PSICOLOGIA ANALÍTICA

SERÁ MESMO UMA QUESTÃO DE SORTE (!?)

Muitos desconhecem o conceito de felicidade, aplicando-o equivocadamente e banalizando a formação de opinião. Quem perde com isso é toda uma sociedade

Será mesmo questão de sorte

Há quem diga, criticando a Psicologia Positiva, que a busca pela felicidade é um “modismo americano”. Pois acreditar que o movimento de Martin Seligman inaugurou a busca do homem por uma vida feliz beira a ingenuidade. Desde a Era pré-Cristã, temos registros filosóficos acerca da felicidade, bem como uma série de recomendações de importantes pensadores sobre os melhores caminhos para atingi-la. Além do próprio Aristóteles e sua proposta de eudaimonia, sobre a qual não discutirei neste artigo, agrada-me em especial algumas reflexões de Sêneca, filósofo contemporâneo de Cristo que, ao refletir sobre o tema felicidade frente à sociedade de sua época, recomendava: “aquele que quiser ser feliz, a primeira coisa que deve fazer é negar-se seguir a multidão”. Sêneca fazia tal recomendação pelo simples fato de que, ao observar a sociedade de sua época, não parecia encontrar uma maioria feliz.

Passados mais de dois mil anos e a despeito do que é veiculado (e fabricado) nas mídias sociais, olho ao meu redor e chego à mesma conclusão. Não acredito que a maioria das pessoas seja feliz. Quero, contudo, deixar claro que esta não se trata de uma afirmação científica, mas, uma mera opinião pessoal.

OUTROS OLHARES

CRIANÇAS APARTADAS DOS PAIS

A política de tolerância zero do governo Trump separa milhares de famílias de imigrantes ilegais, levando crianças a gritos de desespero.

Crianlas apartadas dos pais

Suas vozes frágeis e seus corpos miúdos sugerem que elas não têm mais de 7anos, mas já conhecem a brutal realidade dos desventurados cuja sina é cruzar fronteiras para sobreviver. O drama das crianças tiradas dos braços de seus pais e mães pela “política de tolerância zero” do governo americano tem comovido o mundo e dividido o país do presidente Donald Trump. Os relatos são de solidão e desespero para essas famílias divididas, que, não raro, mal podem se comunicar com o mundo exterior nem conseguem informações sobre o paradeiro de seus parentes após terem cruzado fronteira do México para os EUA em busca de uma vida menos difícil. Em vez de encontrarem a realização de seu “sonho americano”, elas vêm sendo recebidas por uma prática de hostilidade reforçada na zona fronteiriça, que separou mais de 2.200 crianças de seus pais desde abril.

As famílias mais afetadas pela nova prática da Casa Branca, que agora processa criminalmente pais e os leva a presídio enquanto filhos são mantidos em abrigos temporários, têm sido as hondurenhas, as guatemaltecas e as mexicanas. Mas há também brasileiros experimentando esse sofrimento, e alguns nem mesmo entraram ilegalmente nos EUA, mas sim pediram asilo político. É o caso da avó Maria Bastos e seu neto autista, Matheus, que há dez meses não se encontram, separados por mais de 2.000 quilômetros em um país estranho. Enquanto isso, um menino brasileiro de 9 anos esperou em vão por 22 dias por telefonemas no abrigo. Seu pai não consegue falar com ele enquanto está detido no estado do Novo México e já perdeu 13 quilos durante esse tempo no cárcere, onde estão presos também condenados por diversos outros crimes

Um áudio divulgado pela Pro Publica organização jornalística sem fins lucrativos, registrou o momento em que dez crianças centro-americanas foram separadas dos pais. Elas choram, soluçam e soltam gritos agudos. Mas, de um agente migratório, o que essas crianças ouvem é: “Bem, temos uma orquestra aqui. Só falta o maestro”.

Enquanto os pais nos presídios se preocupam com as condições dos filhos, crianças e adolescentes detidos se sentem abandonados. Antar Davidson, americano de origem brasileira que trabalhou num centro de acolhimento para menores em Tucson, no Arizona, afirmou que os apreendidos dão sinais diários de instabilidade emocional, depressão e rebeldia. Durante vários meses 300 menores entre 4 e 17 anos não receberam educação nem ajuda psicológica apropriadas. Ele contou que três irmãos brasileiros foram proibidos de se abraçar.

