ALIMENTO DIÁRIO

JOÃO 4: 27-42 – PARTE I

Alimento diário

Cristo Junto à Fonte de Samaria

Temos aqui o restante da história sobre o que aconteceu quando Cristo estava em Samaria, após a longa conversa que tivera com a mulher.

I – A interrupção de sua conversa pela chegada dos discípulos. É provável que muito mais tenha sido falado do que o que é relatado. Mas somente quando a conversa chegou a um ponto crítico, quando Cristo havia se declarado à mulher como sendo o verdadeiro Messias, os discípulos chegaram. “Oh filhas de Jerusalém… não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira”.

1. Eles maravilharam-se de que Cristo conversasse com essa mulher, maravilharam-se de que ele falasse tão seriamente (visto que talvez eles observassem à distância) com uma mulher, uma mulher desconhecida, a sós (Ele costumava ser mais reservado), especialmente com uma samaritana, que não fazia parte das ovelhas perdidas da casa de Israel. Eles pensavam que seu Mestre devia ser tão desconfiado dos samaritanos quanto os outros judeus, o suficiente para que não pregasse o Evangelho a eles. Eles maravilharam-se de que Ele se rebaixasse a falar com uma mulher tão insignificante, esquecendo quão desprezíveis eles próprios eram quando Cristo os chamou inicialmente para se juntarem a Ele.

2. Ainda assim, eles aceitaram aquilo tacitamente. Eles sabiam que era por alguma boa razão, e por algum bom propósito, dos quais Ele não estava obrigado a lhes prestar contas. E, por isso, nenhum lhe disse: “Que perguntas?” Ou: “Por que falas com ela?” Assim, quando dificuldades peculiares ocorrerem com a Palavra e a providência de Deus, é bom nos satisfazermos com o fato de que, em geral, tudo está bem no que Jesus Cristo diz e faz. Talvez houvesse algo inadequado no fato de eles se maravilharem de que Cristo falasse com a mulher. Isto era como os fariseus se escandalizando com o fato de Ele comer com publicanos e pecadores. Mas, o que quer que eles pensassem, eles nada disseram. “Se imaginaste o mal, põe a mão na boca”, para impedir que esse pensamento mau se torne uma palavra do mal, Provérbios 30.32; Salmos 34.1-3.

II – A informação que, com alegria, a mulher deu aos seus vizinhos sobre a extraordinária pessoa que ela havia encontrado, vv. 28,29. Observe aqui:

1. Como ela se esqueceu de sua missão junto à fonte, v. 28. Pelo fato de os discípulos terem chegado e interrompido a conversa, e talvez por ela ter notado que eles não estavam contentes com aquilo, ela foi embora. Ela se retirou, em uma atitude de cortesia e civilidade a Cristo, para que Ele tivesse tempo para comer seu jantar. Ela se alegrou pela conversa que teve com Ele, mas não foi rude. Cada coisa é bela em seu momento. Ela supôs que Jesus, ao terminar seu jantar, continuaria em sua jornada, e por isso apressou-se em contar a seus vizinhos para que eles fossem encontrá-lo prontamente. ”A luz ainda está convosco por um pouco de tempo”. Veja como ela aproveitou o tempo. Quando um bom trabalho estava completo, ela se dedica a outro. Quando as oportunidades de se realizar o bem cessam, ou são interrompidas, devemos procurar oportunidades de fazer o bem. Quando acabamos de ouvir a palavra, é então o momento de falar sobre ela. Foi dada atenção ao fato de ela ter deixado seu cântaro.

(1) Ela partiu por gentileza a Cristo, para que Ele tivesse água para beber. Ele transformou água em vinho para outros, mas não para si próprio. Compare isto com a cortesia de Rebeca para com o servo de Abraão (Genesis 24.18), e veja essa promessa, Mateus 10.42.

