PSICOLOGIA ANALÍTICA

SEGREDOS DA INTELIGÊNCIA

Segredos da inteligência

Quer ser brilhante como uma lâmpada e rápido como um raio? Afie sua inteligência dominando o poder das palavras, dos idiomas e da mnemônica.

Numa época em que a geladeira pode nos ajudar a fazer a lista de compras e o celular responde a quase todas as perguntas, não é mais preciso se lembrar de nada. E assim as façanhas dos campeões de memória, que recordam centenas de nomes e rostos, sequências aleatórias de números ou palavras ou a ordem das cartas em vários baralhos, parecem mais super-humanas do que nunca.

Mas essa gente de memória fenomenal tem um ótimo segredinho: em um estudo publicado recentemente na revista Neuron, pesquisadores consta­ taram que os supermemorizadores não têm regiões cerebrais maiores que lhes permitam absorver e guardar uma quantidade prodigiosa de informações. Sua estrutura cerebral, em essência, é a mesma que a nossa.

 COMO MELHORAR A MEMÓRIA

Ao comparar exames cerebrais de 23 campeões da memória (que ficaram entre os 50 primeiros lugares do Campeonato Mundial de Memória) com os de 23 pessoas comuns da mesma idade, sexo e QI, os cientistas só encontraram uma diferença: no cérebro dos campeões, as regiões associadas à memória e ao aprendizado visual e espacial se iluminaram com um padrão específico. No cérebro das pessoas comuns, essas mesmas regiões se ativaram de forma diferente.

Por que isso é importante? Porque aprendemos vendo, e quanto mais vemos, mais recordamos coisas. Esses supermemorizadores aperfeiçoaram o método de converter os itens que querem recordar (números, rostos, cartas e até formas abstratas) em imagens que eles ”veem” na mente. É um processo chamado ”construção do palácio da memória”.

Eis como funciona: primeiro, você transforma os itens numa imagem – qualquer coisa da qual vá se lembrar. Por exemplo, para recordar sequências de cartas, Ed Cooke (reconhecido como Grão-Mestre da Memória pelo Conselho Mundial de Esportes de Memorização) contou ao escritor americano Tim Ferriss que atribui a cada carta uma celebridade, uma ação e um objeto; assim, cada combinação de três cartas forma uma imagem única com a celebridade da primeira carta, a ação da segunda e o objeto da terceira. Dessa maneira, ”valete de espadas, seis de espadas, ás de ouros” se tornam o dalai-lama usando o vestido de carne de Lady Gaga e segurando a bola de basquete de Michael Jordan. O sistema de Cooke se baseia na ideia de que a memória se prende melhor às pistas incomuns.

Depois, ponha mentalmente essa imagem em algum lugar que você conheça: em sua casa ou em algum ponto da ida para o trabalho, por exemplo. Finalmente, crie uma história sobre os itens que vai ajudá-lo a ligá-los na ordem correta.

Eis alguns truques favoritos que ajudam a lembrar coisas na vida cotidiana.

Para lembrar: Palavras novas Técnica: Mude a rotina

Em um estudo clássico realizado na década de 1970 na Universidade de Michigan, um grupo de alunos estudou uma lista de palavras em duas sessões separadas. Alguns o fizeram numa salinha cheia de coisas e outros num espaço com duas janelas e um espelho falso. Um grupo de alunos passou ambas as sessões na mesma sala, enquanto o outro fez cada sessão num ambiente. Numa prova realizada numa sala totalmente diferente, os alunos que estudaram em vários lugares recordaram 53% mais do que os que estudaram em uma só sala.

Estudos subsequentes mostraram que variar outros aspectos do ambiente (a hora do dia, a música de fundo, ficar sentado ou em pé etc.) também ajuda a recordar, pois o cérebro liga as palavras (ou o que você estiver aprendendo) ao contexto que o cerca, e, quanto mais pistas contextuais você associar às palavras, mais base o cérebro terá para recordá-las.

Para lembrar: Senha numérica Técnica: Conte-a

Você pode usar seu aniversário, é claro, ou o número de telefone, mas os ladrões de identidade conseguem descobrir essas senhas bem depressa. Em vez disso, experimente esta dica de Dominic O’Brien, oito vezes Campeão Mundial de Memória: escreva uma frase de quatro palavras e conte o número de letras de cada uma. Por exemplo ”Esta é minha senha”= 4155.

Para lembrar: Fatos e números Técnica: Dê tempo ao tempo Mamãe tinha razão: estudar na véspera não é a melhor maneira de memorizar. Para aprender e recordar estatísticas (ou praticamente qualquer tipo de informação factual), reler o material algumas vezes num período maior é muito mais eficaz do que repeti-lo num período curto.

Essa técnica data de 1885, quando o psicólogo Hermann Ebbinghaus descobriu que conseguia aprender uma lista de palavras sem sentido se a repetisse 68 vezes num dia e mais sete vezes antes de ser testado no dia seguinte. Mas aprendia igualmente bem o mesmo número de palavras se as repetisse um total de 38 vezes no decorrer de três dias.

Pesquisas mais recentes demonstraram o intervalo ótimo das sessões de estudo: se a prova for daqui a uma se­ mana, estude hoje e, novamente, daqui a um dia ou dois. Se for daqui a um mês, estude hoje e espere uma semana antes de rever o conteúdo. Daqui a três meses? Espere três semanas para voltar a estudar. Quanto mais distante for a prova, maior o intervalo ótimo entre as duas primeiras sessões de estudo.

(Uma revisão final na véspera da prova também é boa ideia.)

Para lembrar: Um novo idioma Técnica: Leia e escute

Em um estudo realizado na Universidade de Porto Rico, 137 estudantes falantes de espanhol foram separados em dois grupos. Durante oito sema­ nas, um grupo leu um livro em inglês enquanto, ao mesmo tempo, escutava a versão em áudio; o outro só leu o livro em silêncio. A cada semana, todos os estudantes respondiam a um questionário. Em todos os oito questionários, os que leram e escutaram tiveram pontuação melhor do que o grupo que só leu.

Para lembrar: Rostos Técnica: Foco no nariz

Embora alguns supermemorizadores se especializem em associar nomes a rostos (uma das disciplinas dos Campeonatos Mundiais da Memória), a técnica do palácio da memória não funciona tão bem quando a imagem do rosto estiver cortada, com as cores corrigidas ou com alguma alteração.

