PSICOLOGIA ANALÍTICA

FAXINA CEREBRAL

Um complexo sistema de “tubulações orgânicas” faz uma espécie de limpeza para retirar lixo tóxico do cérebro. O acúmulo de resíduos, causado por desajustes no ritual que ocorre durante o sono, está associado a distúrbios, incluindo problemas de memória e aprendizagem.

Faxina cerebral

O cérebro humano pesa algo em torno de 1,36 kg, o que representa, em média, 2% da massa corporal de um adulto. No entanto, suas células consomem de 20% a 25% da energia total do corpo. No processo, são gerados resíduos potencialmente tóxicos de proteínas e restos biológicos. A cada dia, o cérebro adulto elimina sete gramas de proteínas desgastadas, que precisam ser substituídas por outras recém-fabricadas, um número que se traduz na reposição de 0,2268 kg de detritos por mês e 1,36 kg – o próprio peso do cérebro – durante um ano.    

Para sobreviver, o mais complexo dos órgãos precisa descarregar o lixo que produz. É inconcebível que um sistema tão sofisticadamente afinado para produzir pensamentos e possibilitar ações não tenha um “sistema de esgoto” eficaz. Até recentemente o mecanismo de descarte de lixo do cérebro continuava misterioso sob vários aspectos. Persistiam questões sobre até que ponto as células cerebrais processavam seu próprio lixo ou se os restos poderiam ser transportados para fora do sistema nervoso e jogados fora. E por que a evolução parece não ter feito com que o cérebro “entregasse” os detritos para outros órgãos no corpo mais adequados para remover resíduos? Afinal, o fígado e os rins, por exemplo, são “usinas” especializadas em descarte e reciclagem.

Há cerca de cinco anos, começamos a tentar esclarecer como o cérebro elimina proteínas e outros materiais dos quais pretende se livrar. Também passamos a explorar como a interferência nesse processo poderia causar os problemas de cognição encontrados em doenças neurodegenerativas. Achávamos que perturbações no processo de limpeza poderiam contribuir para tais doenças, já que era de se esperar que o distúrbio pudesse levar ao acúmulo de resíduos de proteínas dentro e em volta das células. 

Essa ideia nos intrigava porque já se sabia que tais torrões, ou agregados, de proteínas realmente se formam nos neurônios, na maioria das vezes estando associados a desordens neurodegenerativas. Além disso, sabia-se que os agregados poderiam impedir a transmissão de sinais elétricos e químicos no cérebro e causar danos irreparáveis. De fato, a patologia do Alzheimer, Parkinson e de outras doenças neurodegenerativas causadas pela idade pode ser reproduzida em modelos animais pela superprodução forçada desses agregados de proteínas.

Durante nossa pesquisa, descobrimos um sistema até então desconhecido para limpar as proteínas e outros resíduos do cérebro – e aprendemos que esse sistema fica mais ativo durante o sono. A necessidade de remover lixos tóxicos do cérebro pode, na realidade, ajudar a explicar o mistério de por que dormimos e consequentemente nos retiramos da vigília durante um terço de nossas vidas. Esperamos plenamente que a compreensão sobre o que acontece quando esse sistema não funciona bem nos leve tanto a novas técnicas de diagnóstico, quanto a tratamentos para várias doenças neurológicas.

SISTEMA GLINFÁTICO

Na maioria das regiões do corpo, o sistema linfático elimina lixo com proteínas dos tecidos. O fluido se armazena em pequenos dutos que levam a outros maiores e no final para os vasos sanguíneos. Essa estrutura também fornece um caminho para a defesa imunológica, pois os nódulos linfáticos – repositórios de células brancas que combatem infecções – povoam os dutos em pontos- chave em toda a rede. No entanto, durante um século neurocientistas acreditaram que o sistema linfático não existia no cérebro ou na medula espinhal. Na visão prevalecente o cérebro eliminava o lixo. Nossa pesquisa sugere que esta não é a história completa. Os vasos sanguíneos do cérebro são circundados por áreas perivasculares – túneis em forma de roscas que circundam cada vaso. A parede interna de cada espaço é feita da superfície de células vasculares. Mas a parede externa é singular ao cérebro e à medula, e consiste em extensões que se ramificam a partir de um tipo de célula especializada, chamada astrócito. Os astrócitos são células de apoio com uma grande variedade de funções para a rede interconectada de neurônios. As extensões de astrócitos – pés vasculares – circundam as artérias, capilares e veias no cérebro e na medula.  A cavidade oca formada entre pés e vasos permanece em grande parte sem obstruções, criando um vertedouro que permite o rápido transporte de fluidos no cérebro. Os cientistas sabiam da existência da área perivascular, mas, até recentemente, não haviam identificado qualquer função específica para ela. Há trinta anos, Patrícia Grady, então na Universidade de Maryland, descreveu as correntes de fluido perivascular, mas o significado dessa descoberta não foi reconhecido até muito mais tarde. Ela relatou que proteínas grandes, injetadas no líquido cefalorraquidiano (LCR), mais tarde podiam ser encontradas nas áreas perivasculares tanto de gatos quanto de cachorros. Na época, outros grupos não conseguiram replicar as descobertas dela, e, sem se saber qual poderia ser o significado de tal observação, a pesquisa não avançou mais. Quando começamos nossos estudos sobre o sistema de esgoto do cérebro, há apenas alguns anos, nos concentramos em descobertas prévias, de que os canais de água construídos por uma proteína chamada aquaporina-4 estavam embebidas nos pés vasculares astrócitos. Na verdade, a densidade dos canais de água era comparável àqueles nos rins, um órgão cuja principal tarefa é transportar água. Ficamos interessados na multiplicidade dos canais de água de astrócitos e em sua posição frente às paredes dos vasos sanguíneos. Descobrimos que as células vasculares endoteliais na vizinhança da área perivascular não tinham esses canais. Portanto, os fluidos não podiam se movimentar diretamente da corrente sanguínea para o tecido cerebral. Pelo contrário, o líquido tinha de fluir entre o espaço perivascular e para dentro dos astrócitos, ganhando dessa forma acesso ao tecido cerebral.

