JOÃO 1: 39-36

O Testemunho de João a respeito de Cristo
Nestes versículos, temos um relato do testemunho de João a respeito de Jesus Cristo, quando deu testemunho aos seus próprios discípulos, que o seguiam. Imediatamente depois de ter sido batizado, Cristo foi rapidamente ao deserto, para ser tentado. E ali esteve durante quarenta dias. Durante sua ausência, João tinha continuado a testificar dele, e a falar ao povo sobre Ele, mas agora, por fim, ele viu a Jesus, que vinha para ele, retornando do deserto da tentação. Depois de terminado o conflito, Cristo retornou imediatamente a João, que estava pregando e batizando. Cristo foi tentado para nos dar um exemplo e incentivo. E isto nos ensina:
1. Que as dificuldades de uma condição de tentação devem nos incentivar a nos aproximarmos das ordenanças, a entrarmos no santuário de Deus, Salmos 73.17. Nossos combates com Satanás devem nos estimular a nos aproximarmos da comunhão dos santos. Dois são melhores do que um.
2. Que as honras de uma situação vitoriosa não devem nos colocar acima das ordenanças. Cristo tinha triunfado sobre Satanás, e tinha sido auxiliado por anjos, e, ainda assim, depois de tudo, Ele retorna ao lugar onde João estava pregando e batizando. Enquanto nós estivermos deste lado do céu, quaisquer que sejam as visitas extraordinárias da graça divina que possamos ter, em qualquer ocasião, nós ainda devemos nos aproximar dos meios comuns de graça e consolo, e andar com Deus neles. Aqui estão dois testemunhos dados por João a respeito de Cristo, mas os dois significam a mesma coisa.
I – Aqui está seu testemunho a respeito de Cristo, no primeiro dia, quando o viu retornando do deserto. E aqui ele testifica quatro coisas a respeito de Cristo, quando o teve diante de seus olhos:
1. Que Ele é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, v. 29. Aqui, aprendemos:
(1) Que Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus, o que evidencia que Ele é o grande sacrifício, por cujo intermédio é feita a expiação dos pecados, e o homem se reconcilia com Deus. Entre todos os sacrifícios legais, ele decide fazer alusão aos cordeiros que eram ofertados, não somente porque o cordeiro é um símbolo de mansidão, e Cristo deve ser conduzido como um cordeiro para o matadouro (Isaias 53.7), mas com uma referência especial:
[1] Ao sacrifício diário, que era oferecido todas as manhãs e todas as tardes, continuamente, e que era sempre um cordeiro (Êxodo 29.38), que era um tipo de Cristo, como a propiciação duradoura, cujo sangue fala continuamente.
[2] Ao cordeiro pascal, cujo sangue, sendo espargido sobre a verga das portas, protegeu os israelitas do ataque do anjo destruidor. Cristo é nossa Páscoa, 1 Coríntios 5.7. Ele é o Cordeiro de Deus. Ele foi designado por Deus (Romanos 3.25), Ele é dedicado a Ele (cap. 17.19), e Ele é aceito por Ele. Deus se compraz neste precioso Cordeiro. A sorte que caiu sobre o bode que seria oferecido para expiação do pecado foi chamada de “sorte pelo Senhor” (Levítico 16.8,9). Também Cristo, que faria a expiação definitiva do pecado, é chamado de Cordeiro de Deus.
(2) Que Jesus Cristo, como o Cordeiro de Deus, tira o pecado do mundo. Esta era sua missão. Ele manifestou-se “para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo”, Hebreus 9.26. João Batista tinha convocado as pessoas para que se arrependessem dos seus pecados, para sua remissão. Aqui ele mostra como, e por intermédio de quem, esta remissão devia ser esperada, qual base para esperança nós temos de que nossos pecados serão perdoados com nosso arrependimento, embora nosso arrependimento não os compense. Nós temos esta base de esperança – Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus.
