PSICOLOGIA ANALÍTICA

UM FANTASMA CHAMADO PÂNICO

Quando sensações inesperadas de medo irracional se tornam uma ameaça e a pessoa passa a conviver com o temor constante da morte iminente, os índices de estresse se tornam absurdamente elevados e o mundo, muito mais ameaçador.

Um fantasma chamado pânico

De repente vem a certeza: algo terrível está para acontecer. E o corpo oferece sinais que apoiam essa sensação: o ar parece faltar, a boca seca, as mãos tremem, a pessoa sente náuseas e o mal-estar se generaliza. Durante uma crise de síndrome do pânico, prevalece o medo de se perder de si mesmo, de enlouquecer ou morrer. Embora um pouco de ansiedade seja até benéfico em dadas situações – já que antecipar mentalmente o futuro nos prepara para enfrentar eventuais riscos – o excesso desse sentimento. O problema fica caracterizado quando essa ansiedade começa a causar sofrimento demais para a pessoa. A preocupação culmina nas crises, e a pessoa fica ainda mais ansiosa porque não sabe quando a próxima irá acontecer.

Em geral, a síndrome do pânico aparece no começo da vida adulta, em situações de estresse, em que a pessoa se sente desamparada. Fatores genéticos, biológicos e psíquicos e sociais contribuem para o surgimento da crise. A incidência é maior em mulheres (de duas a quatro vezes mais frequente que em homens) e costuma ser atribuída à maior sensibilidade das estruturas cerebrais causada pela variação hormonal, já que a incidência de pânico aumenta no período fértil. A maioria dos pacientes tem a primeira crise entre 15 e 20 anos desencadeada sem motivo aparente. Com o passar do tempo, as crises vão se repetindo de maneira aleatória.

Um único episódio de ansiedade, porém, não caracteriza a síndrome do pânico, são as crises repetidas que caracterizam o transtorno. Ou seja: o fato de uma pessoa ter sintomas de pânico em dado momento não significa, necessariamente, que a situação vai se repetir. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria dos indivíduos tem pelo menos uma crise de pânico ao longo da vida. Segundo estimativas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade Brasil, 23% da população brasileira terá algum tipo de distúrbio ansioso ao longo da vida e 12% das pessoas sofrem com algum transtorno de ansiedade, o que representa aproximadamente 24 milhões de brasileiros com ansiedade patológica.

A maioria dos pacientes passa por vários médicos em busca de uma resposta e do tratamento para tamanha ansiedade, sem saber ou, às vezes, aceitar, que tantos sintomas físicos sejam provenientes de problemas emocionais. Felizmente, o transtorno tem tratamento e, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de recuperação. A combinação entre medicamentos e sessões de psicoterapia costuma ser a mais eficiente. Raramente há cura espontânea e, apesar de muitas pessoas ainda colocarem em xeque a relevância de complicações psicológicas, a síndrome deve ser encarada como doença, capaz de levar a complicações ainda maiores: depressão, desenvolvimento de outros transtornos de ansiedade, abuso de álcool e/ou de sedativos, com prejuízos para a vida profissional, social e familiar.

De todos os transtornos ansiosos, o de pânico foi o mais estudado nos últimos 30 anos; no entanto, ainda existem lacunas importantes em termos de diagnóstico e classificação, etiologia e tratamento dessa condição clínica. A prevenção de novas crises e a diminuição das complicações associadas a elas, como a ansiedade antecipatória e a evitação fóbica, são os pontos- chaves no tratamento do distúrbio. Hoje se sabe que um dos principais fatores de risco para transtornos de ansiedade na vida adulta é a presença de transtornos ou traços de ansiedade durante a infância e a adolescência. Nesse sentido, de forma cada vez mais precoce, pesquisas atuais vêm focando o tratamento precoce dos transtornos de ansiedade ou mesmo a prevenção em crianças de risco, como os filhos de pais com transtornos de ansiedade, por exemplo. Há poucas pesquisas investigando a eficácia dessas estratégias de prevenção; no entanto, este é um campo promissor de pesquisas futuras.

Por medo de ser tomada por esses sintomas, a pessoa tende a evitar situações que acredita serem mais prováveis ocorrer ou só as enfrenta acompanhada. Os temores costumam estar relacionados a experiências que se tenta eliminar ou reduzir ao máximo para evitar a angústia. Entre os locais temidos estão os espaços abertos, lojas concorridas, centros públicos com grande circulação de pessoas e estádios de futebol. Multidões também são assustadoras para esses pacientes.

Especialistas alertam que o pânico pode, em alguns casos, ser uma manifestação secundária do uso exagerado de determinados medicamentos utilizados para emagrecer, por exemplo. Psicoestimulantes, como a cocaína e o ecstasy também podem deflagrar crises. Problemas de saúde, como o hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios), também podem provocar sintomas muito parecidos com os do pânico.

PSICANÁLISE PARA ENFRENTAR O DESAMPARO

Embora intervenções embasadas na psicoterapia cognitivo-comportamental sejam frequentemente usadas por psicólogos para auxiliar pacientes com transtorno do pânico, a experiência clínica mostra que a abordagem psicanalítica pode ser muito útil no tratamento desse quadro. “A proposta é levar o paciente a se implicar no próprio sofrimento, se questionando sobre o que acontece com ele, procurando dar sentido, a partir da sua história, aos ataques súbitos de pânico que parecem não ter sentido”, afirma a psicanalista Lucianne Sant’Anna de Menezes, professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), autora de Pânico: efeito do desamparo na contemporaneidade, um estudo psicanalítico (Casa do Psicólogo, 2006).

“Vivemos num mundo onde ainda há pouco lugar para diferenças; as subjetividades contemporâneas caracterizam-se pelo apagamento da alteridade, em que a tendência é uma redução do homem à dimensão da imagem. Nesse sentido, o pânico expressa o fracasso do sujeito em atender às exigências dos ideais e valores que a sociedade atual prega. Por isso, o pânico ganha espaço progressivo na cena social. Sob este ponto de vista, portanto, existiria um processo de produção social do pânico”, diz. Menezes lembra que aquilo que Freud denominou mal-estar na civilização relaciona-se ao mal-estar na modernidade. A civilização é o caminho necessário para o desenvolvimento que vai da família à humanidade como um todo. “O pânico, na atualidade, seria expressão de um modo que o sujeito encontrou de se organizar na sociedade contemporânea, respondendo aos subsídios que a organização social atual oferece para que ele se sustente para além da cena familiar”, afirma.

Para Freud, o desamparo seria o que instaura o mal-estar, nas relações entre os seres humanos; é o motor na construção da civilização. O homem desenvolveu a cultura numa tentativa de diminuir seu desamparo diante das forças da natureza, dos enigmas da vida e, sobretudo, da própria morte.

“O desamparo no campo social diz respeito à falta de garantias do sujeito no mundo, que é obrigado a uma renúncia pulsional como condição de viver em sociedade e, em consequência da satisfação pulsional frustrada, experimenta um desconforto que é sentido como um mal-estar”, ressalta Menezes. A condição de existência do sujeito no mundo, na civilização, é apoiada numa condição de desamparo do psiquismo.

