PSICOLOGIA ANALÍTICA

O PREÇO DE UM EGO INFLADO

Neurocientistas descobrem que narcisistas têm elevação em um dos mais importantes hormônios do estresse.

O preço de um ego inflado

O narcisismo é um traço de personalidade que é caracterizado por um senso inflado de importância pessoal, grandiosidade e uma superestimação de suas qualidades como indivíduo. O narcisismo está positivamente correlacionado com auto- referências enaltecedoras, atenção autofocalizada e necessidade de ser reconhecido em sua unicidade. A pesquisa tem demonstrado que narcisistas superestimam suas habilidades intelectuais, seus traços de personalidade positivos e sua atratividade em relação a parceiros do sexo oposto.

No entanto, o narcisismo também está associado a um grande número de problemas interpessoais. Embora pessoas que têm alta pontuação em escalas de narcisismo possam causar primeiras impressões pessoais positivas, a longo prazo, em interações sociais, as pessoas as avaliam de forma negativa. Em relações românticas, os narcisistas têm baixa capacidade de compromisso em relacionamentos, têm maior probabilidade de adotarem estilos relacionais que fazem jogos em relacionamentos e preferem se encontrar ou se relacionar com pessoas que aumentam suas autopercepções grandiosas. Narcisistas têm baixa empatia e alta hostilidade, com uma tendência para agressão, especialmente quando desafiados em suas autopercepções positivas.

Apesar de alimentarem percepções grandiosas sobre si mesmos, os narcisistas também apresentam simultaneamente visões frágeis e sentimentos de inferioridade e falta de valor pessoal. Uma pesquisa demonstrou, por exemplo, que a percepção de uma ameaça ao ego ativa pensamentos de ausência de valor naqueles sujeitos com altos escores em uma escala de narcisismo, enquanto aqueles com baixos escores não tiveram essa reação.

Na verdade, a razão desse aparente paradoxo é que a autoestima dos narcisistas não é saudável e estável, havendo muita limitação conforme as circunstâncias no contexto interpessoal. As pessoas com autoestima saudável têm maior estabilidade, enquanto os narcisistas oscilam entre a grandiosidade de um “eu idealizado”, caindo dramaticamente em função de um feedback negativo para a miséria psicológica de um “eu denegrido”.

Com o objetivo de proteger sua estrutura psíquica, os narcisistas usam mais estratégias defensivas para lidar com os sentimentos de inferioridade que derivam de ameaças a sua visão enaltecida de si mesmos. Por exemplo, quando submetidos a uma avaliação de terceiros que produz um resultado crítico, os narcisistas usam mais frequentemente a negação, um mecanismo defensivo que procura invalidar eventuais percepções negativas. Nesse caso, os narcisistas invalidam a capacidade diagnóstica do teste ou avaliação usada e desmerecem o avaliador, rotulando-o como menos competente ou capaz. Quando submetidos a um insulto, narcisistas se comportam de forma mais agressiva e exibem mais agressão frente a uma ameaça percebida à sua visão grandiosa de si mesmos.

Até o momento, poucos estudos enfocaram aspectos neurobiológicos do narcisismo patológico. No entanto, uma pesquisa que avaliou o nível basal do hormônio cortisol em narcisistas revelou um custo alto para o ego inflado característico dessa condição psicológica. Segundo a investigação, os homens com alta pontuação no “inventário de personalidade narcisista” (uma escala usada internacionalmente para avaliar o grau de narcisismo) têm níveis elevados de cortisol, um dos mais importantes hormônios liberados sob condições de estresse. Os pesquisadores concluíram que o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, ou eixo HPA em sua sigla em inglês, está cronicamente ativado em pessoas com elevado narcisismo.

Em outras palavras, os egos inflados típicos de pessoas com narcisismo patológico. têm elevado custo para a saúde, na medida em que deixam o indivíduo cronicamente estressado na tentativa de defender e alimentar sua grandiosidade. Esse aumento não foi verificado em mulheres com alta pontuação, mostrando uma diferença de gênero importante na reatividade hormonal. Considerando que os dados mostram aumento de narcisismo ao longo de gerações na maior parte das culturas ocidentais pesquisadas, a descoberta tem implicações para a saúde mental em nossa sociedade e aponta os custos de nutrir uma visão inflada de si mesmo.