[1] Ele tira o pecado. Sendo o Mediador entre Deus e o homem, Ele tira o que é, acima de qualquer coisa, ofensivo à santidade de Deus, e destrutivo à felicidade do homem. Ele veio, em primeiro lugar, para remover a culpa pelo peca do através do mérito da sua morte, para cancelar o julgamento e reverter a desonra e a condenação, sob as quais a humanidade se encontrava, através de um ato indenizatório, cujo benefício todos os crentes penitentes e obedientes podem reivindicar. Em segundo lugar, para remover o poder do pecado, pelo Espírito da sua graça, de modo que ele não tenha domínio sobre nós, Romanos 6.14. Cristo, como o Cordeiro de Deus, lava-nos dos nossos pecados com seu próprio sangue. Isto é, Ele nos justifica e, ao mesmo tempo, nos santifica, Ele tira o pecado. Ele está removendo o pecado do mundo, o que indica não um ato isolado, mas um ato contínuo. Tirar o pecado é seu trabalho e ofício constante, o que é um trabalho de tempo, que jamais será completado até que não haja mais tempo. Ele está sempre tirando o pecado, pela contínua intercessão do seu sangue no céu, e pela contínua influência da sua graça na terra.
[2] Ele tira o pecado do mundo. Ele comprou o perdão para todos aqueles que se arrependem, e creem no Evangelho, não importando a qual país, nação ou língua pertençam. Os sacrifícios legais faziam referência somente aos pecados de Israel, para expiá-los, mas o Cordeiro de Deus foi oferecido como propiciação dos pecados de todo o mundo. Veja 1 João 2.2. Isto é encorajador para nossa fé. Se Cristo tira o pecado do mundo, então por que não tirará meu pecado? Cristo direcionou sua força ao corpo principal do exército do pecado, e golpeou sua raiz visando a derrubada de toda aquela maldade em que o mundo inteiro se encontrava. Nele, Deus estava reconciliando o mundo com Ele mesmo.
[3] Ele faz isto assumindo o pecado sobre si mesmo. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Várias traduções da Bíblia Sagrada trazem esta anotação em sua margem. Ele tomou sobre si nossos pecados, e, sendo assim, Ele o remove da nossa vida. Ele suportou o pecado de muitos, assim como o bode expiatório teve os pecados de Israel colocados sobre sua cabeça, Levítico 16.21. Deus poderia ter tirado o pecado tirando o pecador, que era a forma que Ele utilizava para tirar o pecado no mundo antigo. Mas Ele providenciou uma maneira de eliminar o pecado e poupar o pecador, tornando seu próprio Filho pecado por nós.
(3) Que é nosso dever, com olhos de fé, observar o Cordeiro de Deus removendo assim o pecado do mundo. Veja-o tirando o pecado, e permita que cresça o ódio que sentimos do pecado, e nossa determinação contra ele. Não nos apeguemos àquilo que o Cordeiro de Deus veio para remover, pois Cristo irá remover nossos pecados, ou a nós. Que cresça nosso amor por Cristo, que nos amou, e que em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, Apocalipse 1.5. Seja o que for que Deus se compraz em remover de nós, se além disto Ele remover nossos pecados, nós teremos razão para sermos gratos, e não teremos motivos para reclamar.
2. Que este era aquele de quem ele tinha falado antes (vv. 30,31): “Este é aquele, esta pessoa a quem eu aponto agora, vocês podem ver onde Ele está, este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um homem”. Observe:
(1) João teve esta honra acima de todos os profetas, pois, enquanto eles falavam dele como alguém que viria, Ele o viu já chegado. “Este é aquele”. Ele o vê agora, o vê de perto, Números 24.17. Esta é a diferença que existe entre a fé atual e a visão futura. Agora nós amamos àquele a quem não vimos. Então nós veremos àquele a quem nossas almas amam, nós o veremos e diremos: “Este é aquele do qual eu disse, meu Cristo, e meu tudo, meu Amado, e meu Amigo”.
(2) João chama a Cristo de homem: ”Após mim vem um homem” – um homem forte, como o homem, o Renovo, ou o homem que está à direita de Deus.
