PSICOLOGIA ANALÍTICA

O CÉREBRO SE ACOSTUMA COM A DESONESTIDADE

Agir de forma honesta é um hábito, assim como o oposto. E, ao contrário do que durante muito tempo se acreditou, não é muito simples desmascarar mentirosos, pois, quanto mais acostumados à enganação, mais hábeis se tornam nessa atitude – especialmente se estão convencidos do que dizem.

O cérebro se acostuma com a desonestidade

Quando repetimos seguidamente uma ação, tendemos a nos aperfeiçoar nessa prática. Com mentiras a lógica é a mesma: faltar com a verdade com frequência nos torna mentirosos cada vez mais habilidosos – e constantes. Começamos com engodos mais “inocentes” e, aos poucos, eles abrem espaço para outros maiores. Do ponto de vista neurológico, o cérebro se familiariza com esse comportamento. Um estudo publicado no periódico Nature Neuroscience sobre uma pesquisa desenvolvida na Universidade College de Londres revelou uma conclusão inquietante: nós nos acostumamos à desonestidade e nossos julgamentos a respeito do que classificamos como certo e errado se tornam gradativamente mais elásticos.

Exames de ressonância magnética realizados enquanto voluntários eram convidados a mentir em variadas circunstâncias mostraram que as amígdalas (estruturas em forma de amêndoa que têm papel fundamental no processamento de emoções) passam a ser gradualmente menos ativadas à medida que se pratica a desonestidade com maior constância. E mentir se torna uma prática corriqueira, principalmente quando a pessoa acredita realmente na mentira que conta.

Em 1976, no prefácio de O gene egoísta (Companhia das Letras), do biólogo evolutivo britânico Richard Dawkins, seu colega Robert Trivers defendeu a ideia de que, ainda que não seja de forma planejada, nos auto- enganamos com o objetivo de ludibriar os outros. O objetivo seria criar uma espécie de vantagem social. Agora, após quatro décadas, Trivers e seus colegas publicaram a primeira pesquisa que sustenta sua tese.

Estudos feitos por psicólogos já haviam identificado vários mecanismos psíquicos que usamos para enganar a nós mesmos, como coleta de informações parciais, raciocínio distorcido e memórias tendenciosas ou encobridoras. Existem ainda as “lembranças encobridoras”, um termo cunhado por Freud, que se refere a recordações construídas, em geral agradáveis que se sobrepõem ao que de fato vivemos, com o objetivo de nos livrar da angústia que essa rememoração mais próxima da realidade evoca. O novo trabalho, publicado no periódico científico Journal of Economic Psychology, centra-se no primeiro item: a maneira como buscamos informações que suportem o que queremos crer e evitar o que não desejamos.

Em um experimento, Trivers e sua equipe pediram a 306 voluntários, que participavam online, que escrevessem um discurso persuasivo sobre um personagem de ficção, um homem chamado Mark. As pessoas foram informadas de que receberiam um bônus, dependendo de quão convincente fosse sua argumentação. Alguns foram instruídos a apresentar Mark como simpático; outros, orientados a descrevê-lo como desagradável e um terceiro grupo deveria escolher livremente o que preferiam escrever, segundo as próprias impressões. Para coletar informações sobre Mark, os participantes assistiram a uma série de vídeos curtos, que eles poderiam deixar de ver a qualquer momento. Para alguns dos espectadores, a maioria dos primeiros vídeos apresentou um Mark “bondoso”, reciclando o lixo e devolvendo uma carteira a um estranho que acabara de perdê-la. As cenas que apareciam na sequência apresentavam facetas pouco nobres, como com atitudes agressivas e superficialidade.

Os voluntários incentivados a apresentar Mark como uma boa pessoa tendiam a parar mais cedo de assistir aos vídeos, concentrando-se nas cenas agradáveis. Ou seja: não buscavam informações completas, desde que tivessem os dados necessários para convencer a si mesmos, e outros, dos traços positivos da personalidade de Mark. Consequentemente, as próprias opiniões sobre o personagem foram melhores, o que levou seus ensaios sobre a boa natureza do rapaz a serem mais convincentes, conforme avaliação de outros participantes. “Parece que, intuitivamente, compreendemos que é preciso, primeiro, acreditar em algo para só depois dissuadir as outras pessoas”, diz o psicólogo William von Hippel, da Universidade de Queensland, coautor do estudo. Em resumo, seguimos três etapas: processamos informações de forma tendenciosa, acreditamos nelas e nos empenhamos em convencer os outros de sua veracidade.