O espaço perivascular poderia ser um sistema linfático neural? Ele poderia fornecer um conduíte para o fluido cefalorraquidiano? Pulsações arteriais poderiam levar o LCR pelo espaço perivascular. De lá, parte dele entraria nos astrócitos por seus pés vasculares. Ele poderia então se mover entre as células e finalmente para o espaço perivascular ao redor das veias e limpar resíduos do cérebro.

Ao lado dos pesquisadores Jeff Iliff e Rashid Deane, membros de nosso laboratório, partimos para confirmar essa hipótese. Usando corantes químicos que tingem o líquido, e combinando isso a técnicas microscópicas que nos permitiam ver imagens com profundidade dentro de tecido cerebral vivo, pudemos observar de forma direta que o bombeamento de sangue impulsionava grandes quantidades de LCR para o espaço perivascular ao redor das artérias. Usando astrócitos como veículo, o LCR então se movia através do tecido cerebral, onde deixava os astrócitos e recolhia proteínas descartadas. Os fluidos saem do cérebro através da área perivascular que circunda veias pequenas drenando o cérebro, e essas veias, por sua vez, se unem a outras maiores, que continuam pelo pescoço. Os líquidos de resíduos continuam para entrar no sistema linfático, a partir do qual flutuam de volta para a circulação sanguínea geral. Ali eles se unem com resíduos das proteínas de outros órgãos, no final destinadas para filtragem pelos rins ou para processamento pelo fígado. Quando começamos nossa pesquisa, não fazíamos ideia de que os astrócitos tinham um papel tão crucial na contrapartida de um sistema linfático no cérebro.  Uma prova adicional veio quando usamos um rato geneticamente modificado, sem a proteína aquaporina-4, que constrói os canais de água astrócitos. A taxa de vazão do LCR que entrava nos astrócitos caiu 60%, diminuindo muito a velocidade do transporte de fluidos pelo cérebro. Com isso, tínhamos traçado um caminho completo dentro do cérebro para que esses fluidos de limpeza retirassem com eficiência os resíduos. Chamamos nossa descoberta de sistema glinfático. A palavra recém-cunhada combina as palavras “glia” – um tipo de célula cerebral do qual o astrócito é um exemplo – com “linfático”, dessa forma dando referência dessa função recém-descoberta às células gliais do cérebro. Quando reconhecemos o papel importante do sistema glinfático, imediatamente nos perguntamos se as proteínas construídas no cérebro em doenças neurodegenerativas poderiam, em um cérebro saudável, ser retiradas junto com outro lixo celular mais comum. Em especial, focamos uma proteína ligada ao Alzheimer, chamada de beta-amiloide, que antes se acreditava que fosse limpa em circunstâncias normais por processos de degradação ou de reciclagem, que são feitos em todas as células cerebrais. No Alzheimer, agregados de beta-amiloide formam placas amiloides entre as células, que podem contribuir para o processo da doença. Descobrimos que, em um cérebro saudável, a beta-amiloide é limpa pelo sistema glinfático. Outras proteínas envolvidas em doenças neurodegenerativas, tais como as proteínas sinucleínas que aparecem no Parkinson, demência com corpos de Lewy e atrofia multissistêmica, também poderiam perder o controle e crescer de forma anormal se o sistema glinfático não funcionasse de forma correta. Um sintoma que acompanha doenças degenerativas forneceu uma dica de como proceder. Muitos pacientes com Alzheimer sofrem de distúrbios do sono muito antes de sua demência se tornar aparente. Em indivíduos mais velhos, o sono se torna mais fragmentado, superficial e dura menos tempo. Estudos epidemiológicos mostraram que pacientes que relataram ter um sono pobre durante a meia-idade tinham maior risco de passar por um declínio cognitivo do que pessoas do grupo de controle, quando testadas 25 anos depois.  Mesmo pessoas saudáveis, que são obrigadas a ficar acordadas, demonstram sintomas mais típicos de doenças neurológicas e males mentais – pouca concentração, lapsos de memória, fadiga e irritabilidade, além de altos e baixos emocionais. A privação profunda de sono pode resultar em confusão e alucinações, tendo o potencial de levar a ataques epilépticos e mesmo à morte. De fato, animais de laboratório podem morrer quando privados de sono em apenas alguns dias, e os humanos não são mais resistentes. Em humanos, a insônia familiar fatal é uma doença hereditária que faz com que os pacientes durmam cada vez menos até que morram, normalmente em 18 meses depois de diagnosticados. Conscientes disso tudo, especulamos se as dificuldades de sono relacionadas à demência poderiam ser não apenas os efeitos colaterais da doença, mas contribuir para o próprio processo da doença. Além disso, se o sistema glinfático limpa a beta-amiloide durante o sono a um ritmo maior do que quando estamos acordados, talvez os padrões de sono ruim dos pacientes com desordens neurodegenerativas poderiam contribuir para a piora da doença. Como nossas experiências iniciais haviam sido feitas em ratos anestesiados, também nos perguntamos se a circulação rápida de fluidos que observamos não era necessariamente o que poderíamos prever em um cérebro ativo e acordado, que estaria sujeito a outras exigências durante seu funcionamento normal. A fim de testar a ideia, os neurocientistas Lulu Xie e Hongyi Kang, do Laboratório Nedergaard, treinaram ratos para que ficassem sentados quietos sob um microscópio, para que fosse possível capturar imagens de um agente químico marcador no LCR, utilizando uma técnica de imagem nova, chamada microscópio de excitação por dois fótons. No final verificou-se que o LCR no sistema glinfático caiu de forma dramática enquanto os ratos estudados estavam acordados. Alguns minutos depois do início do sono ou dos efeitos da anestesia, no entanto, a afluência de fluidos aumentou significativamente. Em colaboração com o neurocientista Charles Nicholson, pesquisador da Universidade de Nova York, descobrimos que o espaço intersticial – a área entre as células através da qual o fluido glinfático circula em seu caminho até os espaços perivasculares ao redor das veias – aumentou mais de 60% quando os ratos caíram no sono. Atualmente acreditamos que a circulação glinfática aumenta durante o sono porque o espaço entre as células se expande, o que ajuda a empurrar o fluido através do tecido cerebral. Nossa pesquisa também revelou como o ritmo de circulação glinfática é controlado. Um neurotransmissor, ou molécula de sinalização, chamada norepinefrina, apareceu para regular o volume da área intersticial e consequentemente, a velocidade do fluxo glinfático. Os níveis de norepinefrina subiram quando os ratos estavam acordados e eram escassos durante seu sono, o que sugere que mergulhos transitórios, relacionados ao sono, na disponibilidade de epinefrina, levam a um fluxo glinfático melhorado.

