PSICOLOGIA ANALÍTICA

O NOVO E O SUJEITO

Com tantas transformações ocorrendo de forma rápida e múltipla no mundo contemporâneo, são inevitáveis as indagações e os questionamentos a respeito do que se transforma e do que permanece em relação ao que acreditamos saber sobre o funcionamento psíquico.

O novo e o sujeito

A pergunta incomoda a cena psicanalítica: o mundo psíquico, ou, exatamente, o sujeito da psicanálise, muda com o tempo ou ainda é o mesmo da época de Freud? Parece óbvio que, se o sujeito, no sentido lacaniano, é constituído na sua relação com o Outro (a linguagem, a “sociedade”) e este Outro muda com o tempo, o sujeito também mudará, tal como mudam os conceitos de família, de masculino e feminino etc. Mas, se assim for, os fundamentos teóricos lançados por Freud quase 120 anos atrás, ou por Lacan, há quase sete décadas, e que são base para as escolas de psicanálise poderiam ser questionados a cada modismo.

O assunto ocupa espaço generoso nas grades curriculares de instituições sintonizadas com as discussões de ponta. O Fórum do Campo Lacaniano de São Paulo, por exemplo, mantém o grupo de pesquisas (ao qual pertenço) chamado Sujeito Punção Contemporâneo. A Sociedade Brasileira de Psicanálise preparou para agosto deste ano seu primeiro Simpósio Bienal com o tema “O mesmo, o Outro, psicanálise em movimento”, e o 32º Congresso Latino-Americano de Psicanálise, que ocorrerá no Peru em setembro, foca desconstruções e transformações, com o objetivo de discutir, segundo seu presidente, Roberto Scerpella, as “complexidades da psicanálise contemporânea”. O Instituto Sedes Sapientiae, tradicional escola psicanalítica de São Paulo, tem pelo menos dois cursos sobre clínica contemporânea, cuja proposta é investigar em que medida as novas demandas podem ser lidas “como variantes das formas clássicas da psicopatologia psicanalítica”.

As dúvidas são tantas que, quando o lacaniano francês David Bernard, focado na interface entre psicanálise e contemporaneidade, esteve no Brasil em março, alertou em artigo que os psicanalistas “não deveriam versar sobre um medo e um catastrofismo generalizados” sobre a modernidade e o receio de que tudo mude. Os herdeiros de Freud e Lacan acreditam em um diferencial contemporâneo, ou pelo menos se interrogam a esse respeito na maior parte do tempo. Freud já estava atento ao contexto cultural de cada momento, como se vê em textos como A moral sexual civilizada e a doença nervosa moderna (1908), em que atribui algumas patologias ao contexto comportamental repressivo da virada do século. Ou quando atribui à tecnologia de transporte (proliferação de ferrovias e transatlânticos) a causa de certo mal-estar psíquico pelo distanciamento de pessoas queridas (em O mal-estar na civilização, de 1930). Mas mesmo aí a estrutura psíquica se mantinha a mesma. Freud considerava tão imutáveis os parâmetros do funcionamento psíquico que avaliou com critérios psicanalíticos Leonardo da Vinci e Moisés.

Lacan foi mais complexo quanto a esse tema. Era de certa forma conservador, como quando defendeu que a “estrutura” da homossexualidade em 1960, data de seu seminário sobre a “transferência”, era a mesma que a da Roma antiga, mudando apenas “a qualidade dos objetos” (os adolescentes seriam melhores no passado, mais dignos, porque não precisavam ser buscados “na sarjeta” ou em “esquinas recônditas”). Acreditava mesmo que a questão sexual estruturalmente se mantinha porque a interdição ao sexo reformula-se para se manter intacta mesmo quando se estabelecem os novos paradigmas sexuais. Apesar disso, Lacan não só inovou como questionou os paradigmas. Isso ocorreu, por exemplo, na criação de conceitos como o do “objeto a”, que relativizou a importância do falo e ou quando teorizou sobre questões como o gozo, o cinismo e o capitalismo, que seria responsável, entre outras coisas, pela ampliação do racismo e da segregação. Essa relação com o contemporâneo – e os ajustes que requer ou não – é o que se pode chamar de um mal-estar. Requer trânsito interminável no litoral entre o que é psicanálise e o que não é. Exige pensar possíveis paradoxos como, por exemplo, uma parceria do superego (a instância psíquica repressora por excelência) com o gozo (caso este seja obrigatório, como no capitalismo descrito por Lacan e Slavoj Žižek). Exige, por exemplo, contemplar um aparato como o da tela que carregamos diuturnamente junto à mão (o telefone celular), como um ambiente ao mesmo tempo público e privado, um nó conceitual que já exige novas investigações teóricas.

É evidente que, para domar idiossincrasias, já foram providenciadas soluções retóricas, que acomodam, lado a lado, o processo histórico e a epistemologia da psicanálise. Há os que falam, por exemplo, não em sujeito contemporâneo, mas em “subjetividades” contemporâneas. Intérpretes de Lacan como Jacques-Alain Miller citam uma “nova estrutura do discurso hipermoderno da civilização”, mas ainda dentro dos paradigmas lacanianos.

