MATEUS 24: 4 – 31 – PARTE IV

Predições Terríveis
VII – O Senhor Jesus lhes prediz a repentina propagação do Evangelho no mundo, próxima a essa época de grandes eventos (vv. 27,28): “Assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem”. Isto surge aqui como um antídoto contra o veneno desses enganadores, que diziam: “Eis que o Cristo está aqui ou ali”; compare com Lucas 17.23,24: “Não vades, nem os sigais, porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia”.
1. Isto parece, primeiramente, referir-se à sua vinda para estabelecer o seu reino espiritual no mundo. Onde o Evangelho veio com a sua luz e o seu poder, ali veio o Filho do Homem, e de uma maneira bastante contrária à dos enganadores e falsos Cristos, que vinham se infiltrando no deserto, ou nas casas (2 Timóteo 3.6). Cristo vem, não com “espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”. O Evangelho seria notável por duas coisas:
(1) A sua rápida pregação. Ele voará como o relâmpago; assim o Evangelho será pregado e propagado. O Evangelho é luz (João 3.19), e neste aspecto, não é como o relâmpago, que é um brilho repentino, e já se vai, pois ele é a luz do sol, e a luz do dia; mas é como o relâmpago nos seguintes aspectos:
[1] É uma luz vinda do céu, como o relâmpago. É Deus, e não o homem, que envia os relâmpagos, e os comanda, para que possam ir e dizer: “Eis-nos aqui” (Jó 38.35). E Deus que os envia (Jó 37.3). Para o homem, é um dos milagres da natureza, acima do seu poder de realização, e um dos mistérios da natureza, acima da sua capacidade de compreender. O relâmpago vem do céu. “Os seus relâmpagos alumiam o mundo” (SI 97.4).
[2] É visível e evidente, como o relâmpago. Os enganadores mantinham as. suas profundezas com Satanás no deserto e nas casas, afastando a luz. Os hereges eram chamados de lucifugae – os que evitam a luz. Mas a verdade não procura os cantos, embora algumas vezes possa ser forçada a ir até eles, como a mulher no deserto, embora “vestida do sol” (Apocalipse 12.1,6). Cristo pregava o seu Evangelho abertamente (João 18.20), e os seus apóstolos, “sobre os telhados” (cap. 10.27), não “em qualquer canto” (Atos 26.26). Veja Salmos 98.2.
[3] O Evangelho foi repentino e surpreendeu o mundo, como o relâmpago. Os judeus realmente tinham tido predições sobre ele, mas para os gentios ele foi completamente inesperado, e veio sobre eles com uma energia incalculável, por mais prevenidos que estivessem. Foi uma luz vinda das trevas (cap. 4.16; 2 Coríntios 4.6). Nós lemos sobre as armas sendo dissipadas pelos raios (2 Samuel 22.15; Salmos 144.6). Os poderes das trevas foram dissipados e vencidos pelo relâmpago do Evangelho.
[4] Ele se propaga por todos os lugares, e de maneira rápida e irresistível, como o relâmpago, que surge, supõe-se, do leste (está escrito que Cristo sobe “da banda do sol nascente”, ou seja, do leste, Apocalipse 7.2; Isaias 41.2), em direção ao oeste. A propagação do cristianismo a tantos países distantes, de diversas línguas, com instrumentos tão improváveis, destituído de todas as vantagens seculares, e enfrentando tanta oposição, e em tão pouco tempo, foi um dos maiores milagres que já se realizou para a sua confirmação. Aqui estava Cristo sobre o seu cavalo branco, sugerindo rapidez, além de força, e prosseguindo, “saiu vitorioso e para vencer” (Apocalipse 6.2). A luz do Evangelho nasceu com o sol e prosseguiu com ele, para que os seus raios chegassem “aos confins do mundo” (Romanos 10.18). Compare com Salmos 19.3,4. Embora ele fosse combatido, ele nunca poderia ficar confinado a um deserto, ou a uma casa, como estavam os enganadores; mas dessa maneira, de acordo com o que disse Gamaliel, provou que era de Deus, que não poderia ser desfeito (Atos 5.38,39). Cristo fala de mostrar-se até o ocidente, por que ele se propagou mais efetivamente naqueles países que estão ao oeste de Jerusalém, como observa o Sr. Herbert, na sua igreja militante. Com que rapidez a luz do Evangelho alcançou a ilha da Grã-Bretanha! Tertuliano, que escreveu no século II, observa isto: A estabilidade da Grã-Bretanha, embora inacessível aos romanos, foi ocupada por Jesus Cristo. Esta foi uma obra do Senhor.
