PSICOLOGIA ANALÍTICA

O ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA

Especialistas consideram que, assim como acontece com o autismo e a depressão, a psicose pode ter várias gradações. Pesquisadores argumentam que até a absoluta maioria das pessoas apresenta sintomas psicóticos em algum grau, ainda que mínimo – o que não é necessariamente um problema.

O espectro da esquizofrenia

É cada vez mais comum ouvir pessoas se queixarem de que se sentem deprimidas ou ansiosas, mesmo que os sintomas não sejam debilitantes a ponto de comprometer a rotina. Também não é raro que numa conversa com amigos alguém comente que tem “um pouco” de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Fica claro que intuitivamente muitos acreditam que doenças mentais têm um espectro que varia de manifestações leves a graves. A maioria, porém, não sabe o que é ter alucinações (ver ou ouvir coisas que não existem) ou ter delírios, noções e lógicas persistentes, até bastante elaboradas, que não correspondem à realidade. Ainda assim, muitas vezes a psicose é vista como se não tivesse nuances: um indivíduo é psicótico ou não.

No entanto. as evidências de que talvez não haja uma clara linha divisória têm se tornado cada vez mais consistentes. Não é de hoje que psiquiatras debatem se a psicose está num espectro. Pesquisadores investigam essa questão por mais de uma década. Uma meta-análise feita pelo psiquiatra Jim van Os, pesquisador da Universidade Maastricht na Holanda, e pelo psicólogo Richard Linscott, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, combinou dados existentes e encontrou prevalência de 7.2% de alucinações e delírios na população geral – um número muito mais elevado do que 0.4% de diagnósticos de esquizofrenia encontrado em pesquisas recentes.

O estudo epidemiológico mais abrangente de experiências psicóticas até hoje, publicado há alguns meses no periódico cientifico JAMA Psychiatry, oferece aos pesquisadores uma imagem ainda mais detalhada do número de pessoas que apresentam essas experiências e da frequência em que ocorrem. Os resultados indicam fortemente um espectro. O tratamento-padrão para episódios psicóticos talvez precise ser revisto.

Cientistas liderados pelo psiquiatra John McGrath, da Universidade de Queensland, na Austrália, analisaram dados das Pesquisas Mundiais de Saúde Mental (WMH, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS), um conjunto de estudos comunitários com 31.261 adultos de 18 países. Depois de excluírem experiências provocadas por drogas ou sono, os cientistas chegaram à conclusão de que 6% dos entrevistados tiveram experiências psicóticas. Dois terços dessas pessoas passaram apenas por um episódio, sendo as alucinações quatro vezes mais comuns do que os delírios.

As experiências psicóticas eram tipicamente raras: 32% dos indivíduos tiveram apenas um único episódio e outros 32%, de 2 a 5. O outro terço relatou entre seis e mais de 100. Ter mais de um tipo de experiência foi associado com ter mais no total. Essas pessoas não procuraram ajuda e não haviam sido diagnosticadas com um transtorno psicótico. “A maioria passa apenas por episódios fugazes e esporádicos. mas há um subgrupo com ocorrências frequentes e persistentes, diz McGrath.

Os resultados sugerem que a psicose está num espectro, embora ainda não se saiba se é distribuída de forma contínua em toda a população. Todos temos um pouco de esquizofrenia em nós ou alguns têm e outros não?”. pergunta Linscott. Não é fácil responder. Aquilo que é considerado alucinação pode ser algo difícil de delinear. Além disso, mesmo os testes elaborados de forma mais cuidadosa podem estar abertos a interpretação. Talvez o que vemos nas margens sejam essas sutilezas devido à linguagem utilizada nas perguntas, diz ele.

As experiências psicóticas foram ligeiramente mais comuns em mulheres (6.6%) do que em homens (5%), apesar de a esquizofrenia plena ser mais prevalente no sexo masculino. Além disso. os episódios psicóticos foram mais prevalentes entre pessoas que viviam em países de média e alta renda (7,2% e 6.8 %, respectivamente) do que nos de baixa (3.2%). Estar desempregado, solteiro ou ser de uma família relativamente pobre também foi associado com maiores taxas de alucinações e delírios. Aspectos socioeconômicos e ambientais como o estresse são conhecidos fatores de risco para a esquizofrenia.

“Vivências psicóticas podem ser marcadores de estresse psicológico geral: podem surgir na depressão, nos transtornos de ansiedade etc.”, argumenta McGrath. Costumam ocorrer também em pessoas saudáveis, e, em última instância, o objetivo talvez seja descobrir o que determina o porquê de alguns serem pouco afetados enquanto outros sofrem gravemente. Responder a essa pergunta poderia ter consequências importantes para ajudar pessoas em dificuldades.