Recordar rostos e lembrar-se deles em contextos diferentes pode ser uma habilidade especial que vários estudos ligam à personalidade: os extrovertidos reconhecem rostos muito melhor do que os introvertidos, por exemplo. Uma dica: em vez de se concentrar nos olhos, como faz a maioria, concentre-se no centro ou à esquerda do nariz. Isso permite que você capte o rosto inteiro de uma vez.

Para lembrar: A lista de compras

Técnica: Envolva o corpo

Com que frequência você já escreveu sua lista e depois esqueceu onde a guardou? Nessa variante do palácio da memória, visualize os itens da lista em diversas partes do corpo. Por exemplo, imagine que equilibra o queijo na cabeça, um ovo no nariz e uma caixa de leite no ombro.

POR QUE LER É IMPORTANTE

A pergunta é simples; responda com franqueza, porque sua resposta pode aumentar o prazer da vida cotidiana, retardar a demência e até ajudá-lo a viver mais: quantas horas você dedicou à leitura de livros na semana passada?

Desde 1992, essa pergunta chega a milhares de lares americanos de dois em dois anos, no Estudo de Saúde e Aposentadoria (HRS, na sigla em inglês) da Universidade de Michigan. Item pequeno numa pesquisa imensa com mais de 20 mil aposentados, ela foi ignorada por muito tempo na análise da saúde cerebral dos idosos.

Mas, em 2016, quando pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Yale, nos EUA, desenterraram 12 anos de dados do HRS sobre hábitos de leitura e saúde de mais de 3.600 homens e mulheres com mais de 50 anos, um padrão esperançoso surgiu: quem lê livros – ficção ou não ficção, prosa ou poesia – pelo menos meia hora por dia durante vários anos vive em média dois anos mais do que quem não lê nada.

Ainda mais estranho, os leitores de livros que relataram mais de três horas de leitura por semana tiveram probabilidade 23% menor de morrer entre 2001 e 2012 do que os colegas que só liam jornais e revistas.

Se você estiver lendo isso, provavelmente não é preciso convencê-lo dos méritos da palavra escrita. Talvez já conheça estudos recentes que indicam que crianças de apenas 6 meses cujos pais liam livros para elas várias vezes por semana apresentam, quatro anos depois, maior capacidade de alfabetização, pontuação melhor em testes de inteligência e maior chance de realização profissional no futuro.

Mas pesquisas recentes defendem que a leitura pode ser igualmente importante na idade adulta. Quando praticada a vida inteira, a leitura e a capacidade de aquisição da linguagem promovem, de forma substancial, o funcionamento saudável do cérebro. Para entender por quê – e o que cada um de nós pode fazer para obter o máximo das palavras -, comece fazendo a mesma pergunta que a equipe de Yale: o que há na leitura de livros que aumenta o poder cerebral e que a leitura de jornais e revistas não tem? Para começar, postulam os pesquisadores, os livros com capítulos estimulam a ”leitura profunda’: Ao contrário, digamos, de dar uma olhada numa página cheia de títulos, ler um livro (de qualquer gênero) força o cérebro a pensar de maneira crítica e a fazer conexões entre um capítulo e outro e com o mundo exterior. Quando você faz conexões, o cérebro também faz, forjando literalmente novas vias entre regiões dos quatro lobos e de ambos os hemisférios. Com o tempo, essas redes neurais promovem pensamento mais rápido e permitem uma defesa melhor contra os piores efeitos da degeneração cognitiva.

Em segundo lugar, já se demonstrou que a leitura de livros, principalmente de ficção, eleva a empatia e a inteligência emocional. Um estudo de 2013 constatou que os participantes que leram apenas a primeira parte ou primeiro capítulo de uma história exibiram, uma semana depois, um aumento perceptível da empatia, enquanto os leitores de notícias mostraram redução. Esses achados talvez pareçam triviais, mas não são; o desenvolvimento de ferramentas sociais como a empatia e a inteligência emocional pode levar a mais e melhores interações humanas, que, por sua vez, baixam o nível de estresse – e ambos os fatores ajudam a viver mais e ter mais saúde. Isso não é dizer que revistas, jornais e textos da internet não tenham seus méritos. Ler qualquer coisa que preencha a mente e nos exponha a novos mundos, expressões e fatos traz benefícios mentais. Novas pesquisas indicam que um vocabulário maior pode tornar a mente mais resiliente por alimentar o que os cientistas chamam de reserva cognitiva.

Um modo de entender essa reserva é como a capacidade do cérebro de se adaptar a lesões. A reserva cognitiva ajuda os neurônios a encontrarem novas vias mentais em torno de áreas danificadas por AVCs, demência e outras formas de degeneração.

Isso pode explicar por que, depois da morte, descobriu-se que muitos idosos aparentemente saudáveis abrigavam no cérebro sinais avançados da doença de Alzheimer, apesar de terem poucos sintomas em vida. Acredita-se que a reserva cognitiva permita a alguns idosos compensar, de forma imperceptível, lesões cerebrais ocultas.

E como se aumenta a reserva cognitiva? É outra boa notícia para os amantes da palavra. Sabe-se que o vocabulário resiste ao envelhecimento; de acordo com pesquisadores da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha, ter um vocabulário rico pode retardar de forma significativa a manifestação do declínio mental. Ao analisar a pontuação de mais de trezentos voluntários com 50 anos ou mais em testes de vocabulário, a equipe verificou que os participantes com nota mais baixa tinham risco de degeneração cognitiva três a quatro vezes maior do que os participantes com nota mais alta.

Aprender palavras estrangeiras também oferece importantes nutrientes cognitivos. A pesquisa mostra que aprender algo novo, como tocar um instrumento ou falar outro idioma, é uma das melhores coisas que se pode fazer pelo cérebro em qualquer idade. Lembra-se daquela poderosa rede de conexões cerebrais que obtemos com a leitura? Aprender um segundo idioma faz essa rede crescer; já se comprovou que os poliglotas são melhores do que os monolíngues na multitarefa, na memorização e na concentração em informações importantes.