O PODER DO SONO

Depois de ter demonstrado que a expansão e a contração do espaço intersticial durante o sono é importante tanto para a função cerebral quanto para a limpeza de resíduos de proteína, passamos a querer testar um corolário para essa observação: a privação de sono poderia precipitar uma doença neurodegenerativa? Experiências que fizemos com ratos mostraram que, durante o sono, o sistema glinfático realmente remove a beta-amiloide do cérebro com notável eficiência: o ritmo de limpeza mais do que dobra durante o sono. Por outro lado, ratos modificados geneticamente, para que não tivessem canais de aquaporina-4 nos astrócitos, demonstraram função glinfática significativamente prejudicada, limpando 40% menos beta-amiloide do que os animais de controle.

A alta porcentagem de beta-amiloide removida colocou em xeque a ideia, amplamente aceita, de que os neurônios destroem internamente seus próprios resíduos. Agora sabemos que o cérebro remove boa parte de proteínas inteiras, indesejadas, varrendo-as para fora para degradação posterior. Essas novas descobertas, além disso, pareciam confirmar que o cérebro adormecido exporta resíduos de proteínas, inclusive beta-amiloide, através do sistema de transporte glinfático. Outro apoio a essa tese veio do grupo de David M. Holtzman, da Universidade de Washington em St. Louis, que demonstrou que a concentração de beta-amiloide no espaço intersticial é mais alta no período de vigília do que no sono, e que a privação de sono agrava a formação de placa-amiloide em ratos geneticamente modificados para acumulá-la em excesso.

Até agora essas investigações não foram além de laboratórios de pesquisa básica. A indústria farmacêutica ainda precisa considerar terapias antidemência que removeriam fisicamente a amiloide e outras proteínas tóxicas ao limpar o cérebro com fluidos glinfáticos. Estimular o fluxo glinfático oferece uma nova abordagem que vale a pena ser investigada.

Um medicamento que regule o sistema glinfático ao aumentar a taxa de fluxo do LCR no sono poderia remover a amiloide para fora do cérebro. Um tratamento para uma síndrome neurológica bem conhecida sugere que essa abordagem pode funcionar. A hidrocefalia de pressão normal, típica em idosos, é uma forma de demência na qual o LCR excessivo se acumula nas cavidades ocas centrais do cérebro, os ventrículos cerebrais. Quando a punção lombar remove o fluido ao drená-lo, com frequência os pacientes exibem melhoras notáveis em suas capacidades cognitivas. A base para essa observação há muito é um mistério. Nossa pesquisa sugere que restaurar a circulação de fluidos através do sistema glinfático pode mediar a restauração da função intelectual. Mesmo que uma droga não seja iminente, o conhecimento sobre os sistemas glinfáticos sugere ideias novas para diagnosticar o Alzheimer e outras doenças neurológicas.

Um estudo recente de Helene Benveniste, da Faculdade de Medicina de Stony Brook, mostrou que, com imagem por ressonância magnética padrão, é possível visualizar e quantificar a atividade do sistema glinfático. A tecnologia pode permitir que se façam testes do fluxo glinfático, projetados para prognosticar a progressão da doença em pacientes de Alzheimer, de demências relacionadas ou ainda de hidrocefalia de pressão normal. Pode até mesmo prever a capacidade de recuperação em pacientes com danos cerebrais traumáticos. A maioria de nossos estudos sobre o sistema glinfático até agora se concentrou na remoção de resíduos de proteínas.  No entanto, é possível que esse sistema se mostre uma área fértil para se chegar a uma compreensão básica sobre o funcionamento do cérebro.