(3) Ele faz referência ao que ele mesmo tinha dito antes sobre Cristo: “Este é aquele do qual eu disse”. Observe que aqueles que disseram as coisas mais honrosas a respeito de Cristo, nunca terão motivos para retirar o que disseram, mas quanto mais o conhecerem, mais serão confirmados na avaliação que fazem dele. João ainda pensa tão humildemente sobre si mesmo, e de uma forma tão elevada a respeito de Cristo, como sempre. Embora Cristo não aparecesse com nenhuma pompa externa, ou grandeza, ainda assim João não se envergonha de reconhecer: “Este é aquele [que] era primeiro do que eu”. E era necessário que João lhes apresentasse a pessoa de Cristo desta forma, pois, de outra maneira, eles não teriam acreditado que alguém que tinha uma aparência tão humilde pudesse ser aquele de quem João tinha dito coisas tão grandes.
(4) Ele protesta quanto à coligação ou combinação com este Jesus: “E eu não o conhecia”. Embora houvesse algum parentesco entre eles (Isabel era prima de Maria), ainda assim eles não se conheciam. João não conhecia Jesus pessoalmente, até que o viu vindo para seu batismo. Seus estilos de vida tinham sido diferentes. João tinha passado seu tempo no deserto, no isolamento. Jesus, em Nazaré, em um intercâmbio social constante. Não houve correspondência, nem encontros entre eles, para que ficasse claro que o assunto estava sendo completamente realizado pela orientação e disposição do Céu, e não por qualquer desígnio ou concerto das próprias pessoas. E da mesma maneira como ele negou conluio, também negou parcialidade e desonestidade a este respeito. João não poderia ser considerado como alguém que estivesse favorecendo o Senhor Jesus como um amigo, pois não havia amizade nem familiaridade entre eles. Na verdade, assim como ele não poderia ser levado a falar honrosamente a respeito do Senhor, por ser um estranho para Ele, João não podia dizer nada dele, exceto o que recebia do céu, ao qual ele apela, cap. 3.27. Observe que aqueles que são ensinados, creem e confessam aquele a quem não viram, e bem-aventurados são aqueles que, apesar disso, têm crido.
(5) A grande intenção do ministério e do batismo de João era apresentar a Jesus Cristo: “Para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água”. Observe:
[1] Embora João não conhecesse a Jesus pessoalmente, ainda assim ele sabia que Ele devia manifestar-se. Observe que nós podemos conhecer a certeza daquilo cuja natureza e intenção nós não conhecemos completamente. Nós sabemos que a felicidade do céu deverá se manifestar a Israel, mas não podemos descrevê-la.
[2] A completa certeza que João tinha, de que Cristo seria manifestado, serviu para conduzi-lo com diligência e resolução no seu trabalho, em bora ele fosse mantido no escuro quanto aos detalhes: “Vim eu, por isso”. Nossa certeza da realidade das coisas, embora sejam invisíveis, é suficiente para nos incentivar no nosso dever.
[3] Deus se revela ao seu povo gradualmente. A princípio, João não sabia, a respeito de Cristo, nada além de que Ele deveria se manifestar. Confiando nisto, ele veio batizando, e agora é privilegiado com uma visão dele. Aqueles que, pela Palavra de Deus, creem naquilo que não veem, em breve verão aquilo em que agora creem.
[4] O ministério da palavra e dos sacramentos não tem outro objetivo, senão conduzir as pessoas a Cristo, e torná-lo cada vez mais manifesto.
[5] O batismo com água abre caminho para a manifestação de Cristo, como também pressupõe nossa corrupção e imundície, e significa nossa purificação por aquele que é a “fonte aberta”.