A corajosa inquietude da psicanálise com relação a isso encontra caminhos e consensos interessantes quando lança mão de pelo menos duas aberturas para se pensar a contemporaneidade, porque são submissas ao tempo e decididamente interferem no humano. Elas são a tecnologia, na medida em que propicie uma subjetividade e um comportamento novos; e o processo histórico, com seus determinantes (sociais, econômicos, morais, sexuais etc.).

A alteração da sociedade de produção, vivida na época de Freud, para a sociedade de consumo, que vivemos hoje, é citada desde o próprio Lacan até diversos pensadores atuais, não necessariamente psicanalistas (Žižek, Zygmunt Bauman, Umberto Eco, Giorgio Agamben, entre outros). Joel Birman já investigou esse cenário em pelo menos dois livros, Mal-estar na atualidade, de 2005, e O sujeito na contemporaneidade, em 2012, e fala em “novas condições” no mal-estar da civilização.

Lacan, com seu arsenal de referências externas à psicanálise (a matemática, o idioma chinês, a linguística, a filosofia etc.), saiu pavimentando pontes com o contemporâneo. Apontou claramente, em seu Seminário 18 (de 1971), em Televisão (1973) e outros textos, o capitalismo interferindo no sujeito, em seu gozo (como na “necessidade” de gozar que o capitalismo de consumo exige, inventando o termo “mais-de-gozar”, análogo à mais-valia de Marx).

Entre os efeitos da assunção dos fenômenos capitalistas, há a “individualização” detectada, por exemplo, por Alain Ehrenberg, quando este fala do “culto à performance”. Nesse contexto, há teóricos como Fernanda Bruno, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que veem o ideal de eu (a identificação narcísica do sujeito com uma imagem projetada sobre um pano de fundo composto pelos pais e heróis da infância) já se sobrepondo ao superego. Os indicadores de uma sociedade repressora estariam cedendo espaço à valorização de heróis; o padrão normativo das identidades contemporâneas parece abandonar os modelos institucionais que se apegam às regras (o bom aluno, o bom trabalhador etc.) em favor dos sujeitos inovadores, intrépidos, desafiadores, com muitos amigos nas redes sociais, portadores de telas.

O outro consenso-chave para a contemporaneidade é com relação à ciência e à técnica. Nesse contexto, o cotejamento com os dias correntes está cheio de esparrelas. O narcisismo desbragado das redes sociais, por exemplo, não é necessariamente berço de algumas características do sujeito contemporâneo. Gustave Flaubert, em seu irônico Dicionário das ideias feitas (escrito ainda no século 19), já descrevia como utilizar a mídia para “brilhar” em sociedade (leia-se, por exemplo, o divertido verbete “Jornais”).

OUTROS OLHARES

MITOS DA COMIDA CONGELADA

Só porque está congelado não quer dizer que não seja saudável – ou gostoso. Siga estas dicas e bom apetite!

Mitos da comida congelada

MITO Nº 1 – Frutas e legumes congelados não são tão saudáveis quanto os frescos.

Essas frutas e legumes costumam ser colhidos bem maduros e depois, em seis a dez horas, rapidamente congelados, diz a nutricionista Jenna Braddock, especializada em esportes. “O congelamento conserva o valor nutritivo”, diz ela.

MITO Nº 2 –  É seguro degelar na bancada da pia.

Esse provavelmente é o maior responsável pelo degelo inseguro, diz a nutricionista Caroline Passerrello, porta-voz da Academia de Nutrição e Dietética dos EUA. Degele os alimentos dentro da geladeira, onde estará a salvo da “zona perigosa” – entre 5º C e 60 º C – da temperatura em que as bactérias prosperam. É claro que degelar dentro da geladeira leva mais tempo; portanto, planeje-se.

MITO Nº 3 –  Comida congelada é rica em sódio.

Muitos fabricantes estão atentos à preocupação dos consumidores com a saúde e vêm reduzindo o teor de sal. Examine o rótulo; talvez você se surpreenda ao ver como a quantidade é pequena.

 MITO Nº 4 – Jogar água quente sobre a comida é seguro para degelar.

Não; isso pode fazer mal à saúde. “Partes de seu item podem ficar congeladas enquanto outras estão quentes e até começaram a cozinhar”, diz Jenna. Além de ficar malcozido, parte do alimento pode entrar na zona de temperatura perigosa. Se não puder esperar o degelo na geladeira, o Ministério da Agricultura recomenda pôr o alimento congelado numa vasilha com água fria e trocar a água de meia em meia hora.

MITO Nº 5 – Recongelar não é seguro.

Se descongelou dentro da geladeira, você pode pôr o alimento de volta no congelador, diz Caroline. Mas atenção: a qualidade pode se degradar depois do segundo congelamento.

MITO Nº 6 – Depois da data de vencimento do alimento, você não deve congelá-lo.

