PSICOLOGIA ANALÍTICA

A PSICOLOGIA DAS FAKE NEWS

Nos tornamos uma sociedade tecnológica atrás da velocidade alucinante de informações, muitas vezes questionáveis, mas que são aceitas sem filtro e ganham repercussão.

A psicologia das fake news

Fake news significa, de forma literal, “notícias falsas”. Indubitavelmente, somos inundados nessa sociedade tecnológica, em ritmo constante, por reportagens correntes e informações no mínimo questionáveis. Não importa a área, seja política, religião, clima, saúde, dentre tantas outras, a internet tornou-se cenários propício à proliferação das fake news. Waldrop (2017) menciona em seu artigo que o ano de 2005 foi o momento em que explodiram os spams (lixo informativo) na internet. Porém, além das inúmeras publicidades que aparecem em nossas telas sem aviso prévio, outro movimento ganhou força ao longo dos anos, segundo o pesquisador; a expansão de mentiras pela internet. Segundo o autor, em 2014 diversos casos preocuparam vários países: imigrantes carregando o vírus do ebola, Hillary Clinton (antiga candidata à Presidência dos Estados Unidos) vendendo armas para o Estado Islâmico ou o papa apoiando a candidatura de Donald Trump são alguns exemplos. E o mais interessante: muitos aceitam essas informações sem discernir se são verdadeiras. Então, quais os aspectos psicológicos das fake news?  Existem motivos para que estas mentiras sejam aceitas sem filtro?

A problemática está em diversos níveis: individual, institucional e societal.

Os interesses políticos, por exemplo, estão presentes desde o começo da civilização, porém, atualmente, é uma tríade de dificuldades. Primeiramente a tecnologia, ou seja, qualquer um pode acessar a internet e ser um proliferador de informações falsas e, para obter a atenção de outros, basta saber alcançar um ponto de interesse da população: isso já é suficiente para viralizar (diga-se de passagem, não é uma ação tão difícil enganar o próximo). Segundo, estamos inundados de informações, e a grande questão é que não temos tempo para separar fatos de falsas notícias (é praticamente impossível filtrar uma informação mentirosa em um primeiro momento). Terceiro, as pessoas buscam informações que estejam relacionadas a suas crenças, e esse é um grande desafio: a variedade de mídias sociais em nossa cultura significa que aquilo que é lido está vinculado com o que queremos ler, Então, é possível pensar que as fake news são, na realidade, ilustrações de pensamentos que não são socialmente aceitos e possuem o perfeito álibi por meio delas?

Diversas questões podem ser geradas neste momento: quais tipos de personalidades são mais suscetíveis às notícias falsas? Repetir notícias falsas as tornam verdadeiras? Pior, será que as fake news também podem contaminar os periódicos científicos e as conferências académicas? (Darbyshire, 2017). Esse último ponto está se tornando cada vez mais comum na ciência, que é a disseminação de notícias falsas e, após um curto período de tempo, um pronunciamento baseado na verdade. Esse tipo de mecanismo torna uma das áreas mais importantes do conhecimento humano pouco transparente. Esse fenômeno, diga-se de passagem, vem preocupando a comunidade científica. Basta pensarmos em dados que são publicados incorretamente em periódicos científicos por análises estatísticas incorretas. Pensemos: é possível calcular o maleficio que notícias falsas podem gerar?

De acordo com Oliveira e figueira (2017), a grande dificuldade para a prevenção da criação de fake news é que bloquear a origem da informação colide diretamente com a liberdade de expressão. Porém, os pesquisadores mencionam, já existem algoritmos que podem lidar com grandes dados da internet e verificar a origem de algumas informações. Porém, em paralelo, é necessário também compreender a consciência pública. Como dito anteriormente, a interpretação dos sujeitos sobre as temáticas, tendo como base seu sistema de crenças, é um grande dificultador na filtragem dessas notícias. Muitos aguardam apenas uma brecha para atacar terceiros ou reforçar suas distorções cognitivas, não importando se a priori, são fake News ou não. Portanto, quando se fala no comportamento da sociedade tecnológica, a questão está mais relacionada aos aspectos   emocionais e psíquicos do que à busca pelo conhecimento verdadeiro.   

 

IGOR LINS LEMOS – é doutor em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental Avançada pela Universidade de Pernambuco (UPE). É psicoterapeuta cognitivo-comportamental, palestrante e pesquisador das dependências tecnológicas. E-mail: igorlemos87@hotmail.com

OUTROS OLHARES

ADEUS, QUIMIOTERAPIA

Novo estudo elimina o duro tratamento contra um tipo de câncer de mama em fase inicial e diz que um remédio que bloqueia a ação de um hormônio é suficiente para a cura.

