PSICOLOGIA ANALÍTICA

PRONTO-SOCORRO CONTRA O PÂNICO

O que passa em sua cabeça quando reconhece os sinais de uma crise? Talvez pense: “Estou morrendo, estou ficando louco, vou desmaiar, estou enjoado, vou passar vergonha em público”. E a lista continua. Para lidar com a angústia e evitar que o descontrole aumente, alguns exercícios práticos podem ser muito úteis.

Pronto-socorro contra o pânico

De repente seu coração dispara. Parece não haver ar suficiente para respirar, você sente uma leve vertigem e as mãos transpiram. Esse conjunto de sintomas costuma revelar uma crise de pânico. “Não raro, nesse momento as pessoas acreditam que estão morrendo ou ficando loucas”, diz a doutora em psicologia Ellen Hendriksen. Ela ensina técnicas desenvolvidas com base na psicologia cognitivo-comportamental para controlar a angústia, uma espécie de “pronto-socorro” para que a pessoa retome a autonomia sobre o próprio corpo. Considerando que a crise pode ter causas nem sempre óbvias, é fundamental buscar ajuda de um profissional, mas – pelo menos no momento mais crítico – é possível se acalmar sozinho e em poucos minutos. Os resultados costumam ser bastante positivos, principalmente quando o paciente aprende a se preparar para enfrentar o desconforto. Mas a especialista alerta: é preciso estar disposto a suportar um pouco de ansiedade para superar esse estado.

BRINQUE COM OS SINTOMAS

Parece bem pouco atraente induzir o mal-estar justamente quando nos sentimos bem. E é compreensível que experimentar sentimentos desagradáveis seja a última coisa que alguém deseja. “Mas é fundamental se familiarizar com os sintomas, como o coração batendo descompassado, por exemplo, e se dar conta de que isso não é, necessariamente, sinal de perigo”, afirma Hendriksen. Ela enfatiza que os sinais de que “a pessoa está morrendo” surgem na hora da crise e têm efeito de uma bola de neve, que aumenta de forma descontrolada. Segundo a psicóloga, é importante simular fora do contexto de um ataque os sintomas que tanto nos assustam para nos acostumarmos a não vê-los como perigosos. A ideia é que a pessoa passe a lidar com o coração acelerado ou garganta apertada sem ver essas reações físicas como um grande problema. “Quando estamos no controle, temos a chance de nos habituar aos sintomas isoladamente”, salienta a psicóloga.

Mas, na prática, o que fazer? Simples. Se a pessoa está preocupada com a aceleração cardíaca, caminhe ou corra na esteira até perceber o coração batendo forte e, então, apenas interrompa o movimento e note como o organismo se estabiliza. Aterrorizado com a possibilidade de sentir tontura? Sente-se em uma cadeira de escritório e gire várias vezes, em seguida pare e respire profundamente até que a vertigem passe. Falta de ar? Segure a respiração por alguns segundos e depois estabilize a inspiração e a expiração. O importante é ir, aos poucos, “brincando” com o que o assusta, de forma segura e sem se expor a perigos.

 NÃO BRIGUE COM A CRISE

Pode parecer estranha a ideia de aceitar calmamente a chegada dos sintomas, sem fazer absolutamente nada para fugir deles. “Mas uma pequena dose de ‘psicologia inversa’ pode fazer maravilhas”, garante Hendriksen. Ela observa que grande parte da energia gasta durante um ataque de pânico é direcionada a fugir dos sintomas para que eles não se tornem intensos a ponto de nos matar, mas isso só aumenta a ansiedade e a sensação de descontrole. “Por isso, faça o teste: quando começar a se preocupar com o pânico ou sentir o primeiro sinal de que uma crise se aproxima, diga a si mesmo: ‘Ei, corpo, eu quero mais. Pode vir!’; então respire fundo e não brigue com seu corpo.”

Curiosamente, estar disposto a sentir sintomas de pânico ajudará a parar o ciclo. Afinal, o pânico é a resposta a algo que seu cérebro entende como um grande perigo; quando você entra na briga (ainda que seja consigo mesmo), o embate só aumenta exponencialmente. Em contraste, quando você acolhe as sensações de medo sem lutar contra elas, seu organismo percebe que não tem motivos para lutar ou fugir. E as coisas tendem a se acalmar.

É SÓ ANSIEDADE, NÃO É REALIDADE

O pânico está na interpretação. Considere um exemplo: são 3 horas da manhã e o telefone toca. O que aconteceu? Pode significar que uma pessoa querida está com graves problemas ou até mesmo morta. Mas também pode significar apenas que alguém ligou para o número errado. Até que você atenda o telefone, o motivo da chamada é mero produto da sua interpretação. O mesmo acontece durante crises de ansiedade. Em vez de entender o desconforto físico como sinal claro de que você está morrendo, é possível pensar: “É apenas meu alarme interno que está desregulado; é desagradável, mas já senti isso antes e na ocasião eu não estava morrendo, da mesma forma como não vou morrer agora”. Hendriksen oferece uma dica bastante útil: “Vale a pena lembrar que não há perigo em interpretar o medo nesses casos como algo de fato irritante com o qual você já lidou antes e pode lidar de novo; é apenas ansiedade, não realidade”.