(2) Outra coisa notável a respeito do Evangelho era o seu estranho sucesso naqueles lugares onde ele se propagou. Ele reunia multidões, não por nenhuma compulsão externa, mas como se fosse por um instinto, uma tendência natural, como a que traz as aves de rapina às suas presas, “pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias” (v. 28), e onde Cristo é pregado, as almas se reúnem para ouvir. Alguém poderia pensar que a ascensão de Cristo, deixando a terra, e a pregação do Cristo crucificado deveriam afastar todos os homens do Senhor. Porém, ocorrerá o contrário. Ele atrairá todos a si (João 12.32), de acordo com a profecia de Jacó, “e a ele se congregarão os povos” (Genesis 49.10). Veja Isaias 60.8. As águias estarão onde o cadáver estiver, pois ele é alimento para elas, é um banquete para elas; “onde há mortos, ela aí está” (Jó 39.30). Sabe-se que as águias possuem uma estranha astúcia e prontidão de olfato para encontrar a presa, e se lançam a ela rapidamente (Jó 9.26). Assim, aqueles cujos espíritos Deus estimula serão efetivamente atraídos a Jesus Cristo, para se alimentarem dele. Para onde deve ir a águia, a não ser para a presa? Para onde deve ir a alma, a não ser para Jesus Cristo, que tem “as palavras de vida eterna”? As águias irão distinguir o que é adequado para elas daquilo que não o é; assim também, aqueles que têm os sentidos espirituais treinados, irão diferenciar a voz do bom Pastor daquela de um malfeitor ou ladrão. Os santos estarão onde o Cristo verdadeiro está, e não onde estão os falsos Cristos. Isto se aplica ao desejo pela presença de Cristo e pela comunhão com Ele, que estão em cada alma. Onde Ele estiver, em suas atividades, ali os seus servos deverão decidir ficar. Um princípio vivo de graça é um tipo de instinto natural que está em todos os santos, e que os atrai a Cristo para que se alimentem dele.
2. Alguns interpretam esses versículos como referindo-se a vinda do Filho do Homem para destruir Jerusalém (Malaquias 3.1,2,5). Naquele evento, houve uma exibição tão extraordinária de poder e justiça divinos, que ele é chamado de vinda de Cristo.
Aqui se sugerem duas coisas a este respeito:
(1) Que para a maioria das pessoas isso seria tão inesperado como um relâmpago, que, na verdade, avisa do trovão que o segue, mas é surpreendente por si só. Os enganadores dizem: “Eis que o Cristo está aqui”, para nos libertar; ou: Ele está ali, como se fosse um ser criado pelos seus próprios caprichos. Mas antes que eles se deem conta, a ira do Cordeiro, o Cristo verdadeiro, os prenderá, e eles não conseguirão escapar.
(2) Que isso pode ser tão esperado quanto o voo da águia até os cadáveres. Embora eles se afastem do dia do mal, ainda assim a desolação virá tão certamente quanto as aves de rapina voam até um cadáve1 que está exposto, em campo aberto.
[1] Os judeus eram tão corruptos e degenerados, tão vis e maldosos, que tinham se tornado um cadáver, detestáveis ao justo julgamento de Deus; eles também eram tão facciosos e sediciosos, e provocavam tanto os romanos, de tantas maneiras, que eles tinham se tornado ofensivos aos seus rancores, e eram uma presa convidativa para eles.