“Isso é inacreditável. Autoridades do governo Trump estão enviando bebês e crianças pequenas… desculpem… há pelo menos três…” Foi o que conseguiu dizer Rachel Maddow, âncora da MSNBC, antes de se render às lágrimas ao tentar noticiar o drama infantil latino-americano, num vídeo que já viralizou. Os relatos cruéis sobre as separações familiares vêm dominando a imprensa americana nos últimos dias e, assim, pressionando o governo a se explicar sobre as consequências de sua nova política.

Crianças têm sido colocadas em enormes estruturas parcialmente improvisadas, algumas das quais já são chamadas de “cidades-tenda”. No Texas, por exemplo, edifícios que serviam como lojas de departamentos se converteram em um abrigo para quase 1.500 meninos entre 10 e 17 anos. Lá, durante duas horas do dia, os menores podem sair ao ar livre. Relatos na imprensa falam também de abrigos rodeados por cercas, provocando comparações com verdadeiras prisões.

 Antes de chegarem a esses abrigos, os pequenos migrantes devem passar por centros de processamento, em que são colocados em celas que mais parecem jaulas feitas de metal. Em imagens divulgadas pelo próprio governo, crianças – algumas aparentando ter 4 ou 5 anos – aparecem deitadas em colchões bem finos com cobertores de alumínio, do tipo usado por corredores após maratonas.

O maior de todos os medos, pata filhos e pais, é nunca mais verem uns aos outros, o que em alguns casos não é impossível. A deportação dos guardiões legais torna altamente desafiadora: a reunificação familiar para quem, de volta ao seu país de origem, tem poucos meios legais disponíveis. Alguns pais, inclusive, recebem ofertas da Justiça para serem soltos e reverem seus filhos se desistirem do pedido de refúgio. A ONG Anistia internacional chamou essa prática de tortura, explicando que se trata da “imposição deliberada de sofrimento extremo para evitar comportamentos indesejados pelo governo.

“A vasta maioria das famílias se apresentou legalmente. Não há justificativa para isso. Precisa parar agora, e as famílias devem ser reunificadas”, disse Brian Griffey, pesquisador da organização que se encontrou com duas famílias brasileiras detidas nessas circunstâncias.

Na quarta-feira, Trump, criticado dentro e fora de seu país, inclusive em seu Partido Republicano, anunciou um decreto para que as famílias sem documentos fossem mantidas juntas, evitando a separação de pais e filhos. Mas, com apenas três centros de detenção familiar em todo o país, não está claro como isso pode acontecer. O republicano vem seu reforço na vigilância migratória como moeda de troca para negociar com democratas sua desejada reforma bipartidária sobre o assunto, em que a construção de um muro na fronteira com o México é o carro-chefe.

Crianlas apartadas dos pais.2

GESTÃO E CARREIRA

 POR QUE OS LÍDERES FALHAM?

 Por que os líderes falham

As frases e os incentivos proferidos por Henrique V na famosa batalha de Agincourt destacam-se entre as maiores passagens escritas por Shakespeare, aflorando todo seu patriotismo. Com enorme habilidade, Henrique estimulava seus soldados para que continuassem lutando, não importando que, do outro lado, para cada inglês havia cinco franceses. E vaticina: “De hoje até o fim dos tempos nós seremos lembrados. Nós, os afortunados, nós, os irmãos. Pois aquele que hoje sangra comigo será o meu irmão”.

Líderes são bem-sucedidos, até que falhem. Assumir riscos e eventualmente falhar é da natureza da liderança. De acordo com recente estudo do Center for Creative Leadership, cerca de 40% dos novos diretores executivos falham em seus primeiros 18 meses no cargo, e um percentual ainda maior não consegue viver de acordo com as expectativas de quem os contratou. Parte desse fenômeno pode ser explicada por processos de seleção ineficientes e pela ausência de acompanhamento e suporte.

Um líder eficaz aprende com o fracasso e avança. Entretanto, existem falhas na liderança, não necessariamente associadas à assunção de riscos, que podem comprometer e paralisar uma organização. O esforço da organização para destilar as razões e causas dessas falhas é indispensável. Negligenciar essas causas sufoca a capacidade da empresa de buscar novas oportunidades e impede o avanço das organizações. Mesmo que se possa atribuir esses infortúnios ao azar ou timing equivocado, pesquisas têm sugeri do que, dentre as principais causas, encontra-se a inaptidão cognitiva e comportamental. Primeiro porque existe uma tendência inconsciente do líder em atribuir maior relevância às informações que vão ao encontro de suas crenças. hipóteses e experiências recentes. em detrimento de variáveis conflitantes.