 FATOR TEMPO

Uma paciente minha teve um ataque de pânico durante um treino na academia e não só não voltou ao local, mas também parou de se exercitar inteiramente. Passou até mesmo a evitar subir escadas, pois se preocupava com a possibilidade de seu coração acelerar e deflagrar outro ataque de pânico. Para reverter essa situação, a moça começou a lidar com o esforço gradualmente: nas primeiras tentativas, tinha uma tarefa simples: atirar longe um bloco de concreto. Dias depois, deveria dar uma volta no quarteirão e, ao longo das semanas, ininterruptamente, fazer um trajeto mais longo, até que após dois meses voltou à academia. “É comum que um lugar ou situação fique associado ao temor que a pessoa sentiu, é comum que passe a evitar qualquer coisa parecida, mas podemos ‘enganar’ o medo, mostrando ao cérebro que está tudo bem aos poucos, para que uma nova memória seja registrada”, observa Hendriksen. “Se você teme ter um ataque de pânico em um cinema lotado, por exemplo, comece por ir ao teatro e se sente o mais perto possível da saída. Da próxima vez, avance mais dois lugares em direção ao centro”, sugere a psicóloga. Duas coisas importantes: não deixe passar tempo demais entre um exercício de habituação e outro (nesse caso, as idas ao teatro) nem avance rápido demais, achando que o desafio está muito fácil, pois seu cérebro precisa de treinamento gradual e constante.

OUTROS OLHARES

INSULINA CONTRA O ALZHEIMER

Remédios que equilibram a taxa do hormônio protegem o cérebro da degeneração causada pela doença.

Insulina contra o Alzheymer

Há cerca de 46 milhões de pessoas com Alzheimer. Em 2050, segundo a Organização Mundial de Saúde, serão 131 milhões. Caracterizada pela perda progressiva da memória, a doença representa uma bomba­ relógio contra a qual a medicina ainda não encontrou um método de desarme. Na semana passada, uma notícia vinda da Universidade de Lancaster, na Inglaterra, trouxe otimismo em relação ao benefício de uma estratégia a princípio inusitada: o uso de um remédio contra a diabetes. O liraglutide, integrante de uma nova classe de antidiabéticos, protegeu o cérebro da degeneração típica da doença. “Finalmente encontramos algo que realmente funciona”, disse Christian Holscher, coordenador do trabalho. A pesquisa usou cobaias. Ao final, os animais tratados com o liraglutide apresentaram, por um lado, níveis elevados de substâncias protetoras dos neurônios.  Por outro, redução da inflamação e da quantidade das placas amiloides (acúmulo de proteínas sobre as células nervosas que contribui para sua morte).

O que mais entusiasma em relação ao achado de Christian é que ele confirma patologicamente evidências clínicas de eficácia obtidas anteriormente. Há em andamento pelo menos quatro estudos em humanos sobreo impacto de drogas da classe do liraglutide em pacientes com Alzheimer. Todos demonstram bons resultados. Faltava, no entanto, um exame detalhado em laboratório, das mudanças provocadas nos neurônios pelas drogas. A análise das células nervosas extraídas das cobaias possibilitou que os cientistas enxergassem as alterações com clareza.

Os benefícios se devem a uma razão. As drogas estabilizam a taxa de insulina, hormônio que abre a porta das células para a entrada da glicose presente no sangue – o açúcar é o combustível para que elas funcionem. Nos diabéticos, a insulina não é fabricada ou atua de maneira precária. No cérebro de pessoas com Alzheimer, mesmo os não diabéticos, ela também tem sua ação prejudicada. Para agravar o problema, além de ficarem sem glicose suficiente, os neurônios são privados de uma substância importante para seu crescimento. já que o hormônio também desempenha essa função. “Sem insulina, as células nervosas começam a falhar”, diz Holscher. “Ficam mais vulneráveis e cedo ou tarde morrerão.”

 DIABETES TIPO 3

A conexão entre o Alzheimer e a diabetes vem sendo estudada mais intensamente nos últimos anos, até pela urgência em entender melhor o que está por trás da doença neurodegenerativa.  A associação entre as duas enfermidades levou, inclusive, à nomeação de um terceiro tipo de diabetes, o 3. Até recentemente. falava-se no 1, autoimune (o sistema de defesa ataca as células produtoras do hormônio), e no 2, associado à obesidade. O que os cientistas chamam agora de tipo 3 está relacionado à degeneração cerebral. “Há muito a se saber sobre os mecanismos pelos quais a insulina participa da saúde dos neurônios”, disse Na Zhao, da Clínica Mayo (EUA), que estuda o tema. Semanas atrás, o cientista Andrew McGovem, da Universidade de Surrey, na Inglaterra, publicou artigo no qual alertava para a necessidade de aprofundar as investigações. “A diabete tipo 3 é mais comum do que pensávamos. Diagnosticá-la e tratá-la trará benefícios para o controle das doenças neurodegenerativas”, afirmou. O trabalho de seu colega inglês Holscher mostra que eles estão no caminho certo.

