópia da Circular de Oferta (COF) e contrato de franquia acompanhado do termo de autorização do franqueado, o franqueador deve emitir uma nota fiscal da Taxa de Franquia. “Com as altas taxas de juros e garantias acima de 100%, impostos pelos bancos, muitos investidores têm dificuldades de crédito, e o consórcio atende muito bem para quem não tem pressa para empreender“, pontua o executivo da marca.

O QUE DIZ A LEI

Mas não adianta se empolgar e agir por impulso. É preciso buscar informação para não se decepcionar. O sócio da Guirão Advogados, Moacir Guirão Junior, diz que para a elaboração de um contrato que indique de forma transparente os direitos – e deveres a serem seguidos, é muito importante que o interessado considere pontos, como descrição do serviço, preço e critério aplicável para a sua atualização, obrigações financeiras do consorciado, condições para concorrer à contemplação, informações sobre as condições para o recebimento da restituição dos valores pagos pelos participantes excluídos, garantias exigidas do consorciado para a aquisição do bem ou serviço e periodicidade de realização da assembleia geral ordinária.

A principal garantia jurídica de um consórcio é a autorização pelo Banco para funcionamento e o contrato escrito e assinado pelas partes interessadas. “Por se tratar de um “investimento”, não há como apresentar mais garantias de que ao final do pagamento”, ou após a contemplação, o consorciado realizar o resgate total do valor contratado”, explica Guirão.

Outra preocupação por parte dos consorciados é o fato de uma eventual “quebra” do grupo, o que deixaria os participantes no prejuízo. Guirão afirma que não existem mecanismos que garantam a saúde financeira do grupo. “Como em qualquer outra prática financeira que envolve cliente e prestador de serviços, o que há são leis específicas, criadas com o objetivo de promover respaldo jurídico quando identificada alguma ação que não esteja em conformidade com contrato, como a execução de uma cobrança indevida ou o não cumprimento de prazos quando da contemplação, entre outras situações”, explica o especialista.

 CERTIFIQUE-SE

Diante desse cenário, o melhor a se fazer é cercar-se de cuidados. Sempre faça uma pesquisa junto ao BACEN para verificar se o número de autorização apresentado pela empresa que comercializa o consórcio é real. Lembre-se de que esta precisa estar cadastrada e autorizada a operar.

Guirão reforça para que as pessoas fiquem atentas a todas as cláusulas, em especial aquelas que constam em letras pequenas. Outra orientação é quanto a leis ou resoluções apresentadas de forma não muito clara. Tudo deve ser esclarecido antes da assinatura. Vale, também, pesquisar se tais informações fazem sentido.

A lista de cuidados inclui ainda, uma boa e detalhada pesquisa junto ao órgão de Defesa do Consumido, para verificar se há reclamações por má gestão do fundo do consórcio em nome da empresa.

Mais uma dica útil é priorizar o pagamento das contribuições via boletos. “Nunca efetue depósitos de dinheiro ou cheques em contas que não sejam vinculadas à empresa que administra o consórcio”, comenta o advogado.

Em hipótese alguma adquira consórcio em que a operação não esteja autorizada pelo Banco Central, ou que seja alguma operação indicada como “pirâmide”. O risco é muito grande nesse tipo de situação. “O sistema de pirâmide é uma prática em que os envolvidos são levados por grupos de amigos ou de ‘empreendedores’ em que, na maioria da vezes, são oferecidas oportunidades de altos ganhos financeiros em um curto período, mediante investimento e indicação de novos participantes”, explica Guirão que complementa: “Mas cuidado, pois trata-se de um crime contra a economia popular”.

 CONSÓRCIO EM QUATRO PASSOS

1. Escolha uma administradora autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil que é a autoridade que normatiza e fiscaliza o Sistema de Consórcios no País;

2. Entre em contato com a empresa e verifique os planos disponíveis. Faça a adesão ao grupo que tiver os melhores prazos e valores para o seu bolso. E atenção: Antes de assinar o contrato, não se esqueça de ler atentamente todas as cláusulas.