 

MARCO CALLEGARO – é psicólogo, mestre em Neurociências e Comportamento, diretor do Instituto Catarinense de Terapia Cognitiva (ICTC)e do Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva (IPTC). Autor do livro premiado O Novo Inconsciente: Como a Terapia Cognitiva e as Neurociências Revolucionaram o Modelo do Processamento Mental (Artmed, 2011).

OUTROS OLHARES

MÃE AOS 64 ANOS

Norma Maria de Oliveira, procuradora municipal em Minas, deu à luz Ana Letícia após décadas tentando engravidar.

Mãe aos 64 anos

Minha luta para ser mãe era muito antiga. Eu tentava engravidar e não conseguia. Aos 30 e poucos anos, meu companheiro e eu procuramos um hospital público, vinculado a uma universidade, para tentar a inseminação artificial (injeção de espermatozoides no útero). Por um ano e meio, fiz várias consultas e exames. Fui diagnosticada com ovários policísticos e trompa obstruída, além de outros fatores que impediam que eu engravidasse de forma natural.

Nesse ínterim, meu companheiro faleceu. Aos 46 anos, eu tinha um novo relacionamento, e meu desejo de ser mãe aumentou. Fomos atrás do processo de fertilização in vitro (fecundação do óvulo em laboratório). Exigia-se, porém, um comprovante de união estável do casal por um período superior a cinco anos. Chegamos a providenciá-lo, mas, tempos depois, nós nos separamos – e meu sonho foi de novo adiado.

Para piorar, o Conselho Federal de Medicina publicou uma resolução que proibia mulheres com mais de 50 anos de se submeter a reprodução assistida. Como advogada, fiz uma petição ao órgão em que explicava minha situação e anexei a ela todos os exames que comprovavam que meu corpo era saudável para a gestação. No entanto, meu pedido foi negado.

O tempo passava e meu sonho de ser mãe ficava cada vez mais distante. Eu já tinha 60 anos quando comecei a pesquisar alternativas na internet e descobri que na Índia é muito comum mulheres mais velhas fazerem o tratamento de reprodução assistida com óvulos doados por jovens anônimas. Eu e meu atual companheiro não pensamos duas vezes: fomos tentar o procedimento na cidade de Jabalpur.

Atravessamos o mundo pelo meu sonho de maternidade. Contudo, ao chegarmos a Nova Délhi, soubemos que não havia voos para Jabalpur, por causa de um terremoto. A alternativa seria ônibus ou trem, porém ficamos com medo, por não conhecer o país. Voltamos frustrados. Às vezes eu me desanimava bastante, pensava que não tinha mais como meu projeto dar certo, mas retomei o fôlego e tentei de novo.

Um casal comentou que havia feito fertilização em Belo Horizonte, a duas horas de onde moro. Fomos para lá. Os exames deram o.k. Como entrei na menopausa aos 50 anos, recorri ao método de ovo doação (doação de óvulos por outra mulher), associado ao espermatozoide de meu companheiro. Fertilizamos sete embriões – quatro aptos à implantação. Decidi implantar um – engravidei na primeira tentativa. Eu tinha conseguido! Sempre quis ser mãe de menina e, embora não me preocupasse com o sexo, chorei muito ao saber que era uma garota. Meus pais já haviam morrido, e meus três irmãos só souberam da gestação quando a barriga estava grande. No momento em que dei a notícia a eles, achei que iam desmaiar, tamanho o susto.

No quarto mês de gravidez, afastei-me da prefeitura de Itabira (MG), porque minha pressão arterial começou a subir. Com 33 semanas, houve perda de líquido amniótico, e um exame que mostra a irrigação do bebê apontou alteração e queda de plaquetas – o que indicava pré-eclâmpsia, situação de extremo perigo para qualquer gestante. Em razão da minha idade, a médica decidiu fazer cesariana e evitar outros riscos.