Na vida real, não costumamos ser orientados a dizer algo sobre determinado personagem, mas podemos debater uma ideia sobre política, a respeito de um projeto profissional ou de uma crença pessoal – e o mecanismo psicológico empregado nesses casos seria o mesmo, segundo os pesquisadores. Um dos tipos mais comuns de autoengano diz respeito a nossas próprias habilidades. Algumas abordagens da psicologia argumentam que evoluímos para superestimar nossas boas qualidades porque isso nos traz enorme satisfação – embora sentir-se bem, por si só, não tenha relação com a sobrevivência ou a reprodução. No entanto, aumentam as possibilidades de sermos aceitos nos grupos dos quais participamos. Além disso, o auto- aperfeiçoamento poderia aumentar a motivação, levando a maior realização. Talvez. Mas, se a motivação fosse a meta, então teríamos evoluído para sermos mais motivados – sem os custos da distorção da realidade.

Trivers argumenta que uma autoimagem positiva faz com que os outros nos vejam da mesma forma, atraindo o interesse de nossos semelhantes e atitudes mais cooperativas. Apoiando esse argumento, a psicóloga Cameron Anderson, da Universidade da Califórnia em Berkeley, mostrou em um estudo realizado em 2012 que pessoas superconfiantes tendem a ser vistas como mais competentes do que geralmente são e têm status social mais elevado. “Parece haver uma boa possibilidade de que o autoengano tenha evoluído com um propósito de nos trazer vantagens”, diz Anderson.

Em outro estudo, publicado no periódico Social Psychology and Personality Science, Von Hippel e colaboradores testaram três argumentos juntos, de forma longitudinal. Queriam saber se o excesso de confiança, por si só, aumenta a saúde mental, a motivação e a popularidade. Acompanhando quase mil jovens australianos durante dois anos, os pesquisadores descobriram que ao longo do tempo o excesso de confiança em relação ao desempenho nos esportes e na própria inteligência não garantiu melhores indicativos de saúde mental, desempenho físico ou acadêmico. No entanto, a autoconfiança em relação aos esportes causou maior popularidade ao longo do tempo, apoiando a ideia de que as percepções a respeito de si mesmo podem garantir vantagem social. Os autores acreditam que as habilidades intelectuais não tiveram tanto destaque no aumento de popularidade dos garotos porque entre adolescentes a inteligência pode ter importado menos do que o sucesso nos esportes.

RAZÕES PARA EVOLUIR

Por que teria levado tanto tempo para que surgissem comprovações científicas das hipóteses de Trivers? Em parte, porque a tese era substancialmente teórica. Além disso, o biólogo acredita que outros pesquisadores não consideraram a autoestima ou motivação razões suficientes para a evolução.

O cientista Hugo Mercier, pesquisador do Instituto de Ciências Cognitivas da França, que não esteve envolvido nos novos estudos, está familiarizado com a teoria, mas a questiona. Ele acredita que, a longo prazo, o excesso de confiança pode ser contraproducente. Mercier e outros também debatem se os preconceitos sobre si mesmo podem ser chamados de autoengano. “Todo o conceito é, pelo menos em parte, enganoso; não podemos pensar que haja uma parte de nós deliberadamente ludibriando outra parte”, argumenta. Trivers, Von Hippel e Anderson, obviamente, discordam de Mercier a respeito da terminologia do autoengano.

“Meu conselho maquiavélico é que sugestionar a si mesmo a respeito do que queremos provar para os outros é uma ferramenta poderosa, que realmente funciona”, diz Von Hippel. “Se você precisa convencer alguém de alguma coisa, se sua carreira ou sucesso social depende da persuasão, então a primeira pessoa que precisa ser convencida é você mesmo.” Por outro lado, sempre que alguém lhe apresenta uma ideia com veemência, vale a pena pensar sobre o que poderia estar por trás dessa atitude. Afinal, mesmo que a pessoa não esteja deliberadamente mentindo para você, pode estar enganando a si própria – e aos outros.

PARA DETECTAR UM MENTIROSO, MAIS VALE OUVIR DO QUE VER

Como podemos perceber se estamos diante de um mentiroso? Durante muito tempo, as pessoas acreditaram que podiam identificar um mentiroso por comportamentos ou sinais corporais – como coçar a cabeça com frequência; movimentar-se de forma agitada ou ficar com as faces coradas. No entanto, um grupo de pesquisadores coordenado pela psicóloga Bella M. DePaulo, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, garante que, em geral, as coisas não são tão simples. Há dez anos ela analisou resultados de 120 estudos sobre os sintomas físicos que acompanham mentiras – e concluiu que os estereótipos raramente são verdadeiros: mentirosos não escorregam nervosos na cadeira nem evitam o contato visual de seu interlocutor. Segundo a pesquisadora e seu colega Charles F. Bond, da Universidade Cristã do Texas, para a maioria das pessoas é realmente muito difícil discernir se uma declaração é verdadeira ou falsa. Em um trabalho mais recente, os dois cientistas revisaram 206 estudos sobre a cota de acertos em julgamentos sobre credibilidade. No total, apenas 54 desses julgamentos sobre a veracidade ou não de uma declaração estavam corretos, um valor estatisticamente pouco significativo – que talvez pudesse ter sido atingido também por meio de pura adivinhação. Mas convém levar em conta que, na média, os participantes dos experimentos reconheceram mais frequentemente afirmações verdadeiras do que mentiras. No entanto, há estratégias com as quais as enganações podem ser descobertas com alguma margem de segurança.