3. Que este era aquele sobre o qual o Espírito desceu do céu como uma pomba. Para a confirmação do seu testemunho a respeito de Cristo, aqui ele testemunha a extraordinária aparição na ocasião do seu batismo, na qual o próprio Deus deu testemunho dele. Esta era uma evidência considerável da missão de Cristo. Para nos assegurarmos desta verdade, aqui lemos (vv. 32-34):
(1) Que João Batista a viu: ele “testificou”. Não a narrou como uma história, mas solenemente a testificou, com toda a seriedade e solenidade de um testemunho. Ele deu um depoimento disto: “Eu vi o Espírito descer do céu”. João não pôde ver o Espírito, mas viu a pomba, que foi um sinal e a representação do Espírito. O Espírito desceu sobre Cristo, para adequá-lo para seu trabalho, e para torná-lo conhecido ao mundo. Cristo foi identificado, não por uma coroa descendo sobre Ele, nem por uma transfiguração, mas pela descida do Espírito sobre Ele, como uma pomba, para capacitá-lo para sua missão. Assim, o primeiro testemunho dado aos apóstolos foi por meio da descida do Espírito sobre eles. Os filhos de Deus são manifestos pelas suas graças. Suas glórias estão reservadas para sua condição futura. Observe:
[1] O Espírito desceu do céu, pois “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto”.
[2] Ele “desceu do céu como uma pomba” – um símbolo de submissão, mansidão e bondade, o que o torna adequado para ensinar. A pomba trouxe o ramo de oliveira da paz, Gênesis 8.11.
[3] O Espírito que desceu sobre Cristo, repousou sobre Ele, como tinha sido predito, Isaías 11.2. O Espírito não o impele de quando em quando, como a Sansão (Juízes 13.25), mas sempre. O Espírito foi-lhe dado sem medida. Era prerrogativa de Cristo ter o Espírito sempre sobre si, de modo que Ele não poderia, em nenhuma ocasião, ser encontrado desqualificado para sua obra, nem incapacitado para prover por aqueles que procuram sua graça.
(2) Que a ele tinha sido dito que esperasse por isto, o que corrobora, e muito, a evidência. Não era uma pura conjectura de João, de que certamente aquele sobre o qual ele visse o Espírito descendo seria o Filho de Deus, mas era um sinal instituído, dado a ele anteriormente, pelo qual ele poderia, com certeza, conhecê-lo (v. 33): “Eu não o conhecia”. Ele insiste muito no fato de que ele não o conhecia, não mais do que qualquer outra pessoa, nem por revelação. “Mas o que me mandou a batizar me deu este sinal: Ele é aquele sobre o qual vires descer o Espírito”.
[1] Veja aqui como eram bons os fundamentos sobre os quais João prosseguiu no seu ministério e batismo, para que pudesse proceder com toda satisfação imaginável. Em primeiro lugar, ele não agiu sem ter sido enviado: Deus o “mandou a batizar”. Ele tinha uma autorização do céu para fazer o que fazia. Quando a vocação do ministro é clara, seu consolo é certo, embora seu sucesso nem sempre o seja. Em segundo lugar, ele não agiu sem orientação, pois, quando foi enviado a batizar com água, ele foi orientado àquele que iria batizar com o Espírito Santo. Com esta noção, João Batista foi ensinado a esperar por Cristo, como aquele que daria aquele arrependimento e aquela fé aos quais ele convocava as pessoas, e prosseguiria e completaria esta estrutura abençoada da qual ele agora lançava a fundação. Observe que é um grande consolo para os ministros de Cristo, na sua administração dos sinais exteriores, que aquele de quem eles são ministros conceda a graça que os sinais representam, e assim coloque vida, e alma, e virtude nos seus ministérios. Ele pode falar ao coração o que eles falam aos ouvidos, e soprar sobre os ossos secos aos quais eles profetizam.
[2] Veja os fundamentos seguros que ele teve para designar a pessoa do Messias. Anteriormente, Deus lhe tinha dado um sinal, como tinha feito com Samuel a respeito de Saul: “Sobre aquele que vires descer o Espírito”. Isto não apenas evitou qualquer engano, como também lhe deu ousadia no seu testemunho. Quando ele teve tal certeza, como esta, ele pôde falar com segurança. Quando João ouviu isto antes, não foi possível evitar que suas expectativas se elevassem, e muito, e, quando o evento respondeu com exatidão a esta predição, sua fé não pôde deixar de ser muito confirmada. E estas coisas estão escritas para que possamos crer.