(2) Ela o deixou para que pudesse chegar mais rapidamente à cidade, para levar aos seus habitantes essas boas notícias. Aqueles cujo trabalho é anunciar o nome de Cristo não devem se sobrecarregar ou se enrredar com qualquer coisa que os retarde ou impeça de fazer isso. Quando os discípulos foram feitos pescadores de homens, eles renunciaram a tudo.

(3) Ela deixou seu cântaro, como alguém indiferente a ele, estando totalmente concentrada em coisas mais importantes. Observe que aqueles que são trazidos ao conhecimento de Cristo, mostrarão isso através de um completo desprezo por este mundo e pelas coisas dele. E aqueles que são novatos nas coisas de Deus devem ser desculpados, se, no princípio, estiverem tão ocupados com o novo mundo para o qual são levados, que as coisas deste mundo pareçam ser, por algum tempo, negligenciadas. Em um de seus sermões a respeito deste versículo, o Sr. Hildersharn, a partir deste exemplo, justifica amplamente aqueles que abandonam seus negócios terrenos durante os dias da semana para ouvir sermões.

2. Como ela tratou sua missão na cidade, uma vez que seu coração estava voltado para esta. Ela foi à cidade e disse “àqueles homens”, provavelmente os membros do conselho da cidade, os homens com autoridade, a quem, possivelmente, encontrou reunidos tratando de algum assunto público. Ou a cada homem que encontrava nas ruas. Ela proclamava nos principais locais de ajuntamento: “Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo?” Observe:

(1)  Como ela foi solícita em fazer com que seus amigos e vizinhos conhecessem a Cristo. Ao encontrar aquele tesouro, ela convocou seus amigos e vizinhos (como Lucas 15.9), não apenas para se regozijarem com ela, mas para compartilharem com ela, sabendo que havia o suficiente para enriquecer a si mesma e a todos que quisessem compartilhar com ela. Observe que aqueles que estiveram com Jesus, e encontraram nele consolo, devem fazer tudo que puderem para levar outros a Ele. Já recebemos o privilégio de conhecer o Senhor? Devemos honrá-lo, fazendo com que Ele se torne conhecido por outros. Não podemos dar a nós mesmos uma honra maior. Esta mulher se torna um apóstolo. Aquela que partira como um exemplar de impureza, volta como uma professora da verdade evangélica, diz Aretius. Cristo dissera a ela que chamasse seu marido, e ela pensou que esta fosse uma autorização suficiente para convocar a todos. Ela foi à cidade, à cidade em que habitava, entre seus parentes e conhecidos. Embora cada homem seja meu próximo, a quem eu tenha a oportunidade de fazer o bem, ainda assim eu tenho maior oportunidade, e por isso estou sob maior obrigação, de fazer o bem aos que moram próximos a mim. Que a árvore seja útil no local onde estiver.

(2)  Corno ela foi franca e honesta ao avisá-los sobre esse estrangeiro com quem havia se encontrado.

[1] Ela conta abertamente a eles o que a induzira a admirá-lo: Ele “me disse tudo quanto tenho feito”. Nada mais é relatado do que aquilo que Ele disse a ela a respeito de seus maridos. Mas não é improvável que Ele lhe tenha falado sobre outros de seus pecados. Ou, ao contar aquilo sobre o que ela sabia que Ele não poderia, por meios normais, ter tornado conhecimento, Ele a convencera de que poderia ter dito tudo aquilo que ela já havia feito. Então, uma vez que Ele tem uma sabedoria divina, esta deve ser a onisciência. Ele disse a ela aquilo que ninguém sabia, exceto Deus e a própria consciência dela. Duas coisas a influenciaram. Em primeiro lugar, a extensão do conhecimento dele. Nós mesmos não conseguimos dizer todas as coisas que já fizemos (muitas coisas passam despercebidas, e mais se passam e são esquecidas), mas Jesus Cristo conhece todos os pensamentos, palavras e atos de todos os filhos dos homens. Veja Hebreus 4.13. Ele disse: “Eu sei as tuas obras”. Em segundo lugar, o poder da sua palavra. O fato de ele ter contado os pecados secretos dela com poder e energia tão inexplicáveis causou nela uma grande impressão de que, tendo sido descoberto um pecado, ela se lembra de todos, e se sente julgada por todos. Ela não diz: “Vinde e vede um homem que me disse coisas estranhas referentes à adoração religiosa e às suas leis, que decidiram a controvérsia entre este monte e Jerusalém, um homem que chama a si mesmo de Messias”. Mas sim: “Vinde e vede um homem que contou-me meus pecados”. Ela se concentra na parte da conversa de Cristo que, seria de se pensar, ela teria mais medo de repetir. Mas as demonstrações reais do poder da Palavra e do Espírito de Cristo estão entre todas as mais persuasivas e convincentes. E o conhecimento de Cristo, ao qual somos levados pela condenação do pecado e pela humilhação, é absolutamente saudável e nos traz a salvação.