POR QUE A DROGA FUNCIONA

DIABETES

  • O liraglutide integra classe recente de remédios que mantém estável o nível de insulina
  • O hormônio é responsável por permitir a entrada, nas células. da glicose em circulação no sangue. Sem ela, as células não têm combustível para funcionar
  • Nos diabéticos. o hormônio ou não é produzido ou não atua da maneira adequada

 ALZHEIMER

  • Além de assegurar combustível aos neurônios, a insulina funciona como um fator de crescimento que mantêm as células nervosas saudáveis
  • Porém, sua atuação encontra­ se prejudicada no cérebro de pacientes com Alzheimer
  • Isso contribui para acelerar a morte neuronal
  • Ao estabilizar a taxa de insulina disponível, as medicações ajudam a proteger o cérebro dos efeitos da enfermidade

GESTÃO E CARREIRA

CORRIDA PELA SAÚDE

Entenda porque os seus hábitos de vida se tornarão num futuro próximo um importante diferencial competitivo na disputa por uma vaga ou por uma promoção.

Corrida pela saúde

 Se até ontem, quando pensava em sua carreira, você deixava a saúde de fora do currículo, talvez seja hora de reconsiderar. Nos últimos anos, as empresas aumentaram significativamente os investimentos em programas de bem-estar e saúde e passaram a monitorar dados sobre os hábitos de vida dos funcionários. Hoje, elas conseguem saber quantas calorias você ingeriu, se bebeu o volume de água suficiente, se dormiu bem, se anda estressado ou se vai regularmente à academia. Uma companhia atenta observa que você está prestes a sair da obesidade grau 2 para se tornar mórbido, projeta sua propensão a desenvolver diabetes e mensura seu risco cardíaco no curto e no médio prazo. É provável que a empresa também saiba, melhor do que você, se há perigo de internação ou cirurgia eletiva no próximo ano.

A ficha pode não ter caído ainda, mas o tempo em que a saúde era uma questão privada – e não do empregador – acabou. Uma pesquisa da consultoria Mercer Marsh Benefícios concluiu, depois de avaliar 58 empresas e mais de 260.000 profissionais brasileiros, que 95% das corporações já acompanham a utilização da assistência médica, 79% supervisionam a participação nos programas de saúde e bem-estar e 64% vigiam de perto o absentismo. O estudo mostrou ainda que 50% das participantes medem indicadores de risco dos colaboradores, 45% avaliam o nível de satisfação dos trabalhadores e 28% inspecionam a condição mental deles. A razão para o Big Brother? O custo -saúde. Há menos de uma década ele girava em torno de 3% do total de despesas de uma companhia. Hoje, chega a 14% – tornando-se, para a maioria, a segunda maior despesa da folha. Paralelamente, a inflação médica bateu os 18%, ante 3% do restante da economia. “As despesas cresceram tanto que a questão caiu no colo do CEO e do CFO, e o tema ganhou enorme relevância”, afirma Enrico De Vettori, sócio líder da área de saúde da consultoria Deloitte, em São Paulo.

Diante do aumento exponencial dos gastos, há empresas fazendo downgrade dos planos oferecidos aos funcionários e outras dividindo a conta com o empregado e seus dependentes por meio de coparticipações. Mas há um terceiro grupo que tem preferido enfrentar os altos gastos com saúde usando o health analytics, ferramenta que cruza dados sobre a vida dos colaboradores, captados de diferentes fontes, para fazer projeções sobre seu estado físico e emocional. Embora ainda incipiente, a utilização de algoritmos de saúde é uma tendência – e deverá crescer nos próximos anos. “As métricas possibilitam mapear quem são os gastadores e criar ações de engajamento para eles. No caso de um paciente com doença crônica, é possível monitorar se está tomando medicação, incentivá-lo a ir ao médico e evitar que se desestabilize, sobrecarregando o sistema”, diz Enrico.