O tratamento seria muito diferente para um indivíduo cujas experiências psicóticas estão relacionadas com transtornos depressivos, de ansiedade ou com um momento de estresse agudo, em comparação com alguém que demonstra os primeiros sinais de esquizofrenia. O fato de que a psicose pode estar num espectro também ajuda a aliviar o estigma associado ao diagnóstico de esquizofrenia. Isso seria um enorme benefício para as pessoas que experimentam os sintomas, leves ou graves.

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QUAL A DIFERENÇA ENTRE ALUCINAÇÃO E DELÍRIO?

As alucinações estão associadas aos sentidos (podem ser olfativas, gustativas, auditivas, táteis e visuais). Alucina-se com fenômenos existentes que aparecem mesclados (por exemplo, um elefante que canta; tanto a música quanto o animal existem, mas a combinação da cena é irreal). Já o delírio não depende dos nossos sentidos, mas sim de um estímulo externo real que é interpretado de forma errada, trata-se de um a interpretação equivocada da realidade. Ou seja, o que diferencia alucinação e delírio é que no primeiro caso não há fenômeno ou estímulo externo, enquanto no segundo algo externo é percebido de maneira deformada e enganosa.

 O espectro da esquizofrenia.3

PODE FAZER BEM?

Jane não foi diagnosticada com esquizofrenia, mas tem alucinações há alguns anos. Nessas situações, Marcos, seu primeiro namorado, ainda na adolescência, lhe oferece conselhos. “Eu o sinto no cômodo onde estou, em geral de pé, atrás de mim”, conta. ” Ele foi meu primeiro amor, perdemos completamente o contato, mas ele me guia desde que meus delírios começaram a tomar forma definitiva.

Eu o vejo pelos cantos dos olhos e ele me diz para confiar em minhas capacidades.” Foram as palavras de Marcos que tranquilizaram Jane quando ela decidiu se mudar da casa onde vivia e investir na carreira profissional que sempre desejou. Jane, hoje com 32 anos, pediu que não usássemos seu nome real para se preservar, mas concordou em falar sobre suas alucinações, que considera benignas.

Ela sabe que ele é uma parte de si mesma que ela procura quando precisa de orientação. Jane acredita que as experiências da infância e os problemas de saúde mental de sua mãe a predispuseram à psicose – o que não é uma grande surpresa, considerando o componente genético envolvido no transtorno. Um estudo do ano passado associa fortemente 108 regiões genéticas com a esquizofrenia. Segundo Jane, anos de psicoterapia lhe trouxeram tranquilidade para lidar com a situação e a certeza de que o conteúdo de suas experiências está relacionado com a falta de capacidade dos pais de lhe oferecer o afeto de que necessitava durante a infância. Jane acredita que a forma que encontrou para internalizar sua própria rede de apoio foi por meio das alucinações. “Foi a forma que encontrei para me cuidar”, diz. “Talvez um dia essa ‘parte boa’ que me aconselha possa estar tão integrada à minha personalidade que não precise mais vê-la fora de mim, mas o que sei hoje é que encontrar sentidos para o que sinto e vejo foi uma grande conquista em minha vida.”

OUTROS OLHARES

QUESTÃO DE ESCOLHA

O smartphone tem se tornado um aliado e tanto de pequenos empreendedores que precisam de agilidade e organização na gestão da empresa. Especialistas ajudam a entender que tipo de avaliação deve ser feita antes de comprar e quais são as opções mais indicadas atualmente.

Questão de escolha

O número impressiona: o Brasil tem cerca de 235,7 milhões de linhas de celular ativas. Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações e confirmam o que muita gente já sabe: o brasileiro não desgruda os dedos e os olhos dos smartphones. É tanta gente preocupada com a vida on-line que os aparelhos, hoje, são vistos como uma extensão do corpo das pessoas. Se na vida particular é assim, imaginem na profissional!

O smartphone facilita a realização de tarefas e cria um leque de novas possibilidades. Todos os grandes bancos permitem pagamentos on-line, transferências bancárias e até mesmo empréstimos utilizando somente o smartphone, fazendo com que o pequeno empreendedor economize tempo e ganhe agilidade.