3. Adesão confirmada, é hora de participar das Assembleias, que são as reuniões em que ocorre a distribuição dos créditos aos participantes. Os contemplados da vez são escolhidos por sorteio ou lance que nada mais é do que a antecipação de prestações.

4. Após ser contemplado, utilize seu crédito para adquirir o bem e lembre-se: com o consórcio você tem poder de compra à vista, podendo negociar descontos e muitas outras vantagens.

 Fonte: Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios.

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Número de unidades próprias: 2 • Número de unidades franqueadas: 22 • Investimento inicial: Micro franquia – R$ 87 mil e  Padrão –  RS120 mil • Taxa de franquia: R$ 40mil • Capital de giro: R$ 30mil • Royalties: R$ 200,00 fixo por cliente de assessoria • Taxa de publicidade: R$ 100,00 fixo por cliente de assessoria • Faturamento bruto: 50% em média dos valores recebidos mensalmente • Lucro líquido: de 20% a 30% por mês • Prazo de retorno do investimento: de 18 a 24 meses •  Contato para interessados na franquia: www.otrisfranquias.com.br

Consórcio de franquias.2.jpg 

SEIS ATITUDES ANTES DE ASSINAR UM CONTRATO DE CONSÓRCIO 

  • Leia atentamente as cláusulas do contrato para conhecer seus direitos e obrigações
  • Verifique se o valor do crédito e o prazo de duração do grupo constam no contrato.
  • Confira os percentuais de contribuições (taxa de administração e, se houver fundo de reservas e/ou seguro e as demais despesas que serão cobradas
  • Certifique-se quanto ao critério de correção do crédito que será aplicado pela administradora e às garantias que você deverá fornecer para retirar o bem ao ser contemplado.
  • Verifique as regras de contemplação por sorteio e lance, a forma de antecipação de pagamento de prestações, a possibilidade de optar por crédito de menor ou maior valor antes da contemplação.
  • Certifique-se de que aquilo que foi prometido, em propaganda ou pelo vendedor, consta do contrato. Desconsidere promessas verbais; todos os direitos e obrigações do consorciado devem estar estabelecidos no contrato.

Fonte: Associação Brasileira de Administração de Consórcios.

 

 

ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 10: 39-42

Alimento diário

Cristo se retira para além do Jordão

Aqui temos o resultado da conversa com os judeus. Poderíamos pensar que ela os tivesse convencido e der­ retido, mas seus corações estavam insensíveis e endurecidos. Aqui lemos:

I – Como eles o atacaram pela força. “Procuravam, pois, prendê-lo outra vez”, v. 39. Portanto:

1. Por ter Ele respondido completamente à sua acusação de blasfêmia, e ter eliminado esta imputação, de modo que eles não podiam, por vergonha, prosseguir nas suas tentativas de apedrejá-lo, eles procuraram prendê-lo e processá-lo como um ofensor contra o estado. Quando foram obrigados a abandonar seu intento por um tumulto popular, ainda tentaram fazer o que puderam, sob o pretexto de um processo legal. Veja Apocalipse 12.13. Ou:

2.  Por ter Ele perseverado no mesmo testemunho a seu próprio respeito, eles persistiram na sua maldade contra Ele. O Senhor Jesus disse outra vez aquilo que tinha dito anteriormente, pois a testemunha fiel nunca se afasta daquilo que disse antes. Portanto, sentindo a mesma provocação, eles expressam o mesmo ressentimento, e justificam sua tentativa de apedrejá-lo com outra tentativa de prendê-lo. Tal é o temperamento de um espírito perseguidor, e tal é sua política, um conjunto de más obras com outro, para que o primeiro não ficasse, mas tenha seu prosseguimento

 