4. Que Ele é o Filho de Deus. Esta é a conclusão do testemunho de João, em torno do qual se centram todos os detalhes, como o fato a ser demonstrado (v. 34): “E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus”.
(1) A verdade afirmada é “que este é o Filho de Deus”. A voz do céu proclamou, e João a reiterou, não somente que Ele batizaria com o Espírito Santo por uma autoridade divina, mas que Ele tinha uma natureza divina. Este é o credo peculiar cristão, de que Jesus é o Filho de Deus (Mateus 16.16), e aqui está sua primeira formulação.
(2) O testemunho de João a este respeito: ‘”Eu vi e tenho testificado’. Não somente agora eu dou testemunho disto, mas o fiz tão logo o vi”. Observe:
[1] Que ele se prontificou a testemunhar o que viu, como Pedro e João, Atos 4.20: “Não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”.
[2] Que ele testificou sobre o que viu. As testemunhas de Cristo eram testemunhas oculares, e, portanto, mais crédito deviam ter. Eles não falavam por ouvir dizer e repetir, 2 Pedro 1.16.
II – Aqui está o testemunho de João a respeito de Cristo, no dia seguinte, vv. 35,36. Onde observamos:
1. Ele aproveitou todas as oportunidades que se ofereciam para conduzir as pessoas a Cristo: João viu Jesus passar. Aparentemente, João agora estava afasta do da multidão, e estava conversando em particular com dois de seus discípulos. Observe que os ministros devem, não somente na sua pregação pública, mas também nos seus relacionamentos mais reservados, dar testemunho de Cristo, e servir aos seus interesses. Ele viu Jesus, andando a alguma distância, mas não foi encontrá-lo, porque desejava evitar tudo o que pudesse dar a mínima indicação para que se suspeitasse de uma combinação. Ele estava olhando para Jesus. Ele olhou firmemente, e fixou seus olhos nele. Aqueles que desejam conduzir outros a Cristo, devem ser diligentes e frequentes na contemplação a Ele. João tinha visto Cristo antes, mas agora o contemplou com grande atenção e cuidado, 1 João 1.1.
2. Ele repetiu o mesmo testemunho que tinha dado a respeito de Cristo, no dia anterior, embora pudesse ter proferido alguma outra grande verdade a respeito dele. Mas assim ele desejava mostrar que era uniforme e constante no seu testemunho, e coerente consigo mesmo. Sua doutrina era a mesma em particular e em público, como era a de Paulo, Atos 20.20,21. É bom que seja repetido o que já ouvimos, Filipenses 3.1. A doutrina do sacrifício de Cristo removendo o pecado do mundo deve ser especialmente repetida por todos os bons ministros: Cristo, o Cordeiro de Deus, Cristo e este crucificado.
3. Sua intenção foi especialmente dirigida a estes dois de seus discípulos que estavam com ele. Ele desejava entregá-los a Cristo, pois para esta finalidade ele testificou a respeito de Cristo diante deles, para que deixassem tudo para segui-lo, e assim teriam que deixar João Batista. Ele não considerava ter perdido aqueles discípulos que passaram para Cristo. E, por exemplo, o mesmo caso do professor do colegial, que não considera que perdeu o aluno que passou para a universidade. João reunia discípulos, não para si mesmo, mas para Cristo, para prepará-los para o Senhor, Lucas 1.17. Tão longe ele estava de sentir inveja do interesse crescente que Cristo despertava, que não havia nada que ele pudesse desejar mais. As almas generosas e humildes darão a outros seu devido louvor, sem temer se sentirem diminuídas por isto. Nossa reputação, assim como outras qualidades em nossa vida, não será diminuída se dermos a cada um o que lhes pertence.
Você precisa fazer login para comentar.