[2] Ela os convida a sair e ver aquele sobre quem ela expressava uma opinião tão favorável. Não apenas: “Vinde e observai-o” (ela não os convida a vê-lo como a um espetáculo), mas: “Vinde e conversai com Ele. Vinde e ouvi sua sabedoria, como eu fiz, e então pensareis como eu”. Ela não se responsabilizaria por lidar com os argumentos que a haviam convencido, de maneira a convencer a outros. Aqueles que veem a evidência da verdade não são capazes de fazer com que outros a vejam. Mas: “Vinde e falai com Ele, e encontrareis um poder muito grande em sua palavra, um poder que de longe supera todas as outras evidências”. Observe que aqueles que pouco podem fazer para o convencimento e conversão de outros, podem e devem apresentá-los aos métodos da graça que eles próprios perceberão que são eficazes. Jesus estava, agora, junto ao extremo da cidade. “Vinde vê-lo agora”. Quando as oportunidades de receber o conhecimento de Deus são trazidas à nossa porta, não temos nenhuma justificativa para negligenciá-las. Será que não devemos ir além do limiar para ver aquele cujo dia os profetas e reis desejaram ver?

[3] Ela decide recorrer a eles, e aos sentimentos deles, quanto ao julgamento. “Não é este o Cristo?” Ela não fala de forma categórica: “Ele é o Messias”, por mais nítido que ela tivesse isso em sua mente. Entretanto, ela muito prudentemente menciona o Messias, de quem, de outra forma, eles não teriam pensado, e depois os consulta sobre isso. Ela não imporá sua fé a eles, mas somente a exporá. Através de apelos tão íntegros, porém fortes como estes, a capacidade de julgamento e as consciências dos homens são, às vezes, dominadas antes que eles o percebam.

(3) O sucesso que ela obteve nessa convocação: “Saíram, pois, da cidade e foram ter com ele”, v. 30. Embora possa parecer muito improvável que uma mulher de importância tão insignificante, e de caráter tão ruim, tivesse a honra da primeira descoberta do Messias entre os samaritanos, ainda assim agradava a Deus influenciar os corações a prestarem atenção ao relato dela, e a não menosprezá-lo como uma história sem importância. Houve uma ocasião em que os leprosos foram os primeiros a trazer a Samaria as notícias de uma notável salvação, 2 Reis 7.3ss. Eles foram se encontrar com o Senhor Jesus. Não tentaram trazê-lo a si mesmos dentro da cidade, mas em sinal de seu respeito por Ele, e da sinceridade de seu desejo de vê-lo, eles foram até Ele. Aqueles que desejam conhecer a Cristo devem se encontrar com Ele onde quer que Ele esteja.

Autor: Vocacionados

Sou evangélico, casado, presbítero, professor, palestrante, tenho 4 filhos sendo 02 homens (Rafael e Rodrigo) e 2 mulheres (Jéssica e Emanuelle), sou um profundo estudioso das escrituras e de tudo o que se relacione ao Criador.

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