Os supermercados usam as datas de validade para manter o giro do estoque; elas também indicam a duração da melhor qualidade do produto, mas não são um guia de segurança, de acordo com o Ministério da Agricultura. Pôr a comida no congelador nessa data não deve ter nenhuma consequência ruim para a saúde, diz Jenna.

 MITO Nº 7 –  A comida deve ir na mesma hora para o congelador.

Só porque aqueles peitos de frango foram embalados no supermercado não quer dizer que estejam prontos para o congelador. As embalagens comuns de carne permitem a entrada de ar e, com ele, de bactérias que baixam a qualidade da carne, diz Caroline. Reembale o alimento em papel próprio para o congelador e tire o máximo possível de ar antes de congelar. Quanto aos legumes frescos, escalde-os antes de congelar.

A água fervente impede a ação enzimática que tiraria o sabor e a textura de seus legumes, segundo Caroline.

MITO Nº 8 – Comida congelada expira.

O site foodsafety.gov publica diretrizes sobre o tempo em que um item pode ficar no congelador – por exemplo, 2 a 6 meses para sobras de carne cozida -, mas essa é uma questão de qualidade, não de segurança. “A comida congelada permanece segura algum tempo depois do prazo de validade”, diz Caroline.

MITO Nº 9 – Não se pode congelar tudo.

Em termos de segurança, não há nada que não se possa congelar; a questão é apenas a qualidade. A textura de alguns alimentos, como leite e queijo, pode mudar depois do congelamento, mas seu consumo ainda será perfeitamente seguro.

GESTÃO E CARREIRA

MEU QUERIDO PLANEJADOR

 Assessoria financeira vira moda no Brasil. Por 50 reais ao mês, já é possível contratar um consultor particular para organizar as contas e orientar investimentos.

Meu querido planejador

Aos poucos, o serviço de planejamento financeiro deixa de ser um privilégio dos ricos para se tornar algo acessível a qualquer um que deseje colocaras contas em ordem e criar estratégias para multiplicar seu dinheiro. Um sinal disso é que o Brasil já tem cerca de 3.400 planejadores financeiros certificados, de acordo com a Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros). Para ter uma ideia, há dez anos o país contava com apenas 185 desses profissionais. “Embora incipiente, há uma tendência de democratização do planejamento financeiro por aqui”, afirma Jan Karsten, presidente da Planejar, de São Paulo.

Muitos fatores impulsionam a área. Para começar, a proliferação de plataformas de investimentos representou uma mudança de paradigma. Diante da maior variedade de aplicações que foram apresentadas, as pessoas passaram a buscar planejadores par dar suporte às escolhas. “Os brasileiros começaram a despertar para o fato deque eles não precisam mais ficar nas mãos dos bancos onde têm conta- corrente”, diz Janser Rojo, sócio da GFAI, consultoria especializada em finanças pessoais, de São Paulo.

Além disso, a concorrência entre as corretoras intensificou propagandas na TV e campanhas digitais. “Excesso de informação, quando as pessoas não têm conhecimento especifico, causa confusão. E isso tem contribuído para que muita gente procure ter seu planejador particular”, afirma André Novaes, fundador e CEO da LifeFP, sediada em campinas(SP). Há ainda aspectos conjunturais que mobilizam os brasileiros a buscar uma orientação financeira, tais como a maior instabilidade no mercado de trabalho e as discussões sobre a reforma da Previdência, com a percepção de que não dá mais para depender apenas do governo. Em paralelo, nos últimos anos, a concentração do setor bancário despejou no mercado muitos especialistas em finanças que decidiram empreender. Nesse cenário, startups que oferecem serviços de planejamento crescem a passos largos.

A Guide Life, braço de planejamento da corretora Guide, lançou até um sistema de franquias. Hoje, são 12 escritórios em seis cidades – até o fim de 2018, a expectativa é que sejam 50. “O fato de a poupança ser a principal opção dos brasileiros demonstra que há grande espaço para diversificação e ampliação da cultura de investimentos”, diz Ivens Gasparotto Filho, diretor da Guide Life, de São Paulo. Já a V10, fundada por três ex-agentes autônomos da XP, viu a busca por seus serviços aumentar 40% neste ano. “Há uma demanda crescente por serviços de consultoria”, afirma Mário Pereira, sócio da V10, com sede em Belo Horizonte.

A contratação de um planejador em 2013 foi um divisor de águas na vida do casal de médicos Gustavo Duarte, de 38 anos, e Cristina Mello, de 40, de Campinas (SP). Nessa época, eles estavam estressados porque, apesar de trabalharem bastante, sentiam que tudo o que ganhavam era suficiente só para cobrir as despesas. Não sobrava nada para o lazer ou para compor uma reserva financeira.