[2] Os romanos eram como uma águia, e a insígnia dos seus exércitos era uma águia. Diz-se que o exército dos caldeus voou “como águias que se apressam à comida” (Habacuque 1.8). A destruição da Babilônia do Novo Testamento é representada por um chamado às aves de rapina, para que comessem e se banqueteassem da carne dos mortos (Apocalipse 19.17,18). Conhecidos malfeitores terão os seus olhos devorados pelos “pintãos da águia” (Provérbios 30.17); os judeus serão presos, mortos e não serão sepultados (Jeremias 7.33; 16.4).
[3] Os judeus não poderão se proteger dos romanos, assim como um cadáver não pode se proteger das águias.
[4] A destruição encontrará os judeus onde eles estiverem, da mesma maneira como as águias sentem o odor da sua presa. Note que quando um povo, pelo seu pecado, se transforma em cadáver, pútrido e repulsivo, nada se pode esperar, exceto que Deus envie águias, para devorá-lo e destruí-lo.
3. Isso é bastante aplicável ao dia do juízo, à vinda do nosso Senhor Jesus Cristo nesse dia, e à “nossa reunião com Ele” (2 Tessalonicenses 2.1). Veja aqui:
(1) Como Ele virá: “Como o relâmpago”. Já era chegada a sua hora de passar “deste mundo para o Pai”. Por isso, aqueles que procuram Cristo não devem ir ao deserto, nem ao interior das casas, nem ouvir a qualquer pessoa que faça um sinal com o dedo, convidando-os a uma visão de Cristo; mas devem olhar para cima, pois “a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador” (Filipenses 3.20). Ele virá “com as nuvens”, como faz o relâmpago, “e todo olho o verá”, pois se diz que é natural que todas as criaturas vivas voltem os seus rostos em direção ao relâmpago (Apocalipse 1.7). Cristo irá aparecer para todo o mundo, de uma extremidade do céu até a outra; nada poderá se esconder da luz e do calor daquele dia.
(2) Como os santos se reunirão a Ele. Da mesma maneira como as águias se aproximam do cadáver, por instinto natural e com a maior rapidez e diligência imagináveis. Os santos, quando forem levados até a glória, serão VII – O Senhor Jesus lhes prediz a repentina propagação do Evangelho no mundo, próxima a essa época de grandes eventos (vv. 27,28): “Assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem”. Isto surge aqui como um antídoto contra o veneno desses enganadores, que diziam: “Eis que o Cristo está aqui ou ali”; compare com Lucas 17.23,24: “Não vades, nem os sigais, porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no seu dia”.
4. Isto parece, primeiramente, referir-se à sua vinda para estabelecer o seu reino espiritual no mundo. Onde o Evangelho veio com a sua luz e o seu poder, ali veio o Filho do Homem, e de uma maneira bastante contrária à dos enganadores e falsos Cristos, que vinham se infiltrando no deserto, ou nas casas (2 Timóteo 3.6). Cristo vem, não com “espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”. O Evangelho seria notável por duas coisas:
(1) A sua rápida pregação. Ele voará como o relâmpago; assim o Evangelho será pregado e propagado. O Evangelho é luz (João 3.19), e neste aspecto, não é como o relâmpago, que é um brilho repentino, e já se vai, pois ele é a luz do sol, e a luz do dia; mas é como o relâmpago nos seguintes aspectos:
[1] É uma luz vinda do céu, como o relâmpago. É Deus, e não o homem, que envia os relâmpagos, e os comanda, para que possam ir e dizer: “Eis-nos aqui” (Jó 38.35). E Deus que os envia (Jó 37.3). Para o homem, é um dos milagres da natureza, acima do seu poder de realização, e um dos mistérios da natureza, acima da sua capacidade de compreender. O relâmpago vem do céu. “Os seus relâmpagos alumiam o mundo” (SI 97.4).
[2] É visível e evidente, como o relâmpago. Os enganadores mantinham as. suas profundezas com Satanás no deserto e nas casas, afastando a luz. Os hereges eram chamados de lucifugae – os que evitam a luz. Mas a verdade não procura os cantos, embora algumas vezes possa ser forçada a ir até eles, como a mulher no deserto, embora “vestida do sol” (Apocalipse 12.1,6). Cristo pregava o seu Evangelho abertamente (João 18.20), e os seus apóstolos, “sobre os telhados” (cap. 10.27), não “em qualquer canto” (Atos 26.26). Veja Salmos 98.2.