Muitos líderes criam, involuntariamente, barreiras pessoais que corroem sua capacidade de manter os princípios de liderança, rigor metodológico em motivação. Por outro lado, o excesso de confiança conduz os líderes a superestimar sua capacidade de gerenciar o negócio, assumindo riscos demasiados na expectativa de que tenham controle sobre suas consequências. É importante que os líderes compreendam que suas habilidades, conhecimento, experiência e liderança serão continuamente desafiados em um mercado cada vez mais volátil e complexo. A liderança tem de ser adaptável.

Em outras palavras, o pensamento que tornou possível o sucesso de ontem pode ser, eventualmente, o mesmo pensamento que resultará em seu fracasso amanhã. Em contrapartida, a credibilidade de um líder é consequência de dois aspectos: o que faz sua competência e o que é seu caráter. A discrepância entre esses cria um problema de integridade. Quando a integridade deixa de ser prioridade para um líder, a obtenção de resultados torna-se mais importante do que os meios utilizados para sua realização. É nesse momento que o líder adentra um terreno pantanoso, onde a ética é de conveniência. Muitas vezes esses líderes enxergam seus liderados como simples peões, confundindo manipulação com liderança. Esses líderes não têm empatia. Liderança é, também, ascendência moral. Por fim, a liderança não pode ser um fardo. Deve ser gratificante e, até mesmo, divertida. Um líder deve caminhar convencido de que toda tarefa, não importando sua dimensão, o leva cada vez mais perto de seus sonhos.

Ao elaborar a fórmula da liderança, o especialista em comportamento organizacional e professor Nigel Nicholson ensina: “A eficácia da liderança envolve ser a pessoa certa no momento e no lugar certo, fazendo a coisa certa”. Isso significa que a liderança pode assumir variadas formas para uma infinidade de situações, e os líderes falham quando o seu modelo, insight ou relacionamentos estão errados.

 

ANDRIEI JOSÉ BEBER – é professor da FGV, especialista e palestrante nas áreas de finança, gestão e governança, e doutor em engenharia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

ALIMENTO DIÁRIO

MATEUS 24: 32 – 51 – PARTE III

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A Parábola da figueira. Predições terríveis. O dever da vigilância. O bom e o mau administrador

III – Há aqui uma exortação geral a nós, para que vigiemos e estejamos preparados para aquele dia que se aproxima, uma exortação reforçada por diversas considerações importantes (vv.42ss). Considere:

1.  A tarefa exigida: “Vigiai. pois. porque não sabeis a que hora há de v:ir…estai vós apercebidos (vv. 42,44).

(1)  “Vigiai, pois” (v. 42). Observe que vigiar é o maior dever e interesse de todos os discípulos de Cristo, que devem estar e se manterem despertos, para que possam cuidar da sua vida. Assim como um estado ou comporta ­ mento pecaminoso é comparado a dormir, como estando desacordado e inativo (1 Tessalonicenses 5.6), também um estado ou comportamento de graça é comparado a vigiar e despertar. Nós devemos esperar a vinda do nosso Senhor, a nós, em particular, na nossa morte, depois da qual segue-se o juízo, que é o grande dia para nós, o fim do nosso tempo; e a sua vinda no final de todos os tempos, para julgar o mundo, o grande dia para toda a humanidade. Vigiar implica não somente em crer que o nosso Senhor virá, mas também desejar que Ele venha, estar sempre pensando na sua vinda, e procurá-la como sendo certa e próxima, embora a sua ocasião seja desconhecida. Vigiar pela vinda de Cristo é manter aquele espírito de graça e aquela disposição mental com que devemos estar desejosos de que o nosso Senhor, quando vier, nos encontre. Vigiar é estar ciente das primeiras notícias da sua chegada, para que possamos imediatamente atender às suas ordens, e nos apresentarmos ao dever de encontrá-lo. Vigiar é uma atitude que ocorre, supostamente, à noite, que é o horário de dormir; enquanto nós estivermos neste mundo, a noite estará conosco, e precisaremos nos esforçar para nos mantermos despertos.

(2)  “Estai vós apercebidos também”. Nós desperta­ remos em vão, se não estivermos preparados. Não é suficiente procurar tais coisas; devemos, portanto, viver de forma diligente (2 Pedro 3.11,14). Nós teremos o nosso Senhor, a quem deveremos acompanhar, e assim precisaremos ter as nossas lâmpadas prontas. Há uma causa para ser julgada, e nós devemos ter a nossa apelação já preparada e assinada pelo nosso Advogado; uma prestação de contas para fazer, e devemos ter as nossas contas já declaradas e equilibradas. Existe uma herança que esperamos receber, e nós devemos estar preparados, dignos de participar dela (Colossenses 1.12).

