SERÁ MESMO UMA QUESTÃO DE SORTE (!?)
Muitos desconhecem o conceito de felicidade, aplicando-o equivocadamente e banalizando a formação de opinião. Quem perde com isso é toda uma sociedade
Há quem diga, criticando a Psicologia Positiva, que a busca pela felicidade é um “modismo americano”. Pois acreditar que o movimento de Martin Seligman inaugurou a busca do homem por uma vida feliz beira a ingenuidade. Desde a Era pré-Cristã, temos registros filosóficos acerca da felicidade, bem como uma série de recomendações de importantes pensadores sobre os melhores caminhos para atingi-la. Além do próprio Aristóteles e sua proposta de eudaimonia, sobre a qual não discutirei neste artigo, agrada-me em especial algumas reflexões de Sêneca, filósofo contemporâneo de Cristo que, ao refletir sobre o tema felicidade frente à sociedade de sua época, recomendava: “aquele que quiser ser feliz, a primeira coisa que deve fazer é negar-se seguir a multidão”. Sêneca fazia tal recomendação pelo simples fato de que, ao observar a sociedade de sua época, não parecia encontrar uma maioria feliz.
Passados mais de dois mil anos e a despeito do que é veiculado (e fabricado) nas mídias sociais, olho ao meu redor e chego à mesma conclusão. Não acredito que a maioria das pessoas seja feliz. Quero, contudo, deixar claro que esta não se trata de uma afirmação científica, mas, uma mera opinião pessoal.