Poucos anos atrás, ter políticas de saúde organizacional baseadas em inteligência artificial era algo raro. Construíam-se estratégias de saúde com base no senso comum. Casos como o de uma grande empresa que investiu 3 milhões de reais num programa antitabagismo e, depois, descobriu ter apenas 160 fumantes entre milhares de empregados tornaram-se clássicos. O dinheiro era literalmente jogado fora. “Hoje, ao convergir informações de diversas fontes, direciona-se melhor os investimentos”, diz Ricardo Lobão, CEO da UIB Benefícios, consultoria de gestão de saúde que trabalha no modelo pós­ pago, em que a organização só paga quando o funcionário usa o convênio. O modelo, utilizado por 14% das companhias brasileiras, recorre ao monitoramento em tempo real de usuários e aos algoritmos para prever custos. Para exemplificar corno isso funciona, Ricardo cita o caso da mulher de um empregado que foi ao médico solicitar diagnóstico para redução das mamas. Ao ter o procedimento negado, ela entrou no radar da consultoria. Uma simulação concluiu que, se não fizesse a cirurgia, em um ano ela daria entrada no sistema para colocar pinos na coluna, o que custaria 250.000 reais. “A metrificação provou que valia a pena arcar com o tratamento. O custo foi de 32.000 reais. A companhia economizou e a paciente se curou. Foi bom para ambos”, diz o consultor.

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TECNOLOGIA EM ALTA

A medida que a tecnologia e o big data avançam, a colcha de retalhos de dados de saúde vai se costurando. Hoje, as informações vêm de todos os lados: de operadoras de saúde, de startups (como o Gympass, que oferece às empresas dados sobre a frequência de seus empregados à academia), de programas de bem-estar das próprias organizações e até de dispositivos como relógios e pulseiras inteligentes – no futuro, devem chegar também via chips implantados na pele com sensores.

Entre as ferramentas já disponíveis estão os aplicativos de gestão e monitoramento da saúde, usados por 14% das companhias em operação no Brasil. “O número é baixo, mas tende a crescer. Nos Estados Unidos, uma referência na área, já são 39%”, diz Helder Valério, gerente de gestão e promoção de saúde da Mercer Marsh Benefícios, em São Paulo.

A porta de entrada de todo bom aplicativo é um questionário detalhado de saúde, uma espécie de anamnese digital que ajuda a organização a detectar ameaças a que sua população está exposta Na Bridgestone, maior fabricante de pneus do mundo, dois aplicativos foram Implementados neste ano: um para o funcionário fazer a gestão de sua saúde em tempo real e outro voltado para as grávidas, com algoritmos clínicos que monitoram a saúde tanto da mãe quanto a do bebê. “Entendemos que não adiantaria economizar mudando para um plano de saúde inferior. São as pessoas que fazem o negócio acontecer e, se elas não estiverem bem, a empresa não andará”, diz Claudia Teixeira, diretora de relações trabalhistas da Bridgestone, que tem sede em Santo André, no ABC paulista. Os primeiros Indicadores serão mensurados em 2018.

Quando o empregador passa a monitorar seu estado físico (e mental), é preciso fazer a si mesmo perguntas do tipo: o que eu ganho ao compartilhar meus dados? Essa informação pode se voltar contra mim no futuro? Foi a certeza de que não será prejudicada que fez a arquiteta Amanda Frezzato, de 41 anos, baixar o aplicativo da Bridgestone durante a gestação. Como é portadora de esclerose múltipla e sua gravidez era de risco, a ferramenta trouxe comodidades. “Eu tirava dúvidas, era alertada sobre medicamentos e interagia via vídeo ou chat com uma equipe especializada”, diz a gerente de desenvolvimento de lojas da Bridgestone. Embora tenha dado à luz três meses atrás, Amanda segue togada. “O aplicativo gera relatórios e sei que a empresa pode acessar os dados, mas isso não me preocupa. Desde que descobri a doença, há nove anos, nunca fui discriminada – ao contrário, fui promovida”.

Outra gigante que vem investindo em saúde via mobile é a francesa Ticket, que acaba de lançar o aplicativo Ticket Fit. Disponível para pessoas físicas e corporações, o produto monitora hábitos: calcula o consumo diário de calorias, computa o volume de exercícios praticados, fornece conteúdo personalizado e possibilita criar games. “É possível saber se as pessoas estão se exercitando ou se o IMC da população está bom. São indicadores práticos, em tempo real, que ajudam o RH a fazer a gestão da saúde”, diz Marilia Rocca, diretora­ geral da Ticket no Brasil. De acordo coma executiva, são100.000 usuários ativos em dois meses, e a ideia é expandir o aplicativo para os 42 países em que a empresa atua.

Estimativas de mercado apontam que, de 2015 para cá, houve um aumento de 21% no investimento anual em ações de saúde e bem­ estar por funcionário. O aporte de dinheiro na área não acontece sem razão. O universo corporativo se deu conta de que proporcionar qualidade de vida às equipes melhora os resultados do negócio. Estudos mostram que um indivíduo saudável falta menos e veste mais a camisa da empresa – no Reino Unido, uma pesquisa provou que saúde e bem-estar aumentam a produtividade em até 12%. A analista financeira Daniela Cordeiro de Carvalho, de 34 anos, de São Paulo, comprova a estatística. Com 1,60 metro de altura e 78 quilos, ela tentava emagrecer e se animou quando sua companhia, o Mercado Eletrônico, criou, em outubro, um game para incentivar a perda de peso pelos empregados. “Eliminei quase 5 quilos. por isso eu já acordo animada para o trabalho”, diz. Dos 200 funcionários da companhia, que desenvolve soluções comerciais B2B, 87 aderiram à disputa. A cada dez dias, eles passam por pesagem e avaliação. Há um grupo no WhatsApp para trocar incentivos. O prêmio, simbólico, será uma bicicleta.