“Colocamos nossas aspirações dentro de um planejamento objetivo e conseguimos fazer mudanças positivas”, diz Gustavo. Uma das primeiras medidas sugeridas pelo planejador foi vender um dos carros – eles tinham dois – para reduzir as despesas com IPVA, seguro e manutenção. O médico foi orientado a modificar sua atuação profissional, passando a atender um público diferente. Hoje, Gustavo diz que trabalha 30% menos e ganha 50% mais. O casal consegue investir de 20% a 30% do que recebe a cada mês. “O maior ganho foi de qualidade de vida. Agora vislumbramos o longo prazo e sabemos o que precisa ser economizado para nos aposentarmos bem lá na frente”, diz. O corretor de Imóveis Davi José da Silva, de 35 anos, de São Paulo, resolveu experimentar os serviços de um planejador financeiro há cinco meses, depois de ouvir seu chefe contar que havia contratado um. A decisão aconteceu porque ele e a mulher, Renata Nunes Patez Silva, de 30 anos, sentiam que, após cinco anos de casamento, ainda não tinham conseguido organizar as finanças em conjunto. Eles já tinham se endividado com o cartão de crédito e estavam terminando os meses no zero a zero. “Com a ajuda dele, enxergamos o que fazíamos de errado: não tínhamos o controle sobre o que gastávamos, por exemplo, com restaurantes, roupas, táxis”, diz Davi. O casal começou a usar uma planilha para cuidar do orçamento. “Ainda temos dificuldade de manter a disciplina, mas, pelo menos, já criamos um colchão de segurança para imprevistos. “Hoje, o dinheiro está em aplicações de renda fixa, um passo que, segundo Davi, não teria sido dado sem a atuação do planejador. “Eu e a Renata viemos de uma família humilde, nossos pais não eram muito instruídos e não existia gestão financeira. Agora, enxergamos o dinheiro de uma maneira diferente, traçando metas.” Se você também tem sentido falta de orientação profissional em sua vida financeira, preparamos uma série de dicas para ajudá-lo a encontrar um planejador idôneo e começar agora mesmo uma administração mais eficiente de seu patrimônio.

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ALIMENTO DIÁRIO

MATEUS 22: 15-22

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A Pergunta sobre os Tributos

Não foi o menor dos sofrimentos de Cristo o fato de Ele suportar a contradição dos pecadores contra si mesmo, e sofrer ciladas armadas para ele por aqueles que procuravam uma maneira de eliminá-lo mediante alguma desculpa. Nesses versículos, vemos o Senhor ser atacado pelos fariseus e pelos herodianos, com uma pergunta sobre o pagamento de tributos a César. Considere:

 

I –  Qual foi o desígnio a que eles se propunham. “Consultaram entre si como o surpreenderiam em alguma palavra.” Até aqui, os seus encontros tinham sido principalmente com os principais dos sacerdotes e os anciãos, homens de autoridade que confiavam mais no seu poder do que na sua política, e o questionavam a respeito da sua comissão (cap. 21.23). Mas agora Ele está diante de outro grupo; os fariseus irão verificar se eles conseguem lidar com Ele com a instrução na lei e na casuística que possuem, e farão um – um novo julgamento contra Ele. Observe que é inútil que os homens melhores e mais sábios pensem que, com a sua ingenuidade, ou com os seus interesses, ou com a sua habilidade, ou até mesmo com a sua inocência e integridade, conseguirão escapar ao ódio e à má vontade dos homens maus, ou se esconder da disputa das línguas. Veja como são incansáveis os inimigos de Cristo e do seu reino, na sua oposição!

1. Eles consultaram entre si. Havia sido predito, a seu respeito, que os príncipes juntos se mancomunariam contra Ele (Salmos 2.2), e assim “eles perseguem os profetas”. “Vinde, e maquinemos projetos contra Jeremias” (veja Jeremias 18.18; 20.10). Observe que quanto mais tramas e maquinações existirem para o pecado, pior será. Existe um “ai” particular para aqueles que intentam a iniquidade (Miqueias 2.1). Quanto mais talento iníquo houver na invenção de um pecado, mais má vontade haverá em sua realização.

2. O que eles desejavam era surpreendê-lo em alguma palavra. Eles o viam, livre e ousado, expressando o seu pensamento, e esperavam com isso conduzi-lo a um ponto conveniente para que tivessem alguma vantagem contra Ele. Este tinha sido o procedimento antigo dos agentes e emissários de Satanás, o de fazer do homem um criminoso por uma palavra, uma palavra mal colocada, ou errada, ou mal interpretada. Uma palavra, embora planejada de modo inocente, mas corrompida por insinuações forçadas: dessa maneira, eles armaram laços “ao que repreende na porta” (Isaias 29.21), e são os maiores professores, como também os maiores agitadores, de Israel: dessa maneira, “o ímpio maquina contra o justo” (Salmos 37.12,13).