Além disso, a facilidade de comunicação é enorme.  Pode-se responder e enviar e-mails rapidamente e ainda ter acesso a diversas redes sociais e a outros aplicativos de comunicação em massa que podem auxiliar no marketing digital da empresa. “É possível até mesmo realizar o monitoramento das atividades e administrar todo o negócio remotamente, através de por exemplo, um conjunto de câmeras e sistemas web, pontua o membro da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) Marcelo Anderson Batista dos Santos.

QUESTÃO DE SEGURANÇA

Atualmente, para um pequeno empreendedor, ou para o inundo empresarial de forma geral, é necessário que o smartphone utilizado pela empresa ofereça máxima segurança para que não haja desvio de informações. “Há alguns anos, a BlackBerry era a marca que mais oferecia segurança no mundo. Já hoje temos lado a lado, e ouso dizer até melhor, a Apple como a marca mais segura”, opina o técnico em smartphone da Suporte Smart, Junior Gromoski.

O PESO DA TRADIÇÃO

Além da segurança. Gromoski acredita que, hoje, o IPhone é o principal aparelho usado por quem, no começo dos anos 2000, tinha como alvo os aparelhos, Palm. “0 Palm de 2018 vem em formato de maçã. Defendemos a Apple como uma marca completa, por isso se você deseja ter um verdadeiro assistente virtual para facilitar sua vida corporativa, adquira um aparelho Apple”, defende o especialista.

Para quem não se lembra, o nome Palm foi um grande sucesso no ambiente corporativo na era pré- IPhone e Android. A empresa Palm Pilot foi quem produziu o primeiro PDA (Assistentes Pessoais Digitais) que realmente ganhou popularidade em diversas empresas. Com o surgimento de smartphones com o sistema operacional Android e o próprio IPhone da Apple, tivemos o declínio da era Palm e seu fim em meados de 2011, recorda Marcelo Anderson Batista dos Santos, da SBC.

Santos afirma que existem rumores que neste ano a empresa chinesa de comunicação TCL lançará um novo dispositivo Palm. A TCL adquiriu os direitos da marca Palm em 2015, o sistema operacional adotado para o novo Palm deve ser o Android. “Resta saber como o mercado lidará com os novos Palms e como será seu desempenho”, comenta.

Atualmente o mercado de smartphones possui diversas marcas com dezenas de modelos que brigam pela liderança do mercado. A Apple e a Samsung são as duas empresas que mais venderam smartphones no mundo em 2017. As duas empresas hoje lutam pelo rótulo de melhor smartphone do mercado com o IPhone X e o Samsung Galaxy.

PREÇO NA BALANÇA

Um bom smartphone para o pequeno empreendedor pode variar entre RS1 mil e RS 4 mil, de pendendo do perfil do usuário e da necessidade da empresa. E esse preço é composto por uma série de itens que inclui desde a mão de obra de trabalhadores das várias fases de produção, transporte e comercialização dos equipamentos até os impostos e o lucro de fabricantes, transportadoras e lojas. “O custo dos itens que compõem o aparelho, como processadores, câmeras, telas, material de acabamento e absolutamente tudo que é combinado para dar forma e vida a um dispositivo portátil, incidem no preço final que o consumidor vai pagar, enumera o gerente de novos projetos do Grupo PLL, Cléber Gomes.

Os fabricantes de smartphone estão sempre tentando incluir novos recursos para diferenciar seu produto no mercado e obter alguma vantagem competitiva sobre seu concorrente. No entanto, algumas dessas invenções encarecem o preço final do produto e possuem pouca utilidade. Marcelo Anderson Batista dos Santos, da SBC, exemplifica com a batalha pela melhor tela em relação a sua resolução. “Os smartphones de ponta possuem resoluções superiores à televisores com resolução Full HD. Uma densidade de pixels tão alta em dispositivos tão pequenos é algo que torna esses smartphones relativamente mais caros, explica.

Podemos citar ainda os smartphones modulares. A Motorola oferece hoje a linha Moto Z, que possui vários módulos que podem ser comprados separadamente, permitindo ao aparelho ter novas funções possíveis, por exemplo, comprar um módulo de projeção (Snap Moto Insta-Share Projector), que custa em torno de mil reais, apenas o módulo. Na prática, os módulos são caros e ainda buscam uma maior absorção do mercado e uma maior utilidade.