Um estudo publicado em 2013 na revista Neurology mostrou que pacientes que falavam dois ou mais idiomas desenvolveram demência 4,5 anos mais tarde, em média, do que pacientes monolíngues. E, embora o cérebro que aprende uma segunda língua no início da vida provavelmente tenha mais vantagens cognitivas do que o que aprende depois, nunca é tarde demais. Também não é preciso se tornar um falante fluente. ”Basta ter o básico daquelas conexões linguísticas para retardar a demência’; disse à revista Atlantic o Dr. Thomas Bak, da Universidade de Edimburgo.

É claro que aprender um novo idioma não é algo rápido. Por sorte, o efeito de uma única aula pode dar gratificação instantânea. Pesquisadores da Alemanha e da Espanha mandaram 36 participantes lerem duas frases contendo a mesma palavra estrangeira: ”Todo domingo, a avó ia ao jedin” e ”O homem foi enterrado no jedin’: Quando perguntaram o que significa jedin, os que adivinharam corretamente ”cemitério” mostraram reações nas mesmas partes do cérebro que percebem o prazer e que reagem a comida, sexo, jogo e outros estímulos satisfatórios.

Mas, quando se trata de palavras, o abuso é incentivado. Vale a pena aumentar sua competência com elas – hoje, amanhã e pelo resto da vida.

OUTROS OLHARES

PERSEGUIÇÃO ON-LINE

Maiores alvos de assédio e violência na internet, mulheres ganham amparo com nova Iei que atribui investigações à Polícia Federal. Em dois anos, número de casos cresceu 26.000%

Perseguição On-line

Faz um ano que a dona de casa Alessandra Cristiane de Castro Fuzinaka, 44 amos, abre sua conta do Facebook com medo. Desde que checou suas mensagens e viu que um desconhecido havia lhe escrito, elogiando a roupa que ela usava no caminho para a academia, passou a se sentir ameaçada. “Não tem coisa melhor do que acordar e dar de cara com você”, ele disse certa vez, entre outras coisas que mostravam que ele a perseguia. “Ficou amedrontador, cheguei ao ponto de não sair mais sozinha de casa”, afirma Alessandra. Foi à delegacia, onde minimizaram sua situação e sugeriram, que procurasse a Defensoria Pública. Foi a uma Delegada da Mulher, mas estavam sem sistema. A epopeia enfrentada por mulheres que, como Alessandra, são assediadas pela internet, é resultado da dificuldade de acesso à Justiça para se investigar autores dos assédios virtuais e puni-los. Com isso, a prática deixa de ser coibida, e é natural que o número de casos cresça vertiginosamente.

Segundo levantamento do Instituto Avon, situações de assédio on-line aumentaram 26.000% entre 2015 e 2017. E esse é apenas um dos tipos de problema enfrentados. O espectro da violência abrange agressões verbais, ameaças diretas, exposição de dados, fotos e disseminação de discursos de ódio –  que podem incluir, além de ofensas de gênero, racismo e homofobia. De acordo com a Organização das Nações Unidas, (ONU), 95% de todos os comportamentos agressivos e difamadores em ambientes virtuais têm mulheres como alvo. Uma nova legislação promulgada em abril pode mudar o cenário. Agora, uma denúncia de misoginia na internet, o que significa ódio a mulheres, é investigada pela Polícia Federal, que tem mais estrutura para apurar os casos.

A nova lei já surtiu efeito. Na quinta-feira 1O, a Polícia Federal executou a operação Bravata -expedindo oito mandados de prisão contra pessoas acusadas de propagar ódio na internet, principalmente contra mulheres. Um dos presos, Marcelo Valle Silveira Mello, detido em Curitiba, já havia sido indiciado em 2009 por crime de racismo na internet   foi inclusive a primeira pessoa a responder por isso no Brasil, mas liberado alegando insanidade. Voltou a ser condenado em 2012, durante a operação Intolerância, também da PF, e cumpriu um ano de pena. Desta vez, foi detido por incitar a violência contra diversos grupos sociais, inclusive com registro de disseminação de conteúdo pedófilo em um fórum anônimo na internet. Está em prisão preventiva. Para a professora Lola Aronovich, da Universidade Federal do Ceará (UFC), é uma vitória. Lola acusa Mello de ameaça de morte e de ter criado, em 2015, um site em nome dela em que se vendiam remédios abortivos e se dizia que ela havia feito um aborto em sala de aula. A legislação, inclusive leva seu nome: Lei Lola. Blogueira feminista que publica denúncias de violência contra mulheres em seu site desde 2011, começou a ser perseguida em 2012 e, desde então, fez 11 boletins de ocorrência.

Conseguir fazer uma denúncia, portanto, é difícil, seja porque as autoridades ainda não estão preparadas ou porque há muita descrença em relação a esse tipo de crime, o virtual. Em relatório enviado à Organização das Nações Unidas (ONU) sobre violências de gênero na internet brasileira, as organizações Coding Rights e lnternetLab mostraram que a falta de credibilidade dada às vítimas é um dos motivos que levam ao aumento de casos. “A banalização de manifestações de violência on-line sob a crença de que elas começam e terminam no meio digital é a primeira forma de diminuir a gravidade desse problema”, aponta o documento. As mulheres são subestimadas em

suas denúncias e, quando há respostas da Justiça, não são eficientes”. Afirma Juliana Cunha; diretora de projetos especiais da ONG Safernet. Na semana passada surgiu uma iniciativa para auxiliar as vítimas: o Facebook e a ONG brasileira Think Olga lançaram a plataforma Conexões que Salvam, com orientações sobre o que fazer em situações de perseguição e ameaças virtuais.

MEDIDA PROTETIVA

Há ainda outras dificuldades para dar continuidade a uma investigação, explica a promotora de Justiça do Estado de São Paulo, Marta Gabriela Prado Manssur. “A Vítima precisa contratar um advogado pra entrar com ação penal num prazo de seis meses, e muitas vezes não tem condição financeira, o que cria um, obstáculo de acesso à Justiça.”  Para ela, o alto índice dos crimes é ligado à sensação de impunidade, já que são raros os casos em que o criminoso é condenado. No caso da paulistana Márcia (nome fictício), a vitória foi conseguir uma medida protetiva que impede o ex-namorado de manter qualquer contato com ela. “Terminei o relacionamento, e ele começou a me ameaçar, dizendo que vazaria fotos íntimas minhas. Disse que ia me matar. Vivi essa chantagem por três meses”. Agora, ele não pode se aproximar dela nem virtualmente. Espera-se que, em breve, a justiça que chegou a Marcia funcione para todas.