Havia duas maneiras pelas quais os m1m1gos de Cristo poderiam se vingar e se livrar dele: isto podia acontecer pela lei, ou pela força. Pela lei, eles não conseguiriam fazê-lo, a menos que o tornassem odioso para o governo civil; pois não era lícito que eles matassem qual­ quer pessoa (João 18.31), e as autoridades romanas não queriam se preocupar com questões de palavras, de nomes, e da lei dos judeus (Atos 18.15). Pela força, eles não poderiam fazê-lo, a menos que o tornassem odioso para o povo, que sempre era as mãos, fossem quem fossem os cabeças, de tais atos de violência, chamados de pulsação dos rebeldes. Mas o povo considerava Cristo como um profeta, e por isso os seus inimigos não conseguiam incitar a multidão contra Ele. Agora (como a velha serpente era, desde o início, mais sagaz do que qualquer outro animai), o desígnio era levá-lo a um dilema tal, que Ele precisaria se fazer suscetível ao desagrado da multidão dos judeus, ou dos magistrados romanos. Não importa que lado da questão Ele adote, Ele ficará contra alguém, e assim eles conseguirão o seu intento, fazendo com que a sua própria língua testemunhe contra Ele.

II – A pergunta que fazem a Ele, de acordo com o seu objetivo (vv. 16,17). Tendo planejado esta maldade em segredo, numa trama fechada, por trás das cortinas, eles a colocaram em prática sem perda de tempo. Considere:

1. As pessoas que eles empregaram: não o fizeram eles mesmos, para que não se suspeitasse do objetivo, e para que Cristo não se colocasse mais em guarda; mas enviaram os seus discípulos, que pareciam menos tentadores e mais aprendizes. Os homens maus nunca desejarão usar instrumentos iníquos para realizar as suas tramas perversas. Os fariseus têm os seus discípulos às suas ordens, para realizar por eles qualquer missão, e falar como eles falariam. E eles têm isso em mente quando se mostram tão empenhados em fazer prosélitos.

Com os seus discípulos, eles enviaram os herodianos, um grupo de judeus que era a favor de uma sub­ missão entusiástica e completa ao imperador romano, e a Herodes, seu representante. Eles viviam da tarefa de conciliar as pessoas com este governo, e pressionavam a todos para que pagassem esse tributo. Alguns opinam que eles eram os cobradores do imposto da terra, assim como os publicanos eram os cobradores da alfândega. Eles foram com os fariseus até Cristo, com esse pretexto para a sua trama, pois embora os herodianos exigissem o pagamento do imposto, e os fariseus o negassem, os dois grupos estavam desejosos de levar a questão a Cristo, como o juiz mais adequado para decidir a disputa. Como Herodes era obrigado, pela concessão da soberania, a se encarregar do tributo, esses herodianos, ao ajudá-lo a fazer isso, ajudavam a torná-lo querido pelos seus grandes amigos de Roma. Os fariseus, por outro lado, zelavam pela liberdade dos judeus, e faziam o que podiam para torná-los impacientes com o jugo romano. Se Ele estimulasse o pagamento do tributo, os fariseus incitariam o povo contra Ele; se Ele proibisse o pagamento, os herodianos incitariam o governo contra Ele. Observe que é comum ver aqueles que estão em oposição entre si permanecerem em oposição contra Cristo e o seu reino. As raposas de Sansão olhavam para todos os lados, mas se encontravam em um tição (veja Salmos 83.3,5,7,8). Se eles eram unânimes na oposição, nós também não deveríamos ser unânimes na defesa dos interesses do Evangelho?

2. O preâmbulo, com o qual eles apresentavam, de modo plausível, a questão; ele era altamente elogioso ao nosso Salvador (v. 16). “Mestre, bem sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus, segundo a verdade”. É comum que os projetos mais iníquos sejam encobertos com os pretextos mais plausíveis. Mesmo que eles tivessem se dirigido a Deus com a mais séria das perguntas e a mais sincera das intenções, não consegui­ riam ter se expressado melhor. Aqui há ódio encoberto com engano, e um coração maligno que se expressa com lábios fervorosos (Provérbios 26.23); como Judas, que beijou e traiu, e como Joabe, que beijou e matou.

Mas:

(1). O que eles disseram a respeito de Cristo era correto; quer eles soubessem disso ou não, bendito seja Deus, nós o sabemos.

[l]. Que Jesus Cristo era um Mestre verdadeiro: “és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus, segundo a verdade”. Pois Ele é verdadeiro, o Amém, a Testemunha fiel. Ele é a própria Verdade. Quanto à sua doutrina, o assunto dos seus ensinos era o caminho de Deus, o caminho em que Deus exige que nós caminhemos, o caminho do dever que leva à felicidade. Este é o caminho de Deus, que estava na verdade. Ele mostrava ao povo o caminho certo, o caminho que eles deveriam seguir. Ele era um professor habilidoso, e conhecia o caminho de Deus; e um professor fiel, que se certificaria de nos mostrar o caminho (veja Provérbios 8.6-9). Este é o caráter de um bom professor, o de pregar a verdade, toda a verdade, e nada mais que a verdade, e não suprimir, corromper ou estender nenhuma verdade, por favor ou afeto, ódio ou boa vontade, por um desejo de agradar ou medo de ofender a qualquer pessoa.