Tomando por base os estudos levantados por Bond e DePaulo, pesquisadores da mesma equipe compararam diversos canais sensoriais. Ao analisar os resultados dos exames, eles chegaram à conclusão de que sinais acústicos ajudam mais que os visuais na hora de reconhecer engodos. Nos experimentos, os voluntários podiam diferenciar de forma mais nítida as mentiras quando ouviam a declaração duvidosa com atenção, em vez de observar o falante, à procura de sinais reveladores. Se as pessoas assistiam a um vídeo sem som, a cota de acertos era apenas aqueles 50%, obtidos também por adivinhação. Mas se durante a exibição das imagens eram apresentadas as vozes correspondentes, a cota de acerto de seus julgamentos aumentava para 54%.

Mais uma vez, nada assombroso, mas de qualquer forma havia uma alteração estatística. O que de fato surpreendeu os pesquisadores foi o resultado não ser pior quando somente se apresentou o som sem imagem. Ou seja: quem se concentra apenas no comportamento não verbal reduz suas chances de desmascarar um mentiroso.

Aparentemente, nossos olhos se deixam enganar mais facilmente. Por isso, vale a pena prestar atenção principalmente no que uma pessoa diz, ficando alerta, por exemplo, para possíveis contradições.

Especialistas afirmam que os mentirosos contumazes são, em geral, pouco plausíveis e lógicos. Além disso, raramente admitem que tenham de corrigir sua descrição ou que não consigam se lembrar de algo – para “encobrir os brancos da memória”, eles simplesmente inventam informações. Se a pessoa ainda parece nervosa e fala em tom mais alto do que o de costume, então devemos ter cuidado: ela tem grandes possibilidades de estar mentindo. Os estudos avaliados por DePaulo e Bond revelaram também que vários participantes conseguiram reconhecer as declarações falsas de forma mais clara quando o mentiroso foi pego de surpresa e não teve tempo de planejar o que diria. Por isso, cobrar explicações imediatas pode desmascarar um provável mentiroso.

Para o psicólogo Aldert Vrij, pesquisador da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, uma boa estratégia é fazer a pessoa da qual desconfiamos que esteja mentindo falar o máximo possível. Nesse momento, ela precisa pensar rapidamente e corre o risco de contradizer-se. E, quanto mais ela falar, mais difícil será para ela controlar tanto o conteúdo do que diz quanto o próprio comportamento. Portanto, pedir que repita trechos do que foi dito também costuma ser eficaz para detectar brechas nos discursos. “Essa técnica de interrogatório, muito conhecida de romances e filmes policiais, revela-se, de fato, sensata”, observa Vrij.

OUTROS OLHARES

A PASSOS (MUITO) LENTOS

Apesar de avanços recentes, teocracias como a Arábia e o Irã continuam a negar direitos fundamentais às mulheres.

A passos (muito) lentos

TOTALITARISMO MASCULINO

Imagine dormir em um país livre e acordar na República de Gilead, um regime totalitário e teocrático com uma doutrina baseada no Velho Testamento, onde as mulheres – todas, em diferentes níveis – são submetidas aos caprichos de um homem. Trata-se de uma história de ficção, o mote da série The handmaid’s tale, inspirada no livro O conto da aia, de Margaret Atwood, publicado em 1986. Mas poderia ser o Irã, pós-Revolução Islâmica, a Nigéria, atormentada por extremistas do Boko Haram, ou a Arábia Saudita, sob o regime do poderoso príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.

Na ficção, as mulheres são divididas por castas: as “aias” servem os militares para procriação, o que torna o estupro permitido por lei. As “esposas”, embora estejam acima das aias, podem ser punidas pelos maridos, inclusive com agressões físicas. As “Marthas” são empregadas domésticas que só têm permissão para realizar suas tarefas dentro de casa. Antes da implantação do regime, eram médicas, advogadas, cientistas, usavam a roupa que queriam e eram livres para fazer o que bem entendessem. Agora, são obrigadas a vestir uniformes, de acordo com sua respectiva função, que não deixam qualquer parte do corpo à mostra.