Adeus, quimioterapia

A quimioterapia costuma ser um processo exaustivo, que abate o paciente e provoca uma série de efeitos colaterais, como queda de cabelo, fortes enjoos, fraqueza e até problemas cardíacos. Infelizmente, boa parte das pessoas que sofrem de câncer ainda precisa enfrentar isso. Para um grupo de mulheres, porém, uma nova pesquisa traz enorme alento: a quimioterapia já pode ser eliminada do tratamento de um tipo de tumor de mama muito comum e pouco agressivo, classificado como receptor hormonal. Ele acomete quatro de cada dez mulheres com a doença. O estudo, apresentado na convenção anual da prestigiosa Sociedade Americana de Oncologia Clínica, afirma que, quando esse tumor está em fase inicial (com até 5 centímetros de diâmetro e não se espalhou para os linfonodos), o caminho menos doloroso – e, claro, eficaz – é a ingestão de um remédio que bloqueia a ação de um hormônio. “O impacto do estudo é extraordinário”, diz o mastologista Antônio Frasson, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Publicada no The New England Journal of Medicine, a pesquisa é uma das mais amplas já realizadas sobre a doença. Foram recrutadas 10.000 mulheres com idade entre 18 e 75 anos, todas com o câncer em fase inicial. Elas passaram por um exame genético para definir a agressividade do tumor com precisão. Depois, submeteram-se a cirurgia ou radioterapia. O passo seguinte para banir as células que não tivessem sido eliminadas pelos procedimentos era a quimioterapia associada a um medicamento que tem o papel de bloquear a ação do hormônio estrógeno – este um alimento para as células doentes, uma vez que pode fazê-las crescer e se disseminar. Há diversos tipos de remédio com esse efeito. O mais conhecido é o tamoxifeno, existente desde a década de 70.

O estudo separou as voluntárias em dois grupos: o primeiro foi tratado de forma convencional, com quimioterapia combinada à hormonioterapia, enquanto o outro, apenas à base do remédio. A boa notícia veio mais tarde. A média de acompanhamento foi de sete anos – dois anos além do tempo definido como seguro para afirmar que uma pessoa está livre do câncer. Os pesquisadores observaram que os resultados em ambos os grupos foram estatisticamente idênticos. A sobrevida entre as mulheres que ingeriram o medicamento e seguiram com a químio foi de 93,9%; daquelas que tomaram só o remédio, 93,8% estavam livres da doença. Por sua eficácia indiscutível, a quimioterapia era até então utilizada como regra nos cuidados desse gênero de tumor, embora, além de todos os danos colaterais, atacasse também as células saudáveis. A possibilidade de suprimi-la é um tremendo avanço da ciência, que vem acumulando nos últimos anos conhecimento valioso sobre o câncer de mama, um dos mais estudados. Há apenas cinco anos a doença passou a ser agrupada em cinco grandes subtipos principais. Assim, cada um deles pode ser tratado de forma diferente – e mais certeira.

 NOS ESTADOS UNIDOS: 260.000 são os casos de câncer de mama por ano; destes, mulheres têm o diagnóstico da doença por ano; destes, 60.000 não precisarão mais ser tratados com quimioterapia.

NO BRASIL: 60.000 mulheres têm o diagnóstico da doença por ano; destas, 15.000 estarão livres da quimioterapia.

GESTÃO E CARREIRA

O PODER E O ASSÉDIO SEXUAL

O poder e o assédio sexual

Continuam saindo notícias sobre assédio, sexismo e ambientes de trabalho tóxicos para mulheres na indústria de tecnologia. Histórias de comentários obscenos e de investidas sexuais chegam de empresas como Uber, Google e companhias de capital de risco. Trabalho regularmente com executivas e suspeito que esses incidentes não se restringem ao setor de TI. Também não acredito que esse seja um fenômeno específico sobre como os homens veem as mulheres e reagem a elas. Em vez disso, minha pesquisa sugere ser um fenômeno de duas vertentes que se origina tanto da forma como as pessoas no poder se sentem liberadas para lidar com outras de menor poder quanto das normas sociais que foram propagadas ao longo do tempo.

Passei boa parte de minha carreira como pesquisadora, examinando de que forma a autoridade leva indivíduos a se sentirem invencíveis, a assumirem riscos, a não considerarem as perspectivas dos outros. Num de meus estudos com mais de 1.500 profissionais, descobri que os poderosos eram mais propensos a se envolver em atividades sexuais fora de suas relações porque se consideravam mais atraentes e desejáveis para o sexo oposto. Parte interessante desse projeto foi o fato de não termos encontrado diferenças de gênero. Entretanto, na maioria dos casos, quem detém o poder são homens. Dito isso, há uma diferença entre infidelidade e assédio sexual. A primeira ocorre entre dois adultos que consentem; a segunda, quando há investidas indesejáveis em direção ao outro. Penso que o domínio desempenha um papel central nesses casos, mas, ao mesmo tempo, não creio que a igualdade de gênero vista na infidelidade representada nos poderosos se aplique ao assédio sexual. Por quê? Nos negócios, certas regras insidiosas sobre o comportamento dos homens se propagaram. Quem está no comando define as normas aceitáveis e inaceitáveis e, como a maioria da liderança é formada por homens, essas normas ainda não mudaram. A sociedade considera menos aceitável que mulheres assediem ou façam comentários depreciativos a respeito dos homens.

Devido à natureza corruptora do poder, a questão sobre como isso afeta o comportamento e as percepções em relação aos menos influentes – independentemente de seu gênero – precisa ser confrontada, discutida e monitorada.

Há algumas vítimas em tudo isso. As mais óbvias são as mulheres. Mas os homens à parte desses comportamentos também o são. Vários executivos hesitam tratar da mesma forma homens e mulheres talentosos por temer que seus motivos sejam vistos como falsos ou que exista uma agenda oculta por trás de seu comportamento.

A solução é difícil. Enquanto o desequilíbrio de gênero permanecer tão grande no topo da hierarquia, será complicado equilibrar o poder.

 

JENNIFER JORDAN – é psicóloga social, professora de liderança e comportamento organizacional no IMD, na Suíça.