II – Como Ele os evitou, fugindo. Não com uma retirada inglória, na qual houvesse alguma fraqueza humana, mas uma retirada gloriosa, na qual havia muito poder divino. “Ele escapou de suas mãos”, não pela intercessão de algum amigo que o ajudasse, mas pela sua própria sabedoria, Ele se livrou deles. Ele jogou um véu sobre si mesmo, ou lançou uma névoa diante dos olhos deles, ou atou as mãos daqueles cujos corações Ele não converteu. Observe que nenhuma arma prosperará contra nosso Senhor Jesus, Salmos 2.4. Ele escapou, não porque tivesse medo de sofrer, mas porque sua hora ainda não era chegada. E aquele que sabia como livrar a si mesmo, sem dúvida sabe como livrar os santos da tentação, e produzir um caminho para que eles escapem.

 

III – O que Ele fez, nesta retirada: “Retirou-se outra vez para além do Jordão”, v. 40. O bispo da nossa alma veio, não para fixar-se em uma sede, mas para ir de lugar a lugar, fazendo o bem. Este grande benfeitor nunca saía do seu caminho, pois, onde quer que Ele fosse, havia trabalho a ser feito. Embora Jerusalém fosse a cidade real, Ele fez muitas visitas generosas ao campo, não somente à sua própria região, a Galileia, mas também a outras partes, até mesmo aquelas mais distantes além do Jordão. Observe:

1. Que acolhida Ele encontrou ali. Ele foi a uma parte isolada da nação, e ali ficou. Ali encontrou algum descanso e tranquilidade, que em Jerusalém não tinha podido encontrar. Observe que, embora os perseguidores possam expulsar a Cristo e ao seu Evangelho da sua própria cidade ou nação, não podem expulsá-los do mundo. Embora Jerusalém não tivesse se agregado, nem viesse a se agregar, ainda assim Cristo era glorioso, e sempre o será. A retirada de Jesus para além do Jordão era um símbolo da retirada do reino de Deus dos judeus, um reino que foi levado aos gentios. Cristo e seu Evangelho sempre encontraram melhor acolhida entre as pessoas simples do interior do que entre os sábios, os poderosos e os nobres, 1 Coríntios 1.26,27.

2. O sucesso que Ele teve ali. Ele não foi para lá simplesmente para sua própria segurança, mas para ali fazer o bem. E Ele decidiu ir para lá, onde João tinha primeiramente batizado (cap. 1.28), porque haveria ali algumas impressões do ministério e do batismo de João, as quais disporiam o povo a receber a Cristo e à sua dou­ trina, pois ainda não havia completado três anos desde que João batizava ali, e o próprio Cristo tinha sido batizado ali, em Betábara. Cristo foi para lá agora para ver quais frutos haveria de todos os esforços que João Batista tinha feito entre eles, e o que eles guardavam das coisas que tinham ouvido e recebido então. O evento, até certo ponto, correspondeu às expectativas, pois lemos:

(1). Que eles corriam até Ele em grandes grupos (v. 41): “Muitos iam ter com ele”. O retorno dos meios da graça a um lugar, depois de terem sido, durante algum tempo, interrompidos, comumente provoca uma grande agitação de sentimentos. Alguns pensam que Cristo decidiu permanecer em Betábara, sua casa de passagem, onde ficavam as balsas pelas quais eles cruzavam o rio Jordão, para que a confluência de pessoas ali pudesse lhe dar a oportunidade de ensinar a muitos que viessem para ouvi-lo. Muitas destas pessoa s dificilmente sairiam do seu percurso para ter uma oportunidade de ouvir a Palavra do Senhor. Assim, este ponto geográfico era bastante estratégico.

(2). Que eles faziam considerações que eram favoráveis ao Senhor, e procuravam argumentos para induzir outros a se aproximarem dele, tanto quanto Jerusalém procurava objeções contra Ele. Eles diziam, muito criteriosamente: “Na verdade, João não fez sinal algum, mas tudo quanto João disse deste era verdade”. Eles consideravam duas coisas, junto com as lembranças do que tinham visto e ouvido de João, e as comparavam com o ministério de Cristo.