Embora O conto da aia seja considerado uma distopia, seu roteiro é assustadoramente parecido com a Revolução Islâmica no Irã, que começou como um movimento popular em um dos países mais liberais da região e terminou com a criação da primeira república islâmica do mundo. Segundo o Código Civil iraniano, vigente de lá para cá, as mulheres precisam usar véu em público e não podem se maquiar. O estupro dentro do casamento e a violência doméstica não são reconhecidos como crimes.

Assim como na República de Gilead, autoridades iranianas vêm recorrendo à lei para tentar confinar as mulheres às funções de mãe e esposa. Quem deseja se divorciar precisa provar que padece de “sofrimentos insuportáveis”. Os homens, por sua vez, têm o direito de possuir ao menos duas esposas permanentes em matrimônios polígamos – e todas as outras que desejarem em casamentos temporários.

A passos (muito) lentos.3

Nesta semana, Mona Hoobeh Fekr e Samira Shimardi entraram para a história do jornalismo esportivo iraniano como as primeiras mulheres autorizadas a cobrir uma Copa do Mundo pelo país – mulheres são proibidas de assistir a jogos nos estádios dentro do Irã ou trabalhar neles, mas foram em grande número às arenas da Rússia. As imagens das iranianas assistindo aos jogos da seleção sem véu viralizaram nas redes.

Mas as semelhanças não se restringem ao Irã. No Iêmen, a lei obriga as mulheres a satisfazer seus maridos na cama, queiram elas ou não. Na Nigéria, o homem pode bater na mulher para “corrigi-la”.

Em um artigo publicado no jornal The New York Times, em março de 2017, Margaret Atwood, autora do livro que deu origem à série, explicou o nome da personagem principal. Offred é composto de um nome de batismo masculino, Fred – o comandante militar que “a possui” -, e um prefixo que denota “pertencente à”. Nesse caso, é impossível não se lembrar da Arábia Saudita, onde, apesar de mudanças recentes, as mulheres continuam sob a tutela de um homem – seja o pai, o marido ou até o próprio filho – para realizar tarefas como estudar ou ir ao médico.

No domingo, o país ganhou os holofotes com a esperada permissão para que as mulheres, enfim, dirijam veículos. No ano passado, elas já haviam conquistado o direito de frequentar estádios. As mudanças foram feitas pelo jovem príncipe herdeiro que assumiu o trono em junho de 2017.

A mudança, no entanto, tem sido acompanhada do aumento da repressão. Poucos dias depois, a polícia saudita prendeu a proeminente ativista de defesa dos direitos femininos Hatoon al- Fassi.

“A Arábia Saudita está dando um passo para a frente e dois para trás na implementação de reformas”, avaliou Dana Ahmed, ativista e representante da Anistia Internacional no país. Para ela, as autoridades não podem alegar que buscam mudanças quando fecham o espaço para o envolvimento da sociedade civil nessas reformas.

Segundo Ahmed, todos os ativistas independentes de direitos humanos da Arábia Saudita, assim como qualquer um que seja crítico às autoridades, foram detidos, forçados a permanecer em silêncio ou fugiram. “O fim da proibição de dirigir é um passo importante, mas deve ser seguido por novas reformas para acabar com o sistema de tutela masculina e todas as formas de discriminação contra as mulheres”, afirmou a representante da Anistia Internacional.

Por isso, para grande parte dos ativistas, as conquistas são insuficientes – ou soam hipócritas.

O novo príncipe tenta passar uma imagem de reformista no Ocidente, sendo saudado por presidentes como (o francês Emmanuel) Macron e (o americano Donald) Trump. Ao meu ver, no entanto, esse reformismo é bem marginal e uma clara tentativa de dar uma capa de um regime mais confiável ao país”, explicou Juliana Costa, professora de relações internacionais da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado. Em sua opinião, a situação das mulheres não mudou na Arábia Saudita.

A especialista afirmou ainda que os retrocessos não acontecem apenas em países onde religião e política se misturam: em nações africanas como Serra Leoa, costumes profundamente arraigados nas culturas locais permitem violações como a mutilação genital feminina – outra prática retratada na série.

“Cada país tem seu perigo para a mulher, por isso é muito complicado dizer onde ela estaria mais ou menos segura no mundo. No Brasil, por exemplo, o estupro vem aumentando”, disse Costa. Em sua avaliação, a política de imigração dos Estados Unidos, separando mães e filhos, é também um retrocesso em relação às mulheres.