Adriana Oliveira, gerente de RH do Mercado Eletrônico, diz que a ação foi criada depois de a base de dados apontar que havia muita gente acima do peso. A companhia também passou a conceder passes para academia como benefício e contratou uma coach de bem-estar para orientar colaboradores. “Identificamos que precisávamos investir no tema saúde de modo mais arrojado. Vamos medir os indicadores no final do programa, mas já sinto diferença no engajamento e, provavelmente, abriremos uma segunda temporada, afirma.

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REFLEXO NA LIDERANÇA

A liderança será uma das principais afetadas por essa mudança de mentalidade no ambiente corporativo. Além de coordenar metas e buscar o resultado do negócio, fará parte do escopo do bom líder promover a qualidade de vida do time. Os chefes serão cada vez mais cobrados a dar bons exemplos: ficar no trabalho até altas horas pega mal; ser sedentário e comer besteira, idem. “Há uma tendência global, puxada pela geração Y, de buscar um estilo de vida saudável. Sem engajar gestores, é difícil criar essa cultura”, diz Isis Borges, gerente de recrutamento da Robert Half, de São Paulo.

Na Bosch, fabricante alemã de equipamentos eletrônicos com sede em Campinas, no Interior paulista, a onda a tingiu os executivos. No ano passado, durante um encontro de líderes, um grupo de 75 gerentes e diretores lançou voluntariamente uma competição entre times batizada de Health Transformation, para mudar sua atitude em relação à qualidade de vida. Com pulseiras inteligentes conectadas ao celular, passaram a ter o número de passos e a comida ingerida registrados diariamente, para verificar quem percorria a maior distância e perdia mais quilos. Juntos, em três meses, os gestores da Bosch queimaram 5 milhões de calorias e deram 38 milhões de passos (o suficiente para percorrer a circunferência da Lua três vezes). Os vencedores levaram um vale de 1.000 reais para fazer compras numa rede de lojas esportivas.

A Bosch conta hoje com um comitê multidisciplinar para fazer o acompanhamento mensal dos indicadores de saúde, promove uma maratona de corrida anual e tem feira livre de frutas e legumes toda sexta-feira na sede. “Saúde e bem-estar se tornaram ferramentas de atração e retenção de talentos”, diz Fernando Tourinho, diretor de RH. De acordo com ele, não há um aplicativo (ainda) por questões éticas. “Não está claro para nós como tratar a confidencialidade e a segurança da informação.”

QUESTÃO ÉTICA

Garantir que os dados sobre o estado de saúde das pessoas se mantenham nas mãos certas – e não acabem virando motivo de discriminação – é um ponto sensível nessa nova abordagem da saúde no ambiente corporativo. Apesar de a lei exigir que prontuários sejam avaliados apenas por médicos do trabalho (sem envolvimento do RH), não existe garantia de como esse enorme volume de dados vem sendo tratado. Em artigo escrito em 2016 para a publicação americana Journal of Law, Medicine and Ethics (da Associação Americana de Direito, Medicina e Ética), Ifeoma Ajunwa, professora na Cornell University, nos Estados Unidos, e autora do livro The Quantifield Worker (“O empregado quantificado”, sem tradução para o português), diz que os dados podem colocar a privacidade (e o emprego) em risco. Numa de suas pesquisas, ela descobriu que bancos de dados contendo Informações de saúde são um alvo atraente para hackers – interessados em vender ou exigir resgate pelo sequestro de informações sensíveis.

Não bastasse isso, na maioria dos países, a legislação não é especifica sobre os limites para o uso de novas tecnologias no ambiente de trabalho, o que deixou o colaborador vulnerável. Deli Matsuo, ex-diretor de recursos humanos para a América Latina do Google e fundador da Appus, empresa pioneira no Brasil em people analytics, diz não acreditar que uma companhia idônea vá analisar a saúde pensando em demitir. “O intuito de quem nos procura é garantir a assertividade das ações, para que funcionários fiquem mais saudáveis e gastem menos”, diz.