QUESTÃO DE PLANO

Segundo o último levantamento da Anatel – com dados do primeiro quadrimestre de 2018 – a quantidade de linhas no formato pré-pago ainda supera a dos planos Controle e Pós-pago. São 61.6% de linhas mantidas por meio de recargas antes do uso, mas esse número já foi maior.  Em 2015, era 71.5%. Vários fatores contribuíram para isso, entre eles, a oferta de planos com preços acessíveis e com bom pacote de dados. Outro motivo é o fato de empreendedores de pequeno porte unificarem as linhas particular e corporativa por meio de planos empresariais.

Ainda falando em planos, uma estratégia adotada pelas operadoras brasileiras é atrelar uma carência mínima de permanência no plano quando o aparelho é comprado com desconto diretamente na empresa.

Cleber Gomes, do Grupo PLL defende o oposto, ou seja, a compra de aparelhos desbloqueados e livre de carência com a operadora. “O recomendável é a compra de um aparelho desbloqueado para que o usuário possa avaliar e optar pela operadora que lhe seja mais conveniente na questão de serviços e preços,” diz o especialista que complementa: o usuário pode avaliar em uma viagem se o sinal para ligações funciona adequadamente ou se a internet consegue atendê-lo em várias regiões. Caso não atenda, o cliente pode mudar de operadora e não ficar ‘amarrado’ a apenas um prestador de serviços”.

Operadoras, geralmente superestimam os preços dos smartphones. Em alguns casos, é possível encontrar o mesmo aparelho em grandes sites de vendas na Internet por até 50% do preço ofertado por uma operadora.

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Questão de escolha.5

 

Questão de escolha.3

 

 

GESTÃO E CARREIRA

CELEBRAR É IMPORTANTE

Celebrar é importante

Deixando um pouco de lado as tradicionais festas comemorativas de final de ano, não parece estranho que tenhamos vergonha de celebrar nossas vitórias e nossas conquistas? Muitos brasileiros ainda pensam que comemorar e celebrar as conquistas os tornam pessoas arrogantes ou que ”dá azar”. Considero importante compreender que a festa mesmo, pra valer, acontece no dia a dia, sem data especial no calendário, quando há os verdadeiros motivos para celebrar.

O ciclo da vida das empresas passa por uma infinidade de realizações, como superação de metas, a criação de produtos, a descoberta de novos mercados, a conquista de novos clientes, a conclusão de um projeto e uma gama de conquistas que merecem ser celebradas!

Então, por que será que é muito mais fácil criticar o que deu errado do que celebrar as vitórias? Quando o ambiente está sob controle, e tudo dando certo, costuma-se dizer “não é nada mais do que obrigação dos colaboradores. Mas se algo não saiu como deveria, apontam-se os culpados e os crucificam. É preciso, sim, celebrar e compartilhar todas as alegrias e realizações, não só entre as equipes, mas pelo reconhecimento da importância que cada um representa para a organização, apoiando, estimulando e premiando a colaboração em cada etapa superada, não apenas através dos benefícios formais, como também com uma palavra de incentivo, um abraço, um aperto de mão, olho no olho. São pequenos gestos na sua essência, mas grandiosos no resultado que eles podem proporcionar.

Celebrar é compartilhar alegrias e vitórias a cada ciclo na empresa. Não precisa ser grandes alegrias e vitórias – até porque estas não têm tamanho, peso nem altura. Ou são ou não são. Se são, devem ser celebradas.

Você celebra quando manifesta claramente que reconhece a importância ou a qualidade de um colega. Talvez poucas formas de celebração sejam tão poderosas e gratificantes quanto o reconhecimento por um trabalho bem feito, uma ação meritória ou uma atitude digna.

Mais que importante, a celebração é vital para o processo. Serve para confirmar o valor de cada passo concluído. Trata-se, portanto, de valorizar a viagem, e não apenas a chegada ao porto onde se deseja ancorar.

Um elogio, um abraço, um gesto carinhoso ou fraternal, um e-mail de agradecimento, um presente, um alegre telefonema inesperado. Esses exemplos de celebração que mostram uma particularidade que deveria entusiasmar as empresas a estimula-la entre seus colaboradores; pode ser feita a custo praticamente zero.

Já está provado que a produtividade e a criatividade são diretamente proporcionais à alegria das pessoas no trabalho e, portanto, as empresas saudáveis devem incluir em suas metas as celebrações, comemorações, exaltações ou qualquer outra palavra que venha representar esse gesto tão valioso.

Por falar nisso, você já celebrou algo importante hoje?