Em países como a Síria ou a Nigéria há ainda outro monstro: o extremismo. Grupos como o Estado Islâmico ou o Boko Haram impõem a sharia, que permite o estupro, e obrigam ao uso da burca – traje islâmico que cobre todo o corpo e o rosto. As mulheres também não têm permissão para falar com um homem em público e são submetidas a agressões em casa. Assim como na República de Gilead.

A passos (muito) lentos.2

GESTÃO E CARREIRA

NOVAS FORMAS DE CRESCER NA CARREIRA

Almejar cargos do alto escalão é coisa do passado; o que fará a diferença profissional na era da empregabilidade é aumentar a própria capacidade de enfrentar desafios.

Novas formas de crescer na carreira

Vivemos uma fase de profundas transformações, tanto nos negócios quanto na sociedade. Ao mesmo tempo em que o século 21 impõe uma série de desafios, oferece intensas oportunidades. Cientes disso, as empresas compreenderam que é preciso mudar seus ambientes e repensar suas estruturas. Modelos tradicionais baseados em emprego de longo prazo, crescimento linear, plano de carreira e hierarquia serão, em breve, retratos de museu.

Muitas companhias ainda estão engatinhando na construção de um novo cenário, é verdade, mas passar por isso será inevitável. Por mais que esperemos por mudanças nas organizações, existe uma transformação fundamental nesse processo: o modelo mental do indivíduo. E a primeira questão para refletir é a visão do que é trabalho.

A antiga orientação de nossos pais de que é necessário lembrar para ter um bom emprego não serve mais. A atual deve ser: prepare-se para as oportunidades. Estamos na era da trabalhabilidade. Isso significa estar aberto para diferentes formas de atuação. O emprego formal é uma delas, mas não é a única. Como você enxerga, por exemplo, participar de um projeto temporário, ser voluntário, consultor ou empreendedor! Tudo isso conta muito na nova carreira.

Se você estiver numa organização que ainda opera no modo tradicional, há um segundo ponto na jornada de transformação de seu modelo mental: a forma como encara o crescimento no mundo corporativo. Quando analisamos as estruturas de trabalho de 30 anos atrás, tínhamos um número enorme de cargos e níveis. Isso foi tremendamente reduzido pelos ganhos com a tecnologia – e pela necessidade de competição.

As maiores companhias do mundo, hoje, não têm mais do que sete níveis hierárquicos. Isso mexeu bastante na forma de avançar profissionalmente. Não é mais possível pensar num alvo fixo, como um cargo de liderança. A nova meta de crescimento é flexível e visa aumentar a prontidão para novos desafios, realizando movimentações laterais ou integrando novos projetos. Desejar uma ascensão vertical, baseada em planos de carreira obsoletos, só vai gerar frustração.

Portanto, será fundamental estar aberto a novos formatos. O emprego formal não será extinto, mas está em rápida transformação. Precisamos nos preparar para alternativas de trabalho e de crescimento. O sucesso não será medido por cargos, e sim pela capacidade do indivíduo de contribuir para a evolução da companhia – e da sociedade.

 

RAFAEL SOUTO – é fundador e CEO da Consultoria Produtive, de São Paulo. Atua com planejamento e gestão de carreira, programas de demissão responsável e de aposentadoria.

ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 6: 60-71 – PARTE I

Alimento diário

O sermão de Cristo aos seus discípulos. O efeito do sermão de Cristo. O caráter de Judas

 

Aqui temos uma narrativa sobre os efeitos do sermão de Cristo. Alguns se sentiram ofendidos, e outros, edificados, por ele. Alguns se afastaram dele, e outros se sentiram atraídos a Ele.

I – Para alguns, era um cheiro de morte para morte. Não somente para os judeus, que eram inimigos declarados, seus e da sua doutrina, mas até mesmo para muitos dos seus discípulos, como os que eram discípulos em geral, que eram seus ouvintes frequentes e que o seguiam em público. Uma multidão mesclada, como aquelas, entre Israel, que iniciavam todos os descontentamentos. Aqui, temos:

1. Suas murmurações, diante da doutrina que ouviam (v. 60): “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”

(1) Eles não gostam do sermão: “Que é isto? Torna a carne, e beba o sangue do Filho do homem! Se isto deve ser interpretado de modo figurado, não é compreensível. Se deve ser interpretado literalmente, não é praticável. O que? Devemos nos transformar em canibais? Não podemos ser religiosos, mas devemos ser bárbaros?”. Mas, quando consideraram duro este discurso, se tivessem humildemente implorado que Cristo lhes explicasse esta parábola, Ele a teria esclarecido, e teria aberto também seus entendimentos, pois aos mansos ensinará seu caminho. Mas eles não desejavam a explicação das palavras de Cristo, porque não desejavam perder este pretexto para rejeitá-lo, que Ele proferia discursos severos demais.