De forma intrigante, os fluidos que se movem através do sistema glinfático podem fazer mais do que apenas remover resíduos; podem fornecer diversos nutrientes e outras cargas para o tecido cerebral. Um novo estudo demonstrou que os canais glinfáticos fornecem glicose aos neurônios para que tenham energia. Estudos adicionais atualmente investigam se a matéria branca, o revestimento parecido com isolamento ao redor das extensões similares a fiação dos neurônios, os axônios, podem se apoiar no sistema glinfático para o fornecimento de nutrientes e de materiais necessários para a manutenção da integridade estrutural das células. Esses estudos prometem elucidar os diversos papéis inesperados do sistema glinfático na vida diária – e noturna – do cérebro.

 LIMPANDO A CABEÇA

Um sistema intrincado de vasos – o sistema glinfático – serpenteia pelo cérebro, carregando fluidos que limpam o órgão de proteínas descartadas e de outros tipos de lixo, que podem se aglomerar e se tornar tóxicos, quando deixados ali. Os fragmentos de proteínas, conhecidos como peptídeos beta-amiloides, que estão presentes na doença de Alzheimer, são exemplos dos detritos celulares tirados do cérebro através do sistema de drenagem, em sua maioria durante o sono.

FLUÍDO QUE ENTRA

O líquido cefalorraquidiano (LCR), do espaço subaracnídeo, entre o crânio e o cérebro, viaja por uma cavidade (o espaço periarterial) que circunda uma artéria, impulsionado pela pulsação do fluxo sanguíneo. Esse fluido entra em canais pequenos que se estendem da cavidade para células chamadas astrócitos, cujos pés vasculares formam o espaço periarterial ao circundar vasos sanguíneos. O LCR sai então dos astrócitos e viaja pelo fluxo convectivo através do tecido cerebral

 

MAIKEN NEDERGAARD – é neurocientista, pesquisador do Centro Médico da Universidade de Rochester e na Universidade de Copenhagen.

STEVEN A. GOLDMAN – é professor de neurociência da Faculdade de Medicina e Odontologia da Universidade de Rochester e da Universidade de Copenhagen

OUTROS OLHARES

RISCO INSUSPEITO

Estudo conduzido no Brasil revela que o consumo de adoçantes – e nem precisa ser um consumo muito alto – pode reduzir a fertilidade da mulher.

Risco insuspeito

No mundo, 40 milhões de mulheres têm algum tipo de dificuldade para engravidar – 5 milhões delas estão no Brasil. Para cerca de metade, a técnica artificial de reprodução é uma alternativa. O número de mulheres que recorrem à fertilização in vitro, método de laboratório que forma o embrião fora do útero, aumentou 300% nos últimos trinta anos. Os motivos desse crescimento são compreensíveis. As chances de uma concepção natural resultar numa gravidez bem-sucedida são de 30% para mulheres com idade de 20 a 30 anos. Depois dos 35 anos, esse índice cai para menos de 15%. Aos 40 anos, despenca para 5%. Já na fertilização in vitro, a taxa de sucesso chega hoje a 40%. Mas, apesar de relativamente alta, ela não se altera há pelo menos cinco anos. Agora, um novo estudo revela o que pode ser uma das barreiras a impedir o crescimento desse índice.

O estudo foi publicado na prestigiosa Reproductive BioMedicine Online, revista que representa oito sociedades médicas especializadas em reprodução de diversos países. Ele mostra que a ingestão diária, ao longo de seis meses, do equivalente a mais de uma lata de refrigerante nas versões light e zero, ou uma xícara de 240 mililitros de café adoçado artificialmente, reduz em até 30% as chances de gravidez pela técnica da reprodução assistida.

O estudo constatou que a ingestão frequente de adoçantes prejudica a qualidade dos óvulos e reduz a taxa de sucesso de fixação do embrião no útero. Realizado pelas instituições brasileiras Fertility Medical Group e Instituto Sapientiae, o trabalho analisou 5.548 óvulos de 524 mulheres com idade média de 36 anos. Como todas as voluntárias haviam se submetido à técnica de reprodução assistida, as conclusões do estudo, por enquanto, só podem ser aplicadas às que recorrem a esse método de concepção. Ou seja: não se avaliou o efeito dos adoçantes no índice de uma gravidez natural.

O estudo não informa se a redução ou a abstenção de adoçantes pode reverter os danos causados aos óvulos. Diz o médico Edson Borges, diretor da Clínica Fertility, em São Paulo, coordenador do trabalho: “O mecanismo exato de ação dos adoçantes ainda precisa ser estudado em detalhes, mas a hipótese mais provável é que eles deflagrem um efeito inflamatório no organismo da mulher”. A inflamação causada pelo contato crônico com o adoçante liberaria a citocina substância que afeta a formação normal do óvulo e a saúde do útero.