2. As razões que nos induzem a essa vigilância e preparação diligente para aquele dia; e são duas.

(1)  Porque o dia da vinda do nosso Senhor é completamente incerto. Esta é a razão imediatamente anexa à dupla exortação (vv. 42,44), e é exemplificada por uma comparação (v. 43). Consideremos:

[1] Que não sabemos a que hora há de vir o nosso Senhor (v. 42). Nós não sabemos o dia da nossa morte (Genesis 27.2). Podemos saber que temos apenas pouco tempo de vida (“O tempo da minha partida está próximo”, 2 Timóteo 4.6), mas não podemos saber quanto tempo teremos, pois as nossas almas estão continuamente em nossas mãos. Também não podemos saber quanto tempo de vida nos resta, pois pode acabar sendo menos do que esperávamos; muito menos sabemos o dia fixado para o grande juízo. A respeito dos dois dias, nós somos mantidos na incerteza, para que possamos, todos os dias, esperar por aquilo que poderá vir qualquer dia; nunca podemos nos orgulhar de mais um ano (Tiago 4.13), não, nem do retorno do amanhã, como se este nos pertencesse (Provérbios 27.1; Lucas 12.20).

[2] Que Ele há de vir à hora em que não pensamos (v. 44). Embora exista tal incerteza quanto à hora, não há nenhuma incerteza quanto à sua vinda. Embora não saibamos quando Ele virá, temos plena certeza de que Ele virá. As suas palavras de despedida foram: “Certamente, cedo venho”. As suas palavras: “Certamente venho”, nos compelem a esperá-lo. As suas palavras: “Cedo venho”, nos compelem a estar sempre esperando por Ele; pois isto nos deixa numa condição de expectativa. “À hora em que não penseis”, isto é, nesta hora, quando não estão prontos nem preparados, quando nem imaginam (v. 50); ou melhor, numa hora, naquela em que a maioria consideraria improvável. O esposo veio quando as prudentes estavam dormindo. E conveniente à nossa condição atual que estejamos sob a influência de uma expectativa geral e constante, em vez da influência de presságios e prognósticos particulares, que, às vezes, somos tentados, inutilmente, a desejar e esperar.

[3] Para que os filhos deste mundo sejam, consequentemente, sábios na sua geração, para que, se souberem de um perigo próximo, se mantenham despertos e mantenham a sua guarda contra este. O Senhor nos mostra isso em um exemplo particular (v. 43). Se o pai de família soubesse que um ladrão viria em certa noite, e a certa vigília da noite (pois a noite era dividida em quatro vigílias, de três horas cada uma), e tentaria arrombar a sua casa, ainda que fosse a vigília da meia-noite, quando ele teria mais sono, ainda assim estaria acordado, ouviria todos os ruídos em todos os cantos, e estaria preparado para oferecer ao ladrão a resistência adequada. Embora nós não saibamos exatamente quando o nosso Senhor virá, ainda assim, sabendo que Ele virá, e que virá sem demora, e sem nenhum outro aviso além dos que Ele já deu em sua Palavra, é interesse nosso vigiar sempre. Observe, em primeiro lugar, que cada um de nós tem uma casa para manter, que está exposta; tudo o que temos está nesta casa. Esta casa é a nossa própria alma, que nós devemos conservar com toda a diligência. Em segundo lugar, o dia do Senhor vem inesperadamente, como um ladrão. Cristo decide vir quando Ele é menos esperado, para que os triunfos dos seus inimigos possam ser convertidos na maior vergonha deles, e os temores dos seus amigos se transformem na maior alegria. Em terceiro lugar, se Cristo, quando vier, nos encontrar adormecidos e despreparados, a nossa casa será invadida e nós perderemos tudo o que tivermos, não injustamente, para um ladrão, mas por um processo justo e legal. A morte e o juízo tomarão tudo o que os despreparados tiverem, para seu prejuízo irreparável e completa destruição. Por isso, devemos estar preparados; “estai vós apercebidos também”; tão preparados, em todos os momentos, como o bom homem da casa estaria à hora em que esperasse o ladrão; nós devemos vestir a armadura de Deus para que possamos não apenas permanecer naquele dia mau, mas para que, como mais que vencedores, possamos repartir os despojos.