 

DANIELA DO LAGO – é especialista em comportamento no trabalho, mestre em administração de liderança e gestão de pessoas. Instagram: @danieladolago/Facebook: treinamentosdanieladolago/ http://www.danieladolago.com.br

ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 8: 38-47 – PARTE II

Alimento diário

As palavras de Cristo aos fariseus

III – Tendo, desta maneira, contestado seu parentesco, tanto com Abraão quanto com Deus, a seguir Ele lhes diz claramente de quem eles são filhos: “Vós tendes por pai ao diabo”, v. 44. Se eles não eram filhos de Deus, deviam ser do Diabo, pois Deus e Satanás dividem o mundo da humanidade. Por isto, diz-se que o Diabo opera nos filhos da desobediência, Efésios 2.2. Todas as pessoas pecadoras são filhas do Diabo, filhos de Belial (2 Coríntios 6.15), são a semente da serpente (Genesis 3.15), filhos do Maligno, Mateus 13.38. Eles compartilham da sua natureza, ostentam sua imagem, obedecem aos seus mandamentos, e seguem seu exemplo. Os idólatras “dizem ao pedaço de madeira: Tu és meu pai”, Jeremias 2.27. O fato de que alguns dos filhos dos homens, especialmente dos filhos da igreja, sejam chamados de filhos do Diabo é uma acusação muito forte, e soa muito rude e terrível, e nosso Salvador prova isto de maneira completa.

1. Com um argumento geral: “Quereis satisfazer os desejos de vosso pai”.

(1) “Vocês satisfazem os desejos do Diabo, os desejos que ele deseja que vocês satisfaçam. Vocês o agradam e satisfazem, e cedem à sua tentação, e são feitos cativos da sua vontade. Na verdade, vocês realizam aqueles desejos que o próprio Diabo satisfaz”. O Diabo tenta os homens aos desejos carnais e mundanos, mas, sendo um espírito, ele não consegue satis fazê-los por si só. Os desejos peculiares do Diabo são iniquidades espirituais; os desejos das forças intelectuais, e sua lógica corrupta; orgulho e inveja, e ira e maldade; a inimizade ao que é bom, e a atração de outros àquilo que é mau. Estes são desejos que o Diabo satisfaz, e aqueles que estão sob o domínio de tais desejos se assemelham ao Diabo, da mesma maneira como um filho é parecido com seu pai. Quanto mais contemplação, e artifício, e complacência secreta existir no pecado, mais ele se parecerá com os desejos do Diabo.

(2) Vocês querem satisfazer os desejos do Diabo. Quanto mais disposição existir nestes desejos, mais diabólicos serão. Quando o pecado é cometido por escolha, e não por surpresa, com prazer, e não com relutância, quando se persiste nele com uma ousada presunção e uma determinação desesperada, como a daqueles que diziam: ”Amo os estranhos e após eles andarei”, então o pecador realizará os desejos do Diabo. “Vocês se deleitam em realizar os desejos do seu pai”, segundo o Dr. Hammond. Eles estão escondidos sob a língua como algo doce.

1. Por dois exemplos em particular, nos quais eles . declaradamente se pareciam com o Diabo – matando e mentindo. O Diabo é um inimigo da vida (porque Deus é o Deus da vida, e a vida é a felicidade do homem), e um inimigo da verdade (porque Deus é o Deus da verdade, e a verdade é a obrigação da sociedade humana).

(1) “Ele foi homicida desde o princípio”, não do seu próprio princípio, pois ele foi criado como um anjo de luz, e tinha tido um estado inicial que era puro e bom, mas desde o início da sua apostasia, que aconteceu pouco depois da criação do homem. Ele era homicida, um assassino.

[1] Ele odiava os homens, e com esta disposição, era um assassino de homens. A origem do seu nome, Satanás, é ódio. Ele denegriu a imagem de Deus no homem, invejou sua felicidade, e desejou ardentemente sua ruína. Ele é um inimigo declarado de toda a raça humana.

[2] Foi ele quem tentou o homem àquele pecado que trouxe a morte ao mundo, sendo assim o assassino de toda a humanidade, da qual Adão era apenas um líder. Ele foi um assassino de almas, enganou-as, levando-as ao pecado, e com isto as matou (Romanos 7.11), envenenou o homem com a desobediência, e, para piorar as coisas, fez dele seu próprio assassino. Assim ele era, não somente no princípio, mas desde o princípio, o que sugere que assim ele tinha sido desde então. Tal como ele começou, assim continua sendo, o assassino dos homens, com suas tentações. O grande tentador é o grande destruidor. Os judeus chamavam o Diabo de anjo da morte.