Adoçantes já haviam sido associados ao parto prematuro. Uma pesquisa dinamarquesa, realizada pelo Instituto Statens Serum com 59.334 mulheres, concluiu que o consumo diário de pelo menos um refrigerante adoçado artificialmente aumentava o risco de parto prematuro em impressionantes 38%. A hipótese mais aventada nesse caso é que os compostos dos adoçantes são quebrados em substâncias químicas que alteram o ambiente uterino. Anormalidades na função ovulatória são o principal problema das mulheres que não conseguem engravidar. Para elas, a descoberta dos brasileiros, além de abrir uma frente importante de pesquisas, pode significar o início da realização de um sonho.

GESTÃO E CARREIRA

PROCURA-SE UM SINAL DE WI-FI

Em tempos de dispositivos móveis, os consumidores buscam formas práticas de acessar redes sociais ou trabalhar on-line, tanto que a quantidade de estabelecimentos comerciais que oferecem o sinal de internet sem fio – e de graça – tem aumentado e pode ser um aliado no relacionamento com o cliente.

Procura-se um sinal de wi-fi

Um dos imperativos importantes de uma empresa, ou seja, aquilo de que ela não pode abrir mão, é aquele que denota um esforço consciente para gerar a preferência do cliente. Em tempos de pessoas conectadas grande parte do dia, fornecer o Wi-Fi gratuito para os clientes é um fator atrativo e indispensável. E essa tendência tem se tornado mais comum em vários segmentos.

A medida, se bem empregada, pode contribuir para criar uma percepção de vantagem competitiva e gerar esta preferência. O WI-FI é apenas um em uma grande lista de itens que os clientes esperam encontrar nos locais que frequentam. “Se a empresa ainda não fornece serviços básicos como esse, por exemplo, pode eventualmente estar perdendo clientes”, comenta o especialista em Atendimento ao Cliente da consultoria Mais Cliente e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Paulo César Silva.

 ESTRATÉGIA

Mais do que um “agrado” ao cliente, a estratégia pode ser uma boa saída para construir um mailing. Estabelecer cadastros para liberar o acesso ao Wi-Fi gratuito pode ser um bom caminho. “Pedir para que o usuário preencha um cadastro para se conectar é uma estratégia de geração de   mailing direcionado”, comenta Silva. Com o cadastro você poderá realizar campanhas e divulgar novidades diretamente ao seu público-alvo.

Se o cliente perceber que está fazendo parte, simplesmente, da formação de um mailing para eventuais propagandas, o efeito de aproximação será o inverso. Silva diz que na conexão, deve-se ter o cuidado de mostrar ao usuário que o estabelecimento quer saber do que ele gosta e de suas preferências no caso de uma próxima visita ao local e, principalmente, se ele aceita participar de um seleto grupo que receberá conteúdos exclusivos e diferenciados.

Mas é preciso ter cuidado para não irritar o cliente com cadastros complexos. Nunca dificulte a vida do consumidor. O cadastro deve ser o mais simples possível ou até mesmo interligado como Facebook, por exemplo.

VANTAGENS

Depois do cadastro e com o e­ mail do cliente em mãos, é possível criar campanhas personalizadas, como e-mail marketing, informando sobre o lançamento de novos produtos ou mesmo uma promoção pontual exclusiva. Com o acesso ao Wi-Fi, o cliente pode receber novidades e descontos, visualizar banners e até campanhas de comunicação. Tudo para fidelizar os clientes e estimular o retorno ao estabelecimento.

O Wi-Fi marketing também permite automatizar atividades de contato junto à base de dados, com envio programado de cartões de aniversário e mensagens especiais. Transmitir confiança para o usuário é fundamental para estimular o uso do serviço.

A operadora Linktel oferece um serviço a clientes corporativos que querem liberar o sinal para os consumidores. A empresa criou um ambiente on-line para que os empreendimentos possam personalizar os campos de cadastro, telas de acesso, e- mails e comunicações. “Personalizar a identidade visual é essencial para que o cliente reconheça que se trata de um serviço oferecido pelo local que está visitando”, explica o presidente da Linktel, Jonas Trunk.

Trunk lembra ainda que é importante praticar o “conheça o seu cliente”. “À medida que o comércio tem conhecimento da curva de comportamento de forma individual, tempo de permanência, classe social e recorrência que o cliente à loja, por exemplo, é possível enriquecer a big data (sistema de dados) e também criar produtos e alternativas de vendas com maior valor agregado e melhor satisfação ao cliente”, explica Trunk.

ADERIU

O Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro (IORJ) percebeu que poderia ampliar as possibilidades na busca pela satisfação do cliente. Em janeiro deste ano, um sistema de internet sem fio foi instalado na unidade. “Entendemos que o ganho inicial não deva ser mensurado financeiramente, e sim na valorização da experiência do cliente dentro do IORJ como uma ferramenta adicional de otimização do atendimento e fidelização do paciente”, reforça o sócio do IORJ, Gustavo Bonfadini.

Atualmente, existem vários equipamentos de roteador de sinal de Wi-Fi que podem ser programados para a velocidade do sinal que será disponibilizado, tempo de uso e necessidade de cadastro ou login em uma rede social na qual o Instituto possui página de divulgação.

CUIDADO BÁSICO

É preciso saber que ofertar o serviço gratuito não apresenta apenas vantagens. Se o estabelecimento for pequeno, o comerciante poderá enfrentar uma situação adversa: o pouco espaço ocupado por trabalhadores que, após consumirem um simples café, ficam horas e horas pendurados na internet. “A sugestão seria a criação de mecanismos com limite de tempo de uso em que, por exemplo, o cliente tem de se reconectar a cada 10 ou 15 minutos e neste instante o estabelecimento aproveita para fazer uma pesquisa sobre o atendimento, alguma sugestão, que ao seu término, libera o sinal novamente, orienta Paulo César Silva.