No dia 10 de abril, Ana Letícia nasceu saudável, pesando 1,71 quilo e medindo 43 centímetros. O parto foi bem tranquilo, eu estava calma. Minha filha foi para a UTI, por ter nascido prematura. Peguei-a no colo somente três dias depois. Não me contive de tanta emoção. Ela tomava meu leite por meio de sonda, mas logo aprendeu a mamar no peito.

O preconceito que sofro por ter sido mãe aos 64 anos me deixa triste. E o maior preconceito vem das mulheres, principalmente as desconhecidas, que me abordam para dizer que sou muito velha para isso. Ninguém tem nada a ver com as minhas decisões. Há muitas mulheres que querem ser mãe, mas não têm a coragem de fazer o que eu fiz.

GESTÃO E CARREIRA

DE BICO EM BICO, NASCE UM NEGÓCIO

Trabalhos extras após o expediente podem abrir os caminhos para quem deseja empreender.

De bico em bico, nasce um negócio

Já dizia o físico alemão Albert Einstein: “No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade”. Mais de 13 milhões de milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil, segundo balanço trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), encerrado em abril de 2018. Diante desse cenário, restam nos brasileiros sobreviver com empregos temporários ou 1trabalhos individuais. Mas saiba que de bico em bico alguns profissionais deixam a informalidade e se tornam grandes empreendedores.

Entre as ocupações informais mais comuns estão os serviços gerais – como pedreiros, pintores e eletricistas, cozinheiras e diaristas. O levantamento realizado este ano pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas aponta que a dedicação desses profissionais ao “bico” é de, em média, três dias por semana.

Outra pesquisa realizada pelo Free­lancer.com – empresa do mercado para freelancers e crowdsourcing – mostrou no se último relatório trimestral o Fast 50 Report, que trabalhos ligados à internet e ao conteúdo on-line também estão em alta entre os “bicos”. As vagas no site saltaram 53,4% em apenas um trimestre, ou seja, enquanto no último trimestre de 2017 foram publicados 4.314, esse número subiu para 6.833 no primeiro trimestre de 2018. Entre os tipos de trabalhos mais procurados neste segmento estão Data Mining, Processamento de Dados, Java script, Search Engine Marketing, designers, etc.

De acordo com o consultor de negócios Emerson Weslei Dias, os bicos, também conhecidos como freelancers, sempre foram uma boa opção para quem não está no mercado formal, embora ainda sofram preconceito dos próprios trabalhadores. “Com os aplicativos de transporte, até quem tem registro em carteira pode trabalhar em uma loja de manhã e dirigir à noite para complementar a renda”, detalha o educador financeiro.

Para que bicos esporádicos se transformem em trabalhos rentáveis, Dias afirma que o profissional precisa se especializar na tarefa que realiza e ampliar a base de clientes.

Treinamentos gratuitos pela internet, workshops e palestras organizadas por associações e universidades reciclam os conhecimentos de trabalhadores que não podem gastar com cursos técnicos. Além de disseminar novos conhecimentos, ambientes culturais ampliam a rede de contatos e, dessa forma, podem favorecer a base de clientes.

CUIDADOS NECESSÁRIOS

Trabalhar só de bicos traz consigo uma série de vantagens, como construir a própria rotina, fazer o que gosta e não ter de ir ao escritório todos os dias. Mas como tudo que é bom tem um preço, viver de freelas exige organização na agenda e priorização de tarefas. É preciso rever a própria rotina. Às vezes; é necessário readequar prioridades, delegar tarefas a terceiros e até negar trabalhos. O dia só tem 24 horas e isso não muda”, reforça Dias.

O empreendedor também deve criar o hábito de planejar sua semana e priorizar diariamente o que deve fazer, deixando de duas a três horas livres para eventuais urgências – acredite, elas sempre acontecem.

Dessa forma, ele terá um dia com atividades importantes e não acumulará trabalho extra ou terá grandes surpresas no final do expediente. Quanto mais o empresário se planejar, situações fora da programação serão menos frequentes.

No caso de profissionais especializados, é crucial estar atento à gestão de tempo e demanda para que a credibilidade do trabalho não seja prejudicada por atrasos e falhas. Segundo o consultor de negócios, os clientes podem até entender e “perdoar” eventuais imprevistos, mas esses problemas geralmente refletem nas recomendações – as famosas “indicações boca a boca”.