ALIMENTO DIÁRIO

MATEUS 27: 57 – 66

Alimento diário

O Sepultamento de Cristo

Temos aqui um relato do sepultamento de Cristo, bem como da maneira e das circunstâncias em que foi realizado, e é possível observar:

1. A gentileza e a boa vontade de seus amigos, que o colocaram no sepulcro.

2. A maldade e a má vontade de seus inimigos, que foram muito solícitos em mantê-lo ali.

 I –  Seus amigos lhe proporcionaram um sepultamento decente. Observe:

1. De forma geral, que Jesus Cristo foi sepultado; quando a sua preciosa alma partiu para o paraíso, o seu corpo bendito foi depositado nas câmaras do sepulcro, para que correspondesse à tipificação de Jonas, e cumprisse a profecia de Isaías: “E puseram a sua sepultura com os ímpios”. Assim, Ele era como os seus irmãos, em todos os aspectos, exceto no que diz respeito ao pecado (pois Ele jamais pecou), e à questão do retorno ao pó. Ele foi sepultado para que a sua morte fosse ainda mais evidente, e a sua ressurreição fosse ainda mais notável. Pilatos não queria entregar o seu corpo para ser sepultado até que tivesse a plena certeza de que Ele estava realmente morto; enquanto as testemunhas não fossem sepultadas, haveria esperanças quanto a elas (Apocalipse 11.8). Mas Cristo, a Grande Testemunha, está como alguém que é livre e que está entre os mortos, como a vítima de assassinato que descansa na sepultura. Ele foi sepultado, para que pudesse destruir o terror que o ser humano sente em relação ao sepulcro, tornando-o confortável para nós, e assim Ele aqueceu e perfumou para nós aquela cama fria e fétida, e também o fez para que possamos ser sepultados com Ele.

2. As circunstâncias peculiares de seu sepultamento são aqui relatadas.

(1)  A hora em que foi sepultado: quando a tarde chegou; a mesma tarde em que Ele morreu, antes do pôr-do-sol, como é comum ao sepultar-se malfeitores. O seu sepultamento não foi postergado até o dia seguinte, pois era sábado; pois enterrar os mortos não é uma ocupação adequada para um dia de descanso ou para um dia de regozijo, como é o sábado.

(2)  A pessoa que cuidou do funeral foi José de Arimatéia. Todos os apóstolos haviam fugido e nenhum apareceu para demonstrar respeito pelo seu Mestre, o que os discípulos de João mostraram por este, depois que foi decapitado, quando tomaram o seu corpo e o sepultaram (cap. 14.12). As mulheres que o seguiram não ousaram entrar no sepulcro; então Deus encorajou esse bom homem a fazê-lo; pois Deus encontrará as pessoas certas para cada trabalho que deve ser feito. José era um homem adequado, pois:

[1] El e possuía recursos para fazê-lo, por ser um homem rico. Muitos dos discípulos de Deus eram homens pobres e, dessa forma, estavam mais adaptados a sair pelo país para pregar o Evangelho; mas aqui estava um homem rico pronto para ser empregado em uma tarefa que requeria um homem de posses. Note que a riqueza terrena, embora seja para muitos um obstáculo no caminho da fé, em algumas tarefas na obra de Cristo é uma vantagem e uma oportunidade. E aqueles que a possuem devem ser misericordiosos, utilizando-a para a glória de Deus.

[2] José de Arimatéia era muito ligado ao nosso Senhor Jesus, era seu discípulo, e cria nele, embora não o declarasse abertamente. Note que Cristo tem mais discípulos secretos do que sabemos; o Senhor tinha sete mil em Israel (Romanos 11.4).

(3)  A doação do cadáver conseguida junto a Pilatos (v. 58). José foi até Pilatos, a pessoa a quem era necessário recorrer nesse caso, pois dispunha do corpo; pois, nas coisas que dizem respeito ao poder do magistrado, deve-se manter a devida consideração a esse poder; e nada deve ser feito para desrespeitá-lo. Tudo aquilo que fizermos de bom deverá ser feito pacificamente, e não com tumulto. Pilatos queria entregar o corpo a alguém que o sepultasse de um modo decente. Ele desejava fazer algo que pudesse expiar a culpa de que a sua consciência o acusava, por condenar um inocente. No pedido de José, e na pronta entrega do corpo por Pilatos, uma grande honra foi prestada a Cristo, e ali foi dado um testemunho de sua absoluta integridade.

(4)  O envolvimento do corpo em sua mortalha (v.59). Embora fosse um senador honrado, ele mesmo tirou o corpo, ao que parece com seus próprios braços, do infame e amaldiçoado madeiro (Atos 13.29); pois, onde há o verdadeiro amor a Cristo, nenhum trabalho será considerado muito baixo ou humilhante. Após apanhá-lo, José de Arimatéia o envolveu em um lençol fino e limpo; pois sepultar em linho era, na época, a prática de praxe, e José a seguiu. Note que devemos cuidar dos cadáveres dos homens justos, pois há uma glória planejada para eles na ressurreição, e devemos dar testemunho de nossa crença nisso, sepultando os cadáveres de um modo que indique que há um lugar melhor como destino. Este simples ato humanitário, se feito com um propósito de fé, pode ser um exemplo cristão muito bem-vindo.

(5)  A colocação do corpo no sepulcro (v. 60). Nesse ponto, não há nada da pompa e solenidade com que os grandes do mundo são levados ao túmulo e sepultados (Jó 21.32). Um funeral privado seria mais adequado àquele Rei cujo Reino chegou sem qualquer pompa.