(2) Eles julgam impossível que qualquer pessoa o aprecie: “‘Quem o pode ouvir? Certamente ninguém”. Desta maneira, aqueles que zombam da religião estão prontos a garantir que toda a porção inteligente da humanidade esteja de acordo com eles. Eles concluem, com grande segurança, que nenhum homem de bom senso irá aceitar a doutrina de Cristo, nem qualquer homem que aja segundo o espírito irá se sujeitar às suas leis. Por não suportarem ser instruídos desta maneira, eles pensam que ninguém mais poderá fazê-lo: Quem o pode ouvir? Graças a Deus, milhares de milhares ouviram as palavras de Cristo, e as julgaram não somente confortáveis e confortadoras, mas agradáveis, o alimento necessário a todas as pessoas.

2. As repreensões de Cristo às suas queixas.

(1) Ele conhecia bem suas murmurações, v. 61. Suas críticas eram secretas, nos seus próprios seios, ou eram sussurradas, entre eles, nos cantos. Mas:

[1] Cristo as conhecia. Ele as via, Ele as ouvia. Observe que Cristo percebe não somente os desafios ousados e abertos que são feitos ao seu nome e à sua glória, pelos ousados pecadores, mas também a indiferença secreta que é dedicada à sua doutrina pelos que professam a fé, porém sendo carnais. Ele sabe aquilo que o tolo diz no seu coração, e não se atreve, por vergonha, a dizer abertamente. Ele observa como sua doutrina provoca ressentimento naqueles a quem é pregada; quem se alegra com ela, e quem reclama dela; quem está em conformidade com ela, e se curva diante dela, e quem discute com ela, e se rebela contra ela, ainda que o faça secretamente.

[2] Ele sabia, em si mesmo, não por alguma informação que lhe fosse dada, nem por alguma indicação exterior, mas pela sua própria onisciência divina. Ele sabia, não como os profetas, por uma revelação divina (pois aquilo que os profetas desejavam saber estava, muitas vezes, oculto deles, como em 2 Reis 4.27), mas por um conhecimento divino residente em si mesmo. Ele é aquela Palavra essencial, que discerne os pensamentos do coração, Hebreus 4.12,13. Para Cristo, os pensamentos são palavras. Nós devemos, portanto, tomar cuidado, não somente com o que dizemos e fazemos, mas com o que pensamos.

(2) Ele sabia perfeitamente bem como responder a eles: “‘Isto vos escandaliza? ‘Isto é uma pedra de tropeço para vós?” Veja como as pessoas, pelos seus próprios enganos deliberados, criam ofensas a si mesmas. Elas se ofendem quando nenhuma ofensa lhes foi feita, e até mesmo tomam a ofensiva quando não é necessário. Observe que nós podemos, com razão, nos admirar de que a doutrina de Cristo causasse tanta ofensa, com tão pouca causa. Cristo fala sobre isto com admiração: “Isto vos escandaliza?” Em resposta àqueles que condenavam sua doutrina como sendo intrincada e obscura.

[1] Ele lhes faz uma alusão à sua ascensão ao céu, como aquilo que lhes daria uma evidência incontestável da verdade da sua doutrina (v.62): “Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do Homem para onde primeiro estava?” Que aconteceria, então? Em primeiro lugar: “Se Eu lhes dissesse isto, certamente se ofenderiam muito, julgando que minhas pretensões seriam realmente altas demais. Se este é um discurso tão duro, e vocês não conseguem ouvi-lo, como digerirão minhas palavras quando Eu lhes falar sobre meu retorno ao céu, de onde vim?” Veja cap. 3.12. Aqueles que tropeçam nas menores dificuldades devem considerar como conseguirão passar pelas maiores. Em segundo lugar: “Quando vocês virem o Filho do homem ascender; isto lhes ofenderá muito mais, pois então meu corpo terá menos capacidade de ser comido por vocês naquele sentido mais bruto com que vocês agora interpretam minhas palavras”. Ou, em terceiro lugar: “Quando vocês virem, ou ouvirem daqueles que o verão, certamente, então, ficarão satisfeitos. Vocês pensam que Eu sou pretensioso quando digo que desci do céu, pois este foi um motivo de discussão entre vocês (v. 42). Mas será que vocês pensarão a mesma coisa quando me virem retornando ao céu?” Se Ele subiu, certamente desceu, Efésios 4.9,10. Cristo frequentemente se refere, desta maneira, a provas subsequentes, como em João 1.50,51; 2.14; Mateus 12.40; 26.64. Esperemos um pouco, até que o mistério de Deus seja concluído, e então veremos que não havia nenhuma razão para nos escandalizarmos por causa de alguma palavra de Cristo.