Perseguição on-line2

GESTÃO E CARREIRA

O SHOPPING DO SEU NEGÓCIO

Se a sua empresa ainda tem dúvidas se deve estar presente em um marketplace, veja os benefícios e as oportunidades que se abrirão ao optar por essa estratégia.

O shopping do seu negócio

Se você está começando no mercado e ainda não vende no e­commerce, ou já tenham uma loja virtual, mas queira melhorar o desempenho das suas vendas, o marketplace se tornou um dos caminhos mais bem-sucedidos no País nos últimos tempos. Segundo a Sieve – empresa de inteligência de preços -, quase 20% das ofertas do e-commerce brasileiro já se dão por meio deles.

Segundo o CEO do Elo7 – marketplace de produtos criativos e autorais-, Carlos Curioni, os marketplaces são hoje um dos grandes apoiadores dos PMEs no Brasil. ”Além de oferecerem um espaço onde esse empreendedor poderá criar e desenvolver sua marca na internet, é também uma opção mais econômica para as empresas que ainda não conseguem investir em uma loja física ou em um site próprio”, afirma.

Entrar em um marketplace significa também participar das principais vitrines do Brasil. Além da visibilidade de marca, é uma estratégia que requer baixo investimento, o que é essencial para quem está começando. “Em um modelo tradicional, um lojista precisa investir em marketing (anúncios, adwords, newsletters) para atrair usuários para seu e-commerce. Esse investimento é feito sem a garantia de venda, além de exigir um bom fôlego financeiro. No marketplace ele só pagará a comissão, que geralmente é uma porcentagem predeterminada caso a venda seja concretizada”, conta o CEO do Digital Commerce Group – que detém as plataformas EZ Commerce, CORE e a recém-lançada Octopus, voltada totalmente a marketplaces -, Henrique Mengue.

ESTRATÉGIA

Claro que ter seus produtos ou serviços na internet podendo ser vistos por milhares de pessoas é sempre uma boa estratégia para alavancar ainda mais o negócio. No entanto, para o fundador da ReachOut Business Solutions, Edsel Oliveira, é importante que o empreendedor tenha consciência do que ele deseja alcançar ao criar e divulgar sua empresa nesse tipo de canal. “O marketplace pode ser uma opção dentro de uma estratégia. Como, por exemplo, se a estratégia for deixar o produto disponível ao consumidor, sem ter o próprio e-commerce. Porém, é fundamental lembrar que o produto estará concorrendo com outros muito similares, onde o fator preço é relevante”, avalia.

Para o diretor de marketplace e serviços do Walmart.com, Luiz Pimentel, não há dúvidas de que ele seja o canal perfeito. “O Marketplace é uma grande oportunidade para as PMEs – como já dito, o pequeno empreendedor não precisa gastar com marketing, além disso, acessa toda base de clientes, não corre risco de fraude, recebendo o pagamento. Enfim, uma grande vantagem versus canais de marketing pagos onde não se tem certeza sobre a venda”, reforça.

Sem contar ainda que é uma plataforma de fácil utilização. Em poucos minutos, é possível começar a vender um produto, sem grandes burocracias e sem nenhuma dificuldade.  “O pequeno e microempreendedor deve diversificar os seus canais de vendas e ampliar a disponibilidade do seu produto para a maior quantidade de clientes possíveis. Por esse motivo, nada mais fácil que estar em uma plataforma de tecnologia que tem milhões de visitantes por mês nas diferentes regiões do Brasil”, informa o diretor de marketplace do Mercado Livre, Leandro Soares.

 OS DOIS LADOS DA MOEDA

Importante o empreendedor saber, contudo, que não é só porque ele está inserido no marketplace que não poderá ter um e-commerce. É importante, na verdade, ter os dois. “O e-commerce é a sua marca, sua relação direta com os clientes. O marketplace traz o volume, mas, após uma venda, o cliente poderá virar um cliente direto, melhorando a sua margem”, acredita o CEO do Digital Commerce Group.

Carlos Curioni complementa que uma opção não exclui a outra e existem muitos negócios com presença nos dois canais. Entretanto, o marketplace tipicamente apresenta três vantagens sobre uma loja virtual típica: O custo inicial para montar a loja é menor, o marketplace faz o papel de marketing para o negócio e, na maioria dos casos, não há custo fixo para a operação.

Edsel Oliveira diz ainda que, se for o caso, alguns marketplaces podem até enriquecer a presença on-line. Afinal, assim como a loja física e o varejo on­line são complementares, os marketplaces e os e-commerces podem trabalhar juntos e se complementarem. “Prova é que o Mercado Livre possui uma ferramenta chamada Mercado Shops para qualquer pessoa e empresa produzir seu próprio site de e-commerce. Além disso, por meio do sistema de APTs do Mercado Livre é possível fazer o espelhamento da nossa plataforma com outros sites, isto é, ao anunciar um produto no XYZ, o vendedor adicionará um estoque, ao vender, a quantidade será subtraída do estoque das duas plataformas, fazendo assim com que o gerenciamento se torne muito fácil e intuitivo”,  exemplifica o diretor Leandro Soares.

Ele reforça ainda que, ao contrário do que muitos empreendedores pensam, o varejo on-line também não é excludente do off-line, e sim complementar. ”A loja física não é dispensável por causa das vendas on-line e vice­ versa. Umas das novidades do mercado de e-commerce tem sido a compra no on-line e retirada no off-line. E por que uma pessoa compraria no on-line e retiraria no off-line? Isso ocorre porque na internet é muito mais simples e rápido comparar preços, fabricantes e modelos de produtos, e não existem os custos de transporte entre diversas lojas ou shoppings e/ou estacionamento, tempo de deslocamento que é um agravante em grandes cidades, entre outros fatores”.

OPERAÇÃO

É importante entender que trabalhar em um marketplace e atender clientes no varejo on-line não tem muitas diferenças do mundo físico. Segundo Soares do Mercado Livre, é preciso dar atenção ao cliente, responder às perguntas de forma rápida e clara, apresentar bem o produto e ter um processo de pós-venda cuidadoso. “Para isso, é preciso entender qual o tamanho da demanda desse produto, o que pode demonstrar a necessidade da contratação de um gerente de e­commerce para gerenciar a operação. É necessário ainda investirem treinamento para o setor de vendas e logística. Existem microempresas que não possuem funcionários ou têm apenas um. Mas há outras que já começam a operação precisando de mais investimentos. Então é necessário analisar caso a caso”, afirma.