“A mensagem freudiana é que, para viver, as pessoas criam possibilidades afetivas no enfrentamento desta condição fundamental e o pânico seria uma dessas possibilidades, seria uma das expressões do mal-estar na atualidade que marca a relação do sujeito com a cultura”, observa a psicanalista. Ela enfatiza que a modernidade não promoveu a superação do mal-estar, resultado do excesso de ordem e da escassez de liberdade; ao contrário, na sua máxima radicalização, o que fez foi “reconfigurar” o mal-estar. “O mal-estar contemporâneo é efeito da desregulamentação e do excesso de liberdade individual, é fruto do excesso pulsional e da fragilidade de simbolização; nesse sentido, há uma marca essencialmente traumática, o que aponta para a vulnerabilidade psíquica do homem contemporâneo, assim como destaca o pânico entre os modos atuais de sofrimento humano.”

No tratamento psicanalítico, a proposta é criar, junto com o paciente, condições para que ele possa elaborar a condição de desamparo. Em geral, até a eclosão da primeira crise de pânico, a questão do desamparo não se colocara de fato para o paciente, essa condição provavelmente estava enuviada pela ilusão de um ideal protetor onipotente, que garantia a estabilidade do mundo organizado longe das incertezas e da falta de garantias da vida.

“É comum em quem sofre de pânico um apego dependente e concreto a alguém ou a alguma situação estável”, diz Menezes.

“É frequente que o paciente necessite de uma pessoa que o acompanhe aos lugares aonde precisa ir. Ele sabe, tem consciência de que não vai mudar nada, mas necessita desta presença concreta que cumpre o papel de um objeto fiador de sua existência (ideal protetor), garantindo a estabilidade de seu mundo. É uma compensação para a incapacidade de lidar com a falta e, ilusoriamente, o livra do confronto com o desamparo. O apego ao remédio tem significado semelhante.”

OUTROS OLHARES

COMO LIDAR COM A PRESSÃO DO EXCESSO DE INFORMAÇÃO

A velocidade do mundo atual impõe que todos estejam conectados o tempo inteiro, porém o excesso de informações pode trazer consequências negativas, inclusive para saúde psicológica.

Como lidar com a pressão do excesso de informação

Todos vivemos em um mundo tecnologicamente conectado, que nos estimula a estar on-line. Essa conectividade 24 horas por dia traz consequências orgânicas negativas diversas (e.g.: insônia, estresse), pois lidamos com um notável volume de informações. São fatos, correntes, mídias diversas (e.g.: vídeo, imagem, memes) e tantos outros formatos de arquivos que chegam e ninguém dá conta disso tudo.

Estar on-line é parte do processo de se vivenciar esse mundo globalizado. O termo globalização passou a ser utilizado com frequência após a histórica queda do muro de Berlim e marcou a “separação do mundo em blocos”. “A popularização do termo globalização se deu nas últimas décadas do século XX, com a enorme expansão do comércio internacional e a criação de empresas multinacionais atuando, ao mesmo tempo, em diversas partes do mundo”. Atualmente, é impossível imaginar o funcionamento diário das pessoas sem a tecnologia e a praticidade do acesso às informações. Basta olhar para o lado para perceber que praticamente todos estão utilizando recursos tecnológicos, independentemente do lugar: igrejas, elevadores e até em sessões de psicoterapia. Em suma, aquilo que era privado se tornou público.

Nessa nova forma de se relacionar, os países poderiam explorar uns aos outros através de acordos comerciais, empresas multinacionais, acordos e parcerias. O mundo globalizado representa uma queda de fronteiras. Nesse contexto, a internet expandiu-se de forma rápida e trouxe com ela os benefícios de acessar todo tipo de informação em qualquer lugar do mundo. O surgimento e implantação de “tecnologias de informação e comunicação (TICs) modernas, como os computadores, […] e os telefones celulares estão revolucionando a forma como as pessoas se comunicam, se socializam, buscam, trocam informações e adquirem conhecimento”. Essas TICs também colaboraram nesse processo de unificação e aceleraram a forma de consumir notícias. Mais recentemente, as redes sociais e os aplicativos com temáticas acabaram por manter todos mais conectados, e diariamente as pessoas se deparam com atualizações e novos formatos de lidar com a comunicação.

Não se pode negar a importância que o mundo virtual trouxe para a sociedade, por aproximar as pessoas, trazer possibilidades que antes eram mais remotas e realizar trocas de informação de forma rápida para qualquer parte do planeta. “Como ocorre em relação ao ar e à água, não devemos nem abraçar nem evitar as mídias sociais, mas usá-las conscientemente e de maneira focada. As mídias são inevitáveis, poderosas e cada vez mais essenciais. Inerentemente, elas não são nem malignas nem benéficas, mas podem vir a sê-lo, dependendo de como são usadas”. Compreende­ se, então, que é necessária uma expansão do campo de visão para encará-las como um ambiente complexo de imagens e sons.

Uma matéria na revista Forbes americana intitulada “The developing role of social media in the modern business world” indicou que, em 2012, 43% dos jovens, entre 20 e 29 anos, passam mais de dez horas por semana utilizando as mídias sociais, e as previsões indicam que esse número continuará a crescer nos próximos anos. Mas de que forma essas informações são construídas e consumidas? E como se lida com essa avalanche de fatos que instantaneamente são atualizados? Todas as pessoas estão cientes das consequências que essa superexposição trará para a mente, o físico e as relações interpessoais? A resposta é não.

A ERA DA INTERAÇÃO

O processo de convergência digital, midiática e tecnológica alterou as formas de produção de informações que se recebe em seu processo de construção, formato e velocidade. “Quando se fala em convergência, além de provocar a metamorfose dos meios, a mudança é para jornalistas e leitores porque o fluxo tecnológico permite novas formas de produção, mas também de consumo […], há uma diluição dos polos de transmissão de informação. Todos são emissores e, concomitantemente, todos são receptores”. Essa mudança aconteceu quando a web passou à sua segunda fase, a partir dos anos 2000, e se prepara para chegar à web 3.0, que trata basicamente da interação entre usuários e máquinas.

Como discutem Barrios Rubio e Zambrano Ayala (2014), é relevante debater a importância de como a troca de informações é feita através de narrativas transmídias que combinam áudio, vídeo, novas formas de produção e linguagens diversas. Tradicionalmente, os veículos de comunicação (televisão, rádio, jornais impressos e veículos on-line) possuem uma dinâmica própria de produção de notícias a partir de informações, que também teve de se adaptar à nova web 2.0.

Cunha (2014) revela que a velocidade é o imperativo para a evolução e alternância dos sistemas técnicos ao afirmar que o fluxo tecnológico é constante, ou seja, há sempre novas possibilidades para produção, veiculação e acesso aos conteúdos. Cada nova tecnologia da informação, em seu tempo, destaca-se em armazenamento e transmissão.