[2] Ele lhes dá uma explicação para este e para todos os discursos semelhantes, em forma de parábolas, ensinando-lhes que eles devem ser interpretados espiritual­ mente, e não de uma maneira corpórea ou carnal: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita”, v. 63. Assim como no corpo natural o espírito o vivifica e anima, e sem ele o alimento mais nutritivo não se aproveitaria (que tornaria o corpo melhor para o alimento, se não estivesse vivificado e animado pelo espírito?), o mesmo também ocorre com a alma. Em primeiro lugar, a simples participação nas ordenanças, a menos que o Espírito de Deus trabalhe com elas, e vivifique a alma por meio delas, não traz nenhum benefício. A palavra e as ordenanças, se o Espírito trabalha com elas, são como o alimento para um homem vivo. Caso contrário, são como alimento para um homem morto. Nem mesmo a carne de Cristo, o sacrifício pelo pecado, nos servirá para algo, a menos que o bendito Espírito vivifique, com ela, nossas almas, e intensifique as poderosas influências da sua morte sobre nós, até que nós, pela sua graça, sejamos semeados à sua semelhança. Em segundo lugar, a doutrina de comer a carne de Cristo, e beber seu sangue, se interpretada literalmente, não traz nenhum benefício, mas nos conduz a enganos e preconceitos. Porém, o sentido ou significado espiritual da doutrina vivifica a alma, torna-a viva e vívida. E isto ocorre de acordo com o que está escrito a seguir: ”As palavras que eu vos disse são espírito e vida”. Comer a carne de Cristo! Este é um discurso duro, mas crer que Cristo morreu por mim, obter desta doutrina a força e o consolo quando eu me dirigir a Deus, minha oposição ao pecado e meus preparativos para um estado futuro, este é o espírito e a vida deste discurso. E, se o interpretarmos assim, constataremos que se trata de um discurso excelente. A razão pela qual os homens não gostam das palavras de Cristo é por que eles as interpretam mal. O sentido literal de uma parábola não nos traz benefícios, nós não nos tornamos mais sábios através dele, mas o significado espiritual é instrutivo. Em terceiro lugar, a carne para nada aproveita – aqueles que estão na carne (assim alguns interpretam), que estão sob o poder de uma mente carnal, não se beneficiam dos discursos de Cristo. Mas o Espírito vivifica – aqueles que têm o Espírito, que são espirituais, são despertados e vivificados por eles, pois eles são recebidos de um modo correspondente ao estado da mente de quem os recebe. Eles encontram defeitos nas palavras de Cristo, quando, na verdade, o defeito estava neles mesmos. É somente para as mentes carnais que as coisas espirituais não têm sentido nem vida. Porém, as mentes espirituais as saboreiam. Veja 1 Coríntios 2.14,15.

[3] Ele lhes dá uma indicação do seu conhecimento sobre eles, e que Ele não esperava nada melhor deles, embora se dissessem seus discípulos, vv. 64,65. Agora se cumpriam as palavras do profeta, ao falar a respeito de Cristo e da sua doutrina (Isaias 53.1 ): “Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?” Cristo aqui toma conhecimento de ambas as coisas.

Em primeiro lugar, eles não criam na sua pregação: “Há alguns de vocês que disseram que deixariam tudo para seguir-me, mas que ainda assim, não creem”, e esta foi a razão pela qual a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé, Hebreus 4.2. Eles não creram que Ele era o Messias, caso contrário teriam se submetido à doutrina que Ele pregava, e não teriam contendido com ela, embora houvesse algumas coisas nela difíceis de serem compreendidas. Os jovens principiantes no aprendizado devem crer na palavra do seu professor. Observe:

1. Entre aqueles que são cristãos nominais somente, existem muitos que são verdadeiros infiéis.

2. A incredulidade dos hipócritas, antes de se revelar ao mundo, está nua e aberta diante dos olhos de Cristo. Ele sabia, desde o início, quem eram aqueles da multidão que o seguiam, que criam, e qual dos doze iria traí-lo. Ele sabia, desde que começaram a se relacionar com Ele, e a acompanhá-lo, quando estavam demonstrando o zelo mais acalorado, conhecia aqueles que eram sinceros, como Natanael (cap. 1.47), e quais não o eram. Antes que eles se distinguissem por um ato aberto, Ele podia, infalivelmente, distinguir aqueles que criam e os que não criam, aqueles cujo amor era dissimulado e aqueles cujo amor era cordial. Com base nisto, podemos concluir:

(1) Que a apostasia daqueles que fizeram uma profissão plausível de religião há muito tempo é uma prova certa da sua hipocrisia constante, e de que desde o início não criam, mas não é uma prova da possibilidade da apostasia total e final de qualquer crente fiel. Tais revoltas não devem ser consideradas como a queda dos verdadeiros santos, mas como a revelação dos falsos. Veja 1 João 2.19. A estrela que cai, nunca foi uma estrela.