Por isso, Henrique Mengue dá algumas dicas para começar a operar dentro de um Marketplace: “O primeiro ponto é decidir quais produtos o lojista venderá. A dica aqui é procurar se diferenciar, pois o desejo do marketplace é ter um grande mix de produtos. Vender o que todo mundo já vende pode tirar sua competitividade”, alerta o CEO do Digital Commerce Group.

Além disso, ele afirma que é preciso o empresário conversar com os próprios marketplaces. “Todos eles possuem canais para cadastrar novos Sellers (nome dado a um vendedor dentro de um marketplace). Nessa conversa, o lojista vai conhecer as taxas, as regras, etc.”, diz Mengue.

Depois disso, organize sua operação. Planejamento aqui é fundamental para o lojista definir como será o processo de compra de produtos, embalagem, expedição e atendimento. É importante lembrar que a venda é realizada pelo Marketplace, mas a entrega e o atendimento serão feitos pela sua empresa.

E, assim como Leandro Soares, Mengue indica que contratar uma plataforma para gestão de marketplace também é indicado. “Sistemas como o Octopus ajudam o empreendedor a administrar a venda em dezenas de marketplaces, tudo centralizado em um único painel. Além da tecnologia, essas empresas ajudam em conceitos e treinam o cliente nas principais operações do marketplace”, ensina.

SEGMENTADOS

Uma dúvida de muitos empreendedores antes de entrar em um marketplace é se é melhor estar presente em um que ofereça vários tipos de produtos e serviços ou naqueles mais segmentados. Edsel Oliveira explica que quando o seu produto está em um marketplace segmentado, ele estará se associando a marcas que também estão presentes nele, o que pode ser uma vantagem. “Mas, muitas vezes, existirão marcas ou produtos que concorrem somente em preço, o que pode prejudicar também a imagem do seu produto”, ajuíza.

Mengue do Digital Commerce Group já diz que isso vai depender do seu segmento. “O importante é testar e ver qual canal se adapta mais ao seu caso. Obviamente, os marketplaces de nicho, como de ‘moda’ ou de ‘decoração’, por exemplo, terão mais consumidores procurando por itens desses segmentos, mas os genéricos podem compor uma venda adicional significativa, já que contam com um tráfego maior. Como o lojista só paga a comissão se vender, a regra é testar todos e analisar o que traz melhores resultados”, aconselha.

POTENCIALIZE

Pronto, você já entrou no marketplace, como fazer agora para potencializar as suas vendas dentro deste canal?

A melhor maneira, de acordo com Henrique Mengue, é com uma boa reputação, conquistada através de um serviço impecável. “É essencial ser cuidadoso com os prazos de entrega, qualidade da embalagem e atendimento pós-venda. Apesar da venda ter acontecido em outro canal, o cliente iniciará um relacionamento com a loja. Além disso, muitos marketplaces criam ‘rankings’ e priorizam vendedores que possuem melhores notas de reputação”, explica.

O diretor do Mercado Livre diz ainda que preço competitivo é um dos fatores que mais chamam a atenção e ajudam na venda também. Porém, sempre destacam a importância de uma foto de boa qualidade que pode ser tirada com qualquer celular hoje em dia. Além disso, a produção de um pequeno vídeo mostrando o funcionamento e a qualidade do produto, descrever no campo ‘descrição os detalhes, como o tempo de uso, tamanho, voltagem, cor e todas as características possíveis, além de possíveis defeitos e estado atual do produto são boas formas de captar melhores vendas também.

Soares ressalta que é de extrema importância responder às perguntas dos interessados de forma rápida e completa. “Uma pessoa que vai a uma loja física e questiona sobre um produto espera ter a resposta rapidamente, o mesmo ocorre na internet. Quanto menor o tempo de resposta, maior a conversão em vendas. É importante lembrar que essas dicas valem tanto para um produto usado como um novo, e um vendedor profissional também pode segui-las para alcançar o sucesso em suas vendas”, indica.

Mengue alerta ainda que é imprescindível estar preparado para vender e atender os clientes.  “Ao entrar nos marketplaces, o vendedor passa a ofertar seus produtos em diferentes canais, com muitos acessos. Grandes portais como Mercado Livre, Americanas, Extra, entre outros, possuem muitos usuários diariamente. A loja que estiver em todos esses portais terá grande chance de realizar vendas, mas a operação deverá estar redonda para atender a essa demanda, lembrando que a reputação é peça ­ chave, e atraso na entrega poderá bani-lo da operação”.

Erros de cadastro, como títulos, descrições, preços e estoques, são outros cuidados que devem ser tomados. Se o marketplace passar uma informação errada para o cliente, o vendedor será corresponsável. É muito importante revisar tudo e garantir que a informação enviada esteja correta.

5 DICAS AO COLOCAR O SEU PRODUTO NO MARKETPLACE

  • Faça um título que diga exatamente qual é o produto que está sendo vendido. Afinal, pense nas buscas. Um bom título deverá conter: Nome do produto + marca + modelo + especificações técnicas e características + serviços adicionais. Exemplo: Capa celular iPhone 6S emborrachada preta verde resistente;
  • Descreva seu produto ou serviço detalhadamente, contendo tamanho, cor, voltagem, tempo de uso, se possui caixa original, manual, garantia, funcionamento em perfeito estado ou o que deve ser arrumado;
  • Coloque sempre fotos e, se possível, até mesmo vídeo que mostre o real estado do produto, com qualidade, preferencialmente de fundo todo branco e em diferentes posições;
  • Ofereça um preço real e competitivo + o valor do frete. Ou seja, pratique os melhores ou bons preços. Trabalhe ofertas. Combos de produtos. Não foque em um único produto, tenha variedade;
  • Tenha atendimento pré e pós-venda, pois o anúncio estará disponível para milhões de pessoas, que farão perguntas para tirar suas dúvidas. Responder a essas perguntas de forma rápida e eficiente, sanando todas as dúvidas fará com que o produto seja vendido. Após a venda, não deixe de responder ao seu comprador caso ele tenha dúvidas e outras necessidades. O pós­ venda é muito importante.