(2)  Porque o resultado da vinda do nosso Senhor será muito feliz e consolador para aqueles que forem encontrados preparados, mas muito triste e assustador para os demais (vv.45ss.). Isto é representa do pela situação diferente do servo bom e do mau, quando o seu senhor vem para acertar as contas com eles. Será bom ou mau para nós, por toda a eternidade; tudo depende de sermos encontrados preparados ou despreparados, naquele dia, pois Cristo dará a cada um segundo as suas obras. Esta parábola, que conclui o capítulo, se aplica a todos os cristãos, que são, por profissão e obrigação, servos de Deus. Mas ela parece destinada, em especial, como uma advertência aos ministros, pois o servo de que se fala é um administrador. Observe o que Cristo diz aqui:

[1] A respeito do servo bom. O Senhor mostra aqui que aquele é um administrador da casa; sendo assim, ele deveria ser fiel e prudente; e se fosse assim, seria eternamente bem-aventurado. Aqui há boas instruções e bons incentivos aos ministros de Cristo.

Em primeiro lugar, temos aqui o seu lugar e trabalho. Ele é aquele que o Senhor tornou administrador da sua casa, para dar o sustento a cada um a seu tempo. Observe:

1. A igreja de Cristo é a sua casa, ou família. Ele é o Pai e Mestre. É a casa de Deus, uma família que toma o nome de Cristo (Efésios 3.15).

2. Os ministros do Evangelho são nomeados administradores nessa casa. Não como príncipes (Cristo advertiu contra isso), mas como administradores, ou outros encarregados subordinados; não como senhores, mas como guias; não para prescrever novos caminhos, mas para mostrar e conduzir nos caminhos que Cristo indicou. Este é o significado de hegoum enoi, que traduzimos: governando sobre vós (Hebreus 13.17). Como supervisores, não para interromper nenhum novo trabalho, mas para orientar e acelerar a obra que Cristo ordenou; este é o significado de episcopoi bispos. Eles são governantes por Cristo; qualquer poder que eles tenham deriva dele, e ninguém pode tomá-lo deles, ou reduzi-lo. Jesus é aquele a quem Deus Pai fez governante; e Cristo tem o poder de fazer ministros. Eles são governantes sob Cristo, agindo subordinados a Ele; e governantes para Cristo, para o progresso do seu reino.

3. O trabalho dos ministros do Evangelho é de dar à casa de Cristo o seu sustento a seu tempo, como administradores, e por isso eles têm as chaves da casa.

(1) O seu trabalho é dar, e não tomar para si mesmos (Ezequiel 34.8), mas dar à família o que o Mestre trouxe, distribuir o que Cristo comprou. E aos ministros foi dito: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (Atos 20.35).

(2) Trata-se de dar sustento, e não a lei (isto é função de Cristo), mas transmitir à igreja essas doutrinas, que, se devidamente digeridas, serão alimento para as almas. Eles devem dar, não o veneno das falsas doutrinas, não as pedras das doutrinas duras e infrutíferas, mas o sustento que é saudável e que faz bem.

(3) O sustento deve ser dado a seu tempo, en kairo enquanto há tempo para isso; quando vier a eternidade, será tarde demais; nós precisamos trabalhar enquanto é dia: isto é, sempre que houver qualquer oportunidade; ou no tempo indicado, continuamente, conforme exija o de­ ver de cada dia.

Em segundo lugar, a sua liberação desse ofício. O bom servo, se assim o preferir, será um bom administrador; pois:

1. Ele é fiel; os administradores devem ser fiéis (1 Coríntios 4.2). Aquele a quem algo é confiado, deve ser confiável; e quanto mais lhe é confiado, mais se espera dele. É uma coisa boa e grandiosa que é confiada aos ministros (2 Timóteo 1.14); e eles precisam ser fiéis, como Moisés também o foi (Hebreus 3.2). Cristo considera os ministros que são fiéis, e somente eles (1 Timóteo 1.12). Um ministro fiel de Jesus Cristo é alguém que deseja sinceramente a honra do seu Mestre, não a sua própria; este transmite integralmente a Palavra de Deus, não as suas próprias fantasias e ideias; ele segue as instituições de Cristo e adere a elas; considera os mais humildes, reprova os mais poderosos e não respeita a aparência das pessoas.