[3] O Evangelho foi repentino e surpreendeu o mundo, como o relâmpago. Os judeus realmente tinham tido predições sobre ele, mas para os gentios ele foi completamente inesperado, e veio sobre eles com uma energia incalculável, por mais prevenidos que estivessem. Foi uma luz vinda das trevas (cap. 4.16; 2 Coríntios 4.6). Nós lemos sobre as armas sendo dissipadas pelos raios (2 Samuel 22.15; Salmos 144.6). Os poderes das trevas foram dissipados e vencidos pelo relâmpago do Evangelho.
[4] Ele se propaga por todos os lugares, e de maneira rápida e irresistível, como o relâmpago, que surge, supõe-se, do leste (está escrito que Cristo sobe “da banda do sol nascente”, ou seja, do leste, Apocalipse 7.2; Isaias 41.2), em direção ao oeste. A propagação do cristianismo a tantos países distantes, de diversas línguas, com instrumentos tão improváveis, destituído de todas as vantagens seculares, e enfrentando tanta oposição, e em tão pouco tempo, foi um dos maiores milagres que já se realizou para a sua confirmação. Aqui estava Cristo sobre o seu cavalo branco, sugerindo rapidez, além de força, e prosseguindo, “saiu vitorioso e para vencer” (Apocalipse 6.2). A luz do Evangelho nasceu com o sol e prosseguiu com ele, para que os seus raios chegassem “aos confins do mundo” (Romanos 10.18). Compare com Salmos 19.3,4. Embora ele fosse combatido, ele nunca poderia ficar confinado a um deserto, ou a uma casa, como estavam os enganadores; mas dessa maneira, de acordo com o que disse Gamaliel, provou que era de Deus, que não poderia ser desfeito (Atos 5.38,39). Cristo fala de mostrar-se até o ocidente, por que ele se propagou mais efetivamente naqueles países que estão ao oeste de Jerusalém, como observa o Sr. Herbert, na sua igreja militante. Com que rapidez a luz do Evangelho alcançou a ilha da Grã-Bretanha! Tertuliano, que escreveu no século II, observa isto: A estabilidade da Grã-Bretanha, embora inacessível aos romanos, foi ocupada por Jesus Cristo. Esta foi uma obra do Senhor.
(2) Outra coisa notável a respeito do Evangelho era o seu estranho sucesso naqueles lugares onde ele se propagou. Ele reunia multidões, não por nenhuma compulsão externa, mas como se fosse por um instinto, uma tendência natural, como a que traz as aves de rapina às suas presas, “pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias” (v. 28), e onde Cristo é pregado, as almas se reúnem para ouvir. Alguém poderia pensar que a ascensão de Cristo, deixando a terra, e a pregação do Cristo crucificado deveriam afastar todos os homens do Senhor. Porém, ocorrerá o contrário. Ele atrairá todos a si (João 12.32), de acordo com a profecia de Jacó, “e a ele se congregarão os povos” (Genesis 49.10). Veja Isaias 60.8. As águias estarão onde o cadáver estiver, pois ele é alimento para elas, é um banquete para elas; “onde há mortos, ela aí está” (Jó 39.30). Sabe-se que as águias possuem uma estranha astúcia e prontidão de olfato para encontrar a presa, e se lançam a ela rapidamente (Jó 9.26). Assim, aqueles cujos espíritos Deus estimula serão efetivamente atraídos a Jesus Cristo, para se alimentarem dele. Para onde deve ir a águia, a não ser para a presa? Para onde deve ir a alma, a não ser para Jesus Cristo, que tem “as palavras de vida eterna”? As águias irão distinguir o que é adequado para elas daquilo que não o é; assim também, aqueles que têm os sentidos espirituais treinados, irão diferenciar a voz do bom Pastor daquela de um malfeitor ou ladrão. Os santos estarão onde o Cristo verdadeiro está, e não onde estão os falsos Cristos. Isto se aplica ao desejo pela presença de Cristo e pela comunhão com Ele, que estão em cada alma. Onde Ele estiver, em suas atividades, ali os seus servos deverão decidir ficar. Um princípio vivo de graça é um tipo de instinto natural que está em todos os santos, e que os atrai a Cristo para que se alimentem dele.