Como em tudo, o atendimento ao cliente e o produto precisam ser os principais focos em qualquer estabelecimento. “Como diz o ditado popular: ‘não adianta tentar tampar o sol com a peneira”, ou seja, o Wi-Fi gratuito não vai justificar um péssimo serviço, produto ou atendimento”, pontua Silva. Muito pelo contrário. Se seu estabelecimento tem problemas com a satisfação do cliente, então procure resolver isso antes de qualquer coisa, principalmente antes de viabilizar o acesso ao Wi-Fi. Caso contrário, ele será usado para espalhar péssimas avaliações sobre seu atendimento, serviço e produto.

FIM DE PAPO

A liberação do Wi-Fi precisa estar em sintonia com uma visão ou mentalidade de serviço ao cliente que a sua empresa deve adotar. É o seu estabelecimento que deve estar voltado para a satisfação do cliente, e não apenas oferecer algumas facilidades para envolve-lo. “A sua empresa deve transparecer facilidades, comodidades, conforto, conveniência, rapidez, atenção e delicadeza no trato com o cliente, comenta Paulo César Silva, da Mais Cliente. Assim, você construirá os geradores da preferência do cliente.

 

 SAIBA MAIS

COMO USAR O WI-FI DE FORMA SEGURA?

É fundamental verificar sempre as atualizações disponíveis no site do fabricante do roteador do dispositivo. Além disso, deve­ se usar uma senha forte na rede com número e caracteres especiais, letras maiúsculas e minúsculas, com pelo menos 16 dígitos, dificultando assim o acesso por    pessoas não autorizadas.

POSICIONAR O ROTEADOR MAIS ALTO POSSÍVEL MELHORA O SINAL?

Quanto mais alto o roteador estiver posicionado, melhor o sinal do WI-FI, pois o funcionamento das ondas será em uma espécie de efeito “guarda-chuva”.

USAR VÁRIOS ROTEADORES MELJORA O SINAL?

Pensando nessa questão de ampliação do sinal, o indicado e usar repetidores que fazem o sinal chegar mais longe. Alguns fabricantes tem o roteador e o repetidor que trabalham juntos. Caso o usuário tenha mais de um roteador no mesmo local é provável que haja interferência. Por isso, não é recomendado.

OUTROS APARELHOS ELÉTRICOS E ESPELHOS PREJUDICAM O SINAL DA INTERNET?

Sim. Aparelhos que emitem ondas eletromagnéticas, como os telefones sem fio, podem interferir na qualidade do sinal. Já os espelhos podem prejudicar a correta dispersão das ondas do roteador.

COMO SABER SE TEM ALGUM USUÁRIO “PIRATA” USANDO O SEU WI-FI?

No roteador Wi-Fi, é possível ver os endereços de IP e Mac Address dos dispositivos conectados à rede. Se houver algum dispositivo desconhecido ou um número maior do que o número de dispositivos que você possui, sua rede pode estar sendo usada por terceiros.

 

BOA IDEIA

VANTAGENS DE OFERECER O WI-FI PARA O CLIENTE:

  • É possível oferecer cupons promocionais para cadastros feitos pela primeira vez. Assim, além de aumentar a base de dados, é possível cultivar o relacionamento.

 

  • Com os check-ins feitos pelos internautas no Facebook, a fanpage corporativa é movimentada na rede social.

 

  • Com o sistema, é possível captar e armazenar dados de cadastros para serem utilizados pelo time de marketing da empresa.

 

  • É possível integrar cadastros, o que possibilita o monitoramento da frequência e o ticket médio de cada cliente, descobrindo informações como o gosto e o que costuma comprar.

 

  • É possível usar os dados para a criação de campanhas de incentivo personalizadas de acordo com o perfil de gastos dos clientes, já que para a permissão do acesso, a ferramenta possui campos personalizáveis, como sexo, faixa etária e endereço.

 

  • O empreendimento pode aumentar a exposição de marca, direcionando os usuários para as redes sociais do próprio negócio, enviando SMS, criando listas de transmissão no WhatsApp ou mesmo personalizando a rota de acesso.

ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 5: 1-16 – PARTE II

Alimento diário

 A Cura no Tanque de Betesda

 

III – O paciente em quem essa cura foi realizada (v. 5): “Um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo”.

1. Sua doença era dolorosa: ele tinha uma enfermidade, uma fraqueza. Ele havia sido privado do uso de seus membros ao menos em um lado, como é habitual nas paralisias. E triste ter o corpo tão incapacitado que, em vez de ser o instrumento da alma, ele se torna, até mesmo nos afazeres desta vida, seu fardo. Que razão, então, temos para agradecer a Deus pela força física! Devemos usá-la em prol da obra do Senhor, apiedando-nos daqueles que são prisioneiros das enfermidades.