[3] Ele foi o primeiro impulso no primeiro assassinato, cometido por Caim, que era do maligno e matou a seu irmão, 1 João 3.12. Se o Diabo não tivesse agido tão fortemente na vida de Caim, este não poderia ter cometido um ato tão antinatural, como matar seu próprio irmão. Tendo Caim assassinado seu irmão, por instigação do Diabo, o Diabo é chamado de assassino, o que não diminui a culpa pessoal de Caim, mas aumenta a do Diabo, cujos tormentos, nós temos razão para pensar, serão maiores, quando chegar a hora, por toda a maldade a que ele atrai os homens. Veja como temos razões para aumentar nossa guarda “contra as astutas ciladas do diabo”, e nunca dar ouvidos a ele (pois ele é um assassino, e certamente deseja nos fazer mal, mesmo quando nos fala com gentilezas), e nos assombrarmos com o fato de que aquele que é o assassino dos filhos dos homens ainda esteja, pelo seu próprio consentimento, dominando-os desta maneira. Estes judeus o seguiam, e eram assassinos, como ele; assassinos de almas, às quais conduziam, de olhos vendados, ao fosso, e as faziam filhas do inferno; inimigos declarados de Cristo, agora dispostos a ser seus traidores e assassinos, pela mesma razão pela qual Caim matou a Abel. Estes judeus eram aquela semente da serpente que iria ferir o calcanhar da Semente da mulher: “Agora, procurais matar-me a mim”.

(2) Ele foi um mentiroso. Uma mentira se opõe à verdade (1 João 2.21), e assim, de uma maneira muito própria, o Diabo aqui é descrito como sendo:

[1] Inimigo da verdade, e, portanto, de Cristo. Em primeiro lugar, ele desertou da verdade. Ele “não se firmou na verdade”, não continuou na pureza e retidão da sua natureza, na qual ele tinha sido criado, mas abandonou este seu primeiro estado. Quando ele degenerou da bondade, ele se afastou da verdade, pois sua apostasia se baseava em uma mentira. Os anjos eram o exército do Senhor. Aqueles que caíram não foram fiéis ao seu comandante e soberano, eles não eram dignos de confiança, sendo acusados de loucura e deserção, Jó 4.18. Por verdade, aqui, podemos interpretar a vontade revelada de Deus a respeito da salvação do homem por Jesus Cristo, a verdade que Cristo agora pregava, e à qual os judeus se opunham. Assim, eles agiram como seu pai, o Diabo, que, vendo a honra colocada sobre a natureza humana, no primeiro Adão, e prevendo uma honra muito maior destinada ao segundo Adão, não desejou estar de acordo com aquele conselho de Deus, nem permanecer na verdade a res­ peito dele, mas, com um espírito de orgulho e inveja, dispôs-se a resistir a este, e a tentar frustrar seus desígnios. E a mesma coisa fizeram estes judeus, seus filhos e agentes. Em segundo lugar, ele está destituído da verdade: “Não há verdade nele”. Seu interesse no mundo é sustentado por mentiras e falsidades, e nele não existe verdade, nada em que se possa confiar, nem nele nem em nada que ele diga ou fale. As noções que ele propaga a respeito do bem e do mal são falsas e errôneas, suas provas são milagres falsos, suas tentações são todas trapaças. Ele tem grande conhecimento da verdade, mas, não tendo afeto por ela, ao contrário, sendo um inimigo contumaz dela, diz-se que “não há verdade nele”.

[2] Ele é amigo e patrono da mentira: “Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio”. Três coisas são aqui ditas a respeito do Diabo com referência ao peca­ do da mentira. Em primeiro lugar, que ele é um mentiroso. Seus oráculos são mentirosos, seus profetas são mentirosos, e as imagens nas quais ele é adorado são professoras de mentiras. Ele tentou nossos primeiros pais com uma mentira direta. Todas as suas tentações são realizadas por mentiras, chamando o mal de bem, e o bem de mal, e prometendo impunidade no pecado. Ele sabe que são mentiras, e as sugere com a intenção de enganai; e, desta maneira, destruir. Quando, agora, ele contradizia o Evangelho, pelos escribas e fariseus, era por meio de mentiras, e quando, posteriormente, ele o corrompeu, no “homem do pecado”, foi por meio de fortes enganos e uma mentira muito complicada. Em segundo lugar; que, quando ele “profere mentira, fala do que lhe é próprio”. É a própria expressão da sua língua, da sua, não de Deus. Seu Criador nunca a pôs nele. Quando os homens dizem uma mentira, eles a emprestam do Diabo, Satanás enche seus corações, para que mintam (Atos 5.3). Mas quando o Diabo diz uma mentira, seu modelo é criação sua, os motivos são seus, o que indica a profundidade desesperadora de iniquidade na qual estes espíritos apóstatas estão afundados. Assim como na sua primeira aposta­ sia eles não tiveram tentador, também sua iniquidade se deve unicamente a eles mesmos. Em terceiro lugar, que ele é o “pai da mentira”.