Em janeiro de 2018, a Sharecare, multinacional americana especializada na digitalização de dados de saúde, trouxe para o mercado brasileiro um aplicativo que promete revolucionar o mundo corporativo. A plataforma, que consumiu meio bilhão de dólares em investimentos e recebeu aportes de gente graúda como a apresentadora americana Oprah Winfrey, foi lançada nos Estados Unidos no início deste ano. Além de integrar todo tipo de fonte de informação, de prontuários médicos a relógios inteligentes, o aplicativo tem reconhecimento de padrões fractais na voz (quando a pessoa fala ao telefone, o sistema mede o nível de emoção e de estresse) e métricas capazes de mensurar a idade real e a cronológica, bem como o grau de salubridade de cada dia do usuário. Chamada pela Sharecare de Green Day, a ferramenta possui um coraçãozinho que vai sendo preenchido de verde conforme o usuário abastece o aplicativo com informações. Se tomou pouca água, dormiu mal e não fez exercícios, o coração não fica verde. Ao combinar esses fatores, a tecnologia também pode prever, por meio de inteligência artificial, se a pessoa terá um evento no pronto-socorro, o Green Day ajuda a ‘tangibilizar’ a saúde e pode ser usado pelas empresas como nos programas de milhas”, diz Nicolas Toth Jr., CEO da Healthways, atual braço da Sharecare no Brasil. Nos Estados Unidos, já há companhias trocando Green Day por reajustes menores no plano de saúde.

Questionado sobre o perigo de aderir a uma plataforma que agrega tantos indicadores, Nicolas diz que o risco de sequestro de dados é o mesmo de entrar num avião e cair. Ou seja, existe, mas é remoto. “Num futuro próximo, dados serão capta dos pela geladeira, pelo carro, pelo chuveiro de casa. Haverá um número infindável de informação pessoal trafegando em todo tipo de lugar. Caberá a toda empresa séria fortalecer sua segurança digital”, afirma.

 DIFERENCIAL COMPETITIVO

Discussões éticas à parte, urna coisa é certa: não deve demorar muito para que a saúde se torne um diferencial competitivo declarado no trabalho. “Mesmo de forma velada, é passivei notar uma valorização de candidatos com hábitos saudáveis. Não é interessante nem ético discriminar alguém por não fazer esporte ou se alimentar mal. Mas é fato que companhias vêm observando com mais atenção esses aspectos”, diz Jorge Kraljevic, sócio- fundador da consultoria de recrutamento Signium, de São Paulo.

Especialistas admitem que já conta pontos demonstrar preocupação com a qualidade de vida nas entrevistas de emprego. Citar que participa de grupos de corrida, por exemplo, no momento do quebra-gelo, em que se fala da vida pessoal, é urna boa estratégia. O mundo corporativo adora traçar paralelos com o esporte e é praxe inferir que, se a pessoa tem uma alimentação regrada e faz atividade física regularmente, possui capacidade de planejamento, foco e resiliência.

Os talentos, por sua vez, também ficaram mais exigentes. Plano de academia gratuito, flexibilidade de horário, massagem e frutas à tarde contam até mais do que um salário alto na hora da escolha por um empregador. A via, portanto, é de mão dupla. Uma boa notícia, já que a combinação entre companhias atentas e funcionários conscientes reduz os custos com saúde, melhora os resultados e favorece toda a cadeia, numa relação de ganha-ganha.

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ALIMENTO DIÁRIO

MATEUS 22: 34 – 40

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O Significado dos Mandamentos

Aqui está o sermão que Cristo fez a um fariseu, doutor da lei, sobre o grande mandamento da lei. Considere:

I – A aliança dos fariseus contra Cristo (v. 34). Eles ouvi­ iram que Ele tinha emudecido os saduceus, que Ele os calou, embora o discernimento deles não estivesse esclarecido. Os fariseus se reuniram, não para expressar ao Senhor a gratidão dos membros de seu partido – como deveriam ter feito, por causa de sua eficaz afirmação e confirmação da verdade contra os saduceus, os inimigos comuns de sua religião -, mas para desafiá-lo, na esperança de conquistar a reputação de confundir aquele que tinha confundido os saduceus. Eles estavam mais contrariados com o fato de Cristo ter sido honrado do que agradecidos pelo fato de os saduceus terem sido silenciados. Estavam mais preocupados com a sua própria tirania e tradição, – a que Cristo tinha se oposto -, do que com a doutrina da ressurreição e da condição futura, à qual os saduceus se opuseram. Observe que é um exemplo da inveja e da maldade farisaica estarmos descontente s com a afirmação de uma verdade confessada, quando esta é feita por aqueles de quem não gostamos; isto é o mesmo que sacrificar o bem que poderia beneficiar um povo, devido a ressentimentos particulares e preconceitos. O abençoado Paulo pensava de outra maneira (Filipenses 1.18).

 

II – A pergunta que o doutor da lei fez a Cristo. Os doutores da lei eram estudantes das leis de Moisés, e também as ensinavam, como os escribas; mas alguns opinam que, neste aspecto, eles diferiam um pouco destes últimos, já que lidavam mais com as questões práticas do que os escribas; eles estudavam e professavam a divindade casuística. Este doutor fez uma pergunta ao Senhor, desafiando-o; mas, conforme vemos na narrativa da história por Marcos, aquele homem não tinha qualquer intuito de armar-lhe uma cilada, pois Cristo lhe disse: “Não estás longe do Reino de Deus” (Marcos 12.34). Ele só desejava saber o que o Senhor diria, estabelecendo um pequeno diálogo com Ele, a fim de satisfazer a sua curiosidade, bem como a de seus amigos.