O empresário paranaense André Oliveira começou a fazer bicos aos 11 anos. Na época, ele vendia geladinhos na região de Umuarama, interior do Paraná, com seu irmão, Adriano, para ajudar a família e comprar seus próprios brinquedos.

Depois da escola, a dupla batia de porta em porta em busca de clientes interessados nas mercadorias. “fazia um planejamento de venda, produzia os geladinhos e só voltava para casa quando conseguíamos vender tudo”, recorda ele.

E engana-se quem acredita que a experiência de Oliveira com vendas parou na infância. Para custear a faculdade de administração, o paranaense complementou a renda de um salário mínimo, que recebia quando trabalhava em uma concessionária de carros, vendendo pão caseiro e cosméticos.

Com o que acumulou, o administrador lançou há 14 anos a Credfácil, rede de franquias e empréstimos, e chamou seu irmão, Adriano, para ser sócio.  “Falo aos meus franqueados que toda crise tem uma oportunidade. Quando a pessoa sai da zona de conforto, ela encontra oportunidade para “voltar ao mercado”, destaca.

FINANÇAS

Quando os serviços esporádicos tornam- se uma fonte de renda, a primeira coisa que o profissional deve fazer é regularizar sua situação – já pensando, de fato, como empreendedor.

Negócios que geram rendimentos mensais de até R$ 6.750,00 por exemplo, já podem se enquadrar no MEI (Microempreendedor Individual. Isso já vai oferecer benefícios fiscais e previdenciários ao empresário e possibilitar ainda que ele tire nota fiscal, um fator que contribui muito na hora de conseguir “bicos”.

Há também outras modalidades para empresas de rendimento maior, como as limitadas, Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) e individuais. O Sebrae possui um guia completo sobre esses formatos no site: sebrae.com.br

Assim que a empresa for regularizada, o empreendedor deve também separar as finanças pessoais das corporativas. Ou seja, criar uma conta bancária para o seu negócio, de forma que todo rendimento possa ser gerenciado com mais controle, sem gerar problemas ao fisco, aconselha o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Joel Sampaio. “É necessário separar cada entrada e saída de dinheiro da empresa. Existem programas gratuitos na internet que fazem uma gestão simples do fluxo de caixa da empresa para empreendedores que estão começando, sugere.

Com as finanças organizadas, é possível evitar problemas comuns em pequenas empresas, como falta de recursos para pagar fornecedores, mão de obra ou insumos para a produção. E, ao perceber isso, o novo empreendedor pode antecipar o problema e buscar soluções, como tomar empréstimo, antecipar recebíveis ou até reduzir a produção. “Em fases mais calmas, a gestão adequada do fluxo de caixa é a chave para a rentabilidade. Já em tempos difíceis, é a chave para

a sobrevivência do negócio”, sugere o economista que é especialista em finanças corporativas.

CENÁRIO FUTURO

Com o fluxo de caixa organizado, o empreendedor também pode trabalhar com cenários futuros, uma vez que terá como calcular demanda e gastos no decorrer dos meses. No caso de pequenos negócios, o planejamento pode ser de até dois anos. “O indicado também é contar com a ajuda de um contador para auxiliar o empresário nos balanços. Hoje, inclusive, há serviços a distância de baixo custo específicos para pequenas empresas”, indica o professor da FGV.

Esse profissional é responsável por manter a documentação contábil da empresa em dia – o que é crucial para qualquer processo de tomada de decisão. Além disso, um profissional especializado em contabilidade ajuda o empreendedor a estar sempre por dentro das mudanças na legislação, em especial no que diz respeito ao recolhimento de impostos.

COMO VIVER APENAS DE FREELAS

  1. Acorde cedo e seja produtivo

Um dos erros mais cometidos por freelancers é acordar tarde por estar em casa. Comece a manhã cumprindo tarefas básicas do dia.

  1. Mude de escritório

Para aumentar a produtividade reserve um dia para trabalhar fora de casa. Cafeterias, casa de amigos e restaurantes podem ser boas opções.

  1. Separe o ambiente profissional do pessoal.

Reserve um espaço para trabalhar na sua casa. Utilizar o notebook na cama, por exemplo, pode derrubar a produtividade do dia todo.