2. Ele é sábio para compreender o seu dever e a ocasião apropriada para ele. E para guiar o rebanho é necessária não apenas a integridade do coração, mas a habilidade das mãos. A honestidade pode ser suficiente para um bom servo, mas a sabedoria é necessária para um bom administrador; pois orientar é um trabalho frutífero.

3. Ele trabalha, como exige o seu cargo. O ministério é uma boa obra, e aqueles que têm este trabalho sempre têm alguma coisa para fazer; eles não devem permitir-se descansar, nem deixar o trabalho inacabado, nem descuidadamente passá-lo a outros, mas precisam estar trabalhando, e trabalhando para alcançar os objetivos do seu trabalho, dando sustento à casa, cuidando dos seus deveres e não se envolvendo no que não lhe diz respeito; trabalhando como o Mestre ordenou, como importa ao cargo, e como exige a situação da família; não conversar, mas trabalhar. Este era o lema que o Sr. Perkins usava: Minister verbi es Você é um ministro da Palavra. Não apenas Age Trabalhe, mas Hoc age Trabalhe assim.

1- Ele é encontrado trabalhando quando chega o seu Mestre, o que indica:

(1) Constância no seu trabalho. A qualquer hora em que chegue o seu Mestre, ele será encontrado ocupado com o trabalho. Os ministros não devem deixar lacunas no seu tempo, para que o Senhor não os encontre parados por ocasião da sua volta. Assim como para o Deus benigno o fim de uma misericórdia é o início de outra, também para um homem bom, um bom ministro, o fim de um dever é o início de outro. Quando tentaram persuadir Calvino a diminuir os seus deveres ministeriais, ele respondeu, com ressentimento: “Vocês desejam que o meu Mestre me encontre ocioso?”

(2) Perseverança no seu trabalho, até a chegada do Senhor. “Retende-o até que eu venha” (Apocalipse 2.25). “Persevera nestas coisas” (1 Timóteo 4.16; 6.14). Persevere até o fim.

Em terceiro lugar, a recompensa destinada ao servo fiel, em três aspectos:

1. Ele será notado. Isto está indicado nestas palavras: “Quem é, pois, o servo fiel e prudente?” Isto dá a entender que poucos têm esta qualidade; um administrador tão fiel e prudente será um entre mil. Àqueles que se distinguirem pela humildade, diligência e sinceridade no seu trabalho, Cristo, no grande dia, honrará e distinguirá através da glória que lhes será conferida.

2. Ele será bem-aventurado. “Bem-aventurado aquele servo”; e Cristo, ao dizer isto, o torna bem-aventurado. “Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor” (Apocalipse 14.13). Mas há uma bênção especial garantida àqueles que se mostram administradores fiéis, e são encontrados trabalhando. Ao lado da honra daqueles que morrem no campo de batalha, sofrendo por Cristo, como os mártires, está a honra daqueles que morrem no campo de trabalho, arando, e semeando, e colhendo, por Cristo.

3. Ele será preferido (v. 47); [Ele] “o porá sobre todos os seus bens”. A alusão é ao caminho dos grandes homens: se os administradores da sua casa se conduzem bem, eles normalmente os preferem para que sejam os administradores das suas propriedades. Assim José foi preferido na casa de Potifar (Genesis 29.4,6). Mas a maior honra que o senhor mais gentil já fez aos seus servos mais experimentados neste mundo não é nada, quando comparada ao peso da glória que o Senhor Jesus irá conferir aos seus servos fiéis e vigilantes, no mundo vindouro. O que aqui é dito, em comparação, é a mesma coisa dita, mais claramente, em João 12.26: “Meu Pai o honrará”. E os servos de Deus, quando assim preferidos, serão perfeitos em sabedoria e santidade, para sustentar o peso daquela glória, para que estes servos não representem perigo, quando reinarem.

[2] A respeito do servo mau, temos aqui:

Em primeiro lugar, a descrição que é dada a respeito dele (vv. 48,49), onde temos o infeliz com as suas características. A mais vil das criaturas é um homem mau, o mais vil dos homens é um mau cristão, e o mais vil entre eles é um mau ministro. O que é melhor; quando corrompido, torna-se o pior. A maldade nos profetas de Jerusalém é verdadeiramente uma coisa horrível (Jeremias 23.14). Aqui está:

1. A causa da sua maldade, que é uma descrença prática na segunda vinda de Cristo. Ele diz no seu coração: o meu Senhor atrasa a sua vinda; e por isso começa a pensar que Ele nunca virá, e que abandonou a sua igreja. Considere que:

(1) Cristo sabe o que dizem, nos seus corações, aqueles que com seus lábios clamam: “Senhor, Senhor”, como este servo.