[2]. Que Ele era um Reprovador corajoso. Na pregação, Ele não se preocupava com ninguém, Ele não dava importância à censura ou aos sorrisos de ninguém, Ele não bajulava, Ele não temia, nem os importantes, nem as multidões, pois Ele não se preocupava com a pessoa do homem. No seu julgamento evangélico, Ele não conhecia rostos. O Leão da tribo de Judá por ninguém torna atrás (Provérbios 30.30), não se afasta da verdade, nem do seu trabalho, porque não teme os mais poderosos. Ele repreende com equidade (Isaias 11.4), e nunca com parcialidade.

(2). Embora o que eles dissessem fosse verdade, ainda assim não havia nada além de bajulação e traição nas suas intenções. Eles o chamaram de Mestre, quando estavam planejando tratá-lo como o pior dos malfeitores. Eles fingiram ter respeito por Ele, quando pretendiam enganá-lo. Afrontaram a sua sabedoria como homem, muito mais a sua onisciência como Deus, da qual Ele tinha tão frequentemente dado provas incontestáveis. Imaginaram que conseguiriam pressioná-lo com essas desculpas, e que Ele não conseguiria enxergar os seus pensamentos. Este é o ateísmo mais grosseiro, a maior tolice do mundo, pensar que é possível conseguir enganar a Cristo, que sonda os corações (Apocalipse 2.23). Aqueles que tentam zombar de Deus nada conseguem, exceto enganar a si mesmos (Gálatas 6.7).

3. A proposta da questão: “Que te parece?” Como se tivessem dito: “Muitos homens têm diversas opiniões sobre este assunto; é uma questão que está relacionada com a prática, e que acontece todos os dias; vamos ver o seu pensamento, livremente, sobre o assunto: ‘é lícito pagar o tributo a César ou não?”‘ Isto implica em uma questão adicional: César tem o direito de exigi-lo? A nação dos judeus, aproximadamente cem anos antes, tinha sido conquistada pela espada romana, e, como outras nações, tinha sido submetida ao jugo romano, e se tornado uma província do império. Assim sendo, impostos, tributos e alfândega eram exigidos da nação, e, algumas vezes, dinheiro para eleições. Com isso, parecia que o cetro tinha sido removido de Judá (Genesis 49.10), e, portanto, se eles tinham compreendido os sinais dos tempos, deveriam ter concluído que Siló tinha vindo, e que ou este era Ele, ou deveriam encontrar outro que tivesse mais probabilidade de sê-lo.

A pergunta era se era lícito pagar voluntariamente esses tributos, ou se eles não deveriam insistir mais na questão da antiga liberdade da sua nação, e não sujeitar-se ao pagamento? O fundamento da dúvida era o fato de que eles eram a descendência de Abraão, e não deveriam consentir em servir a ninguém (João 8.33). Deus lhes tinha dado uma lei que dizia não haver estranhos sobre eles. Isto não implicava que eles não de­ veriam se submeter voluntariamente a nenhum príncipe, estado ou potestade que não fossem a sua própria nação e religião? Este era um engano antigo, que surgia daquele orgulho e daquele espírito arrogante que trazem a destruição e a queda. Jeremias, na sua época, embora falasse em nome de Deus, não conseguiu derrotá-los, nem persuadi-los a se sujeitarem ao rei da Babilônia; e a sua obstinação nessa questão foi, então, a sua destruição (Jeremias 27.12,13). Agora, mais uma vez, eles tropeçavam na mesma pedra, e era a mesma questão que, alguns anos depois, trouxe a sua destruição final pelas mãos dos romanos. Eles interpretaram mal o sentido, tanto do preceito como do privilégio, e, deturpando a Palavra de Deus, lutaram contra a sua providência, quando deveriam ter beijado o bordão e aceitado o castigo da sua iniquidade.

No entanto, com essa pergunta, eles esperavam confundir a Cristo, e, independentemente da maneira como Ele solucionasse a questão, deixá-lo exposto à fúria, fosse dos invejosos judeus, fosse dos invejosos romanos. Eles estavam prontos para triunfar, como Faraó estava pronto para triunfar sobre Israel quando o deserto o prendeu, e a sua doutrina resultaria injuriosa aos direitos da igreja, ou prejudicial aos reis e às províncias.

 

III – A sabedoria do Senhor Jesus desfez essa armadilha.