PRODUÇÃO DE NOTÍCIAS

Antes disso, esses meios costumavam utilizar como base para construção de notícias duas teorias do jornalismo: a Gatekeeper e o agendamento. Na teoria do Gatekeeper, a “pessoa que tem o poder de decidir se deixa passar a informação ou se a bloqueia. Ou seja, diante de um grande número de acontecimentos, só viram notícia aqueles que passam por uma cancela ou portão “. Já na teoria do agendamento, “os consumidores de notícias tendem a considerar mais importantes os assuntos que são veiculados na imprensa, sugerindo que os meios de comunicação agendam nossas conversas. Ou seja, a mídia nos diz sobre o que falar e pauta nossos relacionamentos”.

Nesse processo de construção da notícia a partir da informação apurada ainda são considerados os critérios de noticiabilidade, ou seja, os valores que ressaltam a pertinência da divulgação de informações. Esses critérios podem variar de acordo com a linha editorial de cada veículo. Em seguida, começa o processo de pesquisa e coleta de dados, a busca por fonte, contestação de dados com outras fontes, dependendo do estilo da notícia e, após o crivo final do editor, a informação é liberada nos veículos de comunicação. Esse era o modo tradicional de produção de notícias a partir da informação.

Atualmente, esse processo é diferente. Cunha retrata “a relevância desempenhada por redes sociais, como o Twitter e o Facebook, na determinação das pautas […]. Muitas vezes, são nessas plataformas que, em primeira instância, os acontecimentos transformam-se em grandes assuntos do momento, capazes, em uma segunda etapa, de definir os temas a serem tratados pelos meios de comunicação tradicionais e até por […] instituições que formam os poderes constituídos”. Desse modo, a hegemonia antes exercida pelos meios de comunicação passa a ser contestada, pois a internet trouxe outras possibilidades de definição do que é informação e como ela é pautada. Agora, o grande público também participa ativamente dessa seleção porque observa os acontecimentos.

3,5 BILHÕES DE CONEXÕES

Se a realidade mostra uma conexão on-line em que cada dia mais países e pessoas estão conectadas, os números mostram a proporção gigantesca com que estamos lidando com informação. A pesquisa da agência We Are Social, intitulada “Digital in 2016”, feita com as 30 maiores economias do mundo, mostra que já somos, em nível mundial, 3.419 bilhões de usuários de internet e 2.307 bilhões de redes sociais ativas.

Somente o acesso à internet feito pelo celular é uma realidade para 3.790 bilhões de pessoas. Os smartphones são, em muitos países em que o nível de conectividade ainda é baixo, a única forma de manter-se on-line. Somente de 2015 para 2016, a 4ª edição da pesquisa TIC Kids On­line Brasil, de 2015, haviam utilizado algum equipamento para acessar a internet. A pesquisa foi realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) e traz dados interessantes para serem explorados nos atendimentos em consultório.

TANTAS INFORMAÇÕES

O artigo demonstrou enfaticamente a grande quantidade de informações que a sociedade absorve do mundo virtual. Notavelmente, existem diversos aspectos positivos, porém, para a Psicologia, especialmente para os profissionais circunscritos no campo da área clínica, é necessário elaborar estratégias para que um possível adoecimento seja evitado. Apesar do Manual Estatístico e Diagnóstico dos Transtornos Mentais (DSM-5) descrever o transtorno do jogo pela internet como um possível transtorno psiquiátrico, diversos comportamentos problemáticos relacionados à tecnologia não são descritos neste compêndio: phubbing (junção dos termos phone e snobbing, traduzido literalmente como ignorar ou esnobar outra pessoa por estar utilizando o telefone), uso do celular no trânsito, crimes virtuais, dentre tantos outros. Na área dos jogos eletrônicos verifica-se um crescimento exponencial de novos títulos, o mesmo valendo para aplicativos de celulares e redes sociais. Como filtrar essas informações?

Inicialmente, a primeira sugestão é reservar horários do dia para responder mensagens de redes sociais, para evitar as checagens constantes. Segundo, é necessário que o usuário possa desenvolver atividades off-line, ou seja, que não tenham relação com o uso de tecnologia. Terceiro, verificar se antigos hobbies foram abandonados. Outro importante ponto é verificar se as informações absorvidas na internet são de websites confiáveis.

Diversas reverberações negativas podem surgir desse ponto: para usuários cibercondríacos acessar informações em endereços eletrônicos pouco confiáveis os faz questionar ainda mais seus sintomas; para usuários que buscam notícias diversas) como o campo político, podem formar opiniões por informações falsas. Dessa forma, a sugestão final é: sensatez.

A tendência do uso da tecnologia não é sua diminuição nos próximos anos, o prognóstico, inclusive, chega a ser alarmante: estaremos cada vez mais adoecidos com o excesso de informações, nos tornando possíveis ilhas, ao invés de seres conectados fisicamente. Seria, então, o início de uma era de zumbis virtuais?

ABRANET TEM PROJETO PARA FOMENTAR EQUIPAMENTOS DE 100 GB

A criação da Associação Brasileira de Internet (Abranet), em 1996, se confunde com a história da internet no Brasil. Seu principal objetivo social é o apoio às empresas que oferecem serviços, informações, realizam pesquisa e desenvolvimento e as demais atividades profissionais e acadêmicas relacionadas à tecnologia da informação e comunicação e a internet no país. As tecnologias de informação e comunicação e a internet assumiram. Definitivamente, um papel global no cotidiano da sociedade moderna. Já são mais de três bilhões de utilizadores e as Nações Unidas já reconhecem o uso da internet no contexto dos direitos humanos. Em busca da melhoria da competitividade dos seus associados, a Abranet lançou o projeto “Brasil Conectado a 100 Gigabits”, por meio de uma parceria com as empresas Juniper e Wztech. O objetivo é oferecer condições e preços especiais na aquisição de equipamentos de 100 Gb, com tecnologia de ponta, para alavancar a qualidade da infraestrutura brasileira da rede de internet. Segundo o presidente da entidade, Eduardo Parajo, hoje a maioria dos provedores trabalha com conexões de 10 Gb. “O passo mais natural seria migrar para conexões de 40 Gb, mas a relação de custo-benefício, no médio prazo, é superior com os equipamentos de 100 Gb”, ressalta. “Nossa ideia é promover um salto tecnológico entre os provedores”, acrescenta.

 

 IGOR LINS LEMOS – é doutor em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento (UFPE), psicoterapeuta cognitivo-comportamental. palestrante e escritor na área das dependências tecnológicas. E-mail igorlemos87@hotmail.com

JULIANA ISOLA VILAR – é jornalista com ênfase em comunicação corporativa e marketing digital. Atua na área de assessoria de imprensa e produção de conteúdo. E-mail: jisola.vilar@gmail.com. LinkedIn: Juliana Isola Vilar.

GESTÃO E CARREIRA

COMUNICAÇÃO MODERNASAC 2.0

 O consumidor busca agilidade na resolução de problemas e não aceita mais esperar longos minutos – às vezes, horas – pendurado em um telefone, para conseguir ter acesso à central de atendimento das empresas. Entra em cena um novo jeito de atender seu público que é pautado pela assertividade e objetividade.