(2) A demora da vinda de Cristo, embora seja um exemplo gracioso da sua paciência, é muito mal interpretada pelas pessoas más, cujos corações, desta maneira, se endurecem, com os seus métodos de iniquidade. Quando a vinda de Cristo é considerada duvidosa, ou algo que está a uma distância imensa, o coração do homem se torna inteiramente disposto a praticar o mal (Eclesiastes 8.11). Veja Ezequiel 12.27. Aqueles que caminham pelos seus sentidos estão prontos para falar, a respeito do Jesus invisível, como o povo falou sobre Moisés, quando ele se demorou no monte, depois da sua peregrinação: “Não sabemos o que lhe sucedeu” portanto “levanta-te, faze-nos deuses”; o mundo é um deus, o nosso ventre é um deus, qualquer coisa pode ser um deus, porém nunca será o Deus verdadeiro.

2. As particularidades da sua iniquidade. E esses são pecados de primeira grandeza; o ímpio é um escravo das suas paixões e dos seus apetites.

(1)  Aqui ele é acusado de perseguição. Ele começa a espancar os seus conservos. Veja que:

[1] Até mesmo os administradores mais importantes da casa devem considerar os servos da casa como seus conservos, e por isso estão proibidos de agir como se fossem senhores deles. Se o anjo se considerava conservo de João (Apocalipse 19.10), não é de admirar que João tivesse aprendido a se considerar um irmão dos cristãos das igrejas da Ásia (Apocalipse 1.9).

[2] Não é novidade ver maus servos ferindo os seus conservos; tanto cristãos em particular quanto ministros fiéis. Ele os fere, seja porque eles o reprovam, seja porque eles não o reverenciam; não dizem o que ele diz, e não fazem o que ele faz, agindo contra as suas consciências: ele os fere com a língua, da mesma maneira como eles feriram o profeta (Jeremias 18.18). E se ele tiver poder nas mãos, ou puder pressionar aqueles que o têm, como os dez chifres sobre a cabeça da besta, isso continuará. Pasur, o sacerdote, feriu o profeta Jeremias, e o meteu no tronco (Jeremias 20.2). Aqueles que se insurgem contra Deus têm descido até ao profundo, na matança (Oseias 5.2). Quando o administrador fere os seus conservos, o faz deturpando a autoridade do seu Mestre, e no seu nome. Ele diz: “O Senhor seja glorificado” (Isaias 66.5), mas ele virá a saber que não poderia ter feito afronta pior ao seu Mestre.

(2) Profanação e imoralidade. Ele começa a comer e a beber com os bêbados.

[1] Ele se associa aos piores pecadores, se relaciona com eles, é íntimo deles. Ele caminha sob a orientação deles, segue o caminho deles, senta-se na cadeira deles e canta as canções deles. Os bêbados são os companheiros, alegres e joviais, e aqueles a quem ele prefere, e por isso ele fortalece a sua iniquidade.

[2] Ele age como eles; “come, e bebe e folga”, assim consta no texto de Lucas. Isto é uma introdução a todos os tipos de pecado. A embriaguez é uma iniquidade dominante; aqueles que são seus escravos, nunca são senhores de si mesmos em qualquer outro aspecto. Os perseguidores do povo de Deus normalmente têm sido os homens mais maldosos e imorais. As consciências dos perseguidores, quaisquer que sejam os argumentos, normalmente são as mais corruptas e pervertidas. De que não se embriagam aqueles que se embriagam com o sangue dos santos? Esta é a descrição de um mau ministro, que, apesar disso, ainda pode ter os dons do ensino e do discurso sobre os demais; e, como foi dito sobre alguns, este tipo de obreiro pode pregar tão bem no púlpito, que seja uma pena que ele deva sair dali, e ainda assim viver de maneira tão má fora do púlpito, que seja uma pena que ele deva subir ali.

Em segundo lugar, é apresentada a sua condenação (vv. 50,51). A “capa” e o caráter dos maus ministros não os protegem da condenação, mas a agrava grandemente. Eles não podem reivindicar que estejam fora do alcance ou da jurisdição de Cristo, nem da jurisdição dos magistrados civis; os clérigos não possuem nenhum benefício no tribunal de Cristo. Considere:

1. A surpresa que irá acompanhar a sua condenação (v. 50): “Virá o senhor daquele servo”. Então:

(1) O fato de nós adiarmos os pensamentos sobre a vinda de Cristo não irá adiar a sua vinda. Não importa com o quê alguém procure se iludir; o seu Senhor virá. A descrença do homem não tornará sem efeito aquela grande promessa, ou ameaça (você pode chamá-la como quiser).