 

5 DICAS PARA NÃO QUEIMAR A REPUTAÇÃO NO MARKETPLACE

1 –  Não anunciar um produto e vendê-lo sem ter estoque;

2 –  Não demorar horas ou dias para responder a uma pergunta feita na plataforma;

3 –  Enviar o produto o mais rápido possível e sempre manter o seu cliente informado sobre a entrega;

4 –  Fazer um pós-venda de qualidade. Pode ocorrer de, no momento de logística, ser enviado o produto errado, algum problema durante o transporte, ou até mesmo um defeito de fabricação não identificado antes;

5 –  Seja competitivo, mas não pratique nada antiético na rede. Isso se espalhará rapidamente.

 

CONFIRA ALGUNS MARKETPLACES DO MERCADO

MERCADO LIVRE

Mercado Livre é uma companhia de tecnologia na América Latina presente em 19 países que oferece soluções de comércio eletrônico para que pessoas físicas e em presas possam comprar, vender, pagar, anunciar e enviar produtos e serviços por meio da internet. “Desde que foi fundado, em 1999, ele vem ajudando pessoas físicas, micro e pequenos empresários, além de potencializar e influenciar no surgimento de novos empreendedores”, diz o diretor de marketplace da empresa, Leandro Soares.

De acordo com pesquisa encomendada pelo Mercado Livre em 2013, em parceria com a Nielsen, 150 mil famílias na América Latina vivem da renda gerada pelos negócios no Mercado Livre. Somente no Brasil, são 50 mil famílias. A empresa possui também diversos clientes que começaram como pessoa física ou microempreendedor e hoje são grandes vendedores na internet.

Investindo cada vez mais para que isso aconteça, eles possuem diversos materiais e eventos. Entre eles, a Universidade Mercado Livre pocket, que ocorre em diferentes cidades do Brasil, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, etc., e o Mercado Livre Experience, que já acontece há três anos. “Esses eventos são para apresentar as facilidades da nossa plataforma e ensinar sobre o varejo on-line, nos aproximar de nossos vendedores e motivar o empreendedorismo”, declara Soares.

Entre suas áreas de negócios estão: Mercado Livre.com; Mercado Pago; Mercado Livre Classificados; Mercado Livre Publicidade; Mercado Envios + Axado; e KPL, que oferece soluções de comércio eletrônico para que pessoas e empresas possam comprar, vender, pagar, anunciar e enviar produtos por meio da internet. “Hoje, o Mercado Livre.com atende mais de 152 milhões de usuários registrados e criou um mercado com ampla variedade de bens e serviços de uma forma fácil, segura e eficiente. Em abril de 2015, o Mercado Livre Brasil adquiriu a empresa KPL Soluções, provedora de ferramentas de gestão para o e-commerce. Com a KPL, passamos a oferecer sistemas de ERP e BackOffice para empresas de e­commerce – mais um serviço de seu ecossistema de soluções. Em junho de 2016, adquirimos o Axado, empresa de soluções em gestão de frete que simplifica a logística e a torna mais eficiente, em relação ao prazo, valor e rastreamento da entrega, reduzindo os custos logísticos”, mostra.

ELO 7

Criado em 2008, o Elo7 é hoje um dos maiores marketplaces de produtos criativos e autorais do País.

O site possui três milhões de produtos anunciados e mais de 70 mil vendedores cadastrados.

Além disso, o Elo? lançou no mercado uma nova forma de compra on-line, que torna a compra por celulares tão fácil quanto usar um aplicativo de mensagens. “Com a tecnologia exclusiva chamada Talk7, o Elo? é o marketplace pioneiro ao criar e migrar suas vendas para o novo sistema de compras via chat em tempo real”, afirma o CEO da empresa, Carlos Curioni.

Com a tecnologia desenvolvida pelo próprio Elo7, o comprador consegue fazer tudo pelo chat. Desde perguntas ao vendedor até receber sugestões de materiais, cores e texturas que integrarão o produto, e concretizar o pedido na mesma interface. “Isso simplifica e agiliza muito a vida de quem compra, porque o pedido e a conversa com o vendedor ficam organizados em uma linha de tempo fácil de ser consultada pelo celular de qualquer lugar”, explica Curioni.

Segundo ele, o criador de produtos criativos e autorais que entra no marketplace encontrará na plataforma um local para divulgar suas criações, se posicionar no mercado e encontrar compradores interessados em produtos criativos e autorais. Além disso, a plataforma também oferece todo tipo de suporte para a criação da sua loja – desde dicas para ter uma loja mais atraente até o auxílio para gerenciar seu próprio negócio. “O Elo? t em como maior objetivo desenvolver as melhores tecnologias e oferecer aos vendedores soluções simples e práticas para o gerenciamento de suas vendas, e para os compradores, uma experiência de compra fora de série”, afirma.

Em 2015, a empresa fechou com 30 mil novos lojistas, conquistando um crescimento expressivo, com a marca de R$300 milhões em volume de transações e um crescimento de 80% se comparado ao mesmo período de 2014. Para 2018, pretendem manter esse ritmo para chegar ao final do ano com R$500 milhões em vendas, além de crescimento de 66%.

WALMART.COM

Em outubro de 2013, o Walmart também começou a oferecer uma plataforma marketplace no mercado brasileiro. De acordo com o diretor de marketplace e serviços da empresa, Luiz Pimentel, eles investiram em recursos financeiros e pessoal capacitado. “Hoje, possibilitamos que um lojista assine contrato conosco on-line. Damos orientação quanto à melhor forma de divulgar o catálogo e seu conteúdo, visando acelerar as vendas. Além disso, damos feedback constante do que pode ser melhorado.

E nos baseamos em comentários de nossos clientes quanto à satisfação obtida na experiência de compra”, mostra.

Aqueles que utilizarem a plataforma de marketplace do Walmart terão acesso a todos os milhares de clientes que acessam o próprio site. “Hoje contamos com o processo de contrato mais rápido do mercado, um laboratório de integração presencial para sanar todas as dúvidas do lojista, grande ajuda no processo de geração de conteúdo para vender mais, fortes investimentos em marketing que ajudam a dar visibilidade aos produtos, acesso às informações de produtos mais buscados no site e pós-venda conectado com o lojista para dar mais rapidez e satisfação aos consumidores”, informa Pimentel.

O catálogo da empresa já disponibiliza mais de dois milhões de itens. O número de lojistas cresceu 350% em 2017 se comparado ao ano anterior.