1. Ele a descobriu (v. 18). Ele conheceu “a sua malícia”; pois certamente “debalde se estenderia a rede perante os olhos de qualquer ave” (Provérbios 1.17). Uma tentação percebida já está derrotada pela metade, pois o nosso maior perigo está nas serpentes sob a erva verde; e Ele disse: “Por que me experimentais, hipócritas?” Observe que não importa o disfarce que o hipócrita coloque sobre si, o nosso Senhor Jesus vê através dele. Ele percebe toda a maldade que está nos corações daqueles que fingem, e pode facilmente condená-los por isso, e apresentá-la diante deles. Ele não pode ser impressionado, como nós frequentemente somos, por adulações e boas intenções. Aquele que sonda os corações pode chamar todos os hipócritas pelo nome, como Aías fez com a mulher de Jeroboão (1 Reis 14.6): “Por que te disfarças assim?” “Por que me experimentais, hipócritas?” Os hipócritas tentam a Jesus Cristo, colocam à prova o seu conhecimento, para ver se Ele consegue descobri-los nos seus disfarces; eles colocam à prova a sua santidade e a sua verdade, para ver se Ele permite que eles façam parte dessa igreja; mas se aqueles de antigamente que tentassem a Cristo – quando Ele se revelava apenas por ameaças – seriam destruídos por serpentes, de uma punição muito pior serão considerados dignos aqueles que o tentarem agora, na era do Evangelho de luz e amor! Aqueles que supõem que podem tentar a Cristo certamente descobrirão que Ele é muito severo para com eles, e que Ele tem olhos penetrantes demais para não ver, e olhos puros demais para não odiar a maldade disfarçada dos hipócritas, que se escondem nas profundezas para tentar ocultar dele as suas ideias.

2. Ele se esquivou; o fato de que Ele os condenou por hipocrisia pode ter servido como resposta (essas perguntas capciosas e maldosas merecem uma censura, não uma resposta). Mas o nosso Senhor Jesus deu-lhes uma resposta completa à sua pergunta, e apresentou-a com um argumento suficiente para apoiá-la, e também para estabelecer uma regra para a sua igreja quanto ao tema, evitando ofender, e rompendo a armadilha.

(1). Ele os forçou, antes que se dessem conta, a confessarem a autoridade de César sobre eles (vv. 19,20). Ao lidar com aqueles que são capciosos, é bom apresentar as nossas razões, e, se possível, razões de força moral confessada, antes de apresentarmos a nossa decisão. Assim, a evidência da verdade pode silenciar seus oponentes com a surpresa, pois eles só mantêm a sua guarda contra a própria verdade, e não contra a sua razão: “Mostrai-me a moeda do tributo”. Ele não tinha nada seu para convencê-los; aparentemente, Ele não tinha nem uma moeda, pois, por nossa causa, Ele se esvaziou e tornou-se pobre. Ele desprezou a riqueza deste mundo, e assim nos ensinou a não supervalorizá-la. Ele não tinha prata nem ouro. Por que, então, devemos cobiçar tantas coisas, abarrotando-nos de dívidas? Os romanos exigiam o pagamento do seu tributo com o seu próprio dinheiro, que era corrente entre os judeus naquela época, e que, portanto, é chamado de dinheiro do tributo. Jesus não menciona nenhuma moeda, exceto o dinheiro do tributo, para mostrar que Ele não se importava com coisas dessa natureza, nem se preocupava com elas; o seu coração se dedicava a coisas melhores, ao reino de Deus e às riquezas e à justiça dele, e o nosso coração deveria fazer o mesmo. Eles lhe apresentaram um dinheiro, um centavo romano, de prata, com valor aproximado de meio centavo de dólar americano, a moeda mais comum da época; ela tinha gravada a imagem e a inscrição do imperador, o que era a garantia de fé pública do valor das peças assim gravadas. Esse era um método usado pela maioria das nações para facilitar a circulação do dinheiro. A cunhagem de moedas sempre foi considerada como um ramo das prerrogativas, uma flor da coroa, uma prerrogativa pertencente aos poderes soberanos. E a admissão daquele como o dinheiro bom e legítimo de uma nação é uma submissão implícita a tais poderes, e um reconhecimento dele em questões financeiras. Como a nossa constituição é oportuna, e como somos felizes, nós, que vivemos em uma nação onde, embora a imagem e a inscrição sejam de outros, a propriedade é das pessoas, sob a proteção das leis, e podemos dizer que aquilo que temos é nosso!

Cristo lhes perguntou: “De quem é esta efígie e esta inscrição?” Eles disseram que era de César, e assim condenaram por falsidade aqueles que diziam que nunca foram dominados por ninguém; e confirmaram o que mais tarde disseram: “Não temos rei, senão o César”. Há uma lei no Talmude judeu que diz que “é rei da nação aquele cuja moeda é corrente na nação”. Alguns entendem que a inscrição na moeda era uma lembrança da conquista da Judéia pelos romanos, o ano posterior à captura da Judéia, e eles também admitiram isso.

(2). Com isso, Ele concluiu a legitimidade do pagamento de tributos a César (v. 21): “Dai, pois, a César o que é de César”; não: “Pagai-o a ele” (como eles tinham dito no versículo 17), mas: “Devolvei-o; Restitui-o”, ou: “Restaurai-o. Se César enche as bolsas, que César as comande. Agora é tarde demais para discutir o pagamento de tributos a César, pois vos tornastes uma província do império; e quando uma relação é admitida, a sua obrigação deve ser cumprida. Devolvei a todos o que lhes é devido, e, particularmente, pagai os tributos a quem eles forem devidos”. Com esta resposta:

[1]. Ele não ofendeu ninguém. Foi para a honra de Cristo e da sua doutrina que Ele não agiu como um juiz ou um divisor em questões dessa natureza, mas deixou-as como as encontrou, pois o seu reino não é deste mundo, e nisso Ele deu um exemplo aos seus ministros, que lidam com as coisas sagradas. Eles não devem se intrometer em questões relacionadas a assuntos seculares, não devem se atrapalhar com controvérsias a esse respeito, mas devem deixá-las àqueles que estão relacionados com elas. Os ministros que se preocupam com o seu trabalho e agradam ao seu mestre não devem se envolver nas questões desta vida; eles deixam a orientação do Espírito de Deus e a escolta da sua providência quando saem do seu caminho. Cristo não discute o título do imperador, mas impõe uma submissão pacífica aos poderes vigentes. O governo, portanto, não tinha motivos para se ofender com a sua determinação, mas somente para agradecer-lhe, pois isso fortalecia o interesse de César junto ao povo que via Jesus como um Profeta. Porém, tal foi o atrevimento dos seus perseguidores, que, embora Ele tivesse lhes dito expressamente que deveriam dar a César o que era de César, eles o acusaram dizendo que o Senhor os havia proibido de dar o tributo a César (Lucas 23.2). Quanto ao povo, os fariseus não podiam acusá-lo, porque eles mesmos tinham, antes que percebessem o que estavam fazendo, dado as premissas, e era tarde demais para evitar a conclusão. Observe que, embora a verdade não procure esconderijos fraudulentos, algumas vezes ela precisa de uma administração prudente, para evitar que alguém seja ofendido.

[2). Os seus adversários foram reprovados. Em primeiro lugar, alguns deles desejavam que Ele dissesse que era ilícito pagar tributos a César, para que tivessem uma desculpa para guardar o seu dinheiro. Assim, muitos evitavam aquilo que deveriam fazer, argumentando se podiam fazê-lo ou não. Em segundo lugar, todos deixavam de cumprir as suas obrigações para com Deus, e por isso foram reprovados; enquanto estavam inutilmente discutindo sobre as suas liberdades civis, eles tinham perdido a vida e o poder da religião, e precisavam ter em mente a sua obrigação para com Deus, ao lado daquela que tinham para com César.

[3). Os seus discípulos foram instruídos, e foram deixadas regras para a igreja.

Em primeiro lugar, observemos que a religião cristã não é inimiga do governo civil, mas sua amiga. O reino de Cristo não se choca com os reinos da terra, nem interfere neles, em nada que pertença à sua jurisdição. Por Cristo, reinam os reis.

Em segundo lugar, é dever dos súditos dar aos magistrados aquilo que, segundo as leis da sua nação, lhes é devido. Os poderes mais elevados, sendo colocados para o bem-estar público, a proteção dos súditos e a conservação da paz, têm direito, como consequência disso, a uma justa proporção da riqueza pública e da renda da nação. “Por essa razão também pagais tributos, atendendo sempre a isto mesmo” (Romanos 13.6). E, sem dúvida, é um pecado maior enganar ao governo do que enganar a uma pessoa. Embora seja a constituição que determine o que é de César, ainda assim, quando isto é determinado, Cristo nos obriga a pagar. O meu casaco me pertence, pela lei dos homens; mas será um ladrão, pela lei de Deus, aquele que o tomar de mim.

Em terceiro lugar, quando nós damos a César as coisas que são de César, também devemos nos lembrar de dar a Deus as coisas que pertencem a Deus. Se as nossas bolsas são de César, as nossas consciências são de Deus. O Senhor disse: “Dá-me, filho meu, o teu coração”. Deus deve ter o lugar mais íntimo e o lugar mais importante em nosso coração. Devemos dar a Deus aquilo que lhe é devido, tanto do nosso tempo como dos nossos bens. Ele deve ter a sua parte, assim como César deve ter a dele; e se os mandamentos de César interferirem nos de Deus, nós devemos obedecer a Deus, e não aos homens.

Por fim, observe como eles se impressionaram com essa resposta: “maravilharam-se e, deixando-o, se retiraram (v. 22). Eles admiraram a sua sagacidade por descobrir e evitar uma armadilha que eles julgaram estar tão bem planejada. Cristo é, e sempre será, o Maravilhoso, não somente para os seus queridos amigos, mas também para os seus inimigos frustrados. Poderíamos pensar que eles deveriam ter se maravilhado e seguido a Jesus; deveriam ter se maravilhado e se sujeitado a Ele. Há muitas pessoas a cujos olhos Deus é maravilhoso, mas não precioso. São aqueles que admiram a sua sabedoria, mas não se guiarão por ela; admiram o seu poder, mas não se sujeitarão a ele. Eles seguem o seu caminho, como pessoas envergonhadas, e fazem uma retirada inglória. Quando o estratagema é derrotado, eles abandonam o campo. Observe que ninguém consegue nada de bom ao contender com Cristo.

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