Comunicação moderna

Dados de uma pesquisa feita pela consultoria americana Dimensional Research mostram que o mau atendimento por parte das empresas pode cair como uma bomba para a operação: 66% dos entrevistados disseram que trocaram de fornecedor depois de não terem sido tratados como deveriam pelo serviço de atendimento ao cliente. Desse público, 40% confessaram que deram um gelo de até dois anos na empresa que os atendeu mal. Isso quer dizer que o consumidor já não tolera mais a falta de preparo ou de solução para problemas envolvendo uma marca.

Somado a isso, a instantaneidade das redes sociais permitiu que uma impressão negativa seja compartilhada infinitas vezes em uma fração de minutos. “Foram décadas de falta de respeito por parte de muitas empresas. Ligações intermináveis para a central de relacionamento e que muitas vezes não representavam a solução de um caso”, contextualiza a analista da consultoria Light Inteligence, Cris Vianna. Novos tempos.

Cris diz que isso deixou o consumidor calejado e “de saco cheio”. Resultado: ou as empresas mudavam ou fechavam. Resolveram mudar, mesmo que de maneira lenta. “O movimento ainda caminha mais lentamente do que deveria, mas o que se vê é uma preocupação em evitar que o problema seja alimentado. E as redes sociais têm um a boa parcela de culpa nisso”, comenta a especialista.

A analista da Light lnteligence se refere ao que os especialistas chamam de SAC 2.0. Um atendimento robusto, ágil e moderno que usa as redes sociais como protagonista. A linguagem é diferente. A abordagem é mais objetiva. O tempo de resposta é menor. Essa agilidade quando não confirmada pode ser mais uma pá de terra que vai ajudar no enterro da reputação da marca. Estudos do Scup, ferramenta de monitoramento de redes sociais, apontam que o internauta espera, em média, apenas três horas para ter uma resposta de um a queixa feita no perfil de uma empresa. Tempo curto e que representa um desafio grande que precisa ser superado.

 NO MUNDO

A possibilidade de comunicação entre consumidor e empresa via Facebook, por exemplo, se torna mais comum na proporção em que a rede social cresce no mundo. Mais de1,6 bilhão de perfis ativos acessam o perfil todos os meses. Um universo virtual que merece atenção e respeito. Levantamento feito pela consultoria LlveOps, com consumidores norte-americanos, revela que nove em cada dez entrevistados, acham importante esse meio de comunicação.

Cris Vianna fala que no Brasil o modelo tem ganhado força nos últimos anos e tem feito com que muita empresa aumente significativamente os investimentos na modalidade. “Não basta ter um gerenciador da página para responder a críticas e elogios. É preciso mais, muito mais. Com base nas informações, entra em campo uma estratégia maior que vai analisar os hábitos de consumo do internauta até interações anteriores com a marca”, afirma. É preciso integrar as redes sociais com a plataforma de CRM da empresa.

EXPECTATIVAS

Os consumidores já superaram a fase de usar o perfil na rede social para interagir. Agora, eles querem reclamar de defeitos com produtos e buscar soluções para prestações de serviços que não cumpriram o prometido. O cliente não é mais o mesmo. A empresa não pode ser mais a mesma. Aí você se pergunta: preciso ter um SAC 2.0? O publicitário especialista em mídias sociais Eurico Torres responde: “Provavelmente sim. A dimensão do SAC é que vai variar, mas estar atento a essa realidade vai evitar que sua imagem fique manchada nas redes”.

Para Torres, o planejamento deve ser muito bem pensado para atender às expectativas do consumidor internauta. Mesmo no mundo virtual, as pessoas continuam fazendo negócios com pessoas. Elas querem ter autonomia, mas, se tiverem dificuldades, querem ser atendidas com eficiência. “Encare cada atendimento pelo Facebook como uma oportunidade de mostrar o respeito da marca pelo consumidor”, comenta o especialista que acrescenta: “Sejam multiredes. Esteja presente no Twitter, no Facebook, no Instagram, no WhatsApp… Quanto mais opções, melhor, mas obviamente você deve estar preparado para atender de maneira igual os internautas de cada uma das redes”.

 COMO CONDUZIR

Ao receber uma mensagem negativa no perfil da empresa, por exemplo, a orientação de Cris Vianna é a de dar um parecer abertamente, apenas para que todos vejam que o caso não ficou sem resposta. Logo em seguida, o ideal é continuar o atendimento de maneira privada. Pode ser pelo “inbox” do Facebook ou ainda pelo WhatsApp. Isso permite ainda programar respostas que ajudam em um primeiro momento.

Além disso, quem for atender o cliente deve estar preparado para conduzir a conversa com calma e cordialidade mesmo quando a recíproca – por parte do cliente – não for verdadeira. É preciso deixar claro quais os processos para a resolução do problema e a necessidade da obtenção das informações para a continuidade do atendimento.

O QUE VEM POR AÍ

Em um primeiro momento, o SAC 2.0 era de responsabilidade do departamento de atendimento ao cliente tradicional em conjunto com o marketing da empresa. Coisa do passado. A tendência é que, cada vez mais, os outros setores da empresa se unam para assumirem essa grande responsabilidade. Cada área da empresa passa a ter o papel de reter o cliente na sua esfera. ”O pós­ venda tem obrigação de dar o suporte necessário. O financeiro deve fazer com que o processo de pagamento seja uma experiência positiva, e assim por diante”, pontua Eurico Torres.          

INDOALÉM

O novo jeito de se comunicar também atinge a forma como as empresas abordam o cliente. Converter vendas por meio de ligações telefônicas robotizadas e nada personalizadas está cada vez mais impossível. O consumidor quer se relacionar com a marca e não apenas “comprar” dela. E essa é uma das frentes de atuação da Prestus, empresa que oferece serviço de assistentes virtuais para mais de mil empresas no Brasil.

O modelo de negócio permite que empresas, independentemente do tamanho, consigam ter profissionais especializados em atendimento – seja ele ativo, seja receptivo – de maneira remota. A central funciona 24 horas por dia e tem conduta de atendimento de acordo com o perfil da empresa e do público. “Entre as muitas aplicações, nossas assistentes virtuais podem, por exemplo, fazer pesquisas de satisfação ou até confirmar presenças em eventos”, exemplifica Alexandre Borin, CEO da Prestus. Com esse tipo de informação em mãos, a forma como o cliente vai ser abordado para a oferta de um produto ou serviço também poderá ser adaptada por parte da empresa.

Esse tipo de serviço mostra qual a tendência para o atendimento e o relacionamento com clientes em um futuro próximo. “Na era da colaboração, cada vez mais a gente vive o fenômeno do home office. Assim, reunir profissionais que tenham a missão de atender os clientes em um mesmo espaço físico vai perdendo a força. É possível continuar com o serviço, mas de maneira virtualizada”, explica o executivo.