 HOUPET

Lançada em maio de 2016, a Holipet funciona como um marketplace de serviços pet além de outras funcionalidades de divulgação e buscas de eventos, produtos e estabelecimentos pet. Trata-se de uma plataforma que possibilita aos profissionais deste mercado ampliar o seu negócio de maneira sustentável, facilitar a comunicação com os donos de animais de estimação que possuem necessidades semelhantes, mas muitas vezes especificas, e também apoiar causas de proteção animal.

Segundo a fundadora da empresa, Vanessa Louzada, eles já possuem 280 usuários consumidores cadastrados, 40 prestadores e 101 estabelecimentos. “Os marketplaces promovem e ampliam em um único local a oferta de produtos e serviços para os micro ou pequenos empreendedores. É o local ideal para esse público! Quando se trata de um segmento específico é ainda melhor, pois tanto o marketplace quanto os anunciantes convergem para o mesmo objetivo, além de ganhar referência dada pelos próprios consumidores.

É o que queremos com a Holipet, ser o marketplace referência do segmento pet para micro ou pequenos prestadores de serviços e lojistas”, pontua.

Para os consumidores, a Holipet oferece facilidades na busca e contratação de serviços através de filtros por região, avaliação, preços, etc. É possível também buscar locais petfriendly, eventos, animais perdidos e resgatados e um blog cheio de informações e dicas para o dia a dia de quem tem pets.

“Já para o prestador de serviço ou estabelecimento pet, oferecemos recursos que os permitem organizar o seu negócio e proporcionamos uma boa possibilidade de aumento de receita. Além da publicidade do perfil ser disponibilizado para o consumidor final e do agendamento dos serviços on-line, oferecemos agenda inteligente, envio de SMS, lembretes, relatórios de gestão, site institucional e busca por produtos, entre outras funcionalidades”, informa Vanessa.

VINTECONTO

O Marketplace voltado para freelancers e empresas funciona como um canal onde o profissional e o estudante monetiza o que ama fazer.

Traz uma exclusividade de serviços em sua maioria por R$20,00. Fundada em dezembro de 2015, a CEO da empresa, Monique Medeiros Costa, conta que, no marketplace, freelancer compra de freelancer, profissionais buscam ajuda com tarefas do dia a dia e, principalmente, pequenos empresários que estão começando um negócio com pouco capital procuram a plataforma para contratar serviços de qualidade comprovada na página de cada freelancer com o melhor preço do mercado brasileiro.

São serviços essenciais para empresas como logotipo, cartão de visitas, criação de aplicativos, folders, criação e otimização de sites, além de diversos recursos para a internet. “Isso faz toda a diferença para muitos pequenos empresários e redes de franquias que estão começando um negócio, seja ele virtual ou não. Temos criação de e-books, criação de conteúdo criativo e otimizado para os mecanismos de busca, comerciais, vídeos demonstrativos de produtos e de apresentação da empresa, serviços de marketing, assistente virtual. E também estamos crescendo nossa categoria de cursos virtuais e educação”, divulga.

Inicialmente, Monique diz que investiram R$57 mil na plataforma e hoje estão esperando gerar em torno de R$500 mil em receita. Já passaram de 10 mil usuários e devem ultrapassar 15 mil até o final deste ano. “Esse é um ótimo número para nós, porque 95% dos clientes voltam para contratar mais serviços poucos dias após o uso da Vinte conto”, comemora.

A CEO diz que quem entra no marketplace pode vender quantos serviços quiser, pagando apenas uma taxa de 12% só quando vendem.

“Tudo o que o freelancer precisa fazer é anunciar o serviço uma vez e esperar por muitos e-mails de notificações de suas vendas e de perguntas dos clientes. Tempo é algo que valorizamos muito na Vinte conto. Então ele não precisa visitar a plataforma diariamente e enviar propostas aos clientes, ele expõe todo o seu trabalho e aguarda a manifestação dos clientes. Marketplaces como o nosso é uma tendência, já que o mercado de freelancers cresce a cada dia. Os empreendedores têm a oportunidade de contratar serviços pelo menor preço do mercado, de ficar por dentro das ferramentas de marketing mais recentes e ao mesmo tempo ajudam a Vinte conto a manter este espaço para todos que tenham um talento e queiram monetizá-lo”, comemora.

 XBW

A empresa é uma plataforma destinada a intermediar o contato entre compradores e fornecedores de produtos e serviços de diversos segmentos. Surgiu em 2014, desenvolvida no parque tecnológico Tecnosinos.

Segundo o CEO da empresa, Anderson Detogni, para uma empresa cadastrar seu negócio na plataforma, ela deve pagar uma assinatura mensal de R$35,00. “Esse é o único valor cobrado e não há diferença de preço em relação ao tamanho da companhia. Além de facilitar o encontro entre grupos de empresas, a plataforma ainda é capaz de cruzar os dados de seus clientes para indicar, a cada assinante, potenciais compradores ou vendedores. Outra facilidade oferecida aos assinantes é o banco de prestadores de serviço, no qual constam profissionais de áreas como contabilidade, advocacia e marketing, que podem se cadastrar de graça no site. Juntando tudo isso, posso dizer que as companhias conseguem concentrar todas as suas necessidades em um único lugar, o que facilita muito os processos do dia a dia. Também contribui para diminuir custos e maximizar ganhos”, explica Detogni.

Ele diz que já são mais de 6 mil empresas e 250 mil usuários. A plataforma já gerou mais de R$2 milhões em negócios fechados, e o movimento dobrou de maio para junho, somando mais de 500 mil visitas. Até o final de 2018, a

expectativa é que a XBW chegue a 16 mil empresas assinantes. “Pequenos negócios conseguem aparecer ao lado de grandes corporações e até mesmo disputar com elas.

Atualmente, das mais de 6 mil empresas cadastradas, quase 80% são pequenas e médias. Todo mês, o empreendedor recebe também um relatório que pode ajudar no fechamento de novos negócios de compra ou venda”, informa.

ALIMENTO DIÁRIO

MATEUS 24: 32 – 51 – PARTE I

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A Parábola da Figueira. Predições Terríveis. O Dever da Vigilância. O Bom e o Mau Administrador

 

Aqui temos a aplicação prática da predição anterior. De maneira geral, nós devemos esperar e estar prepara­ dos para os eventos aqui preditos.