[1] Que Cristo excedia, em muito, o poder de João Batista, pois João não tinha feito nenhum milagre, mas Jesus fazia muitos, do que era fácil deduzir que Jesus era maior que João. E, se João era um tão grande profeta, que grandeza teria, então, este Jesus! Cristo é mais bem conhecido e reconhecido por uma comparação com outros, que o coloca superlativam ente acima deles. Embora João tivesse vindo no espírito e no poder de Elias, ainda assim não realizou milagres, como Eli as tinha feito, para que as mentes das pessoas não fossem levadas a hesitar entre ele e Jesus. Por isto, a honra de realizar milagres estava reservada para Jesus como uma flor na sua coroa, para que pudesse haver uma demonstração visível e inegável de que, embora tivesse vindo depois de João, ainda assim tinha a preeminência sobre ele.

[2] Que Cristo correspondeu com exatidão ao testemunho de João Batista. João Batista não somente não realizou nenhum milagre, para não desviar as pessoas de Cristo, como disse muita coisa para dirigi-las a Cristo, e para entregá-las a Ele como seus aprendizes, e isto vinha agora às suas mentes: “Tudo quanto João disse deste era verdade”, que Ele seria o Cordeiro de Deus, que batizaria com o Espírito Santo e com fogo. João tinha dito grandes coisas sobre Jesus, o que tinha aumentado as expectativas do povo, de modo que eles não tinham tido zelo suficiente que os levasse até sua região, para procurá-lo, mas, quando Ele veio até a deles, e trouxe o Evangelho até suas portas, eles reconheceram que Ele era tão grandioso como João tinha dito que seria. Quando formos instruídos a respeito de Cristo, e viermos a conhecê-lo pela experiência, nós descobriremos que todas as coisas que as Escrituras dizem sobre Ele são verdadeiras, e, mais ainda, que a realidade excede o relato, 1 Reis 10.6,7. João Batista agora estava morto, mas ainda assim seus ouvintes se beneficiavam do que tinham ouvido anteriormente, e, comparando o que tinham ouvido então com o que viam agora. tiveram uma dupla vantagem. Pois, em primeiro lugar, eles foram confirmados na sua crença de que João era um profeta, que tinha predito tais coisas, e falado da eminência com que este Jesus iria chegar, embora seu início fosse tão humilde. Em segundo lugar, eles estavam preparados para crer que Jesus era o Cristo, em quem eles viam cumpridas todas aquelas coisas que João tinha predito. Com isto, vemos que o sucesso e a eficácia da palavra pregada não estão confinados à vida do pregador, nem expiram com o fim do seu fôlego de vida na terra, mas que aquilo que parecia ser uma água derramada ao chão pode, posteriormente, ser recolhido novamente. Veja Zacarias 1.5,6.

(3) Que muitos ali creram nele. Crendo que aquele que realizava tais milagres, e em quem se cumpriam todas as predições de João, era o que declarava sei; o Filho de Deus, eles se entregaram a Ele como seus discípulos, v. 42. Aqui, deve-se colocar ênfase:

(1] Sobre as pessoas que creram nele. Eram muitas. Enquanto aqueles que receberam e aceitaram sua doutrina em Jerusalém eram apenas as sobras da colheita, aqueles que creram nele na região além do Jordão foram uma colheita plena para Ele.

[2] Sobre o lugar onde isto aconteceu. Foi no lugar onde João tinha primeiramente pregado e batiza­ do, e tinha tido grande sucesso. Ali muitos creram no Senhor Jesus. A pregação da doutrina de reconciliação e da graça do Evangelho tem grande possibilidade de ser próspera onde a pregação da doutrina do arrependimento teve o sucesso desejado. Jesus não deixaria de ser aceitável onde João tinha sido aceitável. A trombeta de júbilo soará mais docemente aos ouvidos daqueles que, no dia da expiação, tiverem afligido suas almas por causa do pecado.

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