[1] O Senhor Jesus foi enterrado em um sepulcro emprestado, no sepulcro de José; assim como Ele não teve um lugar que fosse seu, onde pudesse reclinar a sua cabeça enquanto vivia, também não teve o seu próprio sepulcro, em que pudesse descansar o seu corpo quando morresse, o que era uma amostra de sua pobreza mate­ rial neste mundo. Até nisso pode haver algum tipo de mistério. A sepultura é a herança peculiar do pecador (Jó 24.19). Não há nada que podemos chamar de realmente nosso, a não ser os nossos pecados e os nossos sepulcros: “Eles tornam para sua terra” (Salmos 146.4). Quando vamos para o túmulo, vamos para o lugar que é nosso; mas o nosso Senhor Jesus, que não tinha pecado, não tinha o seu túmulo. Ao morrer pelos pecados que lhe foram imputados, era adequado que Ele fosse sepultado em um túmulo emprestado; os judeus  determinaram que Ele tivesse a sua sepultura com os ímpios, que fosse sepultado com os ladrões  com quem fora crucificado; mas Deus Pai indeferiu esse tipo de plano, determinando que o Senhor Jesus tivesse um sepulcro rico (Isaias 53.9).

[2] Ele foi colocado em um sepulcro novo, o qual José, provavelmente, planejara para si mesmo; entretanto, não haveria problema que o Senhor o utilizasse, pois ressuscitaria rapidamente. Melhor ainda, nele descansou aquele que mudou a característica da sepultura e certamente deu-lhe uma nova forma, transformando-a de uma cama de especiarias em uma cama de descanso para todos os santos.

[3] Em um sepulcro que foi talhado na rocha. O solo nas redondezas de Jerusalém era geralmente rochoso. Sebna teve seu sepulcro cavado em uma rocha (Isaias 22.16). A Providência determinou que o sepulcro de Cristo fosse em uma rocha, para que não houvesse espaço para suspeitar-se que os seus discípulos tivessem acesso a ele através de alguma passagem subterrânea ou abrissem caminho através de sua parede traseira, para roubar o corpo; pois não havia acesso a ele, a não ser através da porta frontal, que era vigiada.

[4] Uma grande pedra foi rolada para a porta do seu sepulcro; isto também estava de acordo com o costume dos judeus ao enterrarem seus mortos, como entendemos pela descrição do túmulo de Lázaro (João 11.38), indicando que aqueles que estão mortos ficam separados e desligados de todos aqueles que vivem; se o túmulo era a sua prisão, agora a porta da prisão estava trancada com um ferrolho. A rolagem da pedra para a entrada do sepulcro era, para eles, o equivalente a encher a cova com terra, como fazemos; isso finalizava o funeral. Tendo, assim, depositado em silêncio e com tristeza o que fora o corpo de nosso Senhor Jesus no túmulo, era hora de todos os vi­ vos voltarem para casa, e eles saíram sem qualquer de­ mora. A circunstância mais melancólica nos funerais de nossos amigos cristãos, após colocarmos seus corpos no túmulo escuro e silencioso, é irmos para casa deixando-os para trás; mas ai de nós, pois não somos nós que vamos para casa e os deixamos para trás; não, são eles que partiram para uma casa melhor e nos deixaram para trás.

(6)  O grupo que acompanhou o funeral. Era muito pequeno e aparentemente inexpressivo. Aqui não estava presente nenhum dos parentes enlutados para acompanhar o cadáver; não houve qualquer formalidade para honrar a solenidade, mas algumas mulheres virtuosas que estavam realmente de luto, como Maria Madalena e a outra Maria (v. 56). Estas, assim como o haviam acompanhado até a cruz, também o seguiram até o túmulo; como se tivessem se preparado para lamentar, elas assentaram-se defronte do sepulcro, não tanto para encher os seus olhos com a visão do que havia sido feito, mas para esvaziá-los através de rios de lágrimas. Note que o verdadeiro amor a Cristo nos levará a extremos para segui-lo. Nem mesmo a morte é capaz de apagar esse fogo divino (Cantares 8.6,7).

 

II – Seus inimigos fizeram o que puderam para impedir a sua ressurreição; aquilo que eles fizeram nesse lugar ocorreu no dia seguinte ao dia da preparação (v. 62). Aquele era o sétimo dia da semana, o sábado judeu, ainda não expressamente chamado assim, mas descrito por essa perífrase, porque estava agora a ponto de dar lugar ao sábado cristão, que começava no dia seguinte. Então:

1. Durante todo aquele dia, Cristo permaneceu deitado no túmulo; tendo trabalhado por seis dias e realizado todo o seu trabalho, no sétimo dia Ele descansou e se revigorou.

2. Naquele dia, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, quando deveriam estar em suas devoções, pedindo perdão pelos pecados da semana passada, estavam negociando com Pilatos sobre o trancamento do sepulcro e assim acrescentando rebelião ao seu pecado. Eles, que haviam tão frequentemente discutido com Cristo pelos atos de grande misericórdia naquele dia, estavam agora ocupados com um ato repleto da maior maldade e malícia. Observe aqui:

(1)  A abordagem deles diante de Pilatos; eles estavam irritados pelo fato de o corpo ter sido dado a alguém que o sepultaria decentemente; mas, já que deveria ser assim, eles queriam que fosse colocada guarda junto ao sepulcro.

[1] A apresentação do pedido deles: “que aquele enganador” (assim eles chamam aquele que é a própria verdade) havia dito: “Depois de três dias, ressuscitarei”. Ele dissera isso e os seus discípulos se lembravam dessas palavras com exatidão, como a confirmação da sua fé; mas os seus perseguidores as lembravam pela provo­ cação à sua ira e iniquidade. Assim, a mesma palavra de Cristo para uns tinha o sabor de vida para a vida, e para outros, de morte para a morte. Veja como eles cumprimentam Pilatos com o título de senhor, enquanto acusam a Cristo com o título de enganador. Assim, os maiores caluniadores dos homens justos são, comumente, os mais sórdidos bajuladores dos poderosos.