1. A pergunta foi: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei?” Uma pergunta desnecessária, sabendo-se que todas as ordens da Lei de Deus são grandiosas (Os eias8.12), e a sabedoria que vem de cima é sem parcialidade, e sem parcialidade na Lei (Malaquias 2.9); assim, é necessário obedecer todos os mandamentos. Porém, é verdade que existem alguns mandamentos que são os princípios dos oráculos de Deus, sendo também mais amplos e abrangentes que outros. O nosso Salvador fala das questões mais importantes da Lei (cap. 23.23).

2. O intuito era testá-lo, ou tentá-lo. Testar não tanto o seu conhecimento, mas sim o seu julgamento. Esta era uma questão discutida entre os críticos da Lei. Alguns consideravam a lei da circuncisão como o grande manda­ mento; outros, a lei do sábado judeu; outros, a lei dos sacrifícios. Tudo dependia de como eram afetados, respectivamente, e de como dedicavam o seu zelo; então eles testariam o que Cristo diria sobre essa questão, esperando incitar o povo contra Ele, caso não respondesse de acordo com a opinião comum; e se Ele enaltecesse algum mandamento, eles fariam com que parecesse que Ele es­ tivesse menosprezando os demais. A questão era suficientemente inofensiva e parece, comparando com o texto em Lucas 10.27,28, que esse era um ponto condenado entre os doutores da lei, que o amor a Deus e ao nosso próximo é o grande mandamento e a soma de todos os outros, e que Cristo tinha aprovado esta interpretação. Assim, ao lançarem essa pergunta ao Senhor isto parece ter mais uma conotação insolente de querer discipulá-lo como uma criança do que o intuito malicioso de discutir com Ele como um adversário.

 

III – A resposta de Cristo a essa pergunta. Foi conveniente para nós que essa pergunta tivesse sido feita a Ele, a fim de que tivéssemos a sua resposta. Não é desonra para os grandes homens responder perguntas óbvias. Nesse momento, Cristo nos recomenda como grandes mandamentos aqueles que não são tão restritos; eles são grandes porque abrangem outros mandamentos. Considere:

1. Quais são esses grandes mandamentos (vv. 37-39); não as leis judiciais, que não poderiam ser as melhores, agora que o povo judeu, a quem pertenciam, era tão in­ significante; não as leis cerimoniais, que não poderiam ser as melhores, agora que estavam ficando velhas e prontas a desaparecer; nem qualquer preceito moral em especial; mas o amor a Deus e ao nosso próximo, que são a origem e a fundação de todos os demais mandamentos, e que (supõe-se) permanecerão.

(1). Toda a lei se cumpre em uma palavra, e esta palavra é amor. Veja Romanos 13.10. Toda obediência começa na afeição, nos sentimentos, e nada na religião será feito corretamente, se não for feito primeiro nesse âmbito. O amor é a afeição mais importante, que fornece a lei e dá base para o descanso; e, por essa razão, como um forte principal, deve ser primeiramente defendida e protegida por Deus. O homem é uma criatura idealizada para amar; assim, consequentemente, a lei está escrita no coração, e esta é a lei do amor. Amor é uma palavra pequena e doce; e se esse for o cumprimento da lei, certamente o jugo do mandamento será muito fácil de suportar. Amor é descanso e satisfação da alma; se caminharmos neste velho e bom caminho, encontraremos descanso.

O amor de Deus é o primeiro e o maior mandamento de todos, e o resumo de todos os mandamentos da primeira tábua. Uma atitude própria do amor é a complacência; o bem é o objeto próprio do amor. E Deus, sendo infinitamente, originalmente e eternamente bom, deve ser amado em primeiro lugar, e nada mais nem ninguém mais deve ser tão amado quanto Ele. Nada pode estar ao seu lado, exceto aquilo que for amado por Ele. O amor é a primeira coisa e a grande coisa que Deus requer de nós; por isso, é a primeira e grande coisa que devemos dedicar a Ele.

Aqui somos orientados:

[1]. A amar a Deus como o nosso Deus: ”Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração”. O primeiro mandamento é: “Não terás outros deuses diante de mim”. Isto sugere que nós devemos ter o Senhor como nosso Deus, o que irá despertar o nosso amor por Ele. Aqueles que fizeram do sol e da lua os seus deuses, os amaram (Jeremias 8.2; Juízes 18.24). Amar a Deus como o nosso Deus é amá-lo porque Ele é nosso, nosso Criador, nosso Dono e nosso Governante, e conduzirmo-nos a Ele como o nosso Deus, com obediência a Ele e dependendo dele. Nós devemos amar ao Senhor nosso Deus, que está reconciliado conosco, e fazê-lo nosso através da aliança de Jesus Cristo; esta é a base do nosso relacionamento com Deus.