1. Ele é o pai de todas as mentiras, não apenas das mentiras que ele mesmo sugere, mas daquelas que são ditas pelos outros. Ele é o autor e criador de todas as mentiras. Quando os homens dizem mentiras, eles falam por ele, e como da sua boca. Originalmente, elas vêm dele, e têm sua imagem.

2. Ele é o pai de todos os mentirosos, assim podemos entender. Deus criou os homens com uma disposição à verdade. É coe­ rente com a razão e a luz natural, com a ordem das nossas faculdades e as leis da sociedade, que digamos a verdade. Mas o Diabo, o criador do pecado, o espírito que opera nos filhos da desobediência, corrompeu tanto a natureza do homem, que se diz que “alienam-se os ímpios desde a madre… proferindo mentiras” (Salmos 58.3). Ele os ensinou a tratar enganosamente com suas línguas, Romanos 3.13. Ele é o pai dos mentirosos, que os gerou, que os instruiu no caminho da mentira, a quem eles se assemelham e obedecem, e com quem todos os mentirosos terão sua sorte para sempre.

 

IV – Cristo, tendo, desta maneira, provado que todos os assassinos e todos os mentirosos são filhos do Diabo, espera que as consciências dos seus ouvintes digam: “Tu és este homem”. Mas Jesus vem, nos versículos seguintes, ajudá-los na aplicação desta verdade a si mesmos. Ele não os chama de mentirosos, mas lhes mostra que eles não eram amigos da verdade, e com isto se assemelhavam àquele que não se firmava na verdade, porque não há verdade nele. Ele os acusa de duas coisas:

1. De não crerem na palavra da verdade (v. 46).

(1) Isto pode ser interpretado de duas maneiras.

[1] “Embora Eu lhes diga a verdade, ainda assim vocês não creem em mim, que eu faça isto”. Embora Ele desse provas abundantes de que foi designado por Deus, o Pai, e do seu afeto pelos filhos dos homens, ainda assim eles não queriam crer que Ele lhes dizia a verdade. ‘½. verdade anda tropeçando pelas ruas”, Isaías 69.14,16. As maiores verdades, em alguns, não tinham a menor credibilidade, pois eles “se opõem à luz”, Jó 24.13. Ou:

[2] “Por Eu vos dizer a verdade”, assim podemos entender, “por isso ‘não me credes”‘. Eles não queriam aceitá-lo, nem recebê-lo como um profeta, porque Ele lhes dizia algumas verdades desagradáveis que eles não queriam ouvir. Ele lhes dizia a verdade a respeito de si mesmos e da sua própria situação, mostrando-lhes seus rostos em um espelho que não os lisonjeava. Por isto, eles não queriam crer em nenhuma palavra que Ele dissesse. Miserável é a situação daqueles a quem a luz da verdade divina se torna um tormento.

(2) Agora, para lhes mostrar como a infidelidade que estavam demonstrando era irracional, Ele se permite explicar a questão, v. 46. Sendo eles contrários a Ele, alguém estava errado. Ou o Senhor estava errado, ou eles estavam errados. Portanto, é necessário fazer uma escolha. E é óbvio que o Senhor estava certo.

[1] Se Ele estava errado, por que não o convenciam? A falsidade dos falsos profetas era descoberta, fosse pela má inclinação das suas doutrinas (Deuteronômio 13.2), fosse pelo mau teor da sua conversa: “Por seus frutos os conhecereis”. “Mas”, diz Cristo, “quem dentre vós, vós do Sinédrio, que vos dedicais a julgar os profetas, “quem dentre vós me convence de pecado?” Eles o acusavam de alguns dos piores crimes – gula, embriaguez, blasfêmia, violação do sábado, aliança com Satanás, e outros. Mas suas acusações eram calúnias maliciosas e infundadas, e eram tais, que todos os que o conheciam sabiam que eram completamente falsas. Quando eles tinham feito o máximo de truques e artifícios, subornos e perjúrio, para provar que Ele havia cometido algum crime, o mesmo juiz que o condenou reconheceu que não achava nele crime algum. Ele os desafia a condená-lo por um pecado que é, em primeiro lugar, uma doutrina incoerente. Eles tinham ouvido seu testemunho. Poderiam eles mostrar nele alguma coisa absurda ou que não merecesse credibilidade, qualquer contradição, fosse dele mesmo ou das Escrituras, ou alguma deturpação das verdades ou dos costumes, insinuada pela sua doutrina?, cap. 18.20. Ou, em segundo lugar, um comportamento incoerente: “Qual de vocês pode, com razão, acusar-me de alguma coisa, em palavras ou atos, inconveniente a um profeta?” Veja a maravilhosa condescendência do nosso Senhor Jesus, que não exigiu nenhuma credibilidade além daquela que sustentasse suas exigências. Veja Jeremias 2.5,31; Miquéias 6.3. Com isto, os ministros podem aprender:

1. A andar de maneira extremamente circunspeta, para que seus mais rígidos observadores não tenham o poder de condená-los de pecado, para que o “ministério não seja censurado”. A única maneira de não ser acusado de pecado é não pecar.

2. A estar dispostos a aceitar um escrutínio. Embora estejamos confiantes, em muitas ocasiões, de que estamos certos, ainda assim devemos estar dispostos a avaliar se não estamos no erro. Veja Jó 6.24.

[2] Se eles estavam errados, por que não eram convencidos por Ele? “‘Se vos digo a verdade, por que não credes?’ Se não podeis me convencer de nenhum erro, deveis reconhecer que Eu digo a verdade. E por que não me dais crédito? Por que não lidais comigo com confiança?” Observe que se os homens apenas examinassem a razão da sua infidelidade, e examinassem o motivo pelo qual não creem naquilo que não conseguem contradizer, eles se encontrariam reduzidos a tais absurdos dos quais somente poderiam se envergonhar, pois ficaria patente que a razão pela qual não creem em Jesus Cristo é que não estão dispostos a se separar dos seus pecados, e renunciar a si mesmos, e servir a Deus fielmente, porque não são da religião cristã, não querem, na verdade, pertencer a nenhuma religião, e sua descrença no nosso Redentor se resume a uma rebelião declarada contra nosso Criador.

3. Outra acusação a eles é o fato de que não desejam ouvir as palavras de Deus (v. 47), o que mostra ainda mais o quanto era infundada sua reivindicação de parentesco com Deus. Aqui temos:

(1). A apresentação de uma doutrina: “Quem é de Deus escuta as palavras de Deus”. Isto é:

[1] Ele está disposto e pronto para ouvi-las, é sinceramente desejoso de conhecer qual é o pensamento de Deus, e alegremente aceita o que sabe que é tal pensamento. As palavras de Deus têm tal autoridade sobre todos os que são nascidos de Deus, e são tão agradáveis a eles, que eles anelam por elas, como o menino Samuel: “Fala, Senhor, porque o teu servo ouve”. Que venha a palavra do Senhor.

[2] Ele as apreende e discerne, ele as ouve para perceber a voz de Deus nelas, coisa que o homem natural não consegue fazer, 1 Coríntios 2.14. Aquele que é de Deus logo tem consciência das descobertas que faz a respeito dele, da proximidade do seu nome (Salmos 75.1), como os familiares conhecem os passos do seu senhor, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe (Lucas 12.36), como a ovelha distingue a voz do seu pastor da de um estranho, cap. 10.4,5; Cantares 2.8.

(2). A aplicação desta doutrina, para a condenação destes judeus incrédulos: “Por isso, vós não as escutais”. Isto é:”Vocês não prestam atenção às palavras de Deus, vocês não as entendem, não creem nelas, nem se preocupam em ouvi-las, porque não são de Deus. O fato de que vocês estejam surdos e mortos para a Palavra de Deus é uma evidência clara de que não são de Deus”. É na sua palavra que Deus se manifesta e está presente entre nós. Portanto, nós somos considerados bem ou mal influenciados pela sua palavra. Veja 2 Coríntios 4.4; 1 João 4.6. Ou, o fato de que não eram de Deus era o motivo pelo qual eles não ouviam de maneira benéfica as palavras de Deus, proferidas por Cristo. Eles não o compreendiam, e não criam nele, não porque as coisas em si mesmas fossem obscuras, ou porque lhes faltasse evidência, mas porque os ouvintes não eram de Deus, não tinham nascido de novo. Se a palavra do reino não produz frutos, a culpa deve ser atribuída ao solo, e não à semente, como fica claro na parábola do semeador. Mateus 13.3.

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