5. Alguns interpretam esses versículos como referindo-se a vinda do Filho do Homem para destruir Jerusalém (Malaquias 3.1,2,5). Naquele evento, houve uma exibição tão extraordinária de poder e justiça divinos, que ele é chamado de vinda de Cristo.
Aqui se sugerem duas coisas a este respeito:
(1) Que para a maioria das pessoas isso seria tão inesperado como um relâmpago, que, na verdade, avisa do trovão que o segue, mas é surpreendente por si só. Os enganadores dizem: “Eis que o Cristo está aqui”, para nos libertar; ou: Ele está ali, como se fosse um ser criado pelos seus próprios caprichos. Mas antes que eles se deem conta, a ira do Cordeiro, o Cristo verdadeiro, os prenderá, e eles não conseguirão escapar.
(2) Que isso pode ser tão esperado quanto o voo da águia até os cadáveres. Embora eles se afastem do dia do mal, ainda assim a desolação virá tão certamente quanto as aves de rapina voam até um cadáve1 que está exposto, em campo aberto.
[1] Os judeus eram tão corruptos e degenerados, tão vis e maldosos, que tinham se tornado um cadáver, detestáveis ao justo julgamento de Deus; eles também eram tão facciosos e sediciosos, e provocavam tanto os romanos, de tantas maneiras, que eles tinham se tornado ofensivos aos seus rancores, e eram uma presa convidativa para eles.
[2] Os romanos eram como uma águia, e a insígnia dos seus exércitos era uma águia. Diz-se que o exército dos caldeus voou “como águias que se apressam à comida” (Habacuque 1.8). A destruição da Babilônia do Novo Testamento é representada por um chamado às aves de rapina, para que comessem e se banqueteassem da carne dos mortos (Apocalipse 19.17,18). Conhecidos malfeitores terão os seus olhos devorados pelos “pintãos da águia” (Provérbios 30.17); os judeus serão presos, mortos e não serão sepultados (Jeremias 7.33; 16.4).
[3] Os judeus não poderão se proteger dos romanos, assim como um cadáver não pode se proteger das águias.
[4] A destruição encontrará os judeus onde eles estiverem, da mesma maneira como as águias sentem o odor da sua presa. Note que quando um povo, pelo seu pecado, se transforma em cadáver, pútrido e repulsivo, nada se pode esperar, exceto que Deus envie águias, para devorá-lo e destruí-lo.
6. Isso é bastante aplicável ao dia do juízo, à vinda do nosso Senhor Jesus Cristo nesse dia, e à “nossa reunião com Ele” (2 Tessalonicenses 2.1). Veja aqui:
(1) Como Ele virá: “Como o relâmpago”. Já era chegada a sua hora de passar “deste mundo para o Pai”. Por isso, aqueles que procuram Cristo não devem ir ao deserto, nem ao interior das casas, nem ouvir a qualquer pessoa que faça um sinal com o dedo, convidando-os a uma visão de Cristo; mas devem olhar para cima, pois “a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador” (Filipenses 3.20). Ele virá “com as nuvens”, como faz o relâmpago, “e todo olho o verá”, pois se diz que é natural que todas as criaturas vivas voltem os seus rostos em direção ao relâmpago (Apocalipse 1.7). Cristo irá aparecer para todo o mundo, de uma extremidade do céu até a outra; nada poderá se esconder da luz e do calor daquele dia.
(2) Como os santos se reunirão a Ele. Da mesma maneira como as águias se aproximam do cadáver, por instinto natural e com a maior rapidez e diligência imagináveis. Os santos, quando forem levados até a glória, serão levados “sobre asas de águias” (Êxodo 19.4), e sobre asas de anjos. Eles “subirão com asas como águias”, e, como elas, renovarão a sua juventude.
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