[2] Isso expõe mais detalhadamente a inveja deles: “Não se dê o que os seus discípulos vão de noite, e o furtem, e digam: Ressuscitou”.

Em primeiro lugar, o que eles realmente temiam era a ressurreição dele; aquilo que é a maior glória de Cristo e alegria do seu povo é o maior medo dos seus inimigos. Aquilo que enfureceu os irmãos de José contra ele era o presságio de sua elevação e de seu domínio sobre eles (Genesis 37.8); e tudo que eles pretendiam e fizeram contra ele teve a finalidade de impedir isso. “Vinde”, dizem eles, “e matemo-lo, e veremos o que será de seus sonhos”. Da mesma forma, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus se esforçaram para destruir as predições da ressurreição de Cristo, falando dele como fizeram os inimigos de Davi (Salmos 41.8): “E, pois que está deitado, não se levantará mais”; se ele ressuscitasse, todas as medidas deles seriam destruídas. Note que os inimigos de Cristo, mesmo tendo alcançado o seu objetivo, estão com medo de perdê-lo novamente. Talvez os sacerdotes estivessem surpresos com o respeito demonstrado pelo cadáver de Cristo por José e Nicodemos, dois homens ilustres, e consideraram isso como um presságio ruim; também não conseguem se esquecer de que Ele ressuscitou Lázaro dos mortos, o que lhes causava tanta perplexidade.

Em segundo lugar, eles demonstraram temer que os seus discípulos talvez viessem durante a noite, e o roubassem, o que era algo muito improvável, pois:

1. Eles não tinham tido a coragem de confessar o Senhor enquanto Ele estava vivo, quando podiam ter feito algo de bom por Ele e por si mesmos; e não era provável que a morte dele instilasse a coragem naqueles que se mostraram tão covardes.

2. Que esperança lhes daria roubai· o corpo do Senhor e fazer o povo acreditar que ressuscitou? Pois, caso Ele não ressuscitasse, poderia ser considerado um enganador: Os seus discípulos, que haviam abandonado tudo neste mundo por Ele na confiança de uma recompensa no mundo vindouro, seriam os que mais sofreriam com a fraude, e teriam motivos para atirar a primeira pedra contra o Nome dele. Que proveito lhes traria dar andamento a uma trapaça contra si mesmos, roubando o corpo dele e dizendo: “Ressuscitou”, quando, se Ele não ressuscitasse, a fé deles seria vã e eles seriam os mais infelizes de todos os homens? Os príncipes dos sacerdotes temiam que se a doutrina da ressurreição de Cristo fosse pregada e aceita, o último erro seria pior do que o primeiro. Esta expressão proverbial não insinuava nada mais do que isto: Seremos todos arruinados. Eles pensaram ter sido um erro o fato de serem, por tanto tempo, coniventes com a pregação e os milagres de Jesus, erro que eles pensavam ter corrigido ao causarem a sua morte; mas, se as pessoas fossem persuadidas de sua ressurreição, isso estragaria tudo novamente. O interesse do povo por Ele reviveria com Ele, e os interesses daqueles que o haviam tão barbaramente assassinado, naufragariam. Observe que aqueles que se opuserem a Cristo e ao seu Reino não apenas verão as suas tentativas destruídas, mas eles próprios estarão desgraçadamente confusos e envergonhados, pois a sucessão de seus erros, cada um pior do que o outro, terá um erro derradeiro que será o pior de todos (Salmos 2.4,5).

[3] Levando isso em consideração, eles humildemente propõem a colocação de uma guarda junto ao sepulcro até o terceiro dia. “Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança”. Pilatos ainda deve ser escravo deles, e o seu poder civil e militar deve estar comprometido em servir à iniquidade deles. Poderia se pensar que os prisioneiros da morte não precisassem mais de guardas, e que o túmulo fosse, em si, seguro o suficiente para contê-los. Mas o que não temerão aqueles que estão conscientes tanto de sua culpa quanto de sua impotência ao resistirem ao Senhor e ao seu Ungido?

(2)  A resposta de Pilatos a esse discurso (v. 65). “Tendes a guarda; ide, guardai-o como entenderdes”. Pilatos estava pronto para agradar aos amigos de Cristo dando-lhes o corpo, e aos seus inimigos, colocando uma guarda em seu sepulcro. Alguns pensam que Pilatos, desejando agradar a todos, talvez risse consigo daquela situação; ao causar tanto alvoroço, de um lado e do outro, a respeito do cadáver de um homem, quem sabe considerasse as esperanças de um lado e os temores do outro, classificando-os igualmente como ridículos. “Tendes a guarda”; ele quer dizer a guarda permanente que era mantida na torre de Antônia. Como resultado disso, ele lhes permite destacar quantos soldados quisessem para esse propósito, como se estivesse envergonhado de se ver envolvido em algo assim. Pilatos deixa que os líderes judeus cuidem totalmente da situação. Penso que esta frase: “Guardai-o como entenderdes”, se parece com uma provocação, ou esteja relacionada:

[1] Com os medos deles: “Estejam certos de colocar uma forte guarda para o morto”. Ou, preferivelmente:

[2] Com as esperanças deles: “Façam o pior que puderem, testem a sua sagacidade e força ao máximo; mas, se Ele veio da parte de Deus, Ele ressuscitará, apesar de vocês e de todos os seus guardas”. Estou inclinado a pensar que, nessa hora, Pilatos teve uma conversa com o centurião, seu próprio oficial, a quem ele estaria inclinado a perguntar como aquele Justo, a quem ele havia condenado com tanta relutância, morrera. O centurião lhe fez um relato das coisas que o haviam levado a concluir que, verdadeiramente, este era o Filho de Deus; e Pilatos daria mais crédito a ele do que a mil daqueles sacerdotes vingativos, que chamavam o Senhor de enganador: E, se for assim, não é de admirar que ele tacitamente ridicularize o projeto deles, pensando em dar segurança ao sepulcro daquele que havia tão recentemente fendido as rochas e feito a terra tremer. Tertuliano, falando sobre Pilatos, diz: – Em sua consciência, ele era um cristão. E é possível que ele pudesse ter tal convicção naquela hora, com base no relato do centurião, e ainda assim jamais estar inteiramente convencido de ser um cristão, como ocorreu com Agripa ou Félix.

(3)  O cuidado formidável que eles tomaram, logo em seguida, para dar segurança ao sepulcro (v. 66). Eles selaram a pedra; provavelmente, com o grande selo do seu sinédrio, com o qual eles contrapunham a autoridade que possuíam, pois quem ousaria romper o selo do estado? Mas não confiando muito nisso, também estabeleceram uma guarda, para evitar que os discípulos do Senhor o roubassem e, se possível, impedissem que Ele saísse do túmulo. Assim eles pretendiam, mas Deus Pai tirou disso algo de bom: aqueles que foram colocados para se oporem à sua ressurreição tiveram a oportunidade de observá-la. Eles o fizeram e contaram o que observaram aos príncipes dos sacerdotes, que com isso se tornaram ainda mais indesculpáveis. Aqui estavam todos os poderes da terra e do inferno combinados para manter Cristo como prisioneiro. Mas todos esses recursos foram vãos quando a sua hora chegou; a morte e todos aqueles filhos e herdeiros da morte não conseguiam mais segurá-lo, não tinham mais domínio sobre Ele. Guardar o sepulcro contra os pobres e fracos discípulos era um disparate, porque era desnecessário; mas pensar em guardá-lo contra o poder de Deus era um disparate muito maior, por ser uma atitude inútil e sem propósito; e ainda assim aqueles iníquos pensaram que haviam procedido sabiamente.

O QUE A BÍBLIA ME ENSINOU

DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA.

Dons ministeriais para a igreja

Efésios 4: 11–16

Tem havido muito debate sobre a relação precisa entre missão original e sem restrições dos apóstolos e evangelistas, por um lado, e o ministério local permanente dos pastores e mestres, governadores e auxílios, por outro lado. Essa última classe, segundo parece, sempre era nomeada pela primeira; mas se Atos 6 puder ser considerado como passagem que descreve uma ordenação típica, então a eleição popular desempenhava papel na escolha dos candidatos.
Em sua forma mais antiga, o ministério cristão é carismático, isto é, depende de um dom espiritual ou dote natural, cujo exercício testificava sobre a presença do Espírito Santo na igreja. Assim é que profecia e glossolalia acorreram quando Paulo impôs suas mãos sobre alguns crentes comuns, após haverem sido batizados (At 19: 6); e as palavras ali empregadas subtendem que a ocorrência até certo ponto foi uma repetição da experiência pentecostal no início da igreja (At 2). Três listas são providas nas epístolas paulinas acerca das várias formas que tal ministério poderia assumir, e é notável que em cada lista são incluídas funções mais claramente espirituais. Em Rm 12: 6-8 encontramos profecia, ministério, (diakonia), ensino, exortação, contribuições, governo e “exercício de misericórdia” (? Visitação aos enfermos e pobres). I Co 12: 28“Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas. O Apóstolo Paulo relaciona; apóstolos, profetas, mestres, juntamente com aqueles dotados de poder de operar milagres, curar os enfermos, prestar auxílio, governar ou falar em línguas.
Os vários dons alistados nessas passagens são funções ou maneiras diferentes de servir, e não ofícios regulares e estereotipados; um indivíduo podia e ainda pode agir em diversas capacidades ao mesmo tempo, porém, sua habilidade para cumprir qualquer uma delas dependia e sempre dependerá do preparo proporcionado pelo Espírito Santo.

APÓSTOLOS:
O Título “Apóstolo” se aplica a certos líderes cristãos no NT. Não apenas os doze foram incluídos no apostolado, mas igualmente Paulo, Barnabé, Tiago, o irmão do Senhor e Andrônico e Júnias. A qualificação primária de um “apóstolo” era que tivesse sido testemunha ocular do ministério terreno de Cristo, particularmente da ressurreição, e sua autoridade dependia do fato que de alguma forma tivesse sido comissionado por Cristo, quer nos dias de sua carne, quer depois dele haver ressuscitado dentre os mortos. O verbo “apostello” significa enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o envia. O título é usado para Cristo, os doze discípulos escolhidos por Jesus, o apóstolo Paulo e outros
O termo “apóstolo” no NT em sentido geral, para um representante designado por uma igreja, como, por exemplo, os primeiros missionários cristãos. Logo no NT o termo se refere a um mensageiro nomeado e enviado como missionário ou para alguma responsabilidade especial. Eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres. Cuidavam do estabelecimento de igrejas segundo a verdade e pureza apostólicas. Eram servos itinerantes que arriscavam suas vidas em favor do nome do nosso Senhor Jesus Cristo. E da propagação do evangelho.
Hoje no sentido geral, os “apóstolos” continuam sendo essenciais para o propósito de Deus na igreja. Pois se as igrejas cessarem de treinar, observar, discernir e enviar pessoas assim, cheias do Espírito Santo, a propagação do evangelho em todo o mundo ficará estagnada, paralisada. Logo enquanto a igreja estiver contextualizada com essa obrigação de produzir e enviar tais pessoas, estará cumprindo assim, sua tarefa missionária, e, permanecerá fiel à grande comissão do Senhor. O ministério apostólico referente àqueles que viram Jesus após a sua ressurreição, e que foram comissionados por Ele, é exclusivo e restrito, não há repetição, pois, os apóstolos originais do NT, não têm sucessores.