(2) Que é prerrogativa de Cristo conhecer o coração. Ele conhece aqueles que não creem, mas fingem na sua profissão de fé, e ainda assim os mantém na sua igreja, no desempenho das suas ordenanças, e na credibilidade do seu nome, e não os revela a este mundo, a menos que eles, pela sua própria iniquidade, se revelem, porque tal é a constituição da sua igreja visível, e o dia da revelação que ainda está por vir. Mas, se nós pretendermos julgar os corações dos homens, estaremos subindo ao trono de Cristo, como se pudéssemos antecipar seu julgamento. Nós somos frequentemente enganados em relação aos homens, e vemos motivos para modificar nossos sentimentos por eles, mas disto podemos ter a certeza, que Cristo conhece todos os homens, e que seu juízo é de acordo com a verdade.

Em segundo lugar, a razão pela qual eles não creram na sua pregação era porque o braço do Senhor não tinha se manifestado a eles (v. 65): “Por isso, Eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai lhe não for concedido”, v. 44. Cristo, portanto, não podia deixar de saber quem cria e quem não cria, porque a fé é um dom e uma obra de Deus, e todos os dons e obras do seu Pai não poderiam deixar de ser conhecidos por Ele, pois todos passaram pelas suas mãos. Ali, Ele tinha dito que ninguém poderia vir a Ele, a menos que o Pai o trouxesse. Aqui Ele diz: “Se por meu Pai lhe não for concedido”, o que mostra que o Senhor Deus traz as almas, dando-lhes graça e forças, e uma coragem de vir, sem as quais, tamanha é a impotência moral do homem, no seu estado caído, ele não poderia vir.

3. Aqui temos sua apostasia final em relação a Cristo: “Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram para trás e já não andavam com Ele”, v. 66. Quando nós admitimos, nas nossas mentes, maus pensamentos sobre a palavra e as obras de Cristo, e alimentamos um desagrado secreto, e estamos dispostos a ouvir insinuações que tendam a reprová-las, então estamos entrando em tentação. Ê como o gotejar da água, que, mais tarde, se tornará uma torrente. E como olhar para trás. Se a infinita misericórdia não evitar que esta situação danosa se intensifique, o resultado será o retrocesso. Portanto, cuidado com o início da apostasia.

(1) Veja aqui as apostasias destes discípulos. Muitos deles voltaram para suas casas, e famílias, e vocações, que tinham deixado, por algum tempo, para segui-lo. Voltaram, um para sua casa, e outro para seu trabalho. Voltaram, como voltou Orfa, ao seu povo e aos seus deuses, Rute 1.15. Eles tinham entrado na escola de Cristo, mas voltaram, não somente fugiram da aula uma vez, mas abandonaram o Senhor e sua doutrina para sempre. Observe que a apostasia dos discípulos de Cristo, ao abandoná-lo, embora seja realmente algo estranho, ainda assim é algo relativamente comum, com que não devemos nos surpreender, de maneira alguma. Aqui houve muitos que se retiraram. Isto acontece frequentemente. Quando alguns retrocedem, vários retrocedem com eles. Esta é uma doença infecciosa.

(2) A ocasião em que esta apostasia aconteceu: “desde então”, desde a ocasião em que Cristo pregou esta confortável doutrina, que Ele é o pão da vida, e que aqueles que pela fé se alimentarem dele viverão por Ele (que, poderíamos pensar; deveria ter motivado os discípulos a se apegarem mais fortemente a Ele) – desde então, se retiraram. Observe que o coração corrupto e perverso dos homens frequentemente transforma em motivo para ofensa aquilo que, na verdade, é motivo para o maior consolo. Cristo previu que eles se ofenderiam com o que Ele dizia, mas ainda assim o disse. Porque aquilo que é a palavra indubitável e a verdade de Cristo deve ser fielmente transmitida, não importando a quem ela ofenda. A disposição dos homens deve ser cativada pela Palavra de Deus, e não a Palavra de Deus se acomodar à disposição dos homens.

(3) O grau da sua apostasia: eles “já não andavam com Ele”, não mais voltaram a Ele, e não acompanharam mais seu ministério. Há fortes empecilhos para que aqueles que foram esclarecidos uma vez, e provaram a boa Palavra de Deus, se renovem para o arrependimento depois de terem caído, Hebreus 6.4-6.

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