I – Nós devemos esperá-los. “‘Aprendei, pois, esta parábola da figueira’ (vv. 32,33). Agora aprendei que uso fazer das coisas que ouvistes; observai e conhecei os sinais dos tempos, comparando-os com as predições da Palavra, para, a partir daqui, poderem prever o que está à porta, para que possais prover de maneira adequada”. A parábola da figueira nada mais é que isso, o seu germinar e o seu florescer são um presságio do verão; pois assim como as cegonhas no céu, também as árvores no campo conhecem o seu tempo. O início da realização das causas secundárias nos assegura do seu progresso e da sua perfeição. Assim, quando Deus começa a cumprir profecias, Ele alcança o seu objetivo. Existe uma série determinada nas obras da providência, assim como existe nas obras da natureza. Os sinais dos tempos são comparados com os prognósticos da “face do céu” (cap. 16.3), e também aqui, com os da face da terra – quando ela se renova, nós prevemos que o verão se aproxima, não imediatamente, mas depois de algum tempo. Quando “os ramos se tornam tenros”, nós podemos esperar, por exemplo, os ventos de março e as chuvas de abril em nosso país, antes da vinda do verão. No entanto, temos a certeza de que o verão se aproxima. Da mesma maneira, nós podemos confiar que quando o dia do Evangelho amanhecer, por meio dessa variedade de eventos que o Senhor nos revelou, o dia perfeito virá. As coisas reveladas devem acontecer em breve (Apocalipse 1.1). Elas devem acontecer na sua própria ordem, na ordem indicada para elas. “Sabei que ele está próximo”. Jesus não diz aqui o que está próximo, mas é aquilo que está nos corações dos seus discípulos, e sobre o que eles fazem perguntas, e pelo que anseiam. O Reino de Deus está próximo, como está dito na passagem paralela (Lucas 21.31). Note que quando as árvores da justiça começam a brotar e florescer, quando o povo de Deus promete fidelidade, é um feliz presságio de bons tempos. Neles, Deus inicia a sua obra, preparando primeiro os seus corações. E então Ele prosseguirá com o seu plano; pois, no que diz respeito a Deus, a sua obra é perfeita, e Ele a avivará no meio dos anos.

Quanto aos eventos preditos aqui, temos algo a esperar.

1. Cristo nos assegura aqui da certeza desses acontecimentos (v. 35): “O céu e a terra passarão”. Eles ainda continuam a existir em nossos dias, de acordo com as ordens de Deus; mas não continuarão para sempre (Salmos 102.25,26; 2 Pedro 3.10). “Mas as minhas palavras não hão de passar”. Note que a palavra de Cristo é mais confiável e duradoura do que o céu e a terra. “Diria ele e não o faria?” Nós podemos edificar com mais segurança sobre a palavra de Cristo do que sobre as colunas do céu, ou as fortes fundações da terra; pois quando elas estiverem trêmulas e cambaleantes, e não existirem mais, a palavra de Cristo ainda permanecerá, e estará em pleno vigor, em plena força e virtude (veja 1 Pedro 1.24,25). É mais fácil o céu e a terra passarem do que alguma letra da palavra de Cristo não se cumprir (Lucas 16.17. Compare com Isaias 54.10). O cumprimento dessas profecias pode parecer ter sido atrasado, e os eventos intervenientes podem parecer não estar em conformidade com elas, mas não pense que por isso a Palavra de Deus terá desmoronado, pois ela nunca passará; mesmo que ela não se cumpra, nem na época ou da maneira como prescrevemos; ainda assim, no tempo de Deus, que é o melhor tempo, e da maneira de Deus, que é a melhor maneira, certamente ela se cumprirá. Cada palavra de Cristo é muito pura, e, consequentemente, muito confiável.

2. O Senhor Jesus os instrui aqui quanto à época em que essas coisas aconteceriam (vv. 34,36). Quanto a isso, o sábio Grotius bem observa que existe uma distinção evidente feita entre tauta (v. 34) e ekein e (v. 36), “essas coisas” e “daquele dia e hora”, o que irá ajudar a esclarecer essa profecia.

(1)  Quanto a essas coisas, as guerras, os enganos e as perseguições aqui preditos, e em particular, a destruição da nação judaica: ‘”Não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam’ (v. 34). Há aqueles que agora estão vivos que verão Jerusalém destruída, e o fim da instituição judaica”. Como isso poderia parecer estranho, o Senhor apoia este fato com uma afirmação solene. ‘”Em verdade vos digo’. Vós tendes a minha Palavra; estas coisas estão às portas”. Cristo frequentemente fala da proximidade daquela desolação, para tocar as pessoas e estimulá-las a se prepararem para ela. Pode haver provações e dificuldades diante de nós, na nossa época, maiores do que estamos cientes. Os mais velhos não sabem que filhos de Anaque podem estar reservados para os seus próprios encontros.

(2)  “Porém daquele Dia e hora” que porá um fim no tempo, “ninguém sabe” (v. 36). Por isso, tomem cuidado para não confundir estes dias, como eles faziam, baseando-se nas palavras de Cristo e nas epístolas dos apóstolos, inferindo que o dia de Cristo já estava perto (2 Tessalonicenses 2.2). Não, não estava; esta geração e muitas outras irão passar antes que cheguem aquele dia e aquela hora. Observe:

[1] Existe um determinado dia e hora para o julgamento que há de vir; ele é chamado de Dia do Senhor, porque é fixado de maneira imutável. Nenhum dos julgamentos de Deus é adiado sine die sem a fixação de um dia determinado.

[2] Este dia e esta hora são um grande segredo.

Nenhum homem o sabe; nem o mais sábio, pela sua sagacidade, nem o melhor, por qualquer descoberta divina. Todos nós sabemos que haverá est e dia, mas ninguém sabe quando isso acontecerá; nem os anjos, embora a sua capacidade de conhecimento seja grande, e as suas oportunidades de terem essa informação sejam vantajosas (eles habitam na fonte de luz), e embora eles devam ser empregados na solenidade daquele dia, nem por isso sabem quando será: “ninguém sabe,… mas unicamente meu Pai”. Este é um dos segredos que pertencem ao Senhor, nosso Deus. A incerteza da ocasião da vinda de Cristo é, para aqueles que são vigilantes, um cheiro de vida para vida, e os torna ainda mais vigilantes; mas para aqueles que são descuidados, é um cheiro de morte para morte, e os torna ainda mais descuidados.

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