2. A duração da sua enfermidade era fatigante: “Trinta e oito anos”. Ele estava aleijado durante mais tempo do que muitos vivem. Muitos estão tanto tempo incapacitados para as funções da vida, que, como se queixa o salmista, eles parecem ter sido criados em vão; para sofrer, não para trabalhar; nascidos para estarem sempre agonizando. Será que devemos reclamar de uma noite exaustiva, do ataque de uma enfermidade, nós, que, talvez durante muitos anos, raramente soubemos o que era ficar doente por um dia, enquanto muitas pessoas, melhor do que nós, mal conheceram o que era estar bem por um dia? A nota do Sr. Baxter a respeito deste parágrafo é muito comovente: “Que grande misericórdia era viver trinta e oito anos sob a disciplina benéfica de Deus! Ó meu Deus,” disse o Sr. Baxter, “eu te agradeço pelos cinquenta e oito anos em que tenho vivido sob uma disciplina semelhante. Como é segura uma vida como esta, quando comparada com uma vida repleta de riquezas e prazeres!”

IV – O breve relato da cura e de suas circunstâncias, vv. 6-9.

1. Jesus o viu deitado. Observe que quando Cristo subiu a Jerusalém, Ele não visitou os palácios, mas sim os hospitais, o que é um exemplo de sua humildade, e condescendência, e carinhosa compaixão, e uma indicação do seu grande desígnio em vir ao mundo, que era buscar e salvar os doentes e feridos. Havia uma grande multidão de aleijados pobres aqui em Betesda, mas Cristo fixou seus olhos sobre este, e o separou dos demais, talvez porque ele fosse o mais velho da casa, e estivesse em uma condição mais deplorável do que qualquer um dos demais, e Cristo deleita-se em ajudar os necessitados, e “compadece-se de quem quer”. Talvez os companheiros de tribulação desse paralítico o criticassem porque sua cura era frequentemente frustrada. Por essa razão, Cristo tomou-o por seu paciente. A glória do Senhor Jesus consiste em apoiar e fortalecer os mais fracos, e sustentar aqueles que estão mais fatigados.

2. Jesus sabia quanto tempo o doente estava nessa condição e levou isso em consideração. Aqueles que sofreram durante um longo tempo podem se confortar com o fato de que Deus registra quanto tempo, e conhece nossa disposição de espírito.

3. Ele lhe perguntou: “Queres ficar são?” Uma estranha pergunta feita a alguém que estava doente por tão longo tempo. Alguns realmente não sarariam, porque suas feridas contribuíam para que pudessem mendigar e serviam como um pretexto para sua ociosidade. Mas este homem pobre era incapaz tanto de ir mendigar quanto de trabalhar, e ainda assim Cristo o desafiou:

(1) Para expressar sua própria piedade e preocupação por ele. Cristo é afetuosamente inquisitivo no que concerne aos desejos daqueles que estão aflitos, e está disposto a saber qual é o pedido destes: “Que quereis que eu vos faça?”

(2) Para testar se ele seria agradecido por uma cura àquele contra quem as pessoas importantes eram tão preconceituosas e outras buscavam prejudicar:

(3) Para ensiná-lo a dar valor à misericórdia, e para despertar nele paixão por ela. Nos casos espirituais, as pessoas não estão dispostas a serem curadas de seus pecados, e relutam em abrir mão deles. Se este ponto fosse então alcançado, se as pessoas estivessem dispostas a serem curadas, metade do trabalho estaria feito, pois Cristo está disposto a curar, basta apenas estarmos desejosos de ser curados, Mateus 8.3.

4. O pobre homem incapacitado aproveita essa oportunidade para renovar sua queixa e expor a angústia de seu caso, o que torna sua cura ainda mais gloriosa: “Senhor, não tenho homem algum que… me coloque no tanque”, v. 7. Ele parece interpretar a pergunta de Cristo como uma acusação de descuido e negligência: “Se tives­ ses intenção de ser curado, terias procurado melhor por teu êxito, e terias entrado na águas curativas há muito tempo”. “Não, Mestre”, disse o pobre homem, “não é por falta de boa vontade que ainda não fui curado, mas de um bom amigo. Eu tenho feito o que posso para me locomover, mas em vão, porque ninguém mais me ajuda”.

(1) Ele não pensa em nenhum outro modo de ser curado senão através dessas águas, e não desejava um ato de amizade que não o ajudasse a chegar a elas, por isso, quando Cristo o curou, sua imaginação ou expectativa não puderam contribuir para que percebesse o benefício que estava prestes a receber, pois ele não imaginava tal coisa.

(2) Ele se queixa da falta de amigos para ajudá-lo a entrar no tanque: “Não tenho homem algum, nenhum amigo para me fazer esse favor”. Pensar-se-ia que alguns daqueles que haviam sido curados deveriam tê-lo ajudado, mas é comum ao pobre ser desprovido de amigos, nenhum homem se importa com a alma deles. E um verdadeiro exemplo de caridade ajudar os doentes e incapazes na­ quilo que puder aliviá-los, e assim os pobres são capazes de ser caridosos uns com os outros, e deveriam ser assim, embora nós raramente encontremos quem seja assim. Eu o digo para sua vergonha.