  1. Desligue eletrônicos

Smartphones, televisão e rádio tiram o foco do trabalho. Dessa forma, o ideal é que estejam desligados e, longe do escritório.

  1. Faça uma autoavaliação

Freelancer não tom líder, mas também não tem salário fixo. Dessa forma, crie metas e mensure sua produtividade pana saber se está fazendo um bom trabalho.

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DICAS PARA FAZER DAR CERTO

faça um planejamento estratégico para estruturar um bom plano de negócios e ter sucesso nesta carreira. Tudo requer muita organização, tendo os procedimentos necessários bem estruturados e organizados.

É importante considerar o uso de ferramentas que gerem produtividade, uma vez que você precisará primar pelo bom relacionamento com seus clientes, conciliando com outras atividades, como demandas, reuniões, entregas de conteúdos e projetos, prazos, visitas e outros processos diários. Separe algumas horas para entender como essas tecnologias funcionam. E procure se familiarizar com elas.

Da mesma forma, desenhe um planejamento para cada projeto, crie tarefas para si mesmo em diferentes datas e organize-se para dedicar algumas horas para cada cliente, evitando perder tempo e conflitos entre suas demandas.

Repense sobre seus serviços e preços anualmente. Tire um tempo também para olhar com calma tudo o que fez no último ano, elimine tarefas que não fazem mais sentido e crie uma lista mais concisa de serviços a oferecer para seus clientes. Isso vai mantê-lo mais focado em suas principais habilidades e com certeza eliminará boa parte do estresse de entregar projetos tão diferentes entre si para seus clientes.

Um dos mais comuns e difíceis problemas que todos os freelancers enfrentam é manter o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Grande parte do tempo em que este tipo de profissional trabalha é dentro de casa, por isso o ambiente faz toda a diferença. O estereótipo de trabalhar de pijama, acordar e logo pegar o computador ou trabalhar ”jogado” no sofá costuma não ser nada produtivo. A melhor recomendação, neste sentido, é para que o freelancer acorde e tenha hábitos de como se fosse sair, tome um banho, um bom café da manhã e tenha um espaço simples, mas que seja seu espaço de trabalho, com horário de entrada, almoço e saída.

Programe as férias ao longo do ano. Procure viajar, conhecer lugares novos e descansar. Isso alimenta a alma e renova as energias para dar continuidade ao trabalho.

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ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 6: 28-59 – PARTE I

Alimento diário

Cristo, o verdadeiro Pão do Céu. Cristo dá as boas-vindas a todos os que veem a Ele. A necessidade de alimentar-se de Cristo

 

Se esta conversa se realizou com os habitantes de Cafarnaum, em cuja sinagoga Cristo estava agora, ou se com aqueles que tinham vindo do outro lado do mar, não é certo, nem importante. No entanto, é um exemplo da condescendência de Cristo, o fato de que Ele lhes deu permissão para fazer-lhe perguntas, e não considerou a interrupção como uma afronta, não, não destes seus ouvintes comuns, embora não fossem seus segui­ dores próximos. Aqueles que desejam estar aptos a ensinar devem ser rápidos para ouvir, e esforçar-se para responder. É a sabedoria dos professores, quando lhes fazem perguntas, até mesmo impertinentes e improdutivas, aproveitar a oportunidade para respondê-las com o que é produtivo, ou seja, a pergunta pode ser rejeitada, mas não o pedido. Agora:

I – Como Cristo tinha dito a eles que deviam trabalhar pela comida de que Ele falava, deviam labutar por ela, eles perguntam que trabalho devem fazei e Ele lhes responde, vv. 28,29.1. Sua pergunta era suficientemente pertinente (v. 28): “Que faremos para executarmos as obras de Deus?” Alguns a interpretam como uma pergunta arrogante: “Quais obras de Deus nós podemos fazer, mais e melhor do que aquelas que fazemos em obediência à lei de Moisés?” Mas eu prefiro interpretá-la como uma pergunta séria e humilde, mostrando que eles estavam, pelo menos nesta ocasião, com boa mente, e desejosos de conhecer e realizar seu dever. E eu imagino que as pessoas que fizeram esta pergunta, “que” e “quais” (v. 30, RA), e fizeram o pedido (v. 34), não eram as mesmas que murmuravam (vv. 41,42) e disputavam (v. 52), pois aquelas são chamadas expressamente de judeus, que vinham da Judéia (pois estes eram estritamente chamados de judeus) par a criticar, ao passo que estas eram da Galileia, e vinham para ser ensinadas. Esta pergunta indica que eles estavam convencidos de que aqueles que desejam obter esta comida eterna:

(1) Devem almejar fazer algo grandioso. Aqueles que olham para o alto nas suas expectativas, e esperam desfrutar da glória de Deus, devem almejar grandes coisas em tais empreendimentos, e empenhar-se em fazer as obras de Deus, obras que Ele exige e que irá aceitar, obras de Deus, distintas das obras dos homens munda­ nos, em suas buscas mundanas. Não é suficiente falar as palavras de Deus, devemos fazer as obras de Deus.

(2) Devem estar dispostos a fazer qualquer coisa: “Que faremos?” Senhor, eu estou pronto para fazer qualquer coisa que indicares, ainda que seja desagradável à carne e ao sangue, Atos 9.6. 2. A resposta de Cristo foi suficientemente clara (v. 29): ”A obra de Deus é esta: que creiais”. Observe que:

(1) A obra de fé é a obra de Deus. Eles perguntam sobre as obras de Deus (no plural), tomando cuidado sobre muitas coisas, mas Cristo os orienta a uma única obra, que inclui a todas, a única coisa necessária: “que creiais”, o que substitui todas as obras da lei cerimonial. Esta é a obra que é necessária para a aceitação de todas as demais obras, e que as gera, pois sem fé é impossível agradar a Deus. É a obra de Deus, pois é sua obra em nós que submete a alma à obra que o Senhor tem em nossa vida, e desperta a alma para trabalhar para Ele.

(2) Esta fé é a obra de Deus, que é concluída em Cristo, e que depende dele. É crer nele como aquele a quem Deus enviou, como o representante de Deus na grande questão da paz entre Deus e o homem, para que descansemos nele e nos resignemos a Ele. Veja cap. 14.1.

II – Como Cristo tinha dito a eles que o Filho do homem lhes daria esta comida, eles perguntam sobre Ele, e Ele lhes responde.

1. Sua pergunta é sobre um sinal (v. 30): “Que sinal, pois, fazes tu?” Até aqui, eles tinham certeza de que, uma vez que Ele exigia que lhe dessem crédito, Ele apresentaria suas credenciais, e lhes mostraria, por meio de milagres, que Ele era enviado de Deus. Tendo Moisés confirmado sua missão por meio de sinais, era necessário que Cristo, que veio para deixar de lado a lei cerimonial, da mesma maneira confirmasse a sua: “‘Que operas tu?’ Que queres dizer? Que características duradouras de um poder divino pretendes dar à tua doutrina?” Mas aqui, eles se enganaram:

(1) Pois ignoraram os muitos milagres que tinham visto realizados por Ele, e que representavam uma prova abundante da sua missão divina. Será que era hora de perguntar: “Que sinal fazes tu?” Especialmente em Cafarnaum, o centro dos milagres, onde Ele tinha realizado tantas obras poderosas, sinais tão significativos do seu trabalho e da sua missão? Não foram, estas mesmas pessoas, outro dia, milagrosamente alimentadas por Ele? Ninguém é tão cego como aquele que não deseja ver. Uma pessoa pode ser tão cega a ponto de questionar se é dia ou não, quando o sol brilha no seu rosto.

(2) Pois preferiam a milagrosa alimentação de Israel no deserto a todos os milagres que Cristo realizava (v. 31): “Nossos pais comeram o maná no deserto”. Para fortalecer a objeção, eles citam uma passagem das Escrituras: “Deu-lhes a comer o pão do céu” (extraída de Salmos 78.24), “deu-lhes do trigo do céu”. Que bom uso poderia ser feito desta história à qual eles se referem aqui! Este era um memorável exemplo do poder e da bondade de Deus, frequentemente mencionado para a glória de Deus (Números 19.20,21), mas, ainda assim, veja como estas pessoas o perverteram, e fizeram um mau uso dele.