[2]. A amá-lo de todo o nosso coração, e de toda a nossa alma, e de todo o nosso pensamento. Alguns entendem que isso significa uma única coisa: amá-lo com todas as nossas forças. Outros as diferenciam: o coração, a alma e o pensamento são a vontade, os afetos e o entendimento; ou as faculdades vital, afetiva e intelectual. O nosso amor a Deus deve ser um amor sincero, e não somente de palavras e língua, como é o amor daqueles que dizem que o amam, mas seus corações não estão com Ele. Deve ser um amor forte, e nós devemos amá-lo no grau mais intenso; assim como devemos louvá-lo, também devemos amá-lo com tudo o que há em nós (Salmos 103.1). Este deve ser um amor singular e superlativo; nós devemos amá-lo mais do que a qualquer outra pessoa ou coisa; é este o caminho que os nossos afetos devem percorrer. O coração deve estar unido para amar a Deus, em oposição a um coração dividido. Todo o nosso amor é pouco quando pensamos no que deveríamos oferecer a Ele, e por isso todas as forças da alma devem ser dedicadas e direcionadas a Ele. “Este é o primeiro e grande mandamento”; a obediência a este mandamento é a fonte da obediência a todos os demais. E a nossa obediência será aceitável quando fluir do amor.

(3). Amar o nosso próximo como a nós mesmos é o segundo grande mandamento (v. 39). É como aquele primeiro, e inclui todos os preceitos da segunda tábua, bem como os da primeira. Ele é semelhante ao primeiro mandamento, pois está baseado nele, e nasce dele. E um amor correto pelo nosso irmão, que nós vemos, é, ao mesmo tempo, um exemplo e uma evidência do nosso amor por Deus, que nós não vemos (1 João 4.20).

[1]. Fica implícito que amamos a nós mesmos, e devemos fazê-lo. Porém, existe um amor próprio que é corrupto, que é a raiz dos maiores pecados, e deve ser deixado de lado e abandonado. Mas existe um amor próprio que é natural, e é a regra do maior dever. Ele deve ser preservado e santificado. Nós devemos amar a nós mesmos, isto é, devemos ter uma consideração correta da dignidade da nossa própria natureza, e uma preocupação adequada pelo bem-estar da nossa própria alma e do nosso próprio corpo.

[2].  Está prescrito que devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. Devemos honrar e estimar todos os homens, e não devemos fazer mal ou ofender a nenhum deles; devemos ter boa vontade com todos, e bons desejos para todos; e, se tivermos oportunidade, devemos fazer o bem a todos. Devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos, de uma forma verdadeira e sincera, sob as várias circunstâncias da vida. Na verdade, em muitas ocasiões, devemos renunciar a nós mesmos para o bem do nosso próximo, tornando-nos servos do bem-estar dos outros. Devemos estar dispostos a nos dedicar a eles, e a dar a nossa vida pelos nossos irmãos.

2. Observe qual é a importância e a grandeza desses mandamentos (v. 40): “Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”, isto é, eles são a soma e o significado de todos aqueles preceitos relacionados à religião prática, que estão escritos nos corações dos homens pela natureza, revividos por Moisés, e apoiados e reforçados pela pregação e pelos escritos dos profetas. Tudo depende da lei do amor; remova-a, e tudo cai ao chão e se reduz a nada. Os rituais e os cerimoniais devem dar lugar a esses dois mandamentos, como ocorre com todos os dons espirituais, pois o amor é o caminho mais excelente. Este é o espírito da lei, que a anima, o cimento da lei, que a acompanha, é a raiz e a origem de todas as outras obrigações, o compêndio de toda a Bíblia, não somente da lei e dos profetas, mas também do Evangelho, supondo apenas que esse amor seja o fruto da fé, e que nós amemos a Deus em Cristo. e ao nosso próximo, em nome dele. Tudo depende desses dois mandamentos, como o efeito que ocorre tanto na sua eficiência quanto na sua causa final; pois o cumprimento da lei é amor (Romanos 13.10), e o fim da lei é a caridade (1 Timóteo 1.5). A lei do amor é o prego, é o prego no lugar certo, fixado pelos mestres das congregações (Eclesiastes 12.11), do qual pende toda a glória da lei e dos profetas (Isaias 22.24), um prego que nunca será arrancado; pois deste prego depende eternamente toda a glória da nova Jerusalém. O amor nunca falha. A esses dois grandes mandamentos, portanto, os nossos corações devem se render como a um molde; à defesa e à evidência desses dois mandamentos, dediquemos o nosso zelo, e não noções, nomes e conflitos de palavras, como se estas fossem as coisas poderosas de que dependem a lei e os profetas, e a elas o amor a Deus e ao nosso próximo devesse ser sacrificado; pois é ao poder controlador dos mandamentos que todas as demais coisas devem se curvar.

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