PROFETAS:
Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação, e, interesses principais eram a vida espiritual e pureza da igreja, transmitindo sempre uma mensagem da parte de Deus ao seu povo.
É o porta-voz de Deus. É aquele que movido pelo Espírito Santo, transmite mensagens da parte do Senhor. “Há realmente muita confusão a respeito do dom de profecia e o ministério profético; muitos acham que o ministério de profecia é o mesmo ministério de pregação, porém, entre eles há uma grande diferença”.
É certo que um pregador pode profetizar durante sua pregação, mas a pregação é diferente de uma mensagem profética. O pregador fala a mensagem iluminada, segundo a graça de Deus, de acordo com Sua palavra e “ninguém pode resistir”
A profecia, porém, é uma mensagem inspirada da parte de Deus; o profeta fica constrangido sob a mensagem, controlado pelo Espírito Santo.
O ministério profético no Novo Testamento é inteiramente diferente do ministério dos profetas do Velho Testamento, porque no Velho testamento a mensagem vinha a eles como está escrito: “Veio a mim a palavra do Senhor”. Enquanto que nos profetas do Novo Testamento, a palavra ou a mensagem são anunciadas inspiradamente pelo poder do Espírito Santo.
Os profetas, tanto do Antigo como do Novo Testamento não são infalíveis visto estarem sujeito a serem julgados pela Palavra de Deus. O ministério profético foi como um esteio na Igreja cristã primitiva. Contudo os dons proféticos não foram reconhecidos como regra guiadora para orientar ou dirigir a igreja ou ao seu pastor. Quem guiava era a palavra de Deus, a única regra para orientar e guiar a igreja. “Infelizmente, muitos não sabem guiar-se pela palavra de Deus, e por essa razão aparecem tantos absurdos doutrinários”.
Toda e qualquer revelação ou profecia devem ser submetidas à prova junto ao ministério da Palavra de Deus.
Existem três fontes das quais podem surgir as mensagens proféticas:
1- A fonte divina (Jr 23: 28, 29)
2- Fonte humana; mensagem do coração do próprio profeta (Ne 6:12; Jr 23:16,30-32).
3- A fonte demoníaca; mensagem que vem através de um demônio ou de um crente desobediente (I Tm 4: 1-3). “Daí pode surgir muita perturbação, dada a maioria dos crentes mais simples acreditarem mais no profeta, na realidade mais em profecias, do que no pastor, ou no dirigente da igreja”.
“Na edificação da igreja há necessidade dos dons proféticos, pois eles são como andaimes” na construção. Mas esses “andaimes”, devem estar bem firmados pelas armas e pregos da doutrina dos mestres da congregação. Deus não diz em sua palavra, que o seu povo foi destruído só por que lhe faltava profecia, e sim, por que lhe faltou conhecimento da palavra de Deus. Os 4: 6. Em João 8: 32 está escrito: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Portanto, não devemos consultar profetas como se fazia no tempo do Velho Testamento. O caminho seguro é orar a Deus e Ele revelará o que for necessário.
A lei e os profetas duraram até João, significando que até então o povo era guiado pela lei e pelos profetas (conferir na resposta de Abraão ao rico da parábola do rico e Lázaro.
A profecia visava naqueles dias e ainda hoje; exortar, admoestar, animar, consolar e edificar.

EVANGELISTAS:
São os mensageiros de boas novas. O evangelista desempenha a obra de um missionário, levando o Evangelho a lugares onde ainda é lugar desconhecido. É essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover esse ministério cessará de ganhar almas, e resgatá-las da perdição eterna.
Caberá a igreja local identificar e separar os evangelistas para o ministério, mas é o Senhor quem concede o dom de Sua graça a cada um para o ministério que for útil.
Paulo falando ao evangelista Timóteo, disse: “Faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério”.
Qual será então a obra de um evangelista?
Segundo a palavra de Deus é:
a) Despertar o ânimo ou acordar as almas dormentes, através da mensagem da fé.
b). Fazer a obra de pioneiro em campos virgens, colocando o marco da fé cristã, promover o trabalho de avivamento espiritual nas igrejas a convite do pastor local;
Filipe em suas viagens missionárias, evangelizou todas as cidades até chegar a Cesaréia, em todas as cidades deixou a semente plantada. Portanto, a credencial mais bonita de um evangelista é a operação da graça, na conversão das almas como fruto da sua pregação.
Filipe deu prova de um bom evangelista e seu ministério; estava sob o controle divino (At 8: 39, 40): Depois de um grande avivamento, e, despertamento partiu e deixou a cidade de Samaria e seguiu a direção que o Senhor lhe mostrou; creio que para o deserto At 8: 26. Acredita-se que nunca mais voltou ali a não ser em visita. É lamentável dizer que; muitos evangelistas abrem as portas à pregação e eles mesmos as fecham, dificultando o trabalho para outros que venham depois deles.
Infelizmente há uma grande “onda de evangelistas” em nossos dias, dos quais podemos dizer sem medo de errar, que são perturbadores do ministério como pode? Lm 3: 22, mas é o Senhor que concede o dom de sua graça a cada um para o ministério em que for útil (I Co 12.7; Rm12: 5-8), quantos sofrimentos tem causado esses obreiros na seara do Senhor. Somente no dia de Cristo é que tudo será revelado.