(2) A vinda de Cristo será uma surpresa terrível para os pecadores seguros e descuidados, especialmente para os maus ministros: “virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera”. Aqueles que desprezaram os avisos da Palavra, e calaram os avisos das suas próprias consciências, a respeito do juízo futuro, não podem pretender esperar quaisquer outras advertências; serão considerados como tendo recebido suficientes avisos legais, tenham estes sido aceitos ou não; e não se pode acusar a Cristo de nenhuma injustiça se Ele vier repentinamente, sem qualquer aviso. Ele já nos falou a este respeito anteriormente.

2. A severidade da sua condenação (v. 51). Ela não é mais severa do que justa, mas é uma condenação que traz a destruição completa, envolta por duas palavras terríveis: morte e condenação.

 

(1)  Morte. O seu Senhor o separará. “Ele o separará da terra dos vivos”, da congregação dos justos, irá separá-lo para o mal; esta é uma definição de maldição (Deuteronômio 29.21). Ele o derrubará, como uma árvore que sobrecarrega o solo; talvez isto seja uma alusão à sentença frequentemente usada na lei: “Esta alma será extirpada do seu povo”, o que sugere uma extirpação completa. A morte separa um bom homem, assim como um escolhido é separado para ser enxertado em um rebanho melhor; mas ela também separa um homem mau, assim como um galho seco é separado quando o fogo o separa deste mundo. Ou, como podemos interpretar, Ele o separará, isto é, separará o corpo da alma, enviará o corpo à sepultura, para ser uma presa dos vermes, e a alma para o inferno, para ser uma presa dos demônios; e assim o pecador é separado. Na morte, a alma e o corpo de um homem temente e obediente a Deus se separam da maneira adequada; a primeira é alegremente levada à presença de Deus, e o segundo é deixado para a terra. Mas a alma e o corpo de um homem iníquo, na morte, são separados, pois para eles a morte é o rei dos terrores (Jó 18.14). O mau servo se divide entre Deus e o mundo, entre Cristo e Belial, entre a sua profissão de religião e os seus desejos; portanto, com justiça, ele também será dividido.

(2)  Condenação. Ele “destinará a sua parte com os hipócritas”, e será uma porção miserável, pois “ali haverá pranto”. Observe que:

[1] Há um lugar e um estado de miséria perpétua no outro mundo, onde não há nada, exceto pranto e ranger de dentes; o que expressa a tribulação e a angústia da alma sob a indignação e a ira de Deus.

[2] A sentença divina designará este lugar e esta­ do como a porção daqueles que, por seu próprio pecado, foram preparados para ele. Até àquele de quem Ele disse, que dizia que Ele era o seu Senhor, designará, desta maneira, a sua porção. Aquele que agora é o Salvador, será, então, o Juiz, e o estado perpétuo dos filhos dos homens será como Ele designar. Eles, que escolhem o mundo por sua porção nesta vida, terão o inferno por sua porção na outra vida. “Esta, da parte de Deus, é a porção do homem ímpio” (Jó 20.29).

[3] O inferno é o lugar apropriado para os hipócritas. Este servo perverso tem sua porção com os hipócritas. Eles são, como eram, os proprietários livres, outros pecadores são meramente como moradores com eles, e têm somente uma porção da sua miséria. Quando Cristo desejava expressar o mais severo castigo no outro mundo, Ele o chamava de “a porção dos hipócritas”. Se houver algum lugar no inferno mais ardente que outro, como é provável que haja, ele será a parte daqueles que têm a forma, mas odeiam o poder da piedade.

[4] Os ministros perversos terão a sua porção no outro mundo com os piores dos pecadores, certamente com os hipócritas, e com justiça, pois eles são os piores dos hipócritas. O sangue de Cristo, que eles têm, por suas profanações, pisado sob os seus pés, e o sangue das almas, que eles têm, por sua deslealdade, trazido sobre as suas cabeças, os oprimirão naquele lugar de tormento. “Filho, lembra-te”, será como o corte de uma palavra a um ministro, se ele perecer, como a qualquer outro pecador. Que eles, portanto, que pregam aos outros, temam, para que eles mesmos não sejam reprovados.

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