[1] Cristo os reprovou pela admiração que sentiam pelo pão milagroso, e lhes recomendou que não trabalhassem pela comida que perece. “Por que”, eles dizem, “o alimento para o estômago foi a grande coisa boa que Deus fez pelos nossos pais no deserto? E por que não devemos nós, então, trabalhar por esta comida? Se Deus fez tanto por eles, por que também não deveríamos ser favoráveis a Ele, sabendo que também fará muito por nós?”

[2] Cristo tinha alimentado cinco mil homens com cinco pães, e lhes tinha feito isto como um sinal que provava que Ele era enviado de Deus. Mas, sob o pretexto de enaltecer o milagre de Moisés, eles tacitamente subvalorizaram este milagre de Cristo, e se esquivaram da sua evidência. “Cristo alimentou seus milhares, porém Moisés, suas centenas de milhares. Cristo os alimentou somente uma vez, e então repreendeu aqueles que o seguiam, com a esperança de ainda serem alimentados, e os dispensou com um sermão sobre a comida espiritual, mas Moisés alimentou seus seguidores durante quarenta anos, e os milagres não eram raridades, mas seu pão diário. Cristo os alimentou com pão da terra, pão de cevada, e peixes do mar; mas Moisés alimentou Israel com pão do céu, alimento de anjos”. Desta maneira elogiosa, estes judeus falam do maná que seus pais comeram, mas seus pais o tinham chamado de pão vil (Números 21.5), desprezando-o tanto quanto agora eles desprezavam os pães de cevada. Assim, somos capazes de desprezar e ignorar as manifestações do poder e da graça de Deus no nosso próprio tempo, enquanto pretendemos admirar as maravilhas que nossos pais nos contaram. Suponhamos que este milagre de Cristo fosse superado por aquele de Moisés. No entanto, houve outras situações nas quais os milagres de Cristo superaram o dele. E, além disto, todos os verdadeiros milagres provam uma doutrina divina, embora não igualmente ilustrativa em termos de circunstâncias, que eram sempre diversificadas, conforme a ocasião exige. Por mais que o maná fosse superior aos pães de cevada, muito mais a doutrina de Cristo superava a lei de Moisés, e suas instituições divinas superavam as ordenanças carnais daquela dispensação.

2. Aqui está a resposta de Cristo a esta pergunta, onde:

(1) Ele retifica seu engano a respeito do maná típico. Era verdade que seus pais haviam comido maná no deserto. Mas:

[1] Não foi Moisés que o deu a eles, nem eles ficaram gratos a ele por isto. Ele foi somente o instrumento, e, portanto, eles devem olhar além dele, para Deus. Nós não lemos que Moisés tenha feito muito mais que orar a Deus, pedindo o maná. E ele falou inadvertidamente quando disse: Porventura, “tiraremos água desta rocha?” Moisés não lhes deu nem aquele pão nem aquela água.

[2] O maná não lhes foi dado, como eles imaginavam, do céu, dos altos céus, mas somente das nuvens. Portanto, não era tão superior àquele que tinha vindo da terra, como pensavam. Porque as Escrituras dizem: Deu-lhes a comer o pão do céu, isto não significa que fosse um pão celestial, ou que fosse o alimento das almas. Interpretar mal a linguagem das Escrituras ocasiona muitos enganos quanto às coisas de Deus.

(2) Jesus lhes instrui a respeito do verdadeiro maná, do qual aquele era um tipo: “‘Meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu’. Aquilo que é verdadeiramente e apropriadamente o pão do céu, do qual o maná era somente uma sombra e um exemplo, é dado agora, não aos vossos pais, que estão mortos, mas a vós, nesta época atual, a quem estão reservadas melhores coisas. Ele está agora dando-vos este pão do céu, que é verdadeiramente assim chamado”. Tanto quanto o trono da glória de Deus está acima das nuvens, o pão espiritual do Evangelho eterno está acima do maná. Ao chamar Deus de seu Pai, Jesus se proclama maior que Moisés. Pois Moisés era fiel, mas somente como servo, porém Cristo, como um Filho, Hebreus 3.5,6.

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