PASTORES:
Homem que apascenta as ovelhas
O ministério pastoral é o mais conhecido e o mais necessário entre todos os ministérios. Nosso Senhor Jesus Cristo é o perfeito exemplo, pois Ele disse: “Eu sou o bom pastor” e acrescentou: “O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. No Sl 23 encontramos o verdadeiro modelo para o ministério pastoral, cujas qualidades são:
1 – Apascentador, é, levar as ovelhas aos pastos verdejantes e saudáveis;
2 – Suavizador, isto é, levar as ovelhas ao refrigério espiritual e refrescar, aplicando o bálsamo divino. Infelizmente, muitos ministram soda cáustica ao invés de aplicar o bálsamo da doutrina bíblica. Nesse sentido Paulo disse: “Não espancador”;
3 – Disciplinador, isto é, cortar a lã sem ferir as ovelhas; quando as ovelhas não são tosquiadas, sentem-se mal, ficam com excesso de lã, sem contar que ficam feias. (má aparência espiritual)
Neste estado ficam geralmente enfastiadas, não vão aos cultos, perdem o desejo de contribuir e tornam-se queixosas.
No Velho Testamento era considerado pastor o guia espiritual do povo: Tanto podia ser um profeta como Samuel, um rei como Davi ou um sacerdote como Josué.
As igrejas primitivas tiveram em suas congregações presbíteros, que juntamente com os apóstolos e pastores, os quais foram designados para pastorearem, isto é, cuidarem do rebanho.
Alguns funcionaram como pastores, segundo a chamada direta do Senhor At 20:17-28.
Na palavra de Deus, encontramos pastores e presbíteros muito entrelaçados no apascentamento, assim Pedro testifica (I Pe 5: 1-4).
Só há uma diferença; e que o pastor além de responsável pelo rebanho é o anjo da igreja, colocado pelo Senhor, onde deve permanecer fiel, para não perder a linha espiritual de seu ministério.
Já os presbíteros eram eleitos ou designados pelos pastores ou pelos apóstolos.
A Palavra de Deus nos fala de presbíteros com honra dobrada; eram os que presidiam uma comunidade; esses eram naturalmente considerados pastores juntamente no ministério. Deve e precisa ser muito respeitado, com a mesma honra que se dá a um pastor.
O pastor está velando por uma obra que não é sua, da qual, um dia dará contas ao legítimo dono.
O pastor tem que ser:
a). Bom crente e andar com verdadeiro exemplo de sinceridade; b). Ser bom esposo; c). Ser bom pai; d). Ser bom companheiro; e). Ser bom cidadão, obediente às autoridades; f) Ser também um bom irmão.
As atividades do pastor englobam as funções de:
a). De pastor, b). De pregador, c). De administrador, d). De educador, e). De conselheiro.
Existem três coisas que elevam o pastor no desempenho das suas funções:
1- A experiência necessária; 2- O conhecimento geral daquilo que ele desempenha; 3- Maturidade: Ser longânimo: nunca precipitado em assuntos que envolvam o seu ministério.

DOUTORES OU MESTRES:
Pode ser chamado de homem que tem habilidade para o ensino.
São aqueles que têm de Deus um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a palavra de Deus, a fim de edificar o corpo de Cristo. O ministério de mestre é realmente muito valioso no ensino da Palavra de Deus, enquanto se conservar aos pés do Senhor Jesus, o divino Mestre.
Os mestres são essenciais ao propósito de Deus para a igreja. A igreja que rejeita, ou se descuida do ensino dos mestres e teólogos consagrados e fiéis à revelação bíblica, não se preocupará pela autenticidade e qualidade da mensagem bíblica nem pela interpretação correta dos ensinos bíblicos. A Igreja onde, mestres e teólogos estão calados não terá firmeza na verdade. Tal igreja aceitará inovações doutrinárias sem objeção; e nela, as práticas religiosas e ideias humanas serão de fato o guia no que tange à doutrina, padrões e práticas dessa igreja, quando se deveria ser a verdade bíblica. Por outro lado, a igreja que acata os mestres e teólogos piedosos e aprovados terá seus ensinos, trabalhos e práticas regidos pelos princípios originais e fundamentais do evangelho. Princípios e práticas falsas serão desmascarados, e a pureza da mensagem original de Cristo será conhecida pelos seus membros. Paulo disse: “Aquele que está entre vós, não pense em si mesmo mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Alguém que com esse extraordinário dom ministerial de ensinar, mas por causa da exaltação perder a graça e continuar a ensinar, o fará, porém, sem autoridade na Palavra, dando alimentação não substancial.
O ministério de ensino ou de mestre funciona como ajudador na obra do Senhor, podendo por meio do ensino, edificar a obra do Senhor.
A missão dos mestres bíblicos é defender e preservar, mediante a ajuda do Espírito Santo, o evangelho que lhes foi confiado (II Tm1: 11-14). Têm o dever de fielmente conduzir a igreja à revelação bíblica e à mensagem original de Cristo e dos apóstolos, e nisso perseverar. Tg 1: 22ª “E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes”… II Tm 2:15 “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não têm de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
Se verdadeiramente somos a “Igreja”, devemos observar os preceitos dados a nós pelas Santas Escrituras que é, essencialmente, nossa regra de FÉ e PRÁTICA…
Nisto pensemos e isto vivamos!

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