(3) Ele lamenta sua infelicidade, que se devia ao fato de que muito frequentemente, quando ele estava chegando, alguém descia antes dele. Somente um passo entre ele e a cura, e ainda assim ele continua inválido. Ninguém tinha a bondade de dizer: “Seu caso é pior do que o meu. Entre você agora, e eu esperarei uma outra op01t unidade”, pois nada supera a velha máxima: Cada um por si mesmo. Tendo se decepcionado tantas vezes, ele começa a se desesperar, e agora é a vez de Cristo vir para seu alivio. Ele se deleita em ajudar em casos irremediáveis. Observe como este homem fala moderadamente da crueldade dos outros para com ele, sem qualquer crítica mal-humorada. Como deveríamos ser gratos pela menor gentileza, assim deveríamos ser pacientes sob os maiores desprezos, e, quer sejam nossos ressentimentos sempre justos, ainda assim nossas manifestações devem sempre ser pacíficas. E além disso, observe, para o louvor desse paralítico, que, embora ele tenha esperado tanto tempo em vão, ainda assim ele continuou deitado ao lado do tanque, esperando que em um momento ou em outro a ajuda viria, Habacuque 2.3.

5. Depois disso, nosso Senhor Jesus o cura pronunciando uma palavra, embora ele nem o pedisse e nem pensasse nisso. Aqui está:

(1) A palavra que Ele disse: “Levanta-te, toma tua cama”, v. 8.

[1] Ele é convidado a levantar-se e caminhar. Uma estranha ordem a ser dada a um homem incapaz, que havia estado inválido por um longo tempo. Mas essa palavra divina seria o instrumento de um poder divino. Era uma ordem para que a doença se fosse, para que a natureza se fortalecesse, mas é expressa para ele como uma ordem para que ele se pusesse em movimento. O homem deveria se levantar e caminhar; isto é, tentar fazer isso, e, na tentativa, ele deveria receber força para fazê-lo. A conversão de um pecador é a cura de uma doença crônica. Isto é normalmente feito pela palavra, uma palavra de ordem: “Levanta-te, e anda”. “Converta-se, e viva”. “Crie em si um coração novo”. Que não mais se creia em um poder em nós para fazer, sem a graça de Deus, a distinta graça, mais do que este suposto poder no impotente homem. Mas se ele não tivesse tentado ajudar a si mesmo, ele não teria sido curado, e teria que assumir a culpa. Mesmo assim, isto não implica em que quando ele se levantou e andou, foi através de sua própria força. Não, foi através do poder de Cristo, e ele deve receber toda a glória. Observe que Cristo não ordenou a ele: “Levanta-te e entra nas águas”, mas: “Levanta-te e anda”. Cristo fez por nós aquilo que a lei não pôde fazer, e a deixou de lado.

[2] É ordenado que ele recolha sua cama. Em primeiro lugar; para demonstrar que aquela era uma cura perfeita, e puramente milagrosa, pois ele não recuperou sua força gradualmente, mas, da extremidade da fraqueza e impotência, repentinamente alcançou o mais alto grau da força física, de forma que ele era capaz de carregar uma grande carga como qualquer carregador que estivesse acostumado a isso há tanto tempo quanto ele estava desacostumado. Ele, que um minuto atrás não era capaz de se virar em sua cama, no minuto seguinte era capaz de carregar sua cama. O paralítico descrito no Evangelho de Mateus (Mateus 9.6) recebeu ordem de ir para sua casa, mas provavelmente esse homem não tinha nenhuma casa para onde ir, o hospital era sua casa. Portanto, é lhe ordenado que se levante e ande. Em segundo lugar; para proclamar a cura e torná-la pública, porque, sendo sábado, quem quer que levasse uma carga pelas ruas seria muito notado, e todos indagariam qual era o significado disso. Através disso, a notícia do milagre se espalharia, para a glória de Deus. Em terceiro lugar; Cristo assim testemunharia contra a tradição dos anciãos, que haviam estendido a lei do sábado para além das intenções originais, e mostraria igualmente que Ele era o Senhor do sábado, e tinha poder para fazer as alterações que lhe aprouvessem a esse respeito, e para anular a lei. Josué e o exército de Israel marcharam sobre Jericó em um dia de sábado, quando Deus lhes ordenou, e, da mesma forma, este homem carregou sua cama, em obediência a uma ordem. A situação poderia ser tal que, carregar uma cama no sábado poderia se tomar uma obra de misericórdia. Mas aqui era mais, era uma obra de devoção, sendo concebida puramente para a gló1ia de Deus. Em quarto lugar; Jesus testaria, por meio disso, a fé e a obediência de seu paciente. Ao carregar sua cama publicamente, ele se expunha à reprovação do tribunal eclesiástico, e estava sujeito, pelo menos, a ser açoitado na sinagoga. Nessas circunstâncias, irá ele se arriscar a isso em obediência a Cristo? Sim, ele se arriscará. Aqueles que foram curados pela palavra de Cristo devem ser governados por sua palavra, por mais que isso lhes custe.

(2) A eficácia da palavra de Cristo (v. 9): um poder divino a acompanhava, e imediatamente ele “ficou são, e tomou a sua cama, e partiu”.

[1] Ele sentiu o poder da palavra de Cristo curando-o: “Logo, aquele homem ficou são”. Que feliz surpresa foi para o pobre aleijado descobrir-se de repente tão confortável, tão forte, tão capaz de locomover-se! Em que mundo novo estava ele, em apenas um instante! Nada é muito difícil para Cristo fazer.

[2] Ele obedeceu ao que o poder da palavra de Cristo lhe ordenou. Ele tomou sua cama e andou, e não se importou com quem o culpou ou o ameaçou por isso. A prova de nossa cura espiritual é nosso levantar e andar. Cristo curou nossas doenças espirituais? Devemos ir onde quer que Ele nos enviar, e aceitar o que lhe agradar planejar para nós, e caminhar adiante dele.

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