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ALIMENTO DIÁRIO

MATEUS 20: 20-28

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A Ambição É Corrigida

Aqui temos, a princípio, o pedido dos dois discípulos a Cristo, e a retificação do erro sobre o qual estava baseado (vv. 20-23). Os filhos de Zebedeu eram Tiago e João, dois dos três primeiros discípulos de Cristo. Tanto Pedro como eles eram os seus discípulos mais chegados; João era o discípulo que Jesus amava; no entanto, ninguém foi tão frequentemente reprovado quanto eles. Cristo corrige mais àqueles que Ele mais ama (Apocalipse 3.19).

 I – Aqui está a palavra ambiciosa que eles falaram a Cristo – que pudessem se sentar, um à sua direita e o outro à sua esquerda, em seu reino (vv. 20,21). Eles demonstraram um grande grau de fé, pois estavam confiantes em seu reino, embora então o Senhor parecesse estar em uma situação de fraqueza. Mas eles também demonstraram um grande grau de ignorância, pois ainda esperavam um reino temporal, com pompa e poder terrenos, quando Cristo lhes havia falado tão frequentemente sobre sofrimentos e renúncia. Com isso, eles esperavam ser pessoas eminentes. Eles não pedem um emprego em seu reino, mas somente a honra; e nenhum lugar lhes serviria nesse reino imaginário, além do mais elevado, ao lado de Cristo, e acima de todos os outros. É provável que a última palavra no discurso anterior de Cristo – de que ao terceiro dia ressuscitaria – tenha lhes dado a oportunidade de fazer esse pedido. Eles concluíram que a ressurreição seria o evento que marcaria a entrada do Senhor nesse reino. Portanto, estavam decididos a reservar logo os melhores lugares; eles não os perderiam por falta de pedi-los com antecedência. Assim, utilizaram mal aquilo que Cristo havia dito para confortá-los, e se encheram de orgulho. Alguns não conseguem lidar com confortos, mas os revertem para propósitos errados – assim como os doces em um estômago ruim produzem a bile. Agora observe:

1. Havia um raciocínio político na elaboração desse pedido. Eles providenciaram para que a mãe deles o apresentasse, para que pudesse ser entendido como se fosse um pedido dela, e não deles. Embora as pessoas orgulhosas pensem bem de si mesmas, elas não querem que as outras pessoas as vejam desse modo, pois pode­ riam aparentar um pretexto de humildade (Colossenses 2.18). Deste modo, outros devem simular a busca dessa honra para eles, para que não tenham que passar pelo constrangimento de buscá-la para si mesmos. Comparando o capítulo 27.61 com Marcos 15.40, entendemos que a mãe de Tiago e João era Salomé. Alguns acham que ela era filha de Cleofas ou Alfeu, irmã ou prima em primeiro grau da mãe do nosso Senhor. Ela era uma daquelas mulheres que acompanhavam a Cristo, e o serviam; e eles pensavam que Ele tinha tanta consideração por ela, que não lhe negaria nada. Assim, fizeram dela a sua intercessora. Da mesma forma, quando Adonias tinha algum pedido importante a fazer a Salomão, ele recorria a Bate-Seba, para que ela falasse por ele. A mãe de Tiago e João revelou uma fraqueza ao se tornar um instrumento da ambição deles, que ela deveria ter repreendido. Aqueles que são sábios e bons não devem se deixar envolver em uma situação tão repulsiva. Em pedidos corretos e aceitáveis, devemos aprender esta atitue sábia: desejar a oração daqueles que têm interesse no trono da graça; devemos pedir aos nossos amigos de oração que orem por nós, considerando isso uma verdadeira bondade.

Era igualmente uma política pedir primeiro uma concessão geral, que Ele fizesse algo por eles, não em fé, mas em presunção, com base naquela promessa geral: “Pedi, e dar-se-vos-á”, na qual está sugerida a qualificação do nosso pedido; que este esteja de acordo com a vontade revelada de Deus. Caso contrário, pediremos e não receberemos, se pedirmos para gastar em nossos deleites (Tiago 4.3).

2. No fundo, havia orgulho, um conceito orgulhoso de seu próprio mérito, um desprezo orgulhoso aos seus irmãos, e um desejo orgulhoso de honra e preferência. O orgulho é um pecado que mais facilmente nos persegue, do qual é difícil nos livrarmos. Ê uma santa ambição lutar para ultrapassar os outros na graça e na santidade; mas é uma ambição pecadora cobiçar ultrapassar os outros em pompa e grandeza. “Procuras tu grandezas” quando acabas de ouvir teu Mestre dizer que será escarnecido, açoitado e crucificado? Que vergonha! “Não as busques” (Jeremias 45.5).

II – A resposta de Cristo a esse pedido (vv. 22,23), não dirigida à mãe, mas aos filhos, que a usaram para este fim. Embora outros possam ser a nossa boca em oração, a resposta será dada a cada um de nós. A resposta de Cristo é muito suave; eles foram apanhados no erro da ambição, mas Cristo os restaurou com o espírito de mansidão. Observe:

1.  Como Ele reprovou a ignorância e o erro do pedido deles: “Não sabeis o que pedis”.

(1).  Eles estavam em trevas com relação ao reino que desejavam; eles sonhavam com um reino temporal, ao passo que o reino de Cristo não é deste mundo. Eles não sabiam o que era sentar-se à sua direita, ou à sua esquerda; eles falavam disso como os cegos falam das cores. A nossa compreensão da glória que ainda está para ser revelada é como a compreensão que uma criança tem das preferências dos adultos. Se por fim, através da graça, chegarmos à perfeição, eliminaremos então essas fantasias infantis; quando chegarmos a ver face a face, saberemos o que apreciamos; mas agora, não sabemos o que pedimos; podemos apenas pedir o bem conforme a promessa (Tito 1.2). “O olho não viu, e o ouvido não ouviu”, os detalhes a respeito desse precioso Reino.

(2).  Eles estavam em trevas com relação ao caminho para aquele reino. Eles não sabem o que pedem. Pedem algo relacionado ao fim, mas ignoram o meio, e assim separam o que Deus juntou. Os discípulos pensavam – quando haviam deixado tudo o que tinham por Cristo, e percorreram o país enquanto pregavam o Evangelho do reino – que todo o seu serviço e os seus sofrimentos estavam terminados, e então era hora de perguntar: O que receberemos? Como se então nada mais devesse ser procurado além das coroas e florões, enquanto havia aflições e dificuldades muito grandes diante deles; aflições e dificuldades muito maiores do que eles já haviam encontrado. Eles imaginavam que a luta estava terminada, quando ela mal havia começado; haviam apenas corrido com os lacaios. Eles sonham em estar em Canaã no momento presente, e não consideram o que farão nas dilatações do Jordão. Considere:

[1].  Poderemos nos considerar aptos para o Reino de Deus quando a nossa humildade nos levar a um comportamento singelo, mesmo estando revestidos da glória de Cristo que podemos ter neste mundo.

[2].  Não sabemos o que pedimos quando pedimos a glória de usar a coroa, sem pedirmos a graça para levar a cruz em nosso caminho até ela.

2. Como Ele reprovou a vaidade e a ambição do pedido deles. Eles estavam se deleitando com a fantasia de se sentarem à sua direita, e à sua esquerda, numa grande posição; então, para repreender isso, Ele os leva aos pensamentos de seus sofrimentos, e não lhes revela detalhes sobre a glória que terão no futuro.

(1).  Ele os leva a pensamentos relacionados aos seus sofrimentos, dos quais eles não estavam tão cientes quanto deveriam estar. Eles ansiavam tanto a coroa, o prêmio, que estavam prontos a mergulhar de cabeça, porém ainda estavam despreparados para enfrentar o caminho de sofrimento que levava a ela. Portanto, o Senhor considera necessário conscientizá-los das dificuldades que estavam diante deles, para que não se surpreendessem nem se aterrorizassem.

Observe:

[1].  Com que clareza Jesus lhes coloca a questão das dificuldades (v. 22): “Vocês gostariam de se candidatar a ocupar o primeiro posto de honra no reino. Será que vocês podem beber o cálice que eu hei de beber? Vocês falam das coisas grandes que poderão receber quando tiverem feito o seu trabalho. Mas vocês podem suportar até o fim?” Pensem nisso seriamente. Esses mesmos discípulos, Tiago e João, certa vez não sabiam de que espírito eram, quando ficaram perturbados e irados (Lucas 9.55). E então não estavam cientes do que lhes faltava, espiritualmente, quando foram tomados de ambição. Cristo vê em nós esse orgulho que nós mesmos não somos capazes de discernir.

Note, em primeiro lugar, que sofrer por Cristo é beber um cálice, e ser batizado com um batismo. Nessa descrição dos sofrimentos:

1. É verdade que a aflição existe em abundância. Ela é considerada como um cálice amargo, que é bebido, absinto e bile, as águas do cálice cheio, que são extraídas para o povo de Deus (Salmos 43.10). Certamente um cálice de tremor; mas não de fogo e enxofre, a porção do copo de homens ímpios (Salmos 11.6). Supõe-se que este seja um batismo, uma lavagem com as águas da aflição; alguns estão mergulhados nelas; as águas os cercam até à alma (Jonas 2.5). Outros estão apenas salpicados; ambos são batismos, alguns estão sufocados neles, como em um dilúvio, enquanto outros estão ensopados, como em uma forte chuva. Mas:

2. Mesmo nisso, a consolação existe com mais abundância. É apenas um cálice, e não um oceano; é apenas uma seca, amarga talvez, mas devemos ver o fundo dela; é um cálice na mão de um Pai (João 18.11); e está cheio de mistura (Salmos 75.8). É apenas um batismo; o mergulho é o pior que pode ocorrer, pois não é um afogamento; podemos estar perplexos, mas não em desespero. O batismo é uma ordenança na qual nos unimos ao Senhor em aliança e comunhão; e assim é o sofrimento por Cristo (Ezequiel 20.37; Isaias 48.10). O batismo é “um sinal externo e visível de uma graça interna e espiritual”; e assim é o sofrimento por Cristo, por­ que essa graça nos foi concedida (Filipenses 1.29).

Em segundo lugar, é beber do mesmo cálice de que Cristo bebeu, e ser batizado com o mesmo batismo com que Ele foi batizado. Cristo nos precedeu no sofrimento, e nisso, como em outras coisas, nos deixou um exemplo.

3. Isto anuncia a condescendência de um Cristo sofredor; Ele beberia desse cálice (João 18.11), e desse ribeiro (Salmos 110.7). Ele beberia profundamente, mas muito alegremente; Ele seria batizado com esse batismo, e estava muito ansioso por isso (Lucas 12.50). Já seria muito ser batizado com água, como um pecador comum, quanto mais com sangue, como um criminoso incomum. Mas em tudo isso Ele foi feito em semelhança da carne do pecado, e foi feito pecado por nós.Isto anuncia a consolação dos cristãos sofredores, que se unem a Cristo no cálice amargo: eles são participantes dos seus sofrimentos, e assim têm comunhão com Ele. Devemos, portanto, nos armar com o mesmo pensamento, indo ao seu encontro fora do arraial.

4. Em terceiro lugar, é bom estarmos frequentemente aplicando esta palavra a nós mesmos: Será que somos capazes de beber este cálice, e ser batizados com este batismo? Devemos esperar algum tipo de sofrimento, sem considerá-lo uma coisa difícil de suportar. Também não devemos questionar por que às vezes sofremos. Podemos sofrer alegremente, e no pior dos momentos ainda mantermos firme a nossa integridade? O que podemos fazer por Cristo? Quanto crédito somos capazes de lhe dar? Será que eu poderia encontrar forças em meu coração para beber de um cálice amargo, e ser batizado com um batismo de sangue, sem abandonar o meu relacionamento com Cristo? A verdade é que se a religião for vivida da maneira correta, ela valerá muito. Mas se não valer a pena sofrer por ela, é sinal de que ela não está sendo vivida da maneira correta, e que ela vale pouco. Então, sentemo-nos e calculemos o custo de morrer por Cristo em vez de negá-lo, e perguntemos a nós mesmos: Podemos aceitá-lo nesses termos?

[2]. Veja como eles se responsabilizam ousadamente.

Eles disseram: “Podemos”, na esperança de se assentarem à sua direita e à sua esquerda. Mas, ao mesmo tempo, eles esperavam jamais ser testados. Assim como anteriormente não sabiam o que pediam, também agora não sabiam o que respondiam. “Podemos”; eles teriam feito bem em dizer: “Senhor, por tua força, e em tua graça, podemos; caso contrário, não podemos”. Mas a mesma tentação de Pedro – estar confiante em sua própria suficiência, e presumir a sua própria força – foi aqui a tentação de Tiago e João; e esse é um pecado a que todos nós estamos sujeitos. Eles não sabiam o que era o cálice de Cristo, nem qual era o seu batismo; mesmo assim foram ousados e se comprometeram. Geralmente, aqueles que se mostram mais confiantes em relação a si mesmos são os que estão menos familiarizados com a cruz.

[3]. Veja como os seus sofrimentos são aqui clara e positivam ente preditos (v. 23): “Na verdade bebereis o meu cálice”. Os sofrimentos previstos serão os mais facilmente suportados, especialmente se considerados sob uma noção certa, como beber o seu cálice, e ser batizado com o seu batismo. Cristo sofreu por nós, e espera que nós estejamos dispostos a sofrer por Ele. Cristo nos fará saber o pior, para que possamos fazer o melhor para alcançarmos o céu. “Bebereis”, isto é, sofrereis. Tiago bebeu o cálice de sangue antes de todos os outros apóstolos (Atos 12.2). João, embora no final tenha morrido em sua cama – assumindo que podemos crer nos historiadores eclesiásticos -, bebeu frequentemente esse cálice amargo, como, por exemplo, quando foi exilado na ilha de Patmos (Apocalipse 1.9), e quando (como dizem), em Éfeso, foi colocado em um caldeirão de óleo fervente, mas foi miraculosamente preservado. Ele esteve frequentemente, como os demais apóstolos, – em perigo de morte. Ele tomou o cálice, ofereceu-se a si mesmo ao batismo, e foi aceito.

(2).  Ele não lhes revela os níveis de glória que terão. Para conduzi-los alegremente através de seus sofrimentos, bastava estarem certos de que teriam um lugar em se u reino. O assento mais baixo no céu é uma recompensa abundante pelos maiores sofrimentos na terra. Mas quanto aos privilégios que há ali, não era adequado que houvesse qualquer intimação sobre quem eles seriam; porque a fraqueza de seu estado presente não poderia suportar tal descoberta. “Mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo”, e, portanto, não deveis perguntar ou saber, “mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado.” Considere:

[1].  É muito provável que haja níveis de glória no céu; porque a nossa salvação parece permitir que haja alguns que sentarão à sua direita e à sua esquerda, nos lugares mais elevados.

[2]. Como a própria glória futura, esses níveis estão propostos e preparados pelo conselho eterno de Deus. Assim como a salvação comum, as honras mais peculiares são concedidas mediante a eleição por parte de Deus. Essa questão, como um todo, já está estabelecida há muito tempo; e já há uma certa medida da estatura de cada um de nós, tanto em graça como em glória (Efésios 4.13).

[3].  Cristo, ao distribuir os frutos de sua própria conquista, orienta-se exatamente pelas medidas do propósito de seu Pai: “Não me pertence dá-lo”, salvo (assim pode ser lido) para quem está preparado. Só Cristo tem o poder de dar a vida eterna, mas “a todos” quantos o Pai lhe deu (João 17.2). “Não me pertence dá-lo”, isto é, não posso prometê-lo agora; esta questão já está estabelecida e ajustada, e o Pai e o Filho se entendem perfeitamente bem nessa questão. “Não me pertence atender aqueles que buscam isso e têm essa ambição, mas essa bênção está reservada para aqueles que, por grande humildade e renúncia, estão preparados para ela.”

 III – Aqui estão a repreensão e a instrução que Cristo deu aos outros dez discípulos, diante do desprazer que demonstraram pelo pedido de Tiago e João. O Senhor teve de suportar muitas fraquezas por parte de todos eles, que eram muito fracos no conheci­ mento e na graça; no entanto, Ele os suportou com amor.

1. A irritação causada aos dez discípulos (v. 24): “Indignaram-se contra os dois irmãos”; não porque desejassem ser preferidos antes deles – que foi o pecado de Tiago e João, pelo qual Cristo se entristeceu-, mas porque queriam ter a honra para si mesmos, o que revelava descrédito em relação aos dois irmãos. Muitos parecem ter uma indignação pelo pecado; porém, não a sentem pelo pecado em si, mas porque tal pecado os toca. Eles se indignarão contra um homem que amaldiçoa; mas somente o farão se ele lhes amaldiçoar, e lhes afrontar, não porque tal homem esteja desonrando a Deus. Esses discípulos estavam com raiva da ambição de seus irmãos, embora eles mesmos fossem igualmente ambiciosos. É comum que as pessoas se enfureçam com os pecados dos outros, os quais elas permitem e toleram em si mesmas. Aqueles que são orgulhosos e cobiçosos não gostam de ver outros assim. Nada causa mais dano entre irmãos, ou é a causa de mais indignação e contenda, do que a ambição e o desejo de grandeza. Nós nunca encontramos os discípulos de Cristo discutindo; mas eles enfrentaram uma situação de contenda nessa ocasião.

2. A correção que Cristo lhes fez foi muito suave, por meio da instrução sobre o que eles deveriam ser, e não por meio da repreensão pelo que eles eram. Ele havia reprovado esse mesmo pecado antes (cap. 18.3), e lhes dissera que deveriam ser humildes como crianças pequenas; no entanto, eles reincidiram nesse pecado, mas Cristo os repreendeu de forma moderada.

“Então, Jesus, chamou-os para junto de si”, o que sugere um grande carinho e familiaridade. Ele não lhes ordenou, com raiva, que saíssem de sua presença, mas os chamou, com amor, para virem à sua presença. Ele está sempre pronto a ensinar, e nós somos convidados a aprender dele, porque ele é “manso e humilde de coração”. O que Ele tinha a ensinar dizia respeito tanto aos dois discípulos como aos outros dez; portanto, ele reúne todos. E lhes diz que enquanto estavam perguntando qual deles deveria ter o domínio em um reino temporal, não havia realmente tal domínio reservado para nenhum deles. Porque:

(1).  Eles não deveriam ser como os “príncipes dos gentios”. Os discípulos de Cristo não deveriam ser como os gentios, nem como os príncipes dos gentios. O principado não torna ninguém ministro, da mesma forma que o “gentilismo” não torna ninguém cristão.

Observe:

[1].  Qual é a maneira dos príncipes dos gentios (v. 25): exercer domínio e autoridade sobre aqueles que lhes são sujeitos (mesmo que só possam alcançar o domínio com mão forte), e uns sobre os outros também. O que os sustenta nessa posição é que eles são grandes, e os homens grandes acham que podem fazer qualquer coisa. Domínio e autoridade são as grandes coisas que os príncipes dos gentios procuram, e de que se orgulham; eles deteriam o poder, venceriam todas as dificuldades, teriam todos sujeitos a si, e todo feixe inclinado ao deles. Eles queriam ter a seguinte proclamação diante de si: “Inclinai-vos”; como Nabucodonosor, que matava, e deixava vivei ao seu bel-prazer.

[2].  Qual é a vontade de Cristo com relação aos seus apóstolos e ministros, nesta questão.

Em primeiro lugar: “‘Não será assim entre vós’. A constituição do reino espiritual é bem diferente dessa. Deveis ensinar os súditos desse reino, instruí-los e exortá-los, aconselhá-los e consolá-los, esforçarem-se com eles, e sofrer com eles, não exercer domínio e autoridade sobre eles; não ter ‘domínio sobre a herança de Deus’ (1 Pedro 5.3), mas trabalhar em benefício dela”. Isto proíbe não só a tirania e o abuso de poder, mas a reivindicação ou o uso de qualquer autoridade secular, como os príncipes dos gentios legitimamente exercem. É tão difícil para os homens vaidosos, mesmo para os homens bons, terem tal autoridade, e não ficarem envaidecidos com ela, e fazerem mais mal do que bem com ela, que nosso Senhor Jesus considerou necessário bani-la totalmente da igreja. Até mesmo o apóstolo Paulo rejeita o domínio sobre a fé de qualquer pessoa (2 Coríntios 1.24). A pompa e a grandeza dos príncipes dos gentios não convêm aos discípulos de Cristo. Então, se o poder e a honra não foram planejados para estar na igreja, era uma insensatez deles estarem disputando quem deveria tê-los. Eles não sabiam o que pediam.

Em segundo lugar, então qual será o relacionamento entre os discípulos de Cristo? O próprio Cristo havia sugerido uma grandeza entre eles, e aqui Ele explica: “Todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja vosso serviçal; e qualquer que, entre vós, quiser ser o primeiro, que seja vosso servo” (vv. 26,27). Observe aqui:

1.  Que é dever dos discípulos de Cristo servirem uns aos outros, para a edificação mútua. Isto inclui tanto a humildade como a utilidade. Os seguidores de Cristo devem estar prontos a se submeter aos ofícios de amor mais inferiores para o bem mútuo; devem ser sujeitos uns aos outros (1 Pedro 5.5; Efésios 5.21), para a edificação de uns para com os outros (Romanos 14.19), agradar ao seu próximo para o bem (Romanos 15.2). O grande apóstolo se comportou como servo de todos (veja 1 Coríntios 9.19).

2. A dignidade dos servos de Cristo está relacionada ao fiel cumprimento dessa obrigação. O modo de ser grande, e o primeiro, é ser humilde e servil. Esses serão mais considerados e mais respeitados na igreja, e será assim para todos aqueles que entenderem as coisas de forma correta. Os mais honrados não são aqueles que são dignificados com nomes elevados e poderosos, como os nomes dos grandes na terra, que aparecem em pompa, e assumem para si mesmos um poder proporcional; os mais honrados serão aqueles que forem mais humildes e que mais renunciarem a si mesmos, aqueles que mais planejarem fazer o bem, embora diminuam a si mesmos. Esses honram mais a Deus, e a esses Ele honrará. Assim como o que quer ser sábio deve se fazer de tolo, quem quiser ser o primeiro deverá se comportar como servo. O apóstolo Paulo foi um grande exemplo disso; ele trabalhou mais abundantemente do que todos, tornou-se (como diriam alguns) um escravo do seu trabalho. E ele não é o primeiro? Não o chamamos por unanimidade de “o grande apóstolo”, embora ele se auto denomine o menor entre os menores? E talvez o nosso Senhor Jesus estivesse pensando em Paulo quando disse: “Haverá derradeiros que serão primeiros”; porque Paulo nasceu fora do tempo devido, como um abortivo (1 Coríntios 15.8); ele não foi apenas o filho mais novo da família dos apóstolos, mas, póstumo, tornou-se o maior dentre eles. E talvez fosse para ele que o primeiro posto de honra no reino de Cristo estivesse reservado e preparado por Deus Pai, e não para Tiago e João, que o buscaram. Portanto, antes de Paulo começar a ser famoso como um apóstolo, a Providência o ordenou, de forma que Tiago foi excluído (Atos 12.2), para que, no colegiado dos doze, Paulo pudesse ser o seu substituto.

(2).  Eles devem ser como o próprio Mestre; e é muito apropriado que eles o fossem, pois, enquanto estivessem no mundo, deveriam ser como Ele foi quando estava no mundo. Porque para ambos o estado atual é um estado de humilhação; a coroa e a glória estavam reservadas para ambos no estado futuro. Eles precisavam considerar que “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos” (v. 28). O nosso Senhor Jesus aqui se coloca diante dos seus discípulos como um padrão de duas qualidades anteriormente recomendadas: a humildade e a utilidade.

[1]. Nunca houve um exemplo de humildade e condescendência como houve na vida de Cristo, que não veio para “ser servido, mas para servir”. Quando o Filho de Deus entrou no mundo – o Embaixador de Deus para os filhos dos homens -, alguém poderia pensar que Ele deveria ser servido, que deveria ter se apresentado em um aparato que estivesse de acordo com a sua pessoa e caráter; mas Ele não fez isso; Ele não agiu como uma celebridade, Ele não teve nenhum séquito pomposo de servos de Estado para servi-lo, nem se vestiu em túnicas de honra, porque tomou sobre si a “forma de servo”. Ele, na verdade, viveu como um homem pobre, e isto fez parte da sua humilhação. Houve pessoas que o serviram com as “suas fazendas” (Lucas 8.2,3); mas Ele nunca foi servido como um grande homem. Ele nunca tomou a pompa sobre si, não foi servido em mesas, como um dos grandes deste mundo. Jesus, certa vez, lavou os pés dos seus discípulos, mas nunca lemos que eles tenham lavado os pés dele. Ele veio para ajudar a todos quantos estivessem em aflição. Ele se fez servo para os doentes e debilitados; estava pronto para atender aos seus pedidos como qualquer servo estaria pronto para atender à ordem do seu senhor, e se esforçou muito para servi-los. O Senhor Jesus serviu continuamente visando este fim, negando a si até mesmo o alimento e o descanso para cumprir essa tarefa.

[2]. Nunca houve um exemplo de beneficência e utilidade como houve na morte de Cristo, que “deu a sua vida em resgate de muitos”. Ele viveu como um servo, e fez o bem; mas morreu como um sacrifício, e com isso Ele fez o maior bem de todos. Ele entrou no mundo com o propósito de dar a sua vida em resgate; isto estava primeiro em sua intenção. Os aspirantes a príncipes dos gentios fizeram da vida de muitos um resgate para a sua própria honra, e talvez um sacrifício para a sua própria diversão. Cristo não age assim; o sangue daqueles que lhe são sujeitos é precioso para Ele, e Ele não é pródigo nisso (Salmos 72.14); mas, ao contrário, Ele dá a sua honra e a sua vida como resgate pelos seus súditos. Note, em primeiro lugar, que Jesus Cristo sacrificou a sua vida como um resgate. A nossa vida perdeu o direito nas mãos da justiça divina por causa do pecado. Cristo, entregando a sua vida, fez a expiação pelo pecado, e assim nos resgatou. Ele foi feito “pecado” e uma “maldição” por nós, e morreu, não só para o nosso bem, mas “em nosso lugar” (Atos 20.28; 1 Pedro 1.18,19). Em segundo lugar, foi um resgate por muitos. Ele foi suficiente para todos, mas eficaz para muitos; e se foi eficaz para muitos, então diz a pobre alma duvidosa: “Por que não por mim?” Foi por muitos, para que por ele muitos pudessem ser feitos justos. Esses muitos eram a sua semente, pela qual a sua alma sofreu (Isaias 53.10,11). “De muitos”, assim eles serão quando forem reunidos, embora parecessem então um pequeno rebanho.

Então esse é um bom motivo para não disputarmos a precedência, porque a cruz é a nossa bandeira, e a morte do nosso Senhor é a nossa vida. Esse é um bom motivo para pensarmos em fazer o bem, e, em consideração ao amor de Cristo ao morrer por nós, não hesitarmos em “sacrificar as nossas vidas pelos irmãos” (1 João 3.16). Os ministros devem estar mais ansiosos do que os outros para servir e sofrer pelo bem das almas, como o bendito apóstolo Paulo estava (Atos 20.24; Filipenses 2.17). Quanto mais interessados, favorecidos e próximos estivermos da humildade e da humilhação de Cristo, mais prontos e cuidadosos estaremos para imitá-las.

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