ALIMENTO DIÁRIO

MATEUS 24: 4 – 31 – PARTE I

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Predições Terríveis

Os discípulos tinham perguntado sobre a época: “Quando serão essas coisas?” Cristo não lhes deu nenhuma resposta, não lhes disse depois de quantos dias e anos a sua predição se cumpriria, pois não nos “pertence saber os tempos” (Atos l. 7), mas eles tinham perguntado: “Que sinal haverá?” A esta pergunta, Ele responde de maneira completa, pois nós estamos preocupados em conhecer “os sinais dos tempos” (cap. 16.3). A profecia, basicamente, diz respeito aos eventos próximos da destruição de Jerusalém, o fim da igreja e da nação judaicas, o chamado dos gentios, e o estabelecimento do reino de Cristo no mundo; mas assim como as profecias do Antigo Testamento, que têm uma referência imediata às questões dos judeus e às revoluções na sua nação, sob o exemplo delas, estas profecias vão mais adiante, referindo-se à igreja do Evangelho e ao reino do Messias, e desta maneira são expostas no Novo Testamento, e as expressões que são encontradas nessas predições são peculiares a ele, e não se aplicam a nada mais. Sendo assim, esta profecia, como símbolo da destruição de Jerusalém, refere-se até ao juízo geral, e como é usual nas profecias, algumas passagens são mais aplicáveis aos acontecimentos do presente, e outras, aos do futuro; e no seu final, como é usual, ela aponta mais particularmente para o futuro. Deve-se notar que o que Cristo diz aqui aos seus discípulos tende mais a despertar a sua precaução do que a satisfazer a sua curiosidade; mais para prepará-los para os eventos que iriam acontecer, do que para lhes dar uma ideia distinta dos próprios eventos. Este é aquele bom conhecimento dos tempos que todos nós deveríamos procurar obter; para deduzir o que Israel deveria fazer; e assim essa profecia é de uso duradouro para a igreja, e assim será, até o final dos tempos; pois “o que foi, é o que há de ser” (Eclesiastes 1.5,6,7,9), e a série, conexão, e presságios dos eventos são praticamente os mesmos que eram naquela época; par a que sobre a profecia deste capítulo, que aponta para aquele evento, possam ser feitos prognósticos morais, e os sinais dos tempos possam ser discernidos de modo que o coração do homem sábio possa saber como melhorar.

I – Aqui Cristo prediz o aparecimento de enganadores. Ele começa com um aviso: ”Acautelai-vos, que ninguém vos engane”. Eles esperavam ouvir quando essas coisas aconteceriam, esperavam ser aceitos para participar desse segredo; mas esse aviso serve para refrear a sua curiosidade: “O que isto interessa a vocês? Cuidem dos seus deveres, sigam-me e não se deixem convencer a deixar de me seguir”. Aqueles que são mais curiosos a respeito dos assuntos secretos que não lhes dizem respeito são mais facilmente impressionáveis pelos enganadores (2 Tessalonicenses 2.3). Os discípulos, quando ouviram que os judeus, seus mais inveterados inimigos, seriam destruídos, poderiam estar correndo o risco de um excesso de segurança. “Não”, diz Cristo, “vocês estão mais expostos de outras maneiras”. Os enganadores são inimigos mais perigosos à igreja do que os perseguidores.

Três vezes, nesse sermão, Ele menciona o aparecimento de falsos profetas, o que era:

1. Uma predição da ruína de Jerusalém. Aqueles que mataram os verdadeiros profetas foram, com justiça, deixados para ser enganados pelos falsos profetas; e aqueles que crucificaram o verdadeiro Messias, foram deixados para ser ludibriados e destruídos pelos falsos Cristas e Messias imaginários. O aparecimento deles seria a ocasião da divisão do povo em partidos e facções, o que tornaria a sua destruição mais fácil e rápida; e o pecado dos muitos que eram deixados de lado por eles ajudou a completar a medida.

2. Um teste para os discípulos de Cristo, que, portanto, estava de acordo com a sua situação de experiência, “para que os que são sinceros se manifestem”.

A respeito desses enganadores, observe aqui:

(1) Os pretextos sob os quais eles apareceriam. Satanás age maliciosamente quando aparece como um anjo de luz; o pretexto de um bem maior é, frequentemente, o que encobre o mal maior.

[1) Apareceriam “falsos profetas” (vv. 11- 24). Os enganadores fingiriam ter inspiração divina, uma missão imediata e um espírito de profecia, quando tudo isso era uma mentira. Assim eles tinham sido anteriormente (Jeremias 23.16; Ezequiel 13.6), como havia sido predito (Deuteronômio 13.3). Alguns pensam que os enganadores aqui indicados eram pessoas que tinham se estabelecido como professores na igreja, e tinham conquistado reputação por sê-lo, mas posteriormente traíram a verdade que tinham ensinado e se voltaram para o erro; e de pessoas assim, o perigo é ainda maior, porque elas são mais insuspeitas. Um falso traidor nas tropas pode causar mais mal que mil arqui-inimigos de fora.

 

[2] Apareceriam falsos Cristos: “Muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo” (v. 5), estes assumirão o nome peculiar a Ele, dizendo: “Eu sou o Cristo” – “falsos cristos” (v. 24). Havia, naquela época, uma expectativa geral pelo aparecimento do Messias; falava-se dele como sendo aquele que viria; mas quando Ele realmente veio, a nação o rejeitou; disso, aqueles que tinham ambição de serem famosos se aproveitaram, e se passaram por Cristo. Josefo fala de diversos impostores deste tipo, entre essa ocasião e a destruição de Jerusalém; um Teudas, que foi derrotado por Cóspio Fado. Outro, por Félix, outro, por Festa. Dosetheus disse que era o Cristo profetizado por Moisés. Veja Atos 5.36,37. Simão, o mágico, fingiu ter “a grande virtude de Deus” (Atos 8.10). Nos anos posteriores, houve pessoas que fingiram como ele; um deles, cerca de cem anos depois de Cristo, chamava a si mesmo de Barcochobas – O filho de uma estrela, mas, na verdade, era Barcosba – O filho de uma mentira. Aproximadamente cinquenta anos antes, Sabbati-Levi tinha se estabelecido como Messias no império turco, e foi muito querido pelos judeus; mas dentro de pouco tempo, foi revelada a sua tolice. A religião papista, na verdade, estabelece um falso Cristo. O papa se apresenta, em nome de Cristo, como seu substituto, mas invade e usurpa todos os seus ofícios, e passa a ser seu rival; e como tal, torna-se seu inimigo, um enganador, e um anticristo.

[3] Esses falsos Cristas e falsos profetas teriam seus agentes e emissários trabalhando em todos os lugares, para atrair pessoas (v. 23). Então, quando os problemas públicos forem grandes e ameaçadores, e as pessoas estiverem procurando qualquer coisa que se pareça com libertação, Satanás irá se aproveitar e impor-se a elas. Eles dirão: Eis aqui o Cristo, ou: Ei-lo ali; mas não acreditem neles: o verdadeiro Cristo não luta, não clama, nem foi dito sobre Ele: “Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali”! (Lucas 17.21), portanto, se alguém disser isso sobre Ele, considere que é uma tentação. Os eremitas, cuja religião é vivida em uma vida monástica, dizem: Ele está no deserto; os sacerdotes, que dizem que a hóstia consagrada é Cristo, dizem: Ele está no interior da casa. “Eis que Ele está neste santuário, naquela imagem”. Desta maneira, alguns se apropriam da presença espiritual de Cristo, em benefício de um grupo ou de uma crença, como se tivessem o monopólio de Cristo e do cristianismo; e assim pensam que o reino de Cristo deve erguer-se e cair, viver e morrer, com eles. “Eis que Ele está nesta igreja, ou naquele concílio”. Mas “Cristo é tudo em todos”, e assim não é possível ficar dizendo que Ele está aqui ou ali; pois Ele vai ao encontro do seu povo com uma bênção em todos os lugares onde Ele registra o seu nome.

(2) A prova que eles ofereceriam por fazer o bem com esses pretextos: eles “farão tão grandes sinais e prodígios” (v. 24). Não seria m milagres verdadeiros, aqueles que são um selo divino, e com os que se confirma a doutrina de Cristo; portanto, se alguém tentar nos atrair por tais sinais e prodígios, nós devemos recorrer àquela regra dada antigamente (Deuteronômio 13.1-3): “Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos, porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova”. Mas esses eram “prodígios de mentira” (2 Tessalonicenses 2.9), operados por Satanás (com a permissão de Deus), que é “o príncipe das potestades do ar”. Não foi dito: Eles realizarão milagres, mas sim: Eles farão grandes sinais. Eles nada são, além de um espetáculo; ou influenciam a credulidade dos homens por falsas narrativas, ou enganam os seus sentidos com truques de prestidigitação, ou artes de adivinhação, como faziam os mágicos do Egito com seus encantos.

(3) O sucesso que eles teriam nos seus esforços:

[1] Eles “enganarão a muitos” (v. 5), e novamente no versículo 11. Observe que o diabo e os seus instrumentos podem vencer ao enganar pobres almas; poucos encontram a porta estreita, mas muitos são atraídos para o caminho mais largo: muitos serão influenciados pelos seus sinais e prodígios, e muitos serão atraídos pelas esperanças de libertação dos seus sofrimentos. Observe que nem milagres nem multidões são sinais seguros de uma verdadeira igreja; pois “toda a terra se maravilhou após a besta” (Apocalipse 13.3).

[2] Eles, “se possível fora, enganariam até os escolhidos”, v. 24. Isto sugere, em primeiro lugar, o poder da ilusão. Este poder será tal, que muitos serão fascinados por ele (tão forte será a corrente), mesmo aqueles que julgavam que iriam resistir. O conhecimento dos homens, os dons, o estudo, a situação eminente, e o longo tempo de profissão de fé, nada irá protegê-los; mas, apesar deles, muitos serão enganados; nada, exceto a graça onipotente de Deus, de acordo com o seu eterno objetivo, será uma proteção. Em segundo lugar, a segurança dos eleitos em meio ao perigo, que é sugerida pelas palavras: “se fora possível”, dando a entender, claramente, que isto não é possível, pois eles estão protegidos pelo poder de Deus, para que o propósito de Deus, de acordo com a eleição, possa persistir (Hebreus 6.4,5,6). Se os escolhidos de Deus fossem enganados, a escolha de Deus seria derrotada, o que não é imaginável, pois aos que Ele “predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (Romanos 8.30). Eles foram dados a Cristo, e ele todos os que lhe foram dados, Ele não perderá nenhum (João 10.2 8). Grotius interpretou isso como significando a maior dificuldade em afastar os cristãos primitivos da sua religião, e cita que isto era usado proverbialmente por Galen. Quando ele queria expressar algo que era muito difícil e moralmente impossível, ele dizia, “é mais fácil afastar um cristão de Cristo”.

(4) Os avisos repetidos que o nosso Salvador dá aos seus discípulos, para que se acautelem contra eles. Ele lhes deu avisos para que pudessem estar vigilantes (v. 25): “Eis que eu vo- lo tenho predito”. Aquele que é avisado de que será atacado, poderá se salvar, como fez o rei de Israel (2 Reis 6.9,10). Observe que os avisos de Cristo têm o objetivo de despertar a nossa vigilância, e embora os eleitos sejam preservados do engano, eles serão preservados através do uso dos meios indicados, e de uma devida consideração aos avisos da Palavra. Nós somos protegidos, pela fé, pela fé na Palavra de Cristo, daquilo que Ele nos adverte com antecedência.

[1] Não devemos crer naqueles que dizem: “Eis que o Cristo está aqui ou ali” (v. 23). Nós cremos que o Cristo verdadeiro está à destra de Deus, e que a sua presença espiritual está onde estiverem dois ou três reunidos em seu nome; não devemos crer; portanto, naqueles que tentam nos afastar de um Cristo no céu, dizendo que Ele está em algum lugar aqui na terra; ou que tentam nos afastar da igreja universal na terra, dizendo que Ele está aqui, ou que está ali; “não acrediteis”. Observe que não existe maior inimigo da fé verdadeira do que a credulidade vã. O simples crê em cada palavra, e persegue cada clamor.

[2] Não devemos seguir aqueles que dizem: “Eis que ele está no deserto”, ou: “Eis que ele está no interior da casa” (v. 26). Não devemos dar ouvidos a todo fingidor e empírico, nem seguir a todos os que erguem o dedo para nos indicar um novo Cristo e um novo Evangelho. “Não os sigam, pois se o fizerem, vocês estarão correndo perigo de serem levados por eles; por isso, não permaneçam no caminho do mal, não sejam “levados em roda por todo vento de doutrina”; a vã curiosidade de muitos homens em segui-los os levou a uma apostasia fatal; a sua força, nessa situação, consiste em permanecer quietos, para que tenham o coração estabilizado com graça”.

Autor: Vocacionados

Sou evangélico, casado, presbítero, professor, palestrante, tenho 4 filhos sendo 02 homens (Rafael e Rodrigo) e 2 mulheres (Jéssica e Emanuelle), sou um profundo estudioso das escrituras e de tudo